Gossip St. Jude- 1ª temporada escrita por Salada


Capítulo 41
Segredos de família




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Oi, gente!

Dando uma passadinha rápida pra atualizar!

Flagra

J trancafiada em casa, estudando feito uma condenada. Ah, não, espere. Condenados não estudam. Que sorte. M e a garota de jeans andando lentamente pela Madison de mãos dadas, apaixonados. O amor é lindo! D voltando pra casa mais cedo, e andando sem camisa pela casa. Uh la lá! CC saindo meio tristonha da Tiffany. Será que ela terminou com P? Ou vice versa? Provavelmente vice versa. B saindo de casa irritada e comprando comida chinesa na Our Place, na rua 79. O telefone dela não parava de tocar. Será aquele ruivinho do Three Guys enchendo o saco dela? Coitada!

Seu email:

P: cara Gossip St. Jude,

Minha amiga da St. Jude ouviu que a J é 100% lésbica, pelo jeito que ela abraçou a C hoje, e porque ela e o D terminaram... Se duvidar, a C também é...

–katymimklov

R: Cara K,

Diga a sua amiga que ela é 100% burra. E se duvidar, você também é...

Nos vemos por aí.

Beijinhos,

Gossip St. Jude.

Era um dia frio em Nova York. As folhas do Central Park que ficavam a beira da Quinta Avenida ficavam secas e caíam com a aproximação do outono, e essa estação tinha tudo para ser fria.Todos os adolescentes da St. Jude compravam luvas quentes da gap e suéteres de cachemira da Macy's. Brincadeirinha; quem compra na Macy's?

O vento batia violentamente contra o rosto rosado e bronzeado do Brasil de CeCe Cooper. Ela usava uma blusinha cinza com um tigre azul marinho no meio, rugindo de maneira selvagem, livre, como CeCe. Ela passou pela típica vitrine da Trump Tower que ela passava praticamente todos os dias e entrou na Tiffany, onde o restaurante estava bem vazio. Só haviam algumas secretárias de pérolas comendo salada e advogados amigos conversando enquanto comiam elegantemente croissants. Pierre não estava sentado em nenhuma mesa e nem no balcão, então a garota supôs que ele estivesse na cozinha. Ela passou pelo balcão e abriu a porta que levava a cozinha do restaurante, onde ficavam várias prateleiras e bancadas prateadas brilhando de limpas. Numa dessas bancadas, uma travessa de bolinhos esfriava enquanto Pierre a lavava com uma esponja, agachado no chão. CeCe andou até ele.

– Qual é a boa?- ela perguntou, se sentando na bancada que ficavam os bolinhos. Ela escolheu um, o pegou e deu uma mordida, sentindo o pedaço se desmanchar em sua boca e o sabor do chocolate meio amargo.

– Agora não, CeCe- ele disse enquanto se levantava às pressas, largando as lucas e a esponja na bancada e indo preparar mais bolinhos. Ele se virou enquanto andava para forno, e falou, irritado:- Pare de comer bolinhos, sabe quanto tempo leva pra uma travessa desse tamanho ficar pronta?

– Hmm, 5 minutos?- ela chutou, sorrindo levianamente.

Pierre lançou a ela um olhar para-de-falar-ou-eu-engulo-sua-cabeça. CeCe nunca o vira tão estressado- Ok, me desculpe. Eu estava apenas brincando- se desculpou ela, pulando do balcão. Ela deu saltinhos até ele e o beijou na boca a força, de um modo romântico. Bem, pelo menos pra ela. Pierre fez uma careta e a afastou de seu rosto, violentamente.

– CeCe- ele exclamou, extremamente enfurecido. Parecia um pai brigando com uma filha por ter botado fogo num relatório-Eu não tenho tempo pra isso!- ele gritou.

CeCe o fitava melancolicamente. O que tinha de errado com ele? Aquele não era Pierre, o garçom gracinha que ela tinha conhecido há algumas semanas, ele estava diferente, como uma nova pessoa. Isso que da namorar gente que você não conhece bem.

– Tudo bem- ela disse baixinho, engolindo o choro e pegando sua bolsa Chanel laranja da bancada. Ela saiu sem dizer mais nenhuma palavra.

X-X-X

No dia seguinte, os Greene tomavam café da manhã na cozinha. Dylan já havia perdoado Jéssica por ter feito tudo que tinha feito, mas mesmo assim o clima naquela mesa era de dar calafrios. O por quê disso? Porque o pai de Jéssica e Dylan havia pedido a Dylan que roubasse o dinheiro da conta bancária dos Johnson, a família de sua ex namorada, mas no dia anterior, o garoto de 16 anos encontrou um cofre cheio de dinheiro no quarto do pai, o que fazia ele questionar muita coisa; por que o pai estava mentindo pra ele? Por que ele queria o dinheiro dos Johnson quando se tem uma fortuna guardada no closet? Porém, Dylan resolveu guardar esse segredo para si mesmo para ver o que acontecia, e talvez fizesse alguma coisa sobre isso no futuro, agora que as chances de ter o dinheiro dos Johnson era impossível, por causa do quarto término de Jill e Dylan. Tudo estava confuso.

– Dylan, eu ouvi que você está namorando a Courtney, é verdade?! As garotas da escola disseram que você tinha engravidado Jill e terminado com ela, mas eu desmenti tudo. Eu sabia que você não faria isso.

– Valeu, Jess- respondeu Dylan, desanimado. O pai não sabia do término ainda, e o garoto suspirou- E sim, é verdade. Eu estou ficando com a Courtney- Dylan olhou o pai por canto de olho e viu que as narinas dele tinha se dilatado e a veia em sua testa estava latejando com força.

– Dylan- disse Terrance- Podemos falar lá em cima?

– Claro.

Deixando Jéssica sozinha na mesa comendo torradas, os dois subiram e Dylan ouviu a maior bronca de sua vida, e o garoto jurou que sua irmã também tinha escutado, e com certeza faria várias perguntas sobre o motivo da briga etc. Só de pensar nisso Dylan já ficava ofegante. Enquanto seu pai gritava com ele sobre a importância do dinheiro na economia e o quanto ele ficaria orgulhoso se Dylan seguisse o plano, o mesmo percebeu que tinha que ir para a escola.

– Pai, eu tenho que ir- ele disse simplesmente, e desceu as escadas, encontrou Jéssica na ante sala e os dois saíram juntos da casa. Dylan olha a para frente enquanto ia a pé para a limousine, mas Jéssica olhava pra ele.

– D, o que está acontecendo?- ela perguntou. De repente, segurou os dois braços do irmão, o obrigando a ficar parado e contar o que estava havendo.

– Foi mal, eu não posso contar- Dylan já estava ficando nervoso. Ele se soltou dos braços finos de Jéssica e voltou a andar em direção a limousine.

– Ah, qual é!- gritou Jéssica, que ficou para trás- Você sabe que me ama!

Dylan olhou para trás.

– Eu não tenho mais 100% de confiança em você, mana- ele disse- Mas eu não gosto de guardar segredo. Venha, eu te conto na limo.

Os dois entraram no grande carro e começaram o trajeto para a escola, e Dylan pôs se a contar tudo:

– Tudo começou na festa da mãe da Jill, faz algumas semanas. Ela me pegou... Bem... Quase tendo relações...

– Transando- ajudou Jéssica, indiferente.

– Ahn... Isso. Então nós terminamos e quando eu fui para casa, papai me contou a situação apertada que ele passava. Nesse ano, nosso colégio está bem vazio, talvez você tenha reparado.

– Aham- concordou Jéssica, apressada.

– Então meu pai tramou um plano. Eu teria que voltar com Jill e descobrir a senha do cartão dela para ter acesso à conta bancária da sua família e roubar o dinheiro para pagar as dívidas da nossa.

Jéssica não disse nada por um momento.

– Então papai estava brigando com você por ter terminado com Jill?

– Exato- disse o garoto, e se esticou no banco da limo- Ainda bem que eu contei para alguém, eu já não estava mais aguentando.

– Relaxe- tranquilizou Jéssica- Eu não vou contar pra ninguém.

Tem certeza?

X-X-X

Na mesma manhã, Jillian Johnson escolhia a roupa que ia usar, dentro do seu closet de 7 metros. Ela optou por um vestidinho preto e brando de renda e gola dobrada, uma jaqueta creme rosada Reiss Annecy, brincos de diamantes em formato de flores, sapatos rosados de lacinho e sua "coroa" de Queen B, que na verdade era um arco preto Dolce & Gabbana com cristais enormes em forma de flores. Pra não chamar a atenção, sabe. Ela se olhou no espelho e viu no reflexo um cinto creme de lacinho, que combinava perfeitamente com a roupa. Ela o colocou, passou seu gloss labial Chanel, blush rosado e delineador. Estava pronta.

Ela borrifou um pouco de L'Artisan Parfumeur nos dois lados do pescoço e se olhou no espelho. Não importava o quanto se emperiquitava, ela não conseguia se achar atraente. De jeito nenhum. Ela ignorou esses pensamentos e desceu as escadas, os saltos fazendo um barulhinho agradável ao bater na madeira da escada. A garota finalmente chegou à cozinha, onde não encontrou a cena mais agradável do mundo. Sua mãe estava sentada na bancada, meio deitada, enquanto o mais novo noivo dela, René, beijava loucamente sua boca. Os dois estavam se agarrando, e se Jill não tivesse interrompido aquela cena nojenta, eles teriam ido muito além.

– Caham- Jill tossiu, e os dois se separaram, a mãe dando uma risada histérica.

– Meu Deus, Jill. Você nos pegou de surpresa- ela disse, botando a mão na região da pele acima dos peitos que o roupão quase transparente que ela usava deixa a mostra.

– Jillian!- exclamou René, exibindo novamente seus dentes brilhantes e correndo até Jill. Ele a segurou nos quadris e a girou no ar. Quando botou a menina novamente no chão, ela gemeu:

– Minha vida é um saco.

René ignorou o comentário e olhou para a futura enteada da cabeça aos pés.

– Pois bem, você está linda!- ele exclamou, fazendo um gesto de impressionado com as mãos.

– Eu sei- Jill sorriu falsamente. Ela não tinha um pingo de auto estima- Hmm, fez panquecas, mamãe?

– Eu fiz- René andou até o fogão e pegou no cabo da panela. Ali dentro estava uma panqueca fervendo. O francês fez a panqueca dar uma pirueta e queimar o outro lado dela- Eu também coloquei meu sauce speciále, que está em ma famille há anos. Quer provar?

– Por que não?- Jill assobiou, entediada. Ela pegou uma panqueca do prato que estava na mesa e se sentou na mesa redonda, ao lado da mãe, que falava no telefone enquanto folheava a Vogue, que possuía as fotos do brunch em que eles anunciaram o noivado. Ela balançava a cabeça, ofendida.

– Olhe como estou gorda nessa foto, René- disse ela, levantando a revista e a virando, onde tinha uma foto de Louise rindo com o noivo ao seu lado. Havia uma dobrinha de gordura debaixo do braço, embaixo da manga do vestido rosa claro que ela usava. Estava mesma parecendo gorda, mas os olhos brilhavam e ela parecia cintilante. No forno, René virou o rosto.

– Você está linda- alegou ele, botando a panqueca que cozinhava num prato. Ele pegou uma tigela cheia de um líquido marrom e despejou sobre a panqueca. Colocou na frente de Jill e disse, excitado:- Vamos, prove essa com minha calda especial. Ela tem mel, creme de avelã, pasta de amendoim, suco de banana e um ingrediente secreto que você nunca descobrirá- ele disse, misteriosamente.

Jill pegou uma colher da mesa e pegou um pedaço da panqueca ensaboada de calda, e enfiou na boca. O gosto era horrível. Ela literalmente cuspiu o pedaço no prato, e limpou a boca num guardanapo.

– Nojento- ela se levantou, pegou sua bolsa e saiu do apartamento, e o colégio era seu destino. Quando chegou lá, deu de cara com suas amigas, Becky, Lana e Sasha, que ela nem falava mais, sentadas no chão com suas bolsinhas Chanel e botas cano baixo. Ela passou direto por elas, mas Becky disse à ela:

– Jill, senta aqui com a gente.

A garota sabia que elas só queriam informações sobre o término com Dylan, mas ela não se importava; seria divertido vê-las babando por fofocas que ela não contará. Ela deu meia volta e sentou no chão, no meio delas.

– Você está ótima- bajulou Lana, sorrindo com força, causando rugas precoces no canto dos olhos. Nojento- E aí, como estão as coisas com o padrasto?

– Normal- Jill respondeu vagamente, botando o cabelo pra trás, querendo dar um ar de mistério. De repente, sem aviso, e antes das três seguidoras de Jill poderem fazer mais questionamentos, um grupo de garotas da sétima série apareceu na entrada com colégio, guinchando.

– Oi Jill- disse uma delas, e as outras davam risadinhas. Parecia que ela estava prestes a pedir um autógrafo- Eu soube que você e o Dylan terminaram.

– E daí- retrucou Jill, insolente.

– Eu queria te dar isso- disse a menina, e tirou um embrulho retangular do casaco Zara azul-celeste. As meninas ao redor continham a risada enquanto Jill rasgava o embrulho. Ela jogou o papel de presente no chão e abriu uma caixinha dentro do embrulho. Dentro dela estavam dois pares de sapatinhos; um azul e um rosa- Eu não sabia se era menino ou menina, então comprei os dois.

As meninas da sétima série explodiram em risadinhas imbecis,ao mesmo tempo que saíam dali, loucas para contar às amigas a atitude "corajosa" que tiveram. Jill estava meio em choque. Ela não podia ser vista com sapatinhos de bebê em pleno pátio da St. Jude; os boatos iam surgir muito rapidamente! Ela fechou a caixinha, se levantou e jogou os sapatinhos no lixo, sentindo vários olhares sobre ela.

– Você não está grávida, está?- perguntou Sasha quando Jill voltou.

– É claro que não- ela retrucou, irritada, encarando com fúria a loira- Eu vou embora- ela anunciou enquanto se levantava e ia para dentro do colégio, a procura de CeCe. Ela acabou flagrando Matt e Stace se beijando de língua. Stace estava apoiada num armário. Que merda, será que todo mundo é feliz e namora?, ela pensou enquanto cruzava o corredor. Foi quando a calda especial de René subiu pela garganta, e ela correu para o banheiro feminino.


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