Jill Johnson estava jantando em sua cobertura na rua 73 com sua mãe, que acabara de voltar de Paris, em silêncio. Havia uma semana que seu namorado, Dylan, tinha levado um tiro de uma gangue idiota, e no dia seguinte desse, uma quarta feira, ele ia voltar para a escola E Jill estava super animada. Já não era mais tempo! Comia seu bife seco com molho de caviar e legumes grelhados rapidamente e o aproveitava ao mesmo tempo, mesmo sabendo que ia vomitar logo depois de terminar a refeição. Sua mãe, Louise, falava no telefone enquanto comia, e isso a deixava nervosa. Ela falava sobre negócios, pra variar, e de sua empresa de moda. Pelo que Jill escutou, a mãe estava fechando algum negócio com Tim Guru. Espera, eles não vão virar sócios, né?

– Oh, claro, Tim. Claro. Ok. Te vejo em Outubro. Beijinhos- disse ela, desligando o telefone, entusiasmada. Ela afastou a cadeira formalmente e se levantou, deixando o guardanapo branco de seda na mesa- Jill, querida, você não vai acreditar no que acabou de acontecer.

– Não vou mesmo- retrucou Jill. Ela já estava mais que acostumada com esse tipo de informação vindo de sua mãe. Ela sempre chamava a filha de querida quando queria contar alguma coisa importante, ou simplesmente se levantava do lugar que estava e anunciava a pérola que gostaria de contar. Louise era previsível demais.

– Como você sabe- disse Louise, ignorando a resposta mal criada de Jill completamente-, eu e Tim somos amigos antigos, desde que nos conhecemos enquanto ele gravava o Project Runway de 2005. Desde então, nós trocamos informações de moda e nomes importantes da sociedade. Você não acredita que foi ele que me apresentou a Willis Alasdhair. Eu o beijei na virada do ano de 2008, foi incrível! Continuando, Tim me disse que eles precisavam de mais patrocínio porque, convenhamos, a série não é mais tudo aquilo que era quando lançou, e eu ofereci a Johnson Designs! Não é incrível?!

Jill estava mesmo surpresa.

– Uau- disse ela, colocando os talheres no prato, anunciando que havia terminado- E aquele negócio com a Bendel’s?

– Ora, continua- disse Louise- Embora eles só tenham aceitado metade da coleção de inverno, para dezembro. Vai ser ótimo!

– Legal- disse sua filha.

Ela se retirou da mesa e foi para o banheiro. Apesar de sua visa estar melhorando, ela precisava manter a forma para manter o namorado. E eu preciso dizer o que ela fez?

– Ah, eu esqueci de contar, querida- disse Louise, aparecendo na porta do banheiro, e Jill a viu pelo espelho enquanto lavava as mãos- Eu estou noiva!

X-X-X

No dia seguinte, Matt tomava café em seu apartamento no número 989 da Quinta Avenida, na esquina rua 80. Era o aniversário de sua mãe, Cheryl, que comia seu pão com caviar e patê num silêncio frio, olhando para o prato. A mãe de Matt costuma ser bastante fria. Ela é uma design de interior, e a casa que mora com sua família é considerada uma das mais bem decoradas do bairro. Já o pai de Matt, David, é um empresário e trabalha no Federal Reserve Bank, na Lower Manhattan. Por isso, era difícil vê-lo em casa. Cheryl tem 43 anos e possui olhos verdes sedutores e charmosos, capazes de conquistar qualquer um. Além disso, seus cabelos acaju muito lisos caíam sobre seus ombros esbranquiçados, e ela parecia estar prestes a mexer nos mesmos a qualquer momento. Matt puxou sua beleza dela, apesar de parecer muito mais com seu pai. O garoto estava prestes a entregar o presente para a mãe quando ela se levantou e disse, raza:

– Vou trabalhar-e foi embora. Deixou Matt sozinho com sua tia, Marlene, que estava dormindo no sofá. Ele olhou para o relógio e concluiu que estava atrasado para a escola. Deixou um bilhete para Marlene dizendo que ele tinha ido para a escola e desceu, pegou um táxi e foi para a St. Jude.

X-X-X

Dylan saiu de sua limusine na frente do colégio St. Jude, com uma blusa sem manga e um curativo enorme no braço direito. Quando ele saiu do carro, todos os olhares se voltaram para ele. Ele suspirou e continuou andando, para dentro do colégio. Ele não gostava de ser o centro de atenções. No geral, ele ficava na sombra de seus amigos. Ele nunca pediu para ser famoso na Ilha, mas seu pai, que era o diretor de uma das escolas mais famosas de Nova York, o impedia. A escola St. Jude passava de geração para geração, e Dylan era seria o 6º, pois o plano de sua família era ele receber a escola após seu pai, e seu filho também. Mas não era isso que ele queria. Ele queria... Bem, ele não sabia o que queria, mas sabia que não queria se tornar um diretor estressado e ocupado.

Além disso, ver o pai na escola quase todos os dias era muito constrangedor, e ele não queria que os filhos sentissem isso também.

Ele estava totalmente absorto em seus pensamentos que quando uma menina negra e cabelos lisos escuros o parou no corredor.

– Dylan!- ela disse, fazendo parecer que era uma surpresa total eles se encontrarem ali, sendo que foi ela que o parou.

– Courtney?!- disse Dylan, com os olhos arregalados. Ele era bem desligado- Você... Desde quando você estuda aqui?

– Ah, faz umas horas- disse a garota, sorrindo maliciosamente- Eu estou na cidade há um tempo e só me toquei agora que para acompanhar você, gatinho, eu tinha que te ver todo dia. E aqui estou.

– Isso é lisonjea...- começou Dylan, mas se enrolou porque não sabia como terminava aquela palavra...- Isso é legal, mas eu não estou disponível, agora, Courtney. Continue tentando.

Dylan riu e continuou a andar, mas Courtney o alcançou de novo. Garota chata e insistente.

– Espera- disse ela, o parando mais uma vez- Vai dizer que aqueles beijos semana passada não significaram nada pra você?

– Vou- disse o garoto friamente.

Ele voltou a andar mais uma vez, e Courtney gritou, quando ele já tinha se afastado um pouco, para todo mundo ouvir:

– Tudo bem, você nem é tão bom na cama mesmo!

Todos ao redor riram, e Dylan saiu correndo, constrangido. Courtney sorriu maldosamente. Logo, a fofoca ia se espalhar, e era exatamente o que ela queria. Bárbara não é a única que bola planos na cidade. Porém, o plano de Courtney era simples: espalhar uma notícia falsa que eles rinham dormido juntos, esperar o notícia chegar aos pequenos ouvidos de Jill e aí... BAM! Jill não duvidaria da capacidade de Dylan a trair, porque já tinha feito isso umas 3 vezes, e terminaria com ele. Desse jeito, Dylan estaria livre, e Courtney o atacaria como um urso ataca um peixe que acabou de cair de uma cachoeira cristalina.

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Bom meio de semana! O sol fraco do Outono está brilhando lá fora, mas nem todo mundo saiu de casa hoje...

FLAGRAS

Na segunda:

C lendo “50 tons de cinza” no Sheep Meadow depois da escola, e fumando um baseado com sua antiga BFF. PS: não é a J. J visitando D no Roosevelt. Será que eles estão mesmo juntos de novo? Pelo que eu sei, ele já não gostava de outra garota? M digitando alguma coisa no seu laptop na escadas da Apple, perto da FAO. Será um livro? Ou ele só estava de papo com a namoradinha? B na Bendel’s comprando um vestidinho um tanto apertado. S voltando da viagem para Cancún que fez com o pai, o Capitão, e sua família.

Na terça:

J aka irmã de D visitando o mesmo depois da escola, e depois comprando um waffle de chocolate na Quinta Avenida, sozinha. Ela parecia bem distraída. C ficando em casa o dia todo, bebendo cerveja e observando J com amigas na escadaria do Met. Será saudades? M na Gap comprando roupa para a mãe, que faz aniversário hoje!! Parabéns, C!! B devolvendo o vestido da Bendel’s. Não falei que era apertado demais até pra ela?

ONDE ESTÁ P?

O namorado de C está fora de nossa vista já faz um tempo. Onde será que ele se meteu? Bem, eu não faço idéia, mas espero que não volte mais. Eu ainda não entendi porque C quis ficar com ele quando tem M e P a sua disposição!

Seu e-mail:

P: Gossip St. Jude, você é uma pessoa só ou é uma equipe? Saiba que eu assisto Pretty Little Liars e sei muito bem que você pode ter cúmplices.

–littlestarjen

R: Cara L,

É bom ver gente curiosa, como você. Eu sou uma pessoa só, mas tenho informantes em todo lugar. Porém alguns informantes são mais... importantes, se é que você me entende. Ah, e mais uma coisa: Gossip Girl>PLL. Obrigada pelo interesse,

Gossip St. Jude.

P: Eu juro que ouvi a J vomitando no banheiro da escola na segunda. O estranho é que ela não parecia estar passando mal durante as aulas. Estranho, não acha?

–bettyj

R: Querida Betty,

Qual é a novidade?

Gossip St. Jude.

Esperamos que a volta de D traga mais fofoca para me alimentar, e mais gente pra me acompanhar, não é? Beijinhos,

Gossip St. Jude.

X-X-X

CeCe Cooper se levantou da cama que estava. Desceu as escadas e encontrou o apartamento vazio. Provavelmente seu pai tinha ido para sua empresa de Advocacia Ambiental. Essa era a vida de George. Ele acordava todo dia às 6 da manhã, ia para sua empresa, ficava lá até 9h e depois ia direto para Broadway, assistir peças. Mencionei que, além de advogado ambiental, George é crítico de arte? Ele avalia tudo: peças, filmes, esculturas, pinturas etc. Ramona às vezes ia com George ver peças e óperas, e às vezes chegavam em casa de madrugada, e CeCe os escutava abrindo a porta e indo dormir.

Porém, ela estava acostumada com acordar e encontrar sua mãe na sala, geralmente comprando obras de arte e sapatos altos pela internet. Mas dessa vez, Ramona não estava lá. CeCe desceu as escadas e abriu a dispensa. Não havia muita coisa a.k.a. um pacote de batatas fritas vencidos, uma caixa de sucrilhos, queijo de soja suíço, 3 pacotes de Chips Ahoy, pudim de chocolate sem laticínio, leite, mostarda e um único bolinho inglês. Ela pegou o pacote de sucrilhos e voltou para seu quarto. Checou seu e-mail, deitada na cama. Nada. Ela zapeou pelos canais com o controle remoto. Por um segundo, seu coração disparou quando lembrou que era quarta-feira e que ela tinha aula. Ela olhou para o relógio. Tarde demais. Já estava quase 2h atrasada. Resolveu faltar. Ela já tinha faltado terça-feira, de qualquer jeito.

Optou pela Nickelodeon. Estava passando Bob Esponja. Legal. Ela se ajeitou na cama e ficou comendo o súcrilhos na caixa. O telefone tocou lá embaixo. Ela ignorou. O telefone tocou 3 vezes para ela ouvir um grito lá debaixo.

– Caralho!

CeCe se jogou no chão, se levantou e desceu as escadas em uns 7 segundos.

– Quem está aí?!- ela gritou, lá embaixo.

– Quem mais poderia ser?- disse uma mulher não muito alta, pálida, e cabelos curtos de fogo- Posso saber por que você não está na escola?

– Ah, mãe- disse CeCe, botando a mão no coração- Você me deu um susto.

Ramona deu uma risada.

– Você também- disse ela- Porque não deveria estar aqui. Me diga, porque continua aqui, me encarando como uma idiota? Vista-se.

– Mãe, me deixe, ok?- disse CeCe, se jogando no sofá- É até melhor eu ter faltado. Eu preciso falar com você.

– Fale comigo amanhã. Vamos, se vista, eu chamo o motorista.

– Pare de fugir- disse CeCe, num tom de desafio, e se levantando, fazendo Ramona se virar, com um rosto preocupado- Você sabe exatamente do que eu quero falar.

– CeCe...- disse Ramona, num tom pidão.

– Me diz logo de uma vez- interrompeu CeCe, encarando Ramona-você está grávida ou não?