Gossip St. Jude- 1ª temporada escrita por Salada


Capítulo 39
Um jantar desagradável




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JÁ ESCUTO OS SINOS

Quem diria que a velha mãe de J, que todos achavam que ficaria encalhada pra sempre depois da morte do marido, ficaria noiva menos de 6 meses depois da tragédia? Ela não está pra brincadeira mesmo! O noivo, que vamos chamar de R, até que é gatinho, pena que é quase um idoso. Será que J gostou dessa anunciação? Vamos torcer que sim, não é, galera? Hmm, acho que não.

Flagra

Ontem: J e D almoçando no Loeb Boatsohuse, no Central Park. Muito chique para um almoço, não acha? CC dançando na entrada do metrô na rua 77 Leste com um mendigo de violão, e depois se embebedando no Tribeca Star. Essa sabe o significado de diversão! M lendo Agatha Christie num banco do Central Park, perto do Loeb Boathouse, enquanto a amiga comia com o namorado. B sendo 2 horas entrevistada com a mãe e o noivo dela, ainda no Palace. Quanta atenção, depois não reclamem que ela cresceu mimada. J 2 na Corner Brookstore, na rua 93, estudando como uma boa samaritana. Que gracinha!

Hoje de manhã: CC visitando o namorado garçom na Tiffany, Quinta Avenida. Como se todos não soubessem que a loja fica lá... Aposto que metade dos meus leitores passa lá todo dia antes de fazer o dever pra dar uma espiada em P... D correndo com o tio, A, que está na cidade, no Central Park, dando a volta pelo Shep Meadow tipo, umas 40 vezes. J comprando um cachecol roxo na Barney’s e tomando um latte da Starbucks. Deve estar se preparado para o outono. M batendo na porta de uma casa na rua 85 Oeste. Deve ser lá que a garota de jeans mora, mas o coitado ficou sem resposta. J 2 num brunch informal com aquela amiga drogada, C. Será que ela a perdoou por ter deixado o irmão quase sem braço. Ok, exagerei aqui... L,B e S na Barney’s, grudadas em J feito um carrapato. Ew. B brigando com a empregada na janela de seu apartamento, fazendo questão que todas as vejam. Falei que ela ia virar mais mimada do que já é.

Seu e-mail:

P: Cara Gossip St. Jude,

Hoje de manhã eu juro que vi a CC e M se paquerando no buffet do brunch do Palace. Depois ele subiu para o segundo andar e a J fez o mesmo. E ainda negam que ele não está traindo aquela garota desconhecida que ele namora. Beijinhos.

–jelly7

R: Caro Jelly7,

Apesar de achar que M e CC tenham sim uma química incontrolável, eu acho que ele não seria capaz disso. Agora com J, eu não sei. Afinal, ela é beeeem mais gostosa que a garota de jeans. Ela tem o que, 10 anos?

–gossipstjude

P: Oi GSJ,

Eu vim aqui esclarecer uma dúvida. O D que você fala tem olhos verdes? Se sim, ontem eu vi ele transando com uma garota no banco de trás de uma van enquanto voltava pra casa, na rua 64. Com quantas garotas ele vai trair a J?

–penene_1

R: Querida P,

Como diabos você viu a cor dos olhos dele?

–gossipstjude

P: Cara Gossip St. Jude,

Eu sou camareira do Palace e ontem eu vi J e M entrarem no mesmo quarto e ficarem lá por tipo, uns 5 minutos com a porta fechada. Aposto que o garoto é rápido, hein?

–wahawi

R: Wahawi,

Aliás, que tipo de nome é esse? Sua mãe devia odiar você mesmo. E sobre a pergunta, eu acho que J e M não tem tipo, nada a ver. Eles são amigos. No máximo sentem tesão um pelo outro. Mas só isso. Então vê se para de encher.

–gossipstjude

Ficamos por aqui. Você sabe que me ama,

Gossip St. Jude.

X-X-X

CeCe Cooper estava na Quinta Avenida, e passando pela Trump Tower. Ela finalmente chegou aonde queria: Tiffany & Co. Mas ela não estava ali para comprar jóias com cristais como a maioria das garotas mimadas e maridos ricos, e sim por outro motivo. Seu namorado, Pierre, trabalhava ali em tempo integral. O restaurante que ali foi colocado em dedicação ao filme de Audrey Hepburn funcionava como um Fred at Barneys, de segunda a sábado. Domingo era o único dia livre de Pierre, e eles geralmente faziam alguma coisa como ir ao cinema juntinhos ou passar o dia na cama comendo pizza com glacer de baunilha. Mas naquele dia, CeCe ia até lá com pressa, porque o namorado a ligou e pediu para fazer isso, alegando ser uma emergência. Ela teve que dar uma desculpa esfarrapada para soar do desconfortável café da manhã de domingo com os pais para voar na loja. E finalmente ela chegara.

Olhou para o lugar. Reparou nos detalhes do mármore branco em cima e ao redor da grande porta de vidro no centro da joalheria. A Tiffany era um tesouro de Nova York, mas é claro que CeCe não pensava assim.

Ela empurrou a porta pesada, passou pela área de venda e foi direto para o restaurante. Estava vazio, e Pierre estava sentado em uma mesa num canto, perto de uma janela. Em suas mãos fortes estava um bloquinho, e ele tinha um lápis na orelha direita. A garota ruiva andou até lá e ficou em pé, diante dele.

– Você está legal?- ela perguntou- Estava muito mais aliviada agora que viu que o namorado estava a salvo.

– Não- negou o garçom. CeCe percebeu que olhar que ele lançava ao bloco era preocupado, e ela se sentou ao seu lado.

– O que houve?- perguntou ela, olhando a folha da frente do tal bloco. Tinham várias contas, que no final resultava num número enorme- O que é isso?

– Isso- Pierre se levantou e deixou o bloquinho em cima da mesa, e sua namorada o pegou- É a conta atual do mês por ter dormido dois dias num apartamento na rua 46.

– Por que você fez isso?- perguntou CeCe. Ela tirou os olhos das contas e olhou para os olhos escuros de Pierre. De repente, ele parecia preocupado, como se o que ele mais temia era ter que responder a essa pergunta.

– Eu... Eu fui despejado- ele contou, e os dois ficaram um tempo em silêncio, como alguém tivesse sido assassinado. Ou despejado- Não pagava o aluguel faz algumas semanas e...

Ele não conseguiu terminar a frase, porque CeCe o interrompeu:

– Por que você não me contou?!- ela gritou. Literalmente gritou, no meio do restaurante- Pierre, você sabe que a minha família tem dinheiro, eu podia ter te ajudado!

Pierre ficou sem palavras. Não esperava essa reação. Ele enrubesceu e olhou para baixo de um jeito fofo, mas CeCe estava furiosa demais para perceber.

– Quer saber?- disse CeCe- Eu não deveria estar brigando com você. Você foi muito idiota,mas está tudo certo. Eu vou te ajudar com a dívida e você pode focar na minha casa enquanto não arranja outro lugar pra morar. Vai ficar tudo bem.

– CeCe, eu aprecio muito o que está tentando fazer mas eu não posso aceitar. Tenho 22 anos, preciso ter responsabilidade e maturidade para arranjar um jeito de me sustentar e ter um lugar pra morar- disse Pierre- E essa não é a emergência-As sobrancelhas de CeCe se ergueram. O que podia ser pior do que ser despejado?- O restaurante da Tiffany é temporário. Logo, vou ficar sem emprego e sem casa. Eu estava bem, e aí percebi isso. Tive que ligar pra você.

CeCe teve forças para sorrir.

– Está tudo bem- disse ela, puxando o namorado para o sofázinho da mesa e o envolvendo com o braço- Eu vou sempre ficar ao seu lado. Ok?

– Ok.

X-X-X

Às 9h da noite daquele domingo desanimado, o jantar de Patrícia ia acontecer. Ela convidou todos os contatos do telefone de Stace que ela não conhecia. Eles se resumiam em Jill, CeCe, Matt e Dylan. Iam ser os 6, um monte de macarronada e provavelmente um silêncio desagradável.

Matt estava extremamente nervoso(pra variar) em relação ao jantar, pois seria a primeira vez que ele teria contato com alguém da família de sua namorada. Ele tinha que impressioná-la de alguma maneira. Ele passou metade do sábado pensado no que ia fazer para conseguir a atenção de Patrícia, porque a outra metade ele pensou sobre o beijo que deu em Jill. Aquilo contava como traição? Quer dizer, foi só um beijinho inocente, nada demais. Não significou nada. Ou significou? Matt estava tão confuso.

Ele não sabia como agiria perto de Jill durante o jantar. Devia fingir que nada aconteceu, como aquele beijo na sacada de Jill durante sua festa ou deveria falar com ela para pensar no que fazer? Ou talvez ele devesse a beijar de novo. Sabe, só para ter certeza que eles não se gostavam. Não! Matt se pegou imaginando como seria um beijo perfeito com Jill. Ele seria em um deck, a luz do luar, enquanto golfinhos nadavam mais a frente e uma leve brisa batia em seus rostos ardentes de vontade de se agarrar.

Não!

CeCe estava ansiosa pelo jantar, pois aquele seria o momento de provar para Jill, sua melhor amiga, que Stace era diferente do que parecia. Bem diferente. Ela montou um plano dois dias atrás, que era basicamente fingir que ainda estava brigada com Jill e a fazer falar tudo que ela a havia dito na festa de sua mãe. Não seria fácil, mas ela sabia que ia conseguir.

Jill estava muito mal depois de sábado. Foi tudo muito movimentado, muito rápido, muito às pressas. Primeiro ela acordou com a visita do noivo da sua mãe, depois ela foi arrastada para um brunch chato. Ela tentou perder a virgindade durante o brunch mas acabou tendo um mal entendido, e ela beijou o melhor amigo. E ainda quase foi flagrada por seu namorado. Depois do brunch, ela e Dylan deram uma fugida para o Loeb Boathouse e depois ela passou a tarde tentando ler o livro de Química, pois tinha teste na segunda, mas toda a hora se desconcentrava porque estava pensando no dia anterior. O jeito que se sentiu atraída por Matt, e como o almoço com Dylan foi intrigantemente tedioso, já que ela estava doida por isso no começo do dia. Nada fazia sentido, e ela esperava que esse jantar esclarecesse(pelo menos um pouco) as coisas.

Às 8 e 45, a primeira pessoa bateu na porta. Patrícia estava cozinhando e Stace estava no seu quarto, lendo uma revista. A tia de Stace saiu em disparada para a porta, porque o macarrão estava no forno e ela não podia deixar queimar. Ela abriu a porta e correu de volta para o fogão, deixando CeCe parada na porta.

– Oi- disse ela, adentrando pelo lugar- Ahn... Cadê a Stace?

– No quarto- respondeu Patrícia, sem olhar para ela, e mexendo o macarrão na água fervendo- Mas você pode sentar, eu já vou servir. Stace, sua amiga chegou!- ela gritou para a sobrinha, que saiu do quarto

– Oi- cumprimentou ela, dando um sorriso tímido- E aí, quer conhecer o meu quarto?

– Eu adoraria- disse CeCe. Ela empurrou a cadeira para trás e se colocou de pé. O lugar era bem pequeno mesmo, e o quarto ficava praticamente ao lado da sala. Stace a guiou até lá, e fechou a porta fechada. O lugar era relativamente grande. Havia uma cama baixa e bagunçada e entulhada de revistas de moda, livros e papéis encostada na parede cinzenta, e havia uma janela ao seu lado. Um pequeno armário ficava ao lado da porta, e havia uma prateleira cheia de discos de artistas pops em cima de uma bancada cheia de perfume barato, encostada num canto afastado do cômodo. O mesmo era extremamente escuro, e a única iluminação era de um abajur alto na mesinha de cabeceira ao lado da cama, e a luz forte do laptop.

– Deixe a porta aberta!- elas ouviram da cozinha, e Stace suspirou irritada. Chutou a porta, que ricocheteou na parede e voltou um pouco. Stace sentou numa cadeira na frente da bancada em que ficava o laptop um pouco antigo da Apple, o abriu.

CeCe se endireitou, respirou fundo e pegou o celular. Ela clicou no aplicativo de gravador e clicou no botão gravar

– O negó...- mas ela não conseguiu falar o que queria, porque a campainha soou e alguns segundos depois uma garota alta e de cabelos castanhos acompanhada de um garoto forte entrou no quarto, aumentado a fresta de luz que ficou no quarto e o iluminando finalmente.

– Stace!- exclamou Jill, a abraçando- Senti sua falta no colégio. Não é a mesma coisa sem você- elas se separaram e foram para a cozinha. Se sentaram na mesa e começaram a esperar. Nesse meio tempo, a campainha tocou pela terceira vez. Stace se levantou com pressa e abriu a porta. Ela deu um selinho rápido no garoto, e o puxou para dentro. Com orgulho, o levou para a cozinha pela manga do casaco dele

– Tia- disse ela, os olhos brilhando de excitação- Esse é Matt.

A tia Patrícia se virou, julgando Matt da cabeça aos pés. Ele parecia um bom garoto, vestindo uma camisa branca por baixo de uma blusa social laranja e lisa Ralph Lauren, calças de linho escuras e tênis Nike simples.

– Olá Matt- disse ela, inexpressiva.

– Boa noite, senhora- respondeu o garoto. Ele suava frio.

– O jantar vai ser servido!- anunciou Patrícia do nada, fazendo todos levarem um baita de um susto. O jantar estava prestes a começar, assim como a noite.

Patrícia segurava com as mãos enluvadas uma enorme travessa de macarrão. Ela era uma alcoólatra, então basicamente botava rum em tudo. A macarronada não foi uma excessão; ela estava lambuzada do molho de rum e queijo, o que não era bem delicioso. A tia de Stace pegou um isqueiro e botou na travessa, e a mesma pegou fogo, mas logo abaixou, deixando um cheiro agradável de álcool e cream chease.

– Flan!- exclamou Patrícia. Ela se sentou ao lado de Stace e se serviu de duas colheradas imensas do flan chinês.

CeCe olhava para o flan, ansiosa. Parecia bom, mas ela queria mesmo era desmascarar logo Stace e acabar logo com isso. Todos se serviram do macarrão e começaram a comer. Não estava ruim, mas o rum tinha o gosto muito forte, e contrastava demais com o queijo. Eles ficaram pelo menos 5 minutos antes de alguém o romper.

– Está irado- disse CeCe, a dona da ação. Estava muito chato, alguma coisa tinha que acontecer-, o macarrão.

– Obrigada- agradeceu Patrícia de forma formal. Ela se virou para Matt, que sugava um fio de macarrão com os lábios rachados. Na mesma hora ele soltou o fio e limpou a boca lambuzada com um guardanapo- Então, Matt, me fale o que você pretende fazer.

– Ahn...- pensou Matt, nervoso- Casar?

Ele achou que Patrícia estava falando dos planos do que fazer com a sobrinha. Coitado. CeCe segurou uma risada, e Matt olhou pra ela, com raiva.

– Isso é interessante, mas eu quero dizer o que quer fazer da sua vida. Sabe, o futuro. Porque é óbvio que você não vai casar com minha sobrinha.

Tia Patty– gemeu Stace. Ela não podia parar de pressionar as pessoas uma vez na vida?!

– Ah- disse Matt, constrangido. Ele estava vermelho, e faltava pouco para suar. Ele não queria suar. Ele não podia suar!!- Hmm, meu pai é banqueiro e ele quer que eu trabalhe na firma dele, mas eu não tenho certeza.

– Entendo- disse Patrícia, com os olhos estreitos e encarando o garoto que tentava impressionar-Não tem certeza.

– Matt é o segundo da turma!- exclamou Stace do nada, e todos olharam para ela. Toda aquela situação a deixava angustiada- Só não é o primeiro por causa da minha melhor amiga, a Jill. Ela quer ingressar em Harvard, e tem tudo pra conseguir isso. Não é, Jill?

Jill sorriu, lisonjeada. Isso era verdade, mas ela não gostava quando apontavam seu lado inteligente, porque fazia ela parecer uma nerd, e ninguém quer ser uma nerd.

– Sim- concordou ela-, mas o Matt é brilhante.

Matt olhou pra ela, tentando esconder a surpresa. A garota sorriu, o encorajando.

–Interessante- cortou Patrícia, botando um fim no assunto.

Eles voltaram ao silêncio constrangedor.

– Com licença- disse CeCe, se levantando da cadeira- Stace, posso falar com você?

– Ta.

Stace acompanhou CeCe até a rua, onde soprava uma brisa fria. CeCe pegou um Malboro da bolsinha escura da Zara e acendeu com o isqueiro Bic. Ela deu uma tragada e olhou vazia para o resto da rua, que era cobrida de copas de árvores alaranjadas. Era uma bela paisagem.

CeCe começou a gravar. Ela jogou o cigarro na calçada e pisou nele com o salto do sapato Manolo.

– Olha só- começou ela a atuar, em um tom falso de patricinha puta que ela imitou de Jill. Sem ofensas-, eu vou falar só uma vez. Eu gosto do Matt e ele gosta de mim. A gente quer ficar, mas ele está com peninha de terminar com você pra ficar comigo, então ve se ficar longe.

E aí, Stace soltou o que CeCe queria. Um caminhão cheio de palavrões, xingamentos e ameaças foi despejado sobre a garota ruiva, que gravou tudo. Stace estava prestes a lhe dar um soco nela quando a porta atrás delas abriu.

– A sobremesa vai ser servida- anunciou Matt, com a cabeça pra fora da porta.

– Estamos indo- Stace deu um sorriso doce, e CeCe ficou surpresa com a falsidade daquela garota de 15 anos- Espero que tenha entendido- disse ela antes de entrar de volta a casa e comer a sobremesa como se nada tivesse acontecido.

Depois de todos terminarem sua sobremesas, Patrícia se levantou, alegado estar cansada, e falou para os adolescentes não ficarem muito tempo na casa, e para não fazer muita bagunça. Ela se trancou no quarto depois disso, e Stace, Matt, CeCe, Jill e Dylan ficaram sentados ao redor da mesa de vidro, sem assunto. Que constrangedor. De repente CeCe pensou em algo. Na festa de sua mãe, Stace disse para ela se afastar de Matt porque sabia que ele tinha uma paixonite intensa pela garota, mas espere; como ela sabia disso? Teria Jill contado a ela? Não... Ela conhecia bem a amiga, e ela não falaria nada. Então como?! Ela tinha que investigar.

– Hmm, acho que deixei minha bolsa no seu quarto, Stacie. Eu já volto.

Antes de dizer isso, ela chutou a perna de Jill, num sinal para que ela a acompanhasse.

– Puxa, eu também!- exclamou ela, empurrando a cadeira pra trás e indo para o quarto de Stace com CeCe- O que você quer?- ela perguntou para CeCe lá dentro, depois de fecharem a porta.

– Te mostrar a verdade!- respondeu a garota ruiva. Ela tirou o celular do bolso e botou a gravação pra tocar. Ela começou a procurar pelo quarto alguma coisa suspeita, enquanto Jill escutava Stace falando cada ameaça possível. CeCe abria todas as gavetas da mesinha e das duas bancadas, e procurava entre as revistas das camas e prateleiras- Se eu fosse um segredo- disse CeCe, tentando raciocinar o mais rápido possível-, onde eu me esconderia?

– No laptop!- exclamou Jill. A gravação já havia acabado, e ela parecia acreditar finalmente na amiga de cabelos vermelhos.

– Isso!- CeCe gritou enquanto pulava para a escrivaninha. As duas garotas ficaram atrás do computador e da cadeira com rodinhas de couro preto, de pé. CeCe abriu o laptop e a página da Gossip St Jude- Uau. Você acha que ela...?

– Talvez- respondeu Jill. Ela ainda estava meio chocada pelo que tinha escutado na gravação- É possível.

– Vamos ver os sites que ela visitou- sugeriu CeCe, e ela apertou Cntrl H. Ali apareceu o histórico dos sites que ela visitou desde 1 de setembro. A garota desceu até o fim de no dia 5 de setembro, estava o site Gossip St. Jude- Que dia ela disse que veio pra cá?

– Dia 6-respondeu Jill, e as duas se olharam. Stace já sabia quem eles eram, ela lia sobre a vida deles antes de os conhecer. Isso era assustador

– Caralho- disse CeCe, olhando fixa para a data.

– Ela fingiu ter me conhecido no acaso- disse Jill- E fez isso com Matt também. Ela enganou todos nós.

– Caralho- repetiu CeCe, se afastando subitamente da escrivaninha- Por que será que ela fez isso?

– Não faço idéia- respondeu Jill. De repente, a porta se abriu, e Stace apareceu na porta.

– Ouvi gritos- disse ela- O que aconteceu? Tia Patty está dormindo.

Para surpresa de CeCe, Jill teve a coragem de responder ela. Normalmente, ela é bem medrosa.

– Nós estamos bem, foi mal.

– Ta- disse Stace, e se sentou em sua cama- O que vocês estão fazendo no meu laptop?- perguntou ela e se levantou num pulo, e não deu tempo de CeCe fechar o computador. Stace olhou diretamente para a tela.

– Você- disse CeCe em tom a acusatório- é a Gossip St. Jude?


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