Gossip St. Jude- 1ª temporada escrita por Salada


Capítulo 58
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Notas iniciais do capítulo

gente, eu sinto muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito muito pela minha ausência, eu tinha perdido completamente a criatividade depois do último capitulo, fiquei com bloqueio por meses mas agora, eu finalmente consegui ter coragem para continuar. por favor, não abandonem, porque eu vou voltar a escrever que nem antes. espero que gostem do capítulo, não esqueça seu comentário ;)



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Na primeira terça-feira do mês de novembro, aconteceria a reunião na escola St. Jude para decidir se a aluna CeCe Cooper, envolvida num escândalo envolvendo uma morte, um quarto de hotel destruído e cocaína, poderia voltar para a escola, depois de tudo que ela fez. Estariam presentes na reunião o diretor, o vice diretor, todos os professores, os pais de CeCe e alguns pais de alunos indignados com a possibilidade da volta da garota para a escola. Ela estava marcada para as 5 horas da tarde, ou seja, ainda faltavam 3 horas para a reunião, e a cidade de Nova York estava movimentada como sempre. Carros e táxis corriam pela Quinta Avenida, o vento frio do pré-inverno chacoalhava com agressividade as árvores do Central Park e por toda a cidade homens da Wall Street e mulheres bem sucedidas andavam apressados pelas ruas, gritando palavrões nos celulares e batendo os sapatos de couro Armani e saltos 13 da Prada na calçada suja e cinzenta na cidade.

E se você olhasse por fora da escola St. Jude, pensaria que naquele lugar a paz reinava, ao contrário de todos os outros lugares de Nova York. Mas é claro que só se você olhasse por fora, porque se você estivesse dentro daquele lugar, definitivamente não acharia isso. Isso porque, somente 3 dias depois da suposta queda de uma suposta rainha, já havia uma outra garota com as qualificações necessárias para se tornar a nova. E o nome dela era Jéssica.

– Então...- disse Sasha Gold, uma das novas seguidoras de Jéssica, sentada num degrau frio da escadaria do Met, junto com as outras seguidoras e a suposta nova rainha, um ato que já era tradição entre as meninas da escola por causa do seriado que todas idolatravam, “Gossip Girl”- J, o que você vai fazer no seu aniversário? Faltam 2 semanas...- ela pronunciou, ansiosa, as bochechas rosadas e o gloss labial rosa claro brilhando por causa do sol da uma hora que refletia em seu rosto.

– Bem- ela disse, apaixonada pelas atenções que estava recebendo e inspirada pelos olhares admirados das colegas. Aquilo era tudo que ela queria desde sempre- Eu estava pensando em uma festinha lá em casa, só para as íntimas. Ou seja, só para vocês. Eu estava pensando em massagem profissional haitiana, manicure, pedicure e um acupunturista maravilhoso, especializado em relaxamento dos músculos das costas, só para nós. Uma coisa bem privada, sabe?

– Uhh, isso é interessante- aprovou Becky Jones, abrindo um pote em suas mãos e tirando um morango caramelado de lá, que combinava com seu cabelo pintado- E você pretende chamar...?

Ela nem precisou terminar a frase, porque todas ali sabiam a quem ela se referia, e Jéssica sabia que a resposta que ela daria podia fazer que as garotas amassem ela mais ainda ou passassem a desrespeita-la. Felizmente, ela sabia diferenciar as duas.

– Você ainda pergunta?- disse Jéssica- Não quero vadias na minha festa.

Todas as garotas ali riram, e continuaram a conversar sobre o mini spa na mansão dos Greene para o aniversário de Jéssica. Essa era a nova notícia do momento, e Jéssica não podia estar gostando mais daquilo tudo. Afinal, aquele era o sonho de todas as garotas do Upper East Side. Ou melhor, do mundo. Não adianta negar.

X-X-X

Pouco depois disso, a campainha do apartamento dos Cooper tocou. O silêncio reinou depois disso, já que ninguém foi atender a porta. Jill, a responsável pelo barulho, o fez novamente, e dessa vez houve uma resposta. A resposta; resmungos de uma garota ruiva que estava com sono. CeCe abriu a porta, com os olhos enfeitados de orelhas escuras e com cabelos bagunçados, e deixou a amiga entrar.

– Não vai nem me cumprimentar?- perguntou Jill- Eu desperdicei meu horário do almoço inteiro para vir pra cá e você nem vai me cumprimentar? E eu trouxe comida!- ela exclamou, balançando um saco gorduroso cheio de batatas fritas.

CeCe continuou sem dizer nada, e se jogou no sofá. Pegou o controle remoto e ligou a grande televisão.

– Não estou com fome- ela disse.

– Não interessa- respondeu Jill, abrindo o saco de batatas e jogando-o para CeCe- Coma. Você vai para a reunião daqui a menos de três horas e precisa se alimentar para estar em seu melhor estado. Aliás- a garota olhou para o cabelo de CeCe-, quando foi a última vez que você tomou banho?

– Sei lá- respondeu a ruiva, comendo as batatas e com os olhos vidrados na TV. Jill riu, mostrando os dentes brancos- Você está de bom humor. O que aconteceu? Não estava chateada porque estava perdendo- ela tossiu- “o trono”?

Jill suspirou e se sentou no sofá, tirando as sapatilhas. Ela não tinha muito bem uma resposta para aquilo. Havia algo no clima daquele dia que parecia com que tudo estava bem, provavelmente porque ela sentia que CeCe ia ser readmitida na St. Jude.

– Acho que eu me sinto tão bem hoje que nem me lembrei disso- ela respondeu num tom aliviado- Talvez isso não importe mais.

CeCe tirou os olhos da televisão e virou o rosto rapidamente para a amiga.

– O que você disse?- ela levantou do sofá e deu um abraço em Jill, com as mãos sujas de óleo de fritura- Jill, você está evoluindo!- ela exclamou.

Jill tirou as mãos gordurosas de CeCe de seu redor.

– Me abrace quando limpar as mãos, por favor- ela disse, e CeCe se afastou dela- Obrigada- ela olhou para o relógio- Tenho que voltar para a escola. Nos vemos amanhã, na escola?- ela perguntou, com um sorriso esperançoso no rosto.

–Claro- respondeu CeCe, com os olhos vidrados na televisão novamente. Jill foi embora, e CeCe ficou sozinha com seus pensamentos. Na noite passada, ela havia saído para jantar com Patrick, um cara que ela havia ficado durante sua estadia no Brasil, e que estava na cidade. Foi um jantar simples e um pouco romântico, mas nada aconteceu. Porém, do mesmo jeito, o peso na consciência de CeCe pesou. Ela tinha namorado, como tinha saído com outro homem?! Ao mesmo tempo, no lado positivo, Pierre nunca iria descobrir; não tinha como. Coitada.

Ela levantou do sofá, depois de terminar suas batatas, jogou o saco no lixo, lavou as mãos e pegou o telefone para telefonar seu amado(Pierre). Chamou, chamou, mas ninguém atendeu. Que estranho; Pierre sempre atende as ligações. O que será que aconteceu?

Ah, se ela soubesse...

X-X-X

Na casa dos Steins, o silêncio estava sentado à mesa do almoço enquanto os membros almoçavam. Comiam uma salada seca que Mary fez, que estava particularmente ruim, mas eles não podiam falar isso. O clima já estava tenso o suficiente.

Patrick Steins, o patriarca, havia ido num encontro com uma ex amante com quase metade da idade ele na noite anterior, e estava se sentindo mal por isso. Talvez porque ele tenha uma esposa e filha, não sei. Só estou chutando aqui. De qualquer maneira, o homem tinha plena consciência de que aquilo era uma forma de traição, e apesar de estar se sentindo mal, de uma certa forma, ele não se arrependia de ter feito aquilo. Foi um encontro legal; ele se divertiu, deu umas boas risadas e comeu comida boa. Diferente dessa folha seca aqui, pensou ele, olhando uma alface murcha da salada.

Stace Steins havia acabado de descobrir que seu pai estava tendo “um caso”com outra mulher; ou melhor, uma garota. E com uma garota que ele conhecia. Ela havia visto os dois entrando num carro e partido, os dois vestindo roupas elegantes, e inclusive tirou uma foto da cena. E sabia exatamente o que ia fazer com ela.

Mary Steins comia sua salada satisfeita. Para ela, a salada estava deliciosa, assim como seu estado de espírito, No dia seguinte, foi para a casa de seu ex marido, apenas para conversar. Como Mary estava conectada, ela sabia do que acontecia em Nova York naquele momento; inclusive do plano do sr. St. Jude para pegar a fortuna de Louise Johnson. E um dos motivos dela ir para lá foi para tirar satisfação sobre isso. Ela riu da cara dele, disse o quanto ele era patético, daquele jeito sarcástico dela. E, logo depois, exigiu ver seus filhos.

Ela lembra do momento que Dylan a viu. Ele começou a gritar com ela, ficar com um excesso absurdo de raiva, mas o sr. St. Jude conseguiu acalmá-lo. Apesar disso, ele não quis falar mais com ela. Jéssica, a mais nova, aceitou bem a vinda da mãe, e conversou com ela decentemente. Depois disso, ela se foi, e sinceramente não sentia peso na consciência pela reação de Dylan; ela tinha feito o que queria, e não havia nada de errado naquilo.

Depois dos três terminarem as refeições, levaram seus pratos para as cozinhas e lavaram. Mary foi para o quarto, provavelmente para ler um livro ou escrever em seu blog, e Stace ficou sozinha com Patrick. No momento que a porta do quarto do casal fechou, a garota sacou o celular na mão e colocou a foto na tela. Levantou o braço e mostrou a foto para o pai.

– Se você não deixar eu ficar em Nova York- ela disparou-, essa foto vai parar no email da mamãe.

Patrick ficou sem fôlego por um momento, mas logo o recuperou. Pegou o telefone da mão de Stace, habilmente e jogou ele na pia, que estava cheia de água. O telefone vibrou e morreu, em questões de segundos.

– Eu cansei desses seus joguinhos e das suas chantagens- ele levantou a voz- Você vai voltar para Connecticut imediatamente, porque você precisa aprender a se comportar como uma pessoa normal. Essa cidade não é normal, definitivamente. E a partir de agora, você não sai mais para lugar algum a não ser para a escola. Você vai ficar sem celular por um bom tempo- ele disse, e foi para o quarto. Porém, antes dele fechar a porta ele disse- Arrume sua mala agora. Vamos sair em 20 minutos.


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