Gossip St. Jude- 1ª temporada escrita por Salada


Capítulo 54
Uma festa de luxo- Parte I




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Ao mesmo tempo que CeCe Cooper entrava na mansão dos St. Jude, vestindo um vestido bernshaw tomara que caia cor de rosa na altura do joelho, uma jaqueta de couro preta simples aberta, saltos Christian Louboutin cor de rosa e uma polsinha preta, um garçom servia um casal com dois flûtes champanhe de uma bandeja preta reluzente. Como era a festa de 100 anos da escola St. Jude, todo tipo de profissional na área escolar ou de faculdade que se prezava estava lá. Todos os diretores das faculdades que faziam parte da liga Ivy estavam lá, sentados numa roda nos sofás de couro da sala de estar principal da mansão, batendo papo uns com os outros e com outros professores da St. Jude, que ainda não conseguiam acreditar que estavam realmente falando com os diretores de Yale, Cornell, Harvard, Princeton, Brown, Columbia, Dartmouth e da Faculdade de Pensilvânia. O conselho de pais do colégio estava conversando num canto do hall, bebericando de suas taças de champanhe e rindo. A mãe de Matt estava entre eles, já que era a presidente do conselho. Havia convidados bem vestidos em todos os lugares, e eles variavam de alunos do colégio , os pais dos mesmos, representantes de faculdades, professores, diretores e vice-diretores de outras escolas importantes nos arredores e, é claro, os membros da família St. Jude, que vieram de todos os cantos do mundo para marcar presença na prestigiada festa. O garçom terminou de servir o casal e se fez ao dispor de CeCe, ao oferecer uma flûte com champanhe. CeCe pegou uma, agradecendo, e bebeu um pouco. Sentiu o gosto de cuspiu de volta à taça. Ela odiava champanhe. Um outro garçom desocupado viu o gesto da garota e pegou a taça da mão dela gentilmente, levando à copa.

– Obrigada- disse CeCe, constrangida. Ela não via nenhum de seus amigos ali. Será que todos eles resolveram matar a festa e se encontrar em outro lugar sem que ela soubesse? Não era isso que dizia a Gossip St. Jude.

A garota ruiva se viu perdida entre as várias pessoas vestindo vestidos de cetim de variadas corem e ternos e smokings pretos, castanhos ou até azuis. A maioria das mulheres usavam pérolas brancas enrustidas com detalhes de ouro entre elas e os homens suas gravatas mais elegantes. Só havia uma coisa em comum entre todas aquelas pessoas: todas estavam bebendo.

CeCe se desvencilhou pelo corredor que levava para a sala de jantar e deu de cara com Louise, a mãe de Jill, rindo com a diretora de Harvard, Drew Gilpin Faust, e a vice-diretora da St. Jude.

– Ora, eu entendo que é um colégio de tradição, mas isso não passa de machismo!- exclamou Louise, e olhou para CeCe- Olá, CeCe, querida, como você está? Está procurando Jill?

– Olá Sra. Johnson. Ela está aqui?- aquela era uma pergunta besta. Se a mãe dela está ali, por que diabos ela não estaria?

– Acho que ela está no salão de jogos com alguns amigos. Mas antes, deixe-me apresentar a diretora de Harvard, sra. Drew Gilpin Faust. Ela é uma velha amiga minha, e acredito que você...

– Da pra ser depois?- interrompeu CeCe, sem um pingo de vergonha- Eu vou encontrar Jill.

O julgamento de CeCe tinha sido ótimo, e ela conseguiu se safar de todas as acusações, por causa do discurso que ela e seu pai, que era advogado, haviam feito, juntos. Porém, a reunião para decidir se ela seria aceita de volta na St. Jude ainda iria acontecer, na segunda de manhã, e dessa vez, ela estava mais nervosa do que queria estar. Fizera um discurso, mas não sabia se iria convencer a todos dessa vez. Seria uma tarefa muito difícil, e ela morria de medo.

A garota passou pelas três mulheres e andou pelo corredor até abrir a porta mais à esquerda, que levava a sala de jogos. Sentados na mesa de bilhar, estavam Dylan, Thomas Packington, Daniel Thompson e Marco Lavigne. Jill, usando um vestido de cetim verde Alberta Ferretti, uma clutch pastel Marchesa e sapatos delicados Christian Louboutin com detalhes de flor, e suas amiguinhas Lana Springers, Becky Jones e Sasha Gold jogavam bilhar e conversavam. Quando CeCe entrou, Jill parou de fazer o que estava fazendo e correu até a amiga.

– C, que bom que você chegou, isso aqui estava uma chatice!- ela a abraçou e olhou para os adolescentes atrás dela- Vamos sair daqui, ok? E Dylan- ela falou, e o garoto olhou para ela com simpatia, esperando que ela dissesse algo bonito- Acho melhor você sair também. Não é de bom tom o anfitrião ficar escondido no salão de jogos. Agora vamos.

Ela empurrou a amiga para fora do salão e elas caminharam de volta à sala apressadamente, enquanto Jill explicava porque estava tão nervoso, falando super rápido.

AíeledissequeachavaqueaStacesabiamasnãotinhacertezaentãonósnosbeijamoseeufaleipraeleperguntarpraStacehojeeeuestoucommedodarespostaeotodtambémsabee- ela parou de falar para pegar duas flûtes, para ela e para amiga de uma bandeja que um garçom segurava. Nem deu tempo para CeCe falar que não gostava de champanhe-Obrigada- Jill agradeceu, e continuou a contar:-EntãoeuestouesperandoelechegarparaeleperguntarparaStacemaseuestoumuitonerovsaeprecisobeber- na mesma hora ela desabou num sofá afastado na sala, com a flûte de champanhe na mão esquerda.

– Então deixa eu ver se entendi- disse CeCe lentamente- Você e o Matt acham que a Stace sabe que vocês transaram, e ele vai perguntar para ela hoje, na festa?

Jill concordou com a cabeça, sem fôlego.

– E o Tod também sabe? E ele também vem pra festa?!- ela questionou de novo.

A garota de cabelos castanhos fez que sim e deitou no sofá.

– Eu só quero que tudo isso acabe de uma vez- ela suspirou, e se sentou normalmente de novo- Mas ele não chega nunca.

– Olha, J, eu adiei essa pergunta tempo demais- disse CeCe, olhando fundo nos olhos da amiga- Você está afim do Matt?

Jill forçou uma gargalhada e botou as mãos na barriga. Ela fez uma expressão de quem ri mas não saía som de sua boca, o que fez com que ela aparentasse estar com dor. Quando terminou de se contorcer de rir de forma falsa, ela gritou:

– Não!- e depois explicou:-De forma alguma. O que eu fiz foi... pura caridade. E um pouco de atração, mas foi mais por caridade mesmo. Então esquece essa idéia maluca de que eu gosto dele. Só esquece.

– Ta legal- CeCe falou, bebendo do seu champanhe. Até que o segundo gole não era tão ruim assim.

No exato momento que ela terminou de dar o gole, duas figuras baixas e com olhares inseguros passaram pelo portal alto que levava do hall principal até a sala de estar. O garoto, vestindo um terno emprestado do pai, olhava atordoado para todas aquelas pessoas ao redor dele, segurando fortemente a mão da namorada, que estava enfiada num vestido amarelo de uma marca desconhecida e usando sapatos que a mãe dela arranjou em um brechó fazia tempos. Matt finalmente localizou CeCe e Jill na multidão e caminhou até elas, olhando nervosamente para a segunda. Era estranho, mas recentemente aquele era o único modo de olhar para a menina.

– Oi- ele as cumprimentou. CeCe se levantou e o abraçou apertado, dizendo oi também.

Stace o acompanhou e disse “olá” para as duas garotas. O coração de Jill já estava a mil quando ela deu um gole de champanhe, se levantou, arrumou o vestido e cumprimentou Matt e sua namorada repugnante.

– Oi, Matt.

Eles ficaram num silêncio constrangedor (entre eles, porque a sala estava zumbindo de vozes diferentes conversando), até que Matt o quebrou.

– Jill, eu posso conversar com você um pouquinho?

Jill fez que sim com a cabeça, os olhos arregalados. Os dois foram para um canto no corredor.

– Você já perguntou à ela?- ela questionou, apressada. Seus olhos continuavam saltando para fora do rosto de ansiedade.

– Não. Eu vou perguntar hoje, só não sei quando e nem como- respondeu o garoto, nervoso.

– Bom, não precisa se preocupar com o quando- disse Jill, e Matt se virou para olhar Stace andando até eles, o vestido de cetim falso a atrapalhando um pouco. A classe média baixa...- Pergunte a ela agora, ok? Eu vou ficar com CeCe.

– Pra onde está indo, J?- perguntou Stace, sorrindo de uma forma sinistra.

– Eu vou procurar minha mãe- Jill respondeu, louca pra sair daquela conversa.

– A sua mãe espera- Stace pronunciou, segurando o braço dela.

– Stace- disse Matt, tenso, olhando fundo nos olhos da garota, avaliando sua expressão- Do que você sabe?

– Eu vou embora- Jill estava desesperada.

– Você não vai a lugar algum- disse Stace- Eu sei de tudo.

Matt e Jill trocaram olhares, desesperados. Era só o que faltava. Stace pegou o celular da bolsa roxa e mostrou a foto dos dois deitados na cama de Matt juntos, o sol batendo nas costas dos dois.

– Merda- disse Jill, tomada pelo desespero. Aquela foto poderia acabar com a vida dela totalmente- Me desculpa, S, me desculpa, eu não quis fazer isso, nós somos amigas. Foi tudo... um mal entendido.

– Stace- disse Matt com o mesmo tom tenso de antes- Me perdoa, ta legal? Você vai apagar essa foto agora, não é?

– Sonhem- Stace riu, mexendo no celular- Essa foto vai ser mandada diretamente para o famoso site que acompanha a vida de vocês- ela falou enquanto apertava botões do celular. Ela virou a tela para os dois e viu que o email estava pronto, e só faltava mandar- Diga adeus a sua vida de rainha J, porque quando isso aqui sair, você vai estar acabada.

No momento que ela ia clicar no botão de enviar, uma voz grave e profunda ecoou atrás da garota.

– Stacey Steins- disse a voz, e ela se virou.

– Pai?!


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