Gossip St. Jude- 1ª temporada escrita por Salada


Capítulo 30
Obrigada




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Jill já tinha chegado no hospital. Ao entrar lá com sua mãe, Louise, ela não viu ninguém conhecido por lá. O lugar estava até vazio, por exceção de algumas enfermeiras fofocando na bancada de informações e uma menina chorando em uma daquelas cadeiras que os parentes se sentam para esperar notícias dos seus pacientes.

Louise andou rebolando até a bancada, e disse, tranquilamente:

– Boa noite. Eu sou Louise Johnson, e essa é minha filha Jillian, nós viemos visitar Dylan St. Jude, que entrou no hospital a pouco tempo. Presumo ter falando com alguma de vocês?

– Sim, foi comigo que a senhora falou, senhora Johnson- disse uma mulher com um coque alto na cabeça, e batom laranja. Péssimo- Eu sou Mary.

– Srta, por favor- disse Louise, com um sorriso charmoso. Ela tinha 47, mas fazia questão de espalhar que não passava dos 35. Isso é o que maquiagem e Chanel Nº5 faz com pessoas mais velhas. Ew.

– O paciente está no quarto 12, logo ali, a direita no corredor, Srta. Johnson. Está dormindo, provavelmente, pois está descansando após a cirurgia- disse a mulher.

– Obrigada.

Louise apontou o quarto para a filha com o dedo enrugado e as unhas pintadas de vinho, que olhou para mãe.

– Você não vem?- perguntou ela, confusa.

– Ora, claro que não! Esqueceu que eu tinha que sair mais cedo da festa de Ramona para uma reunião? Daqui vou direto para Paris, querida. O táxi está esperando lá fora.

– Mas...- começou a menina, mas a mãe não escutou. Ela já tinha se virado e andava confiante até a entrada do hospital, os sapatinhos Isabel Marant fazendo um som agudo quando batiam no piso.

– Adeus, querida. Beijinhos!- ela falou, sem ao menos olhar pra trás.

Um calafrio percorreu o corpo de Jill, mas ela não se abalou. Passou pelo balcão, entrou no corredor que Jill descobriu ser mais longo que ela pensava, e encontrou o quarto, Entrou sem bater, e acabou encontrando o Sr. St. Jude ali, de pé, vestindo a roupa mais formal possível, e parecendo cansado. Apesar disso, estava se movimentando quando ela entrou, como se estivesse em um debate. O homem só percebeu a presença da garota ao ouvir o barulho da porta se fechar atrás dela.

– Jillian!- disse Terrance, se virando, e correndo para abraça-la. Eles trocaram dois beijinhos(meio nojentos porque ele estava suado), e Jill disse:

– Desculpe, eu não quis interromper vocês.

– Ora, mas não é por mal!- disse Terrance- Nós nem estávamos falando sobre coisas tão importantes assim! Venha, venha falar com Dylan. Aqui, sente-se aqui- ele conduziu Jill para um banquinho branco ao lado da cama que Dylan estava. Seu cabelo estava desarrumado e ele estava pálido. Porém, não parecia cansado. Nem feliz- Vou deixar vocês à sós. Quer algo da cafeteria, Jill?

A garota recusou gentilmente, com a cabeça, e o idoso foi embora. Durante os últimos 10 minutos, ele discutira com Dylan sobre o quanto era importante ele voltar com Jill naquele momento, porque Jéssica tinha dado muito dinheiro do cofre deles para a gangue e por isso, a família St. Jude estava mais necessitada ainda(Jéssica, naquele momento, esperava no carro, após receber uma bronca maior que o Empire State e levar uns tapas na cara também. Que falta de honra!) O garoto nem teve oportunidade de falar que ele conseguira, na festa. Além de tudo, ele queria que o pai fosse embora. Queria descansar, mesmo não estando cansado. Foi um dia longo.

– Olá, Dylan- disse Jill, se levantando do banquinho. Ela esperou uma resposta. Nada- Eu estou aqui- Jill deu um passo pra frente e segurou a mão de Dylan- Eu estou aqui- ela repetiu, e seus olhos se encheram de lágrimas. Ela fez uma careta e gemeu, o choro saiu dela de uma só vez- Eu pensei que fosse... te perder. Eu pensei que...

– Shh- disse Dylan- Eu também senti sua falta.

Jill se ajoelhou, ali mesmo no chão, e chorou, com a cabeça encostada na mão de Dylan, que ficou toda lambuzada. Mas eles não ligavam. Só estavam ali, juntos, depois do que passaram, e não davam a mínima pra detalhes como esse. Jill chorava cada vez mais, e murmurava “Eu te amo” e “Eu nunca mais vou te deixar ir” perto do braço do garoto. Ela também beijava o mesmo, como uma mãe beija seu bebê após o ter perdido no shopping ou no parque. Ela o amava, e nunca teve tanta certeza disso quanto naquele momento.

Esse encontro deles era uma questão de tempo, basicamente, e Jill já andava se sentindo uma bomba de amor, guardando seus sentimentos para si para não parecer boba, mas aquilo, como tantas outras coisas, não importavam mais. Ela explodiu, ali, naquele quarto gelado, com seu amado.

– Eu quero voltar com você- disse Dylan.

– Sim, sim, sim. Eu te amo tanto. Eu te amo...- disse Jill. Como ela chorava- Eu estou aqui, vamos ser fortes juntos. Vamos superar isso, vamos superar tudo. Eu estou aqui.

Ela ficou ali um tempo, abraçada com a mão de Dylan, chorando baixinho, e rezando. Ele estava bem. Enquanto isso, CeCe, Matt e Stace entravam no hospital. A primeira andou até a bancada.

– Deixe eu adivinhar... Dylan St. Jude?- disse Mary.

– Como a senhora sabe?- perguntou CeCe, com um sorriso doce- Já veio gente o visitar?

– Uma menina magricela e sua mãe vaidosa chegaram a uns 10 minutos- disse ela.

– Jill- disse CeCe.

– É, com certeza- disse Matt, dando um sorriso sarcástico para Stace.- Mãe vaidosa é exatamente como eu descreveria a mãe de Jill.

– Nem me fala- disse Mary-Meu nome é Mary. Eles estão no quarto 12, ali no corredor perto do bebedouro. Mas a garota estava chorando, é melhor vocês baterem na porta.

– Ok. Valeu, Mary- disse CeCe, se virando e indo em direção ao corredor. Os dois namorados a seguiram. Ela bateu na porta e entrou. Jill se levantou num pulo tão rápido que fez suas pernas finas doerem.

– Oi!- disse ela,surpresa, mas ao ver que era CeCe disse:- O que vocês estão fazendo aqui?

– Nós soubemos do que aconteceu com Dylan- retrucou CeCe, e andou até ele com rapidez- Meu Deus, ele está bem? Conseguiram tirar a bala do braço dele? Oi D- ela disse, e o garoto não resistiu a um sorriso. Ele se sentia bem com CeCe por perto. Ela era tão doce e interessante- Ele vai ficar legal?

– Pelo que eu sei- disse Jill, tentando ser o menos carismática possível-, sim ele vai. Eu ainda não entendi porque vocês estão aqui. Pelo que eu sei, vocês não são os maiores fãs do meu namorado.

– Não sei de onde você tirou isso- disse CeCe, ainda olhando para Dylan com carinho- O Dylan é meu amigo. Certo?

– Sim- disse Dylan, com dificuldade, mas sorrindo.

– De qualquer jeito- disse Jill- Eu já vou. Vocês também devem ir.

– Mas nós mal chegamos- disse Stace.

– Não, ela tem razão- disse CeCe- Courtney me convidou pra uma festa perto daqui, no West Side. Todo mundo sabe que as festas desse lado são as melhores. Quem topa?

– Eu acho que vou pra casa- disse Matt. Apesar de ser 8 e pouca, ele estava cansado. O dia foi cansativo para todos, e ele não era uma exceção- Quer dividir um táxi, Stacie?

O que ele estava fazendo? Todo mundo sabia que um verdadeiro cavalheiro pagava um táxi pra namorada. Dividir? Que palavra era aquela?!

– Ahn... Pode ser.

Assim, Jill, CeCe, Matt e Stace saíram do hospital. Matt e Stace acharam um táxi com facilidade, e se despediram de Jill e CeCe.

– Jill, não acho uma boa idéia eu dormir na sua casa hoje. Minha tia vai ficar preocupada. Você entende, né?- disse Stace, piscando um dos olhos azuis turquesa. Jill sabia que não se tratava da tia, e sim do garoto que estava ao lado dela.

– Claro- respondeu Jill.

Stace entrou no táxi e, na hora que Matt estava dizendo adeus a CeCe, ela disse:

– Espere, Matt. Eu ainda tenho algo para te contar.

– Fala- disse ele, apressado, por causa do táxi, que esperava.

– É sobre Stace. Ela... ela falou comigo hoje à tarde.

– Fala de uma vez, C- disse Matt, sorrindo.

– Ok. Bem, ela me disse... Ela não foi muito legal.

– O que você quer dizer?- perguntou Matt. Ele não queria que Stace tivesse nenhum defeito que ele não tivesse visto, senão a visão perfeita que ele tem dela se quebraria em milhões de pedaços. O táxi buzinou, e Matt viu Stace o chamando com o braço- CeCe, agora não é a melhor hora. Eu te ligo. Ok?

CeCe suspirou. Ventava muito, e estava relativamente frio. A chuva havia parado.

– Ok.

Assim, Matt entrou no táxi, que acelerou e foi embora, pelo lado direito da 10th. CeCe o viu se distanciar, e olhou para trás. Ela viu Jill, tentando desesperadamente pegar um táxi, sem sucesso. Apesar de ter sido criada em NY, ela não era a melhor nisso. CeCe fez um simples movimento com o braço e um táxi parou. Jill estava com o rosto virado, e não viu quando um táxi para CeCe entrar.

– Ei! Jill- chamou CeCe, e a garota olhou para trás- Quer dividir?

CeCe apontou para o táxi e Jill sorriu.

– Não, obrigada.

A ruiva estava prestes a entrar no carro quando Jill a chamou.

– O que foi?- perguntou CeCe.

– Obrigada- disse Jill- por ter vindo. O Dylan também precisa de você.

CeCe não respondeu. Apenas ficou parada, sorrindo pra ela, por um instante, e entrou no táxi.

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Oi, gente! Uau, hoje o dia meu dia foi agitado, e tenho certeza que o de vocês também. Tanta coisa os nossos favoritos de Manhattan tiveram pra aguentar no dia... Aquela festinha molenga com música ruim e antiquada, depois uma corrida de táxis e um tiro! Isso não é pra qualquer um! Porém, agora todos vamos para nossas devidas casas descansar. Bem, nem todos.

FLAGRAS

C numa festa no West Side com a outra C. Típico. Além disso, ela foi flagrada trocando sorrisos com J na frente do hospital Rooselvelt, onde nosso querido D está. M esquecendo de dar o famoso beijinho na entrada da porta em S. Tenho certeza que ela não se irritou... ou será que sim? B cruzando a Quinta Avenida com seus óculos Chanel gigantes e fazendo compras. Todos sabemos que ela faz compras quando algo ruim acontece... O que houve, B? A menstruação atrasou?

Estou brincando. Ou será que...?

Beijinhos,

Gossip St. Jude.


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