Gossip St. Jude- 1ª temporada escrita por Salada


Capítulo 53
Mistérios, dúvidas e preparações


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei!! Por favor comentem, porque eu demorei um ~mês pra escrever esse capítulo...



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– Foi mal, Jill, eu tenho que voltar pra casa- CeCe Cooper guardou o telefone na bolsa enquanto se desculpava com a melhor amiga por ter que dar meia volta na Quinta Avenida e ir para casa- Minha mãe está me enchendo pra voltar. Você me liga depois pra dizer como foi lá, ok?

– Ok- CeCe partiu Ela entrou pela grande porta de entrada de sua cobertura e gritou pela mãe. Ramona apareceu pelo espaço que da na cozinha na sala, vestindo um moletom bege com as palavras “Melhor Mãe de Todas” escritas em ouro na região abdominal. Aniqua, a irmã de CeCe, havia dado para Ramona esse moletom de dia das mães fazia muito tempo, e ele estava aposentado no closet dela há anos, a caminho do mofo. Brincadeira, a empregada não deixa isso acontecer.

– Oi, mãe- ela a cumprimentou, largando a bolsa no chão- O que está havendo?

Ramona segurava uma xícara de chá que fazia parte do conjunto da prataria inglesa que a família Cooper tinha recebido de uma antiga rainha da Inglaterra por algo que gerações passadas da família delas havia feito há anos, mas que elas ainda usavam com frequência. Se exibir nunca é demais. Ela bebeu um pouco do chá de ervas com o dedo mindinho levantado e disse:

– Precisamos conversar sobre algo que eu sei que você não quer conversar.

– Se você sabe que eu não quero conversar sobre isso então por que você quer?- CeCe indagou.

Ramona suspirou e olhou para a cozinha, de onde saiu uma versão mais alta e mais jovem dela, usando um top branco Balmain que parecia uma cortina e que deixava à mostra seus seios caídos e sua barriga não muito grande de grávida. Ela também segurava uma xícara de chá e tinha o olhar preocupado, e quando olhou para sua irmã mais nova, analisou seu rosto, à procura de uma reação.

– O que ela está fazendo aqui?- CeCe perguntou, enquanto lançava um olhar de censura a Aniqua.

– Eu sei como você anda me ignorando, C- disse ela- A gente deixou as coisas mal acabadas ontem. Eu achei melhor falar com a mamãe, pra ver se ela podia me ajudar a resolver as coisas com você.

– Mãe?-indagou CeCe, querendo uma explicação.

– Eu vou deixar vocês se resolverem. Tenho que resolver algumas coisas- ela largou o chá na mesinha de carvalho, se levantou, pegou sua bolsa Hermès Birkin e saiu do apartamento.

– CeCe, eu imagino o quanto isso está sendo difícil para você, mas tente entender. Quando eu descobri que estava grávida eu... Eu fiquei sem chão. Eu não tinha ninguém. Por isso eu recorri...

– Para nós?- CeCe indagou- Eu não sei sobre a mamãe, já que você sabe o quanto ela é sensível, mas eu não quero você aqui. A minha vida já está bagunçada demais. Aliás, desde que voltei do Brasil, eu só tenho tido problemas, e eu tentei falar com você durante o fim do verão mas parece que você estava ocupada demais, não é?

Aniqua largou a xícara do lado da de sua mãe, determinada a deixar o orgulho de lado e ser completamente sincera com a irmã; ela não tinha outra escolha. Seus olhos encontraram o de CeCe e ela fez o máximo que pôde para ganhar o carinho e a confiança da adolescente.

– Eu amo o David- ela disse- E eu não sei o que fazer.

– Vá embora logo- rispidamente disse CeCe, se esforçando para não olhar nos olhos de sua irmã, porque saberia que as chances dela se deixar levar pela mesma seriam maiores se os olhasse.

Sem dizer mais uma palavra, Aniqua se levantou, cabisbaixa, e andou até a porta do apartamento. Olhou para trás e notou que CeCe continuava virada de costas para ela, com os braços cruzados. Abriu a porta e se foi.

X-X-X

– Terminei, sr. St. Jude- disse Rose, a empregada da família St. Jude ao seu patrão, ao colocar o último pedaço de fita adesiva na faixa cor de ouro com o número 100, que estava pendurada no hall de entrada da mansão deles. Era o primeiro sábado de novembro e a comemoração seria em apenas 2 horas. O casarão já estava pronto e decorado com armaduras antigas de ouro puro e o brasão da escola, que estava bordado nos apoios de copo e pendurados em várias paredes de vários cômodos. Na copa, preparavam-se bebidas para servir no bar e as garrafas de champanhe estavam bem guardadas nas geladeiras, prontas para serem servidas e apreciadas pelos famosos convidados daquela festa. Já tinha um tempo que a fofoca do plano maligno do senhor St. Jude de roubar a fortuna dos Johnson havia sido lançada para o mundo pela Gossip St. Jude, mas as pessoas ainda falavam sobre isso, e o Sr. St. Jude concluiu que logo a notícia seria espalhada até pelos pais, que, acredito eu, não iriam gostar de saber que seus filhos estudam em uma escola com um golpista como diretor. Foi assim que surgiu a idéia de fazer a tal festa, que seria ótima para difamar esses boatos. Coitado; ele realmente pensou que as pessoas iriam acreditar nele só porque ele é o diretor, e que iam deixar de crer no site de fofocas mais comentado ultimamente.

– Obrigado, Rose- respondeu o homem de meia idade, segurando um flûte com champanhe até a borda. A empregada se retirou e ele virou a bebida, deixando-a percorrer por sua garganta seca. Ele se virou, só para dar de cara com o filho- Dylan- ele disse, mas só pôde dizer isso, porque o garoto o agarrou pelo pijama de seda e o jogou contra a parede, depois de verificar que não tinha ninguém por perto- Mas o que...?

– Cale a boca- disse Dylan, o encarando com desconfiança no olhar- Você provavelmente viu que o seu golpe foi descoberto por alguém, e agora todo mundo sabe. O senhor, meu pai, já está ferrado, mas antes de cair em ruínas, você vai me responder uma coisa.

O Sr. St. Jude ainda estava em choque, mas olhava para o filho com um olhar insondável. Sua boca estava encolhida e seu rosto, vermelho, já que o adolescente à sua frente pressionava o musculoso braço contra seu pescoço.

– O que?- ele questionou, escondendo a sincera confusão que tinha na cabeça.

– Se nós estamos tão sem dinheiro, então por que tem tanto dinheiro escondido no cofre do seu armário?

Os olhos do Sr. St. Jude se arregalaram, e Dylan o soltou. Arfando, o idoso colocou as mãos sobre os joelhos e suspirou. Levantou a cabeça, olhando para seu filho e colocou a mão em seu ombro.

– Você nunca vai saber- disse ele, e se virou para ir embora. Dylan pensou em o ataca-lo novamente, mas para que? Ele teria que pensar em outro jeito de descobrir. Sentou- se na almofada confortável do sofá do hall e pegou seu telefone, só para descobrir 4 chamadas perdidas de sua ex-namorada. Era esquisito que ela tinha ligado para ele, ainda mais depois de tudo que ele fez para ela. Apesar disso, ele discou o número da garota.

– Dylan?- ela atendeu.

– Você me ligou- disse Dylan num tom acusatório que saiu da boca dele sem querer- Quer dizer, por que você me ligou?

– Ah. Eu liguei porque mamãe pediu para eu te perguntar qual era o traje da festa de hoje, mas eu já descobri para ela, então... esquece- explicou ela, atrapalhada.

– Como você está?- soltou ele. Nas últimas semanas, ele havia sentido algo estranho por Jill, mas ele não sabia se ele realmente gostava dela ou se era só a nostalgia brincando com seu coração.

– Eu adoraria conversar, Dylan, mas eu tenho que me arrumar- Jill se desculpou.

– Nós conversamos depois?- perguntou o garoto.

Ai. Logo a pergunta que Jill mais temia. Também havia a mesma batalha no coração da garota. Ela estava completamente confusa sobre o que sentia pelo garoto. Era realmente bem estranho; nos últimos dias o ódio que ela sentia por ele tinha diminuído, dando espaço para a saudade e o sentimentalismo. Ela odiava isso, mas não podia fazer nada. Afinal de contas, ele ainda era o Dylan. O Dylan dela. Aquele garoto que ficava com ela não importava o que acontecesse, quantas vezes eles brigavam e terminavam. Eles sempre ficavam juntos, e a adolescente não sabia dizer se aquela era uma daquelas vezes que eles terminavam e voltavam ou se aquilo era algo oficial, para sempre, e uma parte dela tinha medo de descobrir.

– Eu acho melhor não- ela respondeu sem pensar duas vezes. Não ia deixar seu lado sentimental ganhar; não de novo- Vou desligar- avisou ela, e desligou.

X-X-X

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Bom dia flores do dia, aqui é a Gossip St. Jude. Não sabe, pensei que fosse o Woody Allen. Desculpa, gente, estou um pouco afetada hoje, porque estou super ansiosa para a festa de hoje, daqui a pouquinho!! E vocês, como estão?

D e J: resquícios de um possível retorno amoroso?

Esse veio de uma fonte anônima: aparentemente o nosso casal mais famoso de Nova York (ou ex casal mais famoso) foram vistos trocando olhares no pátio da St. Jude a semana inteira e foram vistos conversando no telefone hoje de manhã. Será que ainda existem faíscas para esse romance? Vamos esperar.

Flagras

J pegando um vestido de cetim verde com a amiga de sua mãe, Alberta Ferreti, no apartamento dela, e depois saindo com as amigas para beber um frappuccino na Starbucks da rua 57 e passeando pela cidade, exibindo seu sobretudo novo Stella McCartney e meias de gatinho. Ela botou umas botas de conhaque no café. Que malvada! CC acordando tarde e descendo do seu prédio com suas pantufas e fumando um cigarro. Ela subiu depois de alguns minutos. B comprando um vestido chiffon rosa claro super curto e decotado no segundo andar da Bendel’s e jogando fora a correspondência da caixinha do correio do seu prédio na lixeira de seu apartamento. Aparentemente, o namorico com o ruivinho foi mesmo para o beleléu. M pegando um táxi de seu apartamento para o para a casa da namorada, onde provavelmente ia se arrumar lá para a festa. J 2 na sauna antes da festa. T alugando um smoking numa loja podre de roupa formal no norte do West Side.

É só por agora, mas veremos o que acontece na festa... Vejo vocês lá.

Beijinhos,

Gossip St. Jude.


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