Gossip St. Jude- 1ª temporada escrita por Salada


Capítulo 48
Um último momento de paz


Notas iniciais do capítulo

me perdoem por ficar quase 10 dias sem postar, mas eu tive que fazer bastante pesquisa pra esse capítulo em relação a CeCe, mas acabei optando por colocar o que eu acho que pode acontecer, e foi o que eu fiz. Espero que gostem!! Deixem seus reviews, por favorrrrrrr!



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Stace Steins abriu os olhos. Ela estava em seu quarto, e eram 5 da manhã. O despertador tocava não muito alto em sua escrivaninha, e ela o parou. Saiu da cama, colocou um vestidinho florido que Jill havia comprado ela pelo que pareciam semanas, sua jaqueta jeans, uma meia calça escura rasgada e sapatilhas pretas simples. Ela saiu sorrateiramente pela porta e olhou ao redor da casa. Estava vazia e o silêncio reinava. Ela saiu de sua toca na ponta nos pés e abriu a porta principal. O sol estava quase nascendo. Ela pediu um táxi e foi direto para a casa de Matt. Ela cumprimentou o porteiro, que já a conhecia e subiu pelo elevador. Ela não se ocupou de bater na porta porque sabia que Matt sempre a esquecia aberta, e entrou. Ela fechou a porta com um ruido não planejado e entrou no lugar.

Olhou de relance para o lugar, e piscou com a claridade que saia das grandes janelas do lugar. Andou pelo apartamento, procurando seu celular, que tinha deixado ali na noite passada. Finalmente o viu, na mesa de jantar da sala. Ela foi até ela e pegou o celular, mas olhou para cima. Ela podia fazer uma surpresa para o namorado. Ia ser legal!

Ela subiu as escadas e chegou ao quarto do garoto. A porta estava aberta e deitada na cama, estava Jillian Johnson, virada para o lado, dormindo profundamente. O braço de Matt, que estava atrás da garota de cabelo bagunçado, pendia sobre o braço direito dela, como se a protegesse.

Stace deu uma exclamação, com um passo para trás com o susto. Logo depois cobriu a boca, porque não podia acordar os dois. O coração dela acelerou. Apesar de ter ficado chateada com o namorado, era a oportunidade perfeita para mostrar que ela não era só uma garota do subúrbio, e que ela podia fazer muita coisa. Ela pegou o celular, tirou uma foto e guardou o telefone no bolso novamente. A batalha contra Jill tinha começado; e a coitada nem sabia. Afinal, estava no sono!

Algumas horas depois de Stace ter ido embora, Jill acordou. Ela olhou ao redor, com um rosto contorcido e o batom manchado, e foi quando a ficha caiu. A boca dela se escancarou e ela jogou o braço de Matt para fora de sua cintura. Se levantou puxando o lençol e começou a gritar:

– Você abusou de mim! Você abusou de mim!- ao gritar essas palavras, Matt despertou confuso e tonto, encarando a garota nua atrás do lençol cinza dele. A boca dele se escancarou lentamente enquanto se lembrava da noite passada, quando tirou e perdeu a virgindade com a melhor amiga, e os olhos se abriram de maneira selvagem. Jill continuou a gritaria:- Você me violou!

Ela correu os olhos pelo quatro, procurando suas roupas, mas só viu as de Matt espalhadas pelo chão. Foi quando se lembrou que havia deixado suas roupas no Plaza, e que tinha fugido do hotel somente de toalha. Ficou envergonhada por um momento, mas logo percebeu que seria estupidez ficar emburrada por causa daquilo quando se tem coisas mais berrantes para se preocupar.

Tipo o fato que você perdeu a virgindade com seu melhor amigo? Humm, ah é.

– Se acalma- pediu Matt, saindo da cama num giro rápido. Seu coração batia forte, e ele percebeu que só usava uma cueca da Calvin Klein. Olhou para sua cintura e enrubesceu, ao mesmo tempo que pegava um travesseiro para se cobrir- Eu... Mas que merda! Por que fizemos isso?!

– Fizemos?!- exclamou Jill, indignada- Você me conduziu a isso! Eu estava emocionalmente instável, e você me beijou e... Foi você que tirou minha toalha!

– Mas foi você que tirou a minha calça!- exclamou Matt, e uma onda de constrangimento percorreu o quarto, e Jill se moveu. Ela correu para fora do quarto com o cobertor cinza enrolado nela, parecendo um vestidode casamento gigante e foi para a cozinha. Lá, ela pegou a toalha, enrolou ao redor do corpo, voltou ao quarto e abriu o armário de Matt- o que está fazendo?- o garoto a questionou.

– Pegando algo para eu usar. Preciso cair fora daqui em sem que ninguém me veja... Você tem algum tipo de lenço que eu possa usar na cabeça? Ou algum óculos escuro?- disse Jill, mexendo nas gavetas do garoto. Ela puxou uma blusa quadriculada- Vire-se- ela ordenou, e Matt virou se costas enquanto ela colocava a grande camiseta- Oh, meu Deus, eu tenho que ir embora rápido. Você sabe que horas seus pais voltam?

Matt deu um leve sorriso, o que foi estranho.

– Meu pai só volta na terça, e minha mãe volta amanhã- ele especificou- O apartamento é só meu pelo dia inteiro.

Jill o encarou.

– Você por acaso está sugerindo alguma coisa?- ela o perguntou, e voltou a mexer nas gavetas, dessa vez a procura de alguma calça legging. Mas aí se tocou que não ia encontrar nada no armário de Matt- Eu posso pegar uma legging da sua mãe?

– Claro- ele disse, e os dois seguiram para o quarto dos pais de Matt. Jill entrou no closet e achou uma legging preta. A vestiu por debaixo da camisetona de Matt e deu uma volta.

– Pareço uma piranha?- ela o perguntou.

Matt deu uma risada. Ele entrou no closet e a olhou. A pele, que costumava ser branca, parecia mais bronzeada agora, e os cabelos castanhos caíam de forma desarrumada como cascata pelos ombros. Os olhos estavam cintilantes e, de algum jeito, ela parecia mais viva agora que não era mais pura. A boca estava ressecada, como costuma ser, e o corpo estava escondido pela velha camiseta quadriculada de Matt, onde flocos de poeira descansavam a altura dos ombros, em constraste com os cachos da garota. As pernas finas saíam da camiseta vestindo a legging preta de Cheryl, da época que ela era uma jovem adulta e ia a festas para se divertir, e não para conseguir patrocinadores.

– Uau- Matt ficou a encarando por longos segundos, até que percebeu que parecia um mané- Não! É claro que não parece, você está... linda.

Jill ficou mais vermelha do que já estava.

– Eu estava brincando- murmurou, e eles ficaram em silêncio- Mas agora eu tenho que ir mesmo- ela pegou óculos escuros com aro de tartaruga Parsol da mãe de Matt e um cachecol, que encobriu seu cabelo e uma parte de seu delicado rosto. Depois disso, saiu pelo apartamento com a toalha na mão, desceu o elevador e foi para a rua 80. Quando pegou o celular, viu que tinha 1 chamada perdida de CeCe. Ligou para ela mas ninguém atendeu. Desse jeito, ela ligou para sua amiga, mas ela não atendeu. Estranhou, mas deixou para lá. Pegou um táxi na Quinta Avenida e seguiu para o Plaza, onde pegou suas roupas na recepção e deixou a toalha do banheiro da suíte, ainda com os óculos escuros da mãe de Matt e o cachecol Hermès.

Após fazer isso, foi com o mesmo táxi para seu apartamento na rua 73.

– Querida, onde você estava que não avisou?- sua mãe perguntou quando ela saiu pelo elevador vestindo suas roupas do dia seguinte, cheia de olheiras. A garota a respondeu simplesmente enquanto subia as escadas:

– Eu dormi na CeCe.

X-X-X

CeCe Cooper estava encrencada. Muito encrencada. Sentada numa cela da delegacia da rua 35 Oeste, ela esperava alguém chamar o seu nome, mas mesmo assim, sabia que estaria frita. Eram quase 6 horas da manhã e ela tinha passado a madrugada ali, aguardando algo acontecer. E ela já tinha planejado o que fazer. Quando a permitirem de fazer uma ligação, ela iria ligar para Pierre, que iria até lá, pagaria sua fiança temporária e ela teria um momento de paz antes de sua vida explodir. Isso aconteceria porque após ser liberada, seus pais seriam avisados de seu julgamento, que ia acontecer no fim de novembro. Aí sim, ela estaria numa enrascada.

– Cecília Cooper?- um policial alto e durão chamou o nome dela, e ela se levantou com um salto de sua cama desconfortável- Olá. Você tem o direito de fazer uma, e somente uma ligação, e eu sinceramente sugiro que você ligue para seus pais para que eles paguem sua fiança temporária, senão ficará aqui até o dia 29 de outubro. Também tenho o dever de lhe informar que liguei para seus pais e eles não puderam vir, mas irão conversar com você estiver em casa.

– Então eu vou ter que me virar?- indagou ela, apesar de já estar acostumada com esse tipo de coisa. Seus pais não puderem ir a coisas importantes, como quando ela é presa, e ela ser obrigada a dar um jeito de cair fora dali. Por isso CeCe sempre tinha um plano- Ok.

O policial abriu a cela e a levou para os telefones, onde ligou para Pierre. Apesar de eles já terem terminado, CeCe tinha a esperança que ele ainda tivesse alguma compaixão por ela. Ela ainda tinha por ele, e mais do que ela desejava.

– Humm, alô?- a voz de Pierre ecoou pelo ouvido de CeCe, e ela disse:

– Oi, Pierre, é a CeCe! Por favor, venha me buscar no departamento de polícia da rua 35, no Upper West! Ah! Por favor, traga 500 dólares. Beijo!

Ela desligou e voltou a cela, onde roía as unhas descascando, nervosa. Finalmente, depois de quase 1 hora, Pierre apareceu e pagou a fiança temporária. Ela saiu da delegacia com uma tornozeleira que apitava quando ela passava da rua 30 para sul e da rua 100 para cima, e acompanhada do ex namorado. Eles pegaram um táxi e Pierre disse um endereço que CeCe não escutou, pois olhava envergonhada pela janela. De repente, logo após o táxi partir, a garota exclamou, espontaneamente>:

– Pierre, eu sei que eu fui uma cretina, por isso eu agradeço que você tenha me tirado da cadeia. Quer dizer, temporariamente- ela envolveu o rosto cansado com as mãos- Ah, quando minha vida se tornou uma confusão gigantesca?- ela exclamou. Pierre sorriu.

– Isso eu não sei- ele disse- Mas eu sei como podemos dar um jeito nisso. Já se perguntou aonde estamos indo?

CeCe deu um leve sorriso, e olhou novamente para fora do táxi.

– Não- ela afirmou, e o homem apontou para um lugarzinho singelo fora do carro. De repente, ele parou e CeCe viu o que era. Era o Amy’s Bread. CeCe conhecia aquela padaria e restaurante porque costumava ir ali com seus pais e Aniqua para tomar café, quando ela tinha uns 8 anos. E Pierre sabia disso- Oh, Pierre, você é tão incrível!- ela exclamou, já fora do táxi, pouco antes deles entrarem e tomarem um café da manhã maravilhoso. Fizeram um brinde com seus sucos de laranja ao último momento calmo que CeCe teria em um longo tempo, e Pierre contou que se demitiu da empresa de Delhpine e alugou um apartamento em Williamsburg, o que meio que era um problema, já que CeCe não poderia ir pra lá por mais ou menos um mês. Mas tudo bem. Por um momento, tudo estava bem. E isso era mais que suficiente.

X-X-X


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Olá galera do Upper East Side, eu tenho as maiores notícias possíveis!

Eu tenho certeza que você já matou seu peixinho dourado sem querer quando era criança, e se sentiu um serial killer ao matar dezenas de mosquitos a noite numa tarde de verão enquanto assistiam Dexter, mas eu realmente não esperava que C poderia fazer uma coisa tão horrível assim! Eu estou chocada, C!

Para quem não sabe, eu mesmo vou dar a notícia:

Na madrugada do dia 29, Cecília Ray Newroad Cooper foi detida numa suíte do hotel Plaza, onde estava passando a noite com o vocalista da banda Black Pearls, Adam Terkland, somente usando roupa íntima, além de terem encontrado cocaína e bebida por todo o lugar. Ela foi acusada de homicídio, e assim, levada, junto com Adam a delegacia da rua 35 West, onde permaneceram até... agora a pouco! Os pais dela já foram informados, mas ela ainda não está em casa para levar uma coça. Dito isso, vamos ao que interessa.

Flagras

C saindo acompanhada de seu (ex) namorado, P, da delegacia da rua 35 e indo direto ao Amy’s Bread, onde tiveram um café da manhã romântico com direito a suco de laranja e pães de chocolate! Notei que, na foto que me mandaram, ela está com uma tornozeleira, daquelas que os prisioneiros em condicional ou prisão domiciliar usam. Ou seja, o babado ainda está looonge de acabar. Sorte nossa, azar dela! J dando uma fuga do hotel Plaza, onde foi na limusine exclusiva dos Black Pearls com o baterista e os amigos. Dentre eles, D, J2,M, S, B, L e S. Todos esses citados foram embora para casa cedo. Que chatice! Ela pegou um táxi só de toalha e foi para algum lugar muito ao norte, onde meus queridos espiões(todos vocês) não conseguiram alcançar. Mas uma coisa é certa: para casa ela não foi! De manhã, ela foi flagrada devolvendo a toalha na recepção do hotel e pegando as roupas que tinha deixado lá. M no saguão do seu prédio, ligando para S, que não atendia. Deixe ela respirar, cara! D malhando logo de manhã na academia particular dele, ignorando a irmã, que descansava no colchão inflável, dentro da piscina, exibindo seu novo biquíni Stella McCartney rosa choque com listras de diamante. B tomando sorvete na rua 76 com um cara gatinho. Peraí, ela não tinha um namorado? E, por fim, a outra C foi vista entrando num voo para Londres ontem de manhã. Parece que ela deu o fora de Nova York logo depois que conseguiu o que queria. Bom para ela!

Isso é tudo por hoje. Vejo vocês na escola amanhã.

Você sabe que me ama,

Gossip St. Jude.


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