Gossip St. Jude- 1ª temporada escrita por Salada


Capítulo 37
J recebe uma surpresa intercontinental




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No sábado de manhã, Jill se levantou da cama de bom humor. Finalmente! Ela estava louca pra sair com Dylan, seu namorado. Estava ótima, e não precisava de mais nada. Só de seu namorado e... uma lagosta, talvez? Hm... Uma lagosta seria ótimo.

Ela acordou de seu devaneio culinário quando sua empregada polonesa cópia barata de Dorota, Amélia, entrou no quarto, às pressas. Vestia o tradicional uniforme exigido por Louise, que ela e o resto de suas empregadas deveriam usar. Não era muito confortável.

– Srta Jill, srta Jill! Tem alguém aqui que quer te ver- anunciou Amélia, ofegante. Coitada, parecia uma baleia de origem ariana.

– Agora?- estranhou Jill. Eram, tipo 9 da manhã?- Quem é?

– Eu não conheço... Não é nenhum de sues amigos. Mas é bastante sexy...- observou Amélia.

Jill suspirou e saiu da cama, colocando suas pantufas de pele de cavalo. Ela pegou sua escova na penteadeira e começou a pentear seu cabelo, enquanto andava para fora do quarto, e depois descendo as escadas. No Hall, sentado no divã turquesa, estava um homem de cabelos pretos com alguns fios brancos, um olhar sedutor e vestindo um blazer Marc Jacobs marrom, calça bege da mesma marca e sapatos de couro branco. Um vestígio de barba cobria o queixo bem definido. Era mesmo sexy.

– Ahn... Posso ajudar?- perguntou Jill, botando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e cruzando os braços. O roupão cor-de-rosa balançava lentamente com o sopro do vento de Nova York, que saía da janela ao lado do elevador. O homem se virou, e deu um sorriso torto. Amélia tinha razão, pensou Jill, Pena que é idoso.

– Jill!- exclamou o homem, sorrindo e se levantando e dando um abraço apertado na garota. Ele cheirava a colônia favorita de Jill, Eau d'Orange Verte, de Hermes. Era mais alto que a mesma. Jill não retribuiu o abraço, estranhando. Explicações, por favor?- É tão bom ver você, finalmente!-Ele finalmente a soltou, ainda sorrindo radiante- Meu nome é René. Sou o noivo de sua mãe, querida!-ele exclamou, e Jill ficou paralisada, de choque. De repente, tudo que ela havia achado do homem(sexy, atraente...) foi embora. Que nojo!

De repente, várias perguntas surgiram na cabeça de Jill. Onde está mamãe? Onde está Bárbara? Onde está todo mundo?! Por que esse cara está aqui?

– Ah- disse Jill, ansiosa. Ela botou o cabelo atrás da orelha de novo. Maldita mania- Hmm, e por que você está aqui? Quer dizer, você não devia estar na França, ou sei lá?

– Essa é a parte boa!- exclamou René, extremamente sorridente, e deixando os dentes brancos perfeitos expostos- É uma surpresa- ele sussurrou, e os olhos de Jill brilharam.

– Jura?- ela perguntou.

– Isso! Ontem, sua mãe me pediu para chegar hoje de madrugada, pois ela queria anunciar nosso noivado durante algum brunch em algum hotel, mas eu menti dizendo que estava ocupado porque estava trabalhando. Na mesma hora, peguei meu jatinho e vim pra cá, para uma surpresa! A bondosa Amélia me contou que sua mãe e sua irmã foram a esse brunch no Hotel Palace, mas não tiveram coragem de te acordar, pois estava num sono profundo. Então eu pedi para falar com você. Nós podemos ir para o hotel juntos e fazer uma surpresa dupla para sua mãe. O que acha?!

Jill piscou. Era muita informação para ela. Então a mãe queria anunciar para todos em Nova York- a família Ohio, os Cooper, os St. Jude e outras famílias conhecidas- que ela estava noiva de um francês gostoso, durante um brunch que ela nem havia sido convidada, por que ela estava dormindo?! Isso que é surpresa num sábado de manhã!

– Ahn... Tudo bem. Você sabe por acaso onde fica o hotel Palace?- perguntou Jill, num tom sarcástico, que o francês não percebeu. Alguns franceses podiam ser bastante idiotas.

– Eu esperava que você me ajudasse- René olhava para Jill, profundamente. Ele possuía olhos cinzentos sedutores, algumas rugas na testa, e o queixo era divido na metade. Queixo de bunda- Que tal?

– Hm, ta legal- retrucou Jill, descruzando os braços. Ela estava se sentindo meio gorda agora. Sentiu falta da sensação que sentia alguns minutos atrás, quando tinha o dia todo para gastar com seu namorado. Agora teria que ir a algum brunch chato com todas as famílias irritantes de Nova York. Pelo menos ela veria Dylan- Eu vou trocar de roupa. Fique aqui.

René concordou com a cabeça, enquanto Jill subia as escadas correndo. Ela entrou no quarto, bateu a porta, correu para o banheiro e meteu o dedo na garganta. Tinha que se sentir magra, se ia aparecer no Palace com o noivo de sua mãe, do nada. Depois, foi para o quarto e se vestiu. Desceu as escadas, afirmou para René que estava pronta, e eles se foram. Jill já estava com fome novamente.

X-X-X

No fim da manhã daquele sábado, o saguão do Palace Hotel estava abarrotado de gente. Turistas, principalmente, faziam check-in e carrinhos passavam para cima e para baixo, cheio de malas.

Dentro do hotel, no luxuoso salão de festas, estavam servindo o tradicional brunch que era oferecido a todos os sócios e convidados da alta sociedade nova-iorquina e suas famílias. Era um excelente local para fazer festas noturnas, com o brilho suave da lua refletindo nas modernas paredes de vidro e lustres de cristal. Mas era péssimo para um brunch. Estava quente e os gigantescos quadros pendurados nas paredes não combinavam em nada com salmão, ovos e chás, enquanto o sol brilhava intensamente entrando pelas janelas de vidro.

O Hotel Palace ficava na Madison Avenue, na esquina com a rua 51. Jill e seu novo futuro padastro saíram de um táxi dali e entraram no hotel. Ele foram até o enorme saguão, e Jill viu sua família, seus amigos, e as famílias de seus amigos, além de várias outras famílias ricas de Manhattan. Os Ohio, numa mesa afastada, com David e Cheryl comendo silenciosamente, os Cooper numa mesa do centro, com Ramona virada de lado na cadeira de madeira importada conversando com outra socialite e George devorando seu omelete com bacon e café, os St. Jude, com Terrance St. Jude, o diretor da escola que eles estudavam, olhando ao redor enquanto sua filha o imitava, observando a mesa que estavam Matt, CeCe, Becky, Lana e Sasha conversando animadamente e bebendo champanhe. Ela pareica estar sendo obrigada a ficar ali, pois parecia que ela queria loucamente se sentar com eles e dar uma de metida. Em outra mesa a leste, estava a mãe de Sasha, Margot, com seus maravilhosos cabelos loiros e longos e olhos azuis, sentada conversando seu marido, o capitão Jack, pai de Sasha. Eles tinham duas casas no Maine, e o pai passava basicamente todos os fins de semana construindo barcos com o irmão de Sasha, Bradley, que também estava na mesa, conversando com os pais, provavelmente sobre navios. Eles basicamente só conversavam sobre navios.

Na mesa ao lado dessa, os pais de Becky, Monalisa e Henry Jones, falavam sobre alta costura com Herb e Denise Springers, os pais de Lana. Eles eram muito amigos, assim como as fihas eram uma com outra. Atrás da mesa deles, perto de uma gigantesca janela, Dylan comia feito um faminto com seus amigos Thomas Packington, Daniel Thompson e Marco Lavigne. Os quarto comiam toda a comida nos pratos e enchiam os pratos de mais comida, enquanto conversavam sem muito entusiasmo. Estava claro que aquilo era um porre para eles.

Jill olhou ao redor pela segunda vez, procurando sua família. Louise estava no banheiro, mas saiu rapidamente. Ela olhou de relance a Jill e René, mas não percebeu o que estava acontecendo. De repente, ela olhou para eles pela segunda vez e seus olhos cinzentos se arregalaram. Ela andou rapidamente para eles e abraçou René, de uma forma pouco carinhosa. Ela nem falou com Jill.

– Meu Deus- disse Louise, sem parecer muuuuito surpresa. Ela olhava para o homem da cabeça aos pés- Você está lindo!- ela exclamou, e se virou. Muitas pessoas olhavam para eles. Ela pegou a taça de champanhe e bateu a colher de prata no vidro, e tintilou. O barulho causou um déjà-vu em Bárbara, que sorriu maliciosamente com a lembrança da noite maravilhosa que teve no dia seguinte- Atenção, por favor,atenção!- ela disse, levantando mais ainda o copo e batendo mais forte na taça- Eu gostaria de fazer uma anunciação.

Depois de algum tempo chamando a atenção das pessoas, todos no salão olhavam para eles dois. Jill olhou para a mesa em que estavam seus amigos. CeCe e Matt olhavam para ela, sorrindo. Puxa, pensou Dylan, a encarando e mastigando um pedaço de bacon, Jill está muito bonita. Ela usava uma blusa grande verde menta, um saia azul com renda, uma bolsa azul com detalhes floridos de azul escuro e branco, e sapatos azul turquesa Michael Antonio. Ela não retribuiu o sorriso para eles, e olhava para a mãe e René.

– Este homem- começou Louise, olhando apaixonada para René- maravilhoso ao meu lado é René Durand. Ele é meu futuro marido!- ela anunciou, e um murmurinho surgiu na sala. Alguns fotógrafos jogavam flashes no rosto dos dois, que acenavam felizes para a câmera. Eles eram da W e provavelmente da Vogue. Louise era uma mulher muito famosa, e os fotógrafos somente comprovavam isso.

– Pode nos dizer como o conheceu?- perguntou uma jornalista da W, de cabelos loiros pintados de uma forma que qualquer um notaria e rabo de cavalo frouxo. Ela estava na frente de Louise e René, tirando várias fotos, e esperando uma resposta. Um homem com um gravador estava ao seu lado, apontando o mesmo para a boca carnuda da mãe de Jill.

– Como você se sente em relação ao noivado?!- perguntou um outro jornalista, gravando com seu iPhone 5. Jill não sabia de onde ele era, mas desconfiou ser da Vanity Fair. A Vanity Fair amava a família Johnson.

De repente, uma garota loira cheia de maquiagem M.A.C apareceu atrás de Louise e exclamou:

– Olá, eu sou Bárbara, a filha mais nova da noiva!- exclamou ela. Bárbara amava os holofotes. Na mesma hora, os fotógrafos e jornalistas se viraram para ela, e Louise e seu novo noivo se sentaram numa mesa redonda, enquanto uma multidão ia na mesa deles para parabeniza-los. Jill não estava gostando nada daquilo, e ficou feliz quando ela pôde finalmente se sentar. Ela andou com dificuldade até a mesa que queria e se sentou entre Matt e CeCe.

– Eu já sabia!- se gabou a última, sorrindo- Estou brincando. Parabéns, Jill, seu padrasto é um gato!

– Ele não é meu padrasto- disse Jill, de mau humor, e bebeu um pouco de seu champanhe- Nem gato.

– Você pode até não gostar dele, mas não pode negar que é bonito- pigarreou Becky, olhando para René, que naquela hora cumprimentava um casal de idosos cheio de pérolas e abotoadeiras- Sorte da sua mãe.

– Verdade- concordou Lana. Ela estava prestes a acender um cigarro, quando um segurança a impediu:- É proibido fumar aqui, senhorita.

– Oh, merda- disse ela- Eu já volto.

Ela se levantou e saiu do hotel para fumar, deixando a cadeira desocupada. Quase no memso instante, uma garota de cabelos escuros e sobrenome conhecido sentou-se na mesma. Jéssica St. Jude.

– Parabéns, Jill- disse ela, dando um sorriso falso. Jill retribuiu da mesma forma, se esforçando para não dar o dedo do meio para ela- Oi, galera.

Ninguém ali gostava muito de Jéssica. Ela desafiava Jill o tempo todo, deu um fora inesquecível em Matt, e explanou para o mais novo site da cidade, Gossip St. Jude, uma foto de CeCe beijando seu irmão, o que era um tremendo mal entendido. Becky e Sasha simplesmente não simpatizavam muito com ela.

Jill apoiou a cabeça na mão delicada, olhando para Dylan, e se surpreendeu ao perceber que ele olhava para ela também. Ela mordeu o lábio, tentando parecer sexy. De repente, sentiu vontade de fazer uma coisa que ela nunca havia feito antes. Dylan já queria isso fazia um tempo, e eles estavam num hotel... por que não? Ela se levantou, andou até uma mesa vazia. O salão ainda estava uma bagunça, porque todos estavam falando com o mais novo casal, então a maioria das mesas estavam vazias. A garota viu que tinha uma chave de um quarto de hotel na mesa, e ela o pegou disfarçadamente. Engraçado como o sangue de ladrão é genético, não?

Ela viu o número do quarto e botou a chave dentro da clutch. Andou até o elevador, subiu até o andar que ficava o quarto e saiu do mesmo. Demorou um tempo para achar o quarto, mas quando o fez, usou a chave para entrar. Ela tirou quase toda roupa, ficando apenas de lingeire, e se deitou na cama. Ela cansou de ser romântica; agora ela seria uma gata sexy.

Pegou o celular e mandou uma mensagem para o celular de Dylan, ou pelo menos foi o que ela pensou. Ela acabou colocando um número diferente no final, e mandou para outra pessoa. A mensagem dizia:

“Venha me pegar, garotão. Estou no 2 andar. Só basta me encontrar. PS: a porta está destrancada”

Ela ficou em dúvida se ia botar um coraçãozinho com fogo no final da mensagem, mas optou por deixar assim mesmo. Assim, ela guardou o telefone na mesa e ficou deitada na cama, esperando. Ela só não esperava que demorasse muito.


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