Gossip St. Jude- 1ª temporada escrita por Salada


Capítulo 59
De novo?!


Notas iniciais do capítulo

não ficou muito grande mas.............



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–Vamos começar?- a voz do diretor do colégio St. Jude, o sr. St. Jude, ecoou na sala de conferências e reuniões da escola, que, apesar de ser muito grande e espaçosa, tinha paredes que faziam um poderoso eco. Não havia muita mobília no lugar; exceto por uma gigantesca mesa de carvalho retangular, o mesmo material das mesas das salas de aula, com várias cadeiras ao redor, e um monitor de última geração numa das paredes. Sentados nas cadeiras estavam todas as figuras que deveriam estar ali; exceto por uma, que por acaso, era a mais importante- Ou deveríamos esperar pela...- ele não sabia o que dizer- julgada?

Ninguém na aberta sala respondeu, mas todos continuaram sentados, impacientes, olhando para o relógio e murmurando reclamações. A mãe de CeCe, Ramona, usava seu “terno de advocacia”, que era um terno que segundo ela, “parecia aqueles da TV”, e também estava com vontade de dar uma bronca na filha pelo atraso. Aonde já se viu; se atrasar para a própria reunião? Para o bem da filha, já que a imagem de atrasada não melhoraria as chances dela ali, ela se levantou e alegou:

–Minha família acaba de me mandar uma mensagem pedindo perdão pela ausência e dizendo que infelizmente, ela precisou ir para outro lugar, para um compromisso mais urgente- ela se sentou de novo, orgulhosa da pequena mentira que tinha acabado de inventar.

–Nesse caso- o sr. St. Jude se levantou e ligou o projetor-, podemos começar.

X-X-X

CeCe estava dormindo. Já fazia uma hora que a reunião tinha começado quando ela finalmente despertou, no sofá que estava comendo as batatas mais cedo, com o cabelo mais bagunçado que antes e com olheiras maiores e mais escuras. Acordou sem pressa, bocejou, limpou a baba que escorria de sua boca na grande camiseta de baseball que usava por cima da calcinha, e olhou o horário.

Merda! Ela subiu correndo para o quarto, colocou uma roupa decente, amarrou o cabelo em cima da cabeça para não ficar tão desarrumado, deu uma bronca na empregada por não tê-la acordado e pegou um táxi para a escola. Era terça e Manhattan estava movimentada, ou seja, com um trânsito péssimo. CeCe demorou pelo menos mais 15 minutos para chegar no local, e quando chegou, não deixaram ela entrar. Era uma das regras da escola: uma vez que uma reunião já começou, ninguém mais pode entrar.

Assim, ela se sentou na escada, observando os portões altos e abertos da escola e vendo os alunos do primeiro, segundo e terceiro ano sendo liberados, e indo embora. Não demorou muito até ver Jill andando em direção à sala de reuniões, carregando seu material nos braços, provavelmente para esperar CeCe sair da reunião com a resposta que tanto queria. Ela gritou pela amiga, que foi de encontro com ela.

–O que diabos você está fazendo aqui? Não deveria estar lá dentro?

–Deveria- ela fez sinal para Jill sentar ao lado dela, e foi o que ela fez.

–O que houve?- perguntou J.

–Eu dormi.

As duas riram, e depois continuaram a encarar a saída do colégio, melancolicamente esperando pela abertura das portas com a diretriz da vida de CeCe, e consequentemente, de Jill. Levaram-se algumas horas para isso acontecer, e quando isso aconteceu o coração das duas acelerou. De dentro da sala de reunião, saiu o diretor, e depois o vice, e os professores, e o resto da parte burocrática que estava lá. Os pais da julgada foram os últimos a saírem.

–Pai!- exclamou CeCe, correndo em direção ao casal, com Jill atrás dela, andando mais devagar. Aquele era o momento. Ela parou na frente do pai, ofegante, e respirou pesado, olhando para os olhos do patriarca, tentando identificar qualquer emoção- E aí?

Ele ficou imóvel por um segundo, sem reação, mas logo um sorriso enorme se abriu no rosto dele, fazendo com que CeCe pulasse em cima dele para lhe abraçar. Ele o rodou, enquanto Jill comemorava e batia palmas, junto de Ramona. Os pais dos alunos que não queriam a volta da garota passaram por eles, com rosto azedo. A ruiva, ainda girando, deu o dedo do meio para eles, que abriram as bocas, chocados.

A garota má voltou.

X-X-X

Logo depois do feliz acontecimento, a família Cooper e Jill foram para seu apartamento jantar, e celebrar a volta da garota a escola. A empregada colocou a mesa e eles se sentaram, esperando a comida ser preparada e posta na mesa.

–Quem diria- disse George- Mal fazem 2 meses que as aulas começaram e você já foi expulsa e readmitida.

CeCe riu.

–Eu não estou surpresa- respondeu Ramona- Nossa filha está honrando o signo.

–Isso é baboseira- alegou CeCe sobre astrologia. Isso era algo que sua mãe acreditava muito, mas ela nem ligava.

A mãe de CeCe ergueu sua sobrancelha esquerda num olhar de desaprovação e disse:

–Isso é o que você pensa.

Finalmente, a comida foi posta. Era um prato especial para uma ocasião espacial: um bife coberto de molho de vinho branco com alcachofra e pimenta com purê coberto de cogumelos, além de uma salada completa. A bebida era vinho tinto e é claro, água, para acompanhar a bebida principal.

No momento que a comida foi servida, CeCe se levantou.

–Só um minuto, preciso fazer uma ligação- e assim, deixou a mesa. Foi para um canto da sala, pegou o celular e ligou para Pierre. Não obteve resposta. Tentou de novo. Nada. Na 3ª tentativa, quando ele não atendeu também, decidiu deixar um recado- Pierre, eu não sei o que aconteceu, mas eu estou preocupada. Por que você não me atende? Está tudo bem? Me liga quando escutar por favor. Eu te amo, beijos- e desligou. Voltou a mesa e se sentou na cadeira, ao lado de Jill.

–Está tudo bem?- ela perguntou.

–Pierre não está me respondendo- a outra sussurrou em resposta- e eu não sei o que está acontecendo.

–Quer que eu te cubra?- perguntou Jill, porque sabia que os pais de CeCe jamais deixariam a garota sair no meio de um jantar; especialmente um jantar feito para ela. A ruiva concordou- Ai, me perdoem, mas eu realmente detesto vinho tinto. Eu vou no mercado comprar outro tipo.

CeCe não demorou para entender sua deixa.

–Não precisa- ela se levantou rapidamente- Eu vou.

–Mas nós temos outros tipos de...- tentou interromper Ramona, mas CeCe já havia partido. Ela rapidamente pegou um táxi e foi para o apartamento de Delphine, a ex namorada dele. Pouco importava se ela estaria lá: CeCe resolveu ignorá-la. Chegando lá, subiu no elevador e tocou a campainha do apartamento. Ela ouviu passos e viu um olho no olho mágico, que desapareceu logo depois.

–Pierre?- ela chamou- Eu sei que você está aí.

O prédio continuava num completo silêncio; a madrugada já estava se aproximando.

– Por favor- pediu CeCe.

A porta abriu.

–Se você conseguir me dar uma boa explicação para ter mentido para mim para sair com outro cara ontem, eu deixo você entrar- Pierre disse, com olhar ríspido para a garota.

A última levou um susto, e tentou se explicar. Ela queria dizer que ele não importava, que ela não tinha nada com ele; mas simplesmente não era a verdade. Palavras cortadas saíam da boca dela, mas nada concreto ia parar nos ouvidos do namorado. Ela de repente percebeu que não conseguia explicar o que Patrick era: um amigo, um possível ficante, alguém mais especial? Ela não conseguia saber. Não conseguia compreender se ela estava flertando por diversão ou se queria se envolver. Simplesmente não conseguia.

No final, a ruiva não conseguiu dizer nada.

–Então me esquece- disse Pierre, a frase que a garota tinha dito pra ele não fazia muito tempo, e fechou a porta, deixando CeCe sozinha no corredor, completamente sem chão. A felicidade de mais cedo tinha se esvaído completamente.


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Notas finais do capítulo

(me perdoem shippers de cece e pierre)



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