Gossip St. Jude- 1ª temporada escrita por Salada


Capítulo 65
Feliz natal- Parte II




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–Hora dos presentes!- Louise Johnson guinchou, levemente bêbada, enquanto se levantava desajeitadamente. Todo ano era assim: todos jantavam, e quando estavam satisfeitos(ou a ponto de explodir com a quantidade de comida em seus corpos),iam para a sala, onde trocavam presentes caros entre eles. Assim, os outros convidados se levantaram, e todos foram até os sofás na sala de estar principal, onde se acomodaram. CeCe, Matt e Dylan os seguiram, e se sentaram juntos num divã azul marinho- Esse presente- Louise pegou uma grande caixa dourada com um laço azul bebê em volta dele. Parecia bem pesado- é de mim, para...- ela de uma pausa para o suspense(clássico da mãe de Jill) e enfim revelou:-minha mamãe, Siena!- ela exclamou, risonha, e os convidados aplaudiram e riram enquanto a idosa se levantava e recebia o presente, abraçando a filha.

–O que será, o que será?- ela disse, chacoalhando a caixa com seus braços finos, fazendo parecer que eles quebrariam. Ela colocou a caixa na mesa de vidro perto da lareira e puxou o laço, que caiu no carpete delicadamente. Abriu a caixa e deu uma risada no segundo antes de tirar o presente- Não acredito nisso!- ela gritou, escandalosa. Agora sabemos da onde a filha puxou...

As mãos da mulher saíram da caixa junto com um vaso absurdamente grande de cristal vermelho, que parecia extremamente delicado apesar da grandeza, e as pessoas ao redor uivaram e aplaudiram. Ela botou o vaso na caixa novamente e a fechou. Pegou a caixa com as mãos e voltou ao seu lugar, sentada.

–Nossa, depois dessa eu preciso de um fumo- Siena falou, se levantando novamente. Como uma boa francesa, ela fumava mais que uma chaminé. E é claro, continuava magra- Eu já volto- ela andou até a varanda. Os olhos de CeCe se arregalaram e ela bate no braço de Matt com o cotovelo, sem dizer palavra alguma. Matt olha para ela e ela aponta para a velha andando até a varanda cm a cabeça. Eles se entreolharam em choque, e não souberam o que fazer. Nossa, aquilo ia ser uma vergonha só... Mas ela já tinha entrado na varanda, então não havia nada mais que eles podiam fazer. Ficaram observando ela entrar, ficar 5 minutos lá dentro e voltar, no mesmo estado que entrou. Assim, ele deduziram, aliviados, que ela não os viu, e ignoraram aquele momento, e continuaram a participar da troca de presentes.

Não demorou muito para Marco e Jill voltarem para dentro depois de tal evento, de mãos dadas, mas logo soltaram e se soltaram em lugares diferentes da sala. Eles tinham sorte que a maioria das pessoas ali estava bêbada demais para reparar. Após a entrega da primeiras edições de livros famosos, roupas de marca e muitas(muitas) joias, todos estavam cansados no fim da noite. Faltavam 5 minutos para a meia noite, e os convidados continuavam a beber e conversar, animados.

–Preciso falar com você- disse CeCe para Jill, e elas foram para o canto ao lado do elevador- Você não me explicou que negócio é esse do Dylan. Vocês voltaram?!- ela exclamou.

–E você não me explicou esse negócio do Marco- acusou Jill- Nem pra me avisar?!-As duas suspiraram-Ok, esse negócio do Dylan... Eu não tive tempo pra explicar, foi mal, mas... É que minha vó, Siena, ia ficar de coração partido se soubesse que eu e Dylan terminamos. Ela ama ele, como você pôde ver. Então eu combinei com ele da gente fingir que ainda estávamos juntos, só por hoje.

–J, você sabe que uma hora ela vai descobrir- disse CeCe- Você não pode fingir pra sempre.

–Eu sei- Jill revirou os olhos, parecendo puta com tal fato- Mas você, com o Marco, quase estragou tudo!

CeCe riu.

–Foi mal- ela falou- Eu e Matt estávamos combinando a dia de fazer vocês ficarem. Achamos que ia fazer bem pra você, pra você esquecer Dylan de vez e seguir em frente. E até parece que você não acha o Marco um gatinho.

–Hm, pode até ser- ela admitiu, elas riram, juntas.

–E como foi?!- perguntou C, entusiasmada.

Jill fez uma careta.

–Ele pode ser gato, mas o beijo...- as duas caíram na gargalhada. Viu? Até as melhores pessoas gostam de falar mal das outras, de vez em quando.

Foi quando CeCe conferiu o relógio em seu pulso.

–Meu Deus, falta menos de 1 minuto para meia noite! Vamos, vamos- elas correram juntas até a sala, onde as pessoas já estavam de pé, contanto os segundos para o natal, inclusive Marco, Dylan e Matt. 10, 9, 8... Louise pegou uma garrafa de champanhe da mesa e puxou um abridor de garrafas de seu bolso. 7, 6, 5... Ela tentou abrir a garrafa. 4, 3, 2... Finalmente, ela consegue, e a rolha sai voando para algum lugar não identificado, na sala, e rola pelo carpete. 1!

“Feliz natal!”, todos gritaram, e começaram e se abraçar. CeCe e Jill se abraçaram, depois CeCe abraçou Matt, enquanto Jill abraçava seus parentes. Matt deu um curto abraço em Dylan, e então Jill deu de cara com Dylan, e por um momento constrangedor, eles não sabiam o que fazer. Mas eles enfim, se abraçaram, e ficaram abraçados por alguns segundos, até que se soltaram.

–Qual é, sem beijo?!- Jill ouviu sua avó Siena exclamar, enchendo sua taça com mais champanhe. Eles se olharam constrangidos por mais um segundo, mas Dylan a agarrou e lhe tascou um beijo de cinema, as mãos deslizando por sua nuca. CeCe deu uma risada, e Matt ainda não entendia o que estava acontecendo, e muito menos Marco. Todos ao redor aplaudiram, risonhos, tomados pela alegria natalina. Era um momento feliz.

X-X-X

Já eram 2 da manhã. Alguns convidados já haviam ido embora, mas a maioria continuava sentados na sala de estar, batendo papo, e bebendo. Estava um clima animado, e num canto da sala estavam Jill, CeCe, Matt, Dylan e Marco, que também bebiam e conversavam. Tudo foi esclarecido, e enfim eles riam da situação.

–Mas falem baixo, minha avó ainda está ali- Jill disse, com um sorriso no rosto. Era tão bom estar tudo esclarecido, e ter dado tudo certo, e principalmente estar com os amigos.

–Ops- riu CeCe, e deu um gole no seu champanhe- Nossa, eu amo champanhe- ela falou- Um brinde- ela levantou a taça-, à esse ano merda que nós tivemos que finalmente está acabando, e que tudo ta dando certo.

–Um brinde!- todos levantaram a taça e brindaram, alegres, e logo beberam. Foi quando Siena apareceu atrás de Jill e colocou a mão no ombro dela.

–Não quero atrapalhar a diversão de vocês, jovens- ela falou com um sorriso jovial no rosto- Mas Jill, vem aqui por um instantinho?

–Claro, vó- ela se levantou e seguiu a avó, que a levou até o mesmo canto do elevador que ela tinha conversado com CeCe duas horas antes- O que foi?- ela perguntou, preocupada.

–Você sabe que não precisa esconder as coisas de mim, não é?- os olhos da senhora era escuros e profundos, e o coração de Jill acelerou ao ouvir essas palavras.

–Claro- ela gaguejou, nervosa. Passou a mão pela saia lápis e se apoiou na parede.

–Então por que você mentiu pra mim sobre você e o Dylan?- ela questionou, com os olhos pidões. Jill suspirou. Aquilo era tudo que ela temia. Ela ia começar a falar, quando sua vó continuou- E sim, eu sei. Eu vi você se agarrando com aquele jovem na varanda. E eu sei que você não é do tipo que trai. Sou inteligente, sei ligar os pontos.

Jill deu uma risada nervosa.

–Ai, vó, desculpa- ela falou-Eu...

–Achou que eu ia ficar magoada- Siena completou- Eu tenho que admitir que fiquei um pouco chateada, vocês dois juntos formavam um grande casal. Mas não importa o que acontecer, você sempre tem que fazer o que você achar melhor pra você. E eu vou te apoiar. Tudo bem?

A adolescente sorriu, com os olhos úmidos.

–Desculpa- elas se abraçaram, mas não durou muito, porque a menina logo a afastou- Espera- ela disse- Se você me viu beijando o Marco lá fora, então por que depois você disse pra eu beijar o Dylan, quando deu meia noite?

Siena riu, com um olhar sábio.

–Eu queria ver até onde vocês iam- ela falou num tom sarcástico- E também queria zoar um pouco com você- A garota de cabelos castanhos riu- Mas olha, pelo jeito que ele te agarrou... Eu acho que aí tem coisa.

Jill mordeu o lábio, nervosa. Era a segunda vez do dia que tocavam nesse assunto.

– Você tem certeza que ele não sente mais nada por você?- a avó questionou, e a mais nova olhou para Dylan, com o pescoço virado. Ele ria e conversava com Marco sobre algo, com a taça de champanhe na mão. Parecia adorável, do jeito que estava alegre.

Depois de jogar a bomba, Siena voltou para a sala, onde estava o resto dos convidados, e Jill voltou para seu lugar também.

– O que foi?- CeCe perguntou, olhando pra ela.

–Ela sabe que nós terminamos- ela disse pra Dylan- Mas está tudo bem.

–Ela não ficou mal?- questionou a ruiva.

–Nem um pouco.

–Bem, isso é bom. Né?- perguntou Matt- Um brinde a isso, também!- e eles brindaram novamente.

–Ta tentando me deixar bêbada?!- CeCe exclamou, rindo. Aparentemente, não seria tão difícil, já que ela já estava bastante animada. Assim, eles ficaram lá, até a festa acabar de vez, e todos irem para as suas casas. Bem, nem todos. Por volta das 3 da manhã, Dylan ainda estava no apartamento, esperando sua limusine chegar para pegá-lo. Ele, sentado no mesmo sofá que eles estavam, conversava com Jill. Estavam sozinhos na sala, exceto pelas empregadas, que limpavam a mesa de jantar e a sala. Louise já havia desmaiado na cama com René já fazia meia hora, e todos as outras pessoas já tinham ido embora. Foi quando o celular de Dylan apitou, e ele leu a mensagem que avisava que sua limusine estava chegando.

–Minha limu ta chegando- ele anunciou, se levantando- Eu já vou então.

–Ta legal- eles andaram juntos até o elevador, e Dylan clicou no botão para chama-lo-Obrigado por tentar hoje. Eu sei que não deu certo, mas pelo menos a gente tentou- ela sorriu, e Dylan retribuiu.

–O prazer foi meu- a voz de Dylan fez Jill se arrepiar. Ela tinha que admitir que sentia falta daquela voz. Mas de qualquer maneira, ela voltou com a postura e tomou coragem pra dizer o que ela tinha que dizer.

–Dylan- ela falou, olhando nos olhos do garoto- Eu não sei o que você sente por mim. Mas não interessa. O que interessa é que...- ela suspirou- Eu não sinto mais nada por você E nós terminamos por uma razão.

Dylan concordava com a cabeça sem parar. Ele não conseguia acreditar no que estava ouvindo. A 2 meses atrás, era Jill que era louca por ele. Como assim ela amava mais dele? E como assim ele a amava?

–...por isso eu acho que a gente tem que seguir em frente- ela terminou- Ok?

“Pling!” as portas do elevador se abriram. Dylan sorriu tristemente e beijou a testa da garota à sua frente.

–Feliz natal- ele disse, e entrou no elevador. Havia lágrimas em seus olhos verdes, e seu coração estava partido.


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