Jily - How I met you escrita por ChrisGranger


Capítulo 24
Um simples nome muda tudo


Notas iniciais do capítulo

Olá meus leitores queridos!!! Que saudades!! Voltei as aulas :( !!!! Desculpem a demora!! Boa leitura!!



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Lílian saíra da sala comunal na manhã seguinte, sentindo-se extremamente feliz. Ela ganhara diversos presentes de seus pais, incluindo doces e biscoitos de Natal feitos especialmente pela sua mãe. Chad a presenteara com um cartão cheio de elogios e piadas que o próprio garoto inventara (Lílian costumava chamá-lo de comediante). Severo havia mandado para ela um pacotinho de feijõezinhos de todos os sabores e, Abbey e Belle, haviam comprado pulseiras idênticas para as três.

Porém, seu Natal havia sido muito mais que presentes e doces. Ele havia sido maravilhoso, e num mundo que, há um ano atrás, Lílian nem imaginava existir. Num mundo onde, ela pôde acreditar que era especial, que era alguém diferente.

– Líly! - chamou Severo, vindo correndo em sua direção.

– Sev! - exclamou Lílian, abraçando-o sem reparar na vermelhidão do rosto do amigo. - Como você está?

– Muito bem… - balbuciou ele, sorrindo encabulado. - vamos para os jardins?

– Claro! - concordou Lílian.

– Então… como foi o Natal? - perguntou Severo, caminhando ao lado da garota.

Lílian sorriu alegremente.

– Bem, foi perfeito! - contou Lílian, começando a narrar o dia anterior para Severo.

Quando a garota terminara de contar todo o Natal para o amigo, eles já se encontravam nos jardins e Severo parecia um pouco desconcertado.

– Você está dizendo que foi o melhor Natal da sua vida, mesmo com o Potter? - perguntou ele, incrédulo.

– Ele é sim, bem irritante e convencido. - admitiu Lílian, dando de ombros. - Mas sim, mesmo com ele foi bom.

Severo erguera as sobrancelhas, parecendo não ter acreditado muito na garota e desviara os olhos da garota para a floresta proibida.

– Será que é tão ruim quanto as pessoas dizem? - indagou ele depois de um tempo, pensativo.

– A floresta? - perguntou Lílian, sentindo um calafrio.

O amigo afirmou, ainda observando as centenas de árvores altas e sombrias.

– Sim… é terrível lá! - disse ela, rapidamente. Severo a encarou confuso e franziu o cenho. - Quero dizer… pelo que dizem.

– Eu não sei, Lílian… eu acho que não tem nada demais lá. Algumas aranhas, uns unicórnios e… talvez até coisa pior. Mas, essa floresta desperta muita curiosidade, não é?

– Eu não acho, Sev. - discordou Lílian, um pouco nervosa. - Eu acho que a floresta é perigosa. Muito perigosa.

Severo deu de ombros, voltando seu olhar para Lílian.

– Líly, não gosto que fiquei perto do Potter. - disse ele, a olhando.

– Eu não fico… - começou ela. - mas ele é da mesma casa que eu, não tem como evitá-lo.

Severo assenou com a cabeça tristemente, olhando para o castelo.

– Acho melhor eu ir… - disse ele, despendindo-se da amiga e voltando para o castelo.

– Ele sempre vai tão rápido, não é? - comentou Anabel Lovegood, próxima à garota.

Lílian tomara um susto e a observara curiosa. Seus olhos azuis claros como o céu observavam pequenas flores no jardim e seus cabelos loiros e ondulados, caíam por seus ombros em cascata.

– É… é, eu sei. - respondeu Lílian, sorrindo.

***

– Oh, que bom que os encontrei! - McGonagall parecia um pouco nervosa e aliviada ao mesmo tempo, ao encontrá-los.

– Não fui eu que joguei aquela bomba de fedor no terceiro andar, professora! - disse Tiago, nervoso.

– Do que o senhor está falando sr. Potter? - indagou a professora, olhando o severamente.

– Er… nada importante. - disse ele, fixando seu olhar nos amigos pedindo ajuda.

– O que houve, professora McGonagall? - perguntou Remus, desviando sobre o assunto da bomba de fedor.

– Bem, o professor Dumbledore os está chamando. - disse ela, afinal. - Os senhores sabem onde está a srta. Evans? Ou a srta. Hastins?

Tiago esboçara uma careta, confuso. O que tudo aquilo queria dizer?

– Amm… acho que a Lílian está nos jardins. - informou Tiago.

– Abbey está estudando na biblioteca. - disse Sirius.

– Bem… tudo bem, então. Deixemos a srta. Hastins estudando. Porém, a srta. Evans tem que vir conosco.

– Onde é a sala do diretor? - perguntou Sirius.

– Eu sei onde é. - respondera Remus.

– Bem, mas eu os levarei lá naturalmente. - disse McGonagall, energeticamente. - Mas antes, deveremos achar a srta. Evans.

Tiago, Sirius e Remus estremeceram, se entreolhando desconfiados e seguiram a professora até os jardins. Lílian conversava com Anabel, uma garotinha baixinha da Corvinal, com cabelos loiros claros.

– Srta. Evans, o diretor quer conversar com a srta. e com os seus amigos. - disse McGonagall, indicando os garotos ao lado da professora.

Lílian parecera confusa e assustada ao mesmo tempo, mas assenou com a cabeça firmemente e seguira a professora em direção à escola. Esta, os levara até uma estátua em forma de gárdula, no fim de um dos corredores do castelo.

– Baunilhas apimentadas. - dissera McGonagall seriamente. Tiago, se esforçara para não rir diante das palavras da professora, mas não precisara de muito esforço, pois o garoto ficara ainda mais abismado quando a estátua saltara para o lado, revelando uma escadaria de pedra em espiral. - Podem subir.

– O que o diretor quer? - sussurrou Lílian para os garotos, subindo as escadas logo atrás de Tiago.

– Não sabemos… - respondeu Sirius, franzindo a testa. - vocês acham quem tem relação com o que aconteceu na floresta?

– Com certeza. - disseram Tiago e Lílian em uníssono.

– Mas isso não é nada bom… - sibilou Remus. - por que diabos Dumbledore iria querer retornar a esse assunto?

Quando a escadaria terminara, eles se encontraram diante de uma grande porta, que revelara dois homens dentro da sala do diretor. Dumbledore não demonstrava nenhuma reação e seus olhos estavam focados além dos garotos. Seu semblante era completamente indecifrável. Lílian tremera ligeiramente ao lado dos garotos ao focar seu olhar no homem ao lado. Se é que poderiam chamá-lo assim.

– Crianças, este é Tom. - informou o diretor.

***

Tiago apertara os olhos, apesar de ter certeza de que estava enxergando os dois sujeitos na sala perfeitamente bem. O diretor acabara de apresentá-los a um homem trajado com vestes negras. Seus olhos eram quase completamente vermelhos e este não aparentava ser um homem idoso, apesar de não pertencer nenhum fio de cabelo sequer. Seu nariz era longo e seu olhar era a mais pura desconfiança e repugnância.

– Tom? O que o senhor nos falou… - começou Tiago.

– Sim. Tom Riddle. - confirmou o diretor.

Tom, Tiago percebera, parecera um pouco irritado.

– Hoje em dia, Dumbledore, como você já sabe, eu prefiro que me chamem por outro nome… - disse Tom. Sua voz era a mais fria que Tiago já ouvira e o garoto sentira Lílian tremer mais uma vez ao seu lado.

– Tenho certeza de que, essas crianças, não estão interessadas em conhecer seu “novo” nome. Até porque, seu nome é Tom e mesmo não gostando, sempre será. - retrucou Dumbledore calmamente, cruzando seus dedos.

Tom, apertara os olhos parecendo ainda mais ameaçador e mais frio. Ele virou seu olhar para os garotos e fixou-o em Lílian.

– Suponho que esta seja a razão pela qual me chamou, diretor.– disse Tom, indicando Lílian. A garota franzira a testa, esforçando-se para entender o que Tom dissera.

Dumbledore afirmou quase que, imperceptivelmente com a cabeça.

– Seu amigo anda vagando pela floresta há um mês, Tom. Eu gostaria de saber o por quê. - disse o diretor, fazendo com que Tom virasse seu olhar para ele, esboçando um sorriso sinistro de desdém.

– Por que acha que é meu amigo, Dumbledore? Por que acha que fui eu que o mandei? - questionou Tom, com a voz demonstrando desprezo.

– Ah, Tom, se é que me perdoa, deixemos a modéstia de lado. Você sabe, muito bem, que eu não costumo errar em meus palpites. - disse o diretor, com um sorriso tranquilo.

– E qual seria seu palpite dessa vez, Dumbledore? - indagou Tom.

O diretor o encarou por trás de seus óclinhos meia-lua, pensativo. Sua expressão, ainda indecifrável, o tornava, Tiago achava, ainda mais forte.

– Meu palpite, é que você, Tom, mandou um lobisomem para nos vigiar. Há algum tempo eu lhe disse que o senhor não poderia lecionar aqui. Ainda mantenho minha decisão. Agora, por que nos vigiar, Tom?

Tiago percebera, por uma fração de segundos, os olhos de Tom percorrerem uma espada que somente agora o garoto percebeu a existência.

A espada estava apoiada em uma mesa mais ao fundo da sala, segura por uma camada de vidro. Ela era feita totalmente de prata e, pedrarias vermelhas estavam presentes por todo o objeto. Tiago apertara um pouco os olhos, esforçando-se para ler o que estava escrito no objeto. “Godric Gryffinfor”. O garoto arregalara os olhos e perdera o fôlego, olhando de Dumbledore, para Tom e de Tom, para a espada.

Ele cutucou Lílian discretamente e apontara para o objeto no fundo da sala. A garota, assim como Tiago, arregalou os olhos soltando uma exclamação baixa.

– Suponho que queira saber o por quê de Greyback não ter atacado a garota. - desviou Tom, fixando seu olhar em Lílian novamente. Remus ficou pálido e estremeceu.

– Oh… Fenrir? Eu já devia ter imaginado… - disse o diretor, passando seus olhos rapidamente por Remus.

Tom não disse mais nada, e circulou um pouco a sala do diretor, parando em frente ao Chapéu Seletor.

– Objeto muito interessante, este chapéu… - refletiu Tom, ainda examinando cada detalhe do objeto já encardido. - sempre me despertou curiosidade.

Dumbledore fitou o homem careca e frio com certa desconfiança.

– Sim, de fato. - concluiu o diretor.

Tom virou-se para Dumbledore e seus olhos extremamente vermelhos eram ameaçadores.

– Você sempre desconfiou de mim, não é Dumbledore? Em todos os momentos… desde que você me conheceu!

– Tom, acredito que, eu tenha tido bons motivos para isso. - disse Dumbledore, calmamente.

– Meu nome não é Tom! - gritou o homem, afastando-se do Chapéu e se aproximando de Dumbledore. - Eu deveria ter deixado a sangue-ruim morrer! Greyback teria adorado… assim como ele adorou ter se deparado com um Lupin noites passadas...

– Ei! - protestou Tiago, vermelho de raiva. - Não se atreva a falar assim deles!

A sala mergulhara num silêncio mortal e perpétuo. Tom, virou-se para Tiago que havia dado um passo à frente, e o encarou com desdém e frieza. Dumbledore parecia distante e até mesmo, preocupado. Ele se levantou de sua mesa e postou-se discretamente, próximo a Tom, empunhando a varinha.

– Acho que você não tem muita ideia de com quem está falando. - disse Tom, friamente.

Tiago não respondera nada, e tampouco recuara.

– Eu não me importo. - disse ele, afinal.

– Tom, não acredito que você me contará o que estava planejando, ao mandar Fenrir Greyback vigiar à escola. - interferiu Dumbledore, antes que Tom pudesse dizer qualquer coisa. - Mas, peço-lhe que o mande sair. Acredito que, você não queria chamar muita atenção, para deixar Lílian Evans viva.

Tom virou-se para ele com um sorriso sinistro.

– Dumbledore, eu não sou mais o mesmo. - começou Tom, olhando para Lílian novamente. - Eu não tenho misericórdia.

– Acredito que nunca tenha tido, Tom. Você tem cometido muitos erros nos últimos tempos… prejudicou muitas famílias. Você não conhece amor. - disse Dumbledore, postando-se à frente do homem.

– E para onde seu amor te levou, Dumbledore? - respondeu Tom, com desprezo. - Essa garota quase foi morta por ser muito enxerida!
– Lamento informá-lo, mas o que acabou de dizer, não faz sentido, Tom. - interrompeu Dumbledore, firmemente.

– Irá fazer, Dumbledore… irá fazer muito sentido. - disse Tom, encaminhando-se para a porta da sala do diretor. - Fiquei surpreso de ter me chamado. Deveria temer-me, Dumbledore. Foi um grande risco, diante de meus feitos.

– Feitos dos quais só englobam violência e tristeza. - disse o diretor, parecendo pela primeira vez naquela dia, infeliz. - Que iraõ te perseguir para sempre, Tom. Por que eu temeria alguém que, só o que pertence é um grande vazio de trevas e tristezas?

Tom Riddle parecia, pela primeira vez, não saber o que dizer depois do comentário do diretor. O homem lançara um último olhar frio e ameaçador para os garotos e saíra pela porta, deixando-os no mais profundo e sombrio silêncio.

***

Os garotos se entreolharam, assustados. Lílian estava paralisada e encarava seus próprios pés.

– Professor… nós… o senhor pode nos contar… - começou Remus, sem saber o que dizer. - o que acabou de acontecer aqui?

– Quem era aquele cara? - perguntou Sirius, informalmente.

Alvo Dumbledore observou-os, seus olhos extremamente azuis faiscando à cada movimento dos quatro.

– Tom nunca conheceu o amor, crianças… - fora somente o que o diretor disse.

– Como alguém pode não ter conhecido o amor? - indagou Lílian com voz embargada e olhos marejados. - Como alguém pode viver desse jeito, professor?

Dumbledore refletiu os olhos verdes esmeraldas de Lílian e por um momento, a garota jurara ter visto compreenção e orgulho em seus olhos.

– Não vive, Lílian. Não vive. - disse o diretor, simplesmente.

A garota sentiu sua garganta arder e tentava se segurar para não cair no choro ali mesmo.

– Professor? - chamou Tiago, após algum tempo. - Aquela espada pertenceu a Godric Gryffindor?

Dumbledore virara-se para o lugar em que Tiago apontava, onde, a reluzente espada, se encontrava solitária apoiada numa mesa.

– Ao próprio… - disse o diretor, com uma pontada de orgulho.

– Eu acho… senhor, que talvez o Tom quisesse ela. - disse Tiago, cautelosamente.

Dumbledore erguera um pouco as sobrancelhas, parecendo um pouco surpreendido.

– Bom palpite, Tiago. - elogiou o diretor, suspirando profundamente. - Ele realmente deve ter algum motivo importante para pedir à Fenrir para viagiar-nos.

Os garotos concordaram silenciosamente e logo após isso, o diretor os dispensou.

– Então… o que acham desse tal de Tom? - disse Sirius, no caminho de volta ao salão comunal. - Eu o achei sinistro… sujeito estranho aquele! E os olhos?

– Ele já estudou aqui, não é? Em Hogwarts? - comentou Remus.

– Eles não disseram isso em nenhum momento. - interferiu Sirius.

– Estudou sim… - disse Tiago, fazendo com que todos o olhassem, surpresos. - numa das detenções, eu estava na sala de troféus e o nome dele estava escrito em um deles. Prestou serviços à escola.

Sirius erguera as sobrancelhas, atordoado.

– Bem, não vejo como um cara daqueles iria querer prestar serviços à escola. - disse ele.

– O que houve, Remus? - questionou Lílian, observando o amigo que parecia estranhamente infeliz.

Tiago encarou Remus com um olhar solidário. Ele sabia toda a história de como o amigo havia se transformado.

– O mesmo lobisomem que quase te matou naquela noite Líly, foi o que me transformou há 10 anos. - disse Remus, baixinho.

Lílian cobriu a boca com a mão, assustada e abraçou Remus, tristemente.

– Eu sinto muito… - sussurrou ela. Remus sorriu e os quatro voltaram à sala comunal.

Após aquele dia, os garotos não escutariam o nome Tom Riddle por algum tempo. Eles escutariam outro nome, um nome, que, até hoje as pessoas temem pronunciar. Um nome que, com uma simples maldição, acabaria com a vida de Tiago e Lílian Potter.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? :) Beijinhos!! Chris!