Gossip St. Jude- 1ª temporada escrita por Salada


Capítulo 24
Um juramento um tanto falso




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Tod Winslet estava mal. Muito mal. Ele acabara de descobrir que sua mãe, Chelsea, na verdade não era sua verdadeira mãe. Ele era adotado, e não criado em um casamento diferente. Você pode achar que isso era frescura, mas não era isso que ele pensava. Ele foi criado por Chelsea e sua mulher, Lydia. Ele nunca foi com a cara de Lydia, e sempre achou que a mulher só tinha defeitos. Mesmo assim, Lydia fazia de tudo para se aproximar dele, sem sucesso. E ele acabara de descobrir que Lydia estava presente em literalmente toda sua criação. Era uma sensação realmente esquisita, e ele passava por maus bocados.

Teve que faltar aula e só foi na aula na terça porque Chelsea insistiu. Ele não se sentiu melhor, e não queria falar com ninguém. Seu plano era faltar todas as aulas até se recuperar. Naquela terça, ele sabia que haveria uma festa, mas com certeza não iria.

– Nem que você me pague!- exclamou ele, deitado em sua cama, respondendo a pergunta de sua mãe se ele queria ir à festa.

– Então que tal nós irmos pro cinema? Só você e eu, nós não fazemos isso há tanto tempo- respondeu a mãe, calmamente. Ela possuía cabelo escuro, olhos castanhos chocolates acolhedores, pele clara, rosto fino, boca seca e um nariz bem pequeno. Ela era bastante parecida com Tod, exceto pelas olheiras que Tod tinha desde que nasceu. Elas são um mistério. Ela entrou no quarto de Tod e se sentou em sua cama- Querido- disse ela- Eu sei que isso é difícil pra você. Mas... Se você não se esforçar, nunca vai aceitar isso. Vamos lá. Eu e Lily queremos muito assistir um filme com você. Vai ser divertido.

Tod saiu de baixo das cobertas. Ele morava no 140 West 77th Street, num prédio rosa de 3 andares, caindo aos pedaços.

– Não estou afim- disse ela, calmamente- Mas se vocês vão, podem me comprar um chocolate da Jacques?

– Tod- disse Chelsea, se levantando- Se você quiser um chocolate, terá que ir conosco.

– Tudo bem então- disse Tod, e Chelsea se animou. Porém, ele disse:- Eu não queria tanto mesmo.

A mãe não biológica de Tod se levantou e suspirou.

– OK- disse ela. Não parecia cansada, e sim desapontada- Cuide-se.

E assim, ela se virou e andou até fora do quarto. E Tod pôs-se a chorar, enrolado no cobertor fino, molhando todo o mesmo. Foi quando ele decidiu que aquela Lydia escrota não ia definir o que ele faria. Esperou a porta de casa bater, significando que suas mães tinham ido para co cinema, saiu de sua cama, vestiu a roupa mais chique que tinha e pensou em algum modo de entrar na festa de Ramona.

X-X-X

Às 5 e 40 daquele dia, faltando 20 minutos para começar a festa, Jill estava pronta. Ela usava um vestido Chanel preto porém todo decorado com flores coloridas, amarelas, vermelhas, verdes etc. Por cima do vestido, usava uma jaqueta bege com vários detalhes verdes e com uma grande rosa vermelha no canto, perto da cintura. Um cordão de uma flor rosa com diamantes, uma pequena bolsa preta com bolinhas brancas além de sapatos Sophia Webster brancos com bolinhas pretas e com pequenos detalhes floridos. Estava pronta. Stace também estava, e tremia de ansiedade. Usava o vestido azul longo que comprara na Ghost, além de uma bijuteria azul da Tiffany, sapatos bege meio rosados e um cinto bege de lacinho. Se sentia uma princesa da Disney, como aquelas dos filmes que ela assistia na sua infância em Connecticut. Ela se olhava no espelho a cada 5 segundos, só pra ver de novo e de novo o quanto estava bela. Após darem os últimos retoques nas maquiagens, as duas desceram as escadas curvíneas do apartamento enorme de Jill para pegar seus convites, descerem para pegar a limusine e ir na festa massacrar CeCe, se divertir e no caso de Stace, dar um passo com Matt. Ela e Jilll falaram bastante nesse passo, e Stace estava louca para dá-lo de uma vez. O passo era o beijo. Ela e Matt se conheciam faz apenas 4 dias, mas Stace já sentia a conexão perfeita entre eles, a química, e não queria esperar mais. Ela não ia se jogar em cima dele nem nada, mas faria qualquer coisa pra ele perceber que ela o beijaria sem hesitação. Ela treinara esse movimento com Jill várias vezes. Ele era simples: Stace colocaria a mão no ombro de Matt e daria um beijo em sua bochecha, e se afastaria devagar, para ele perceber o que ela queria e beijá-la. Era seu objetivo da noite.

– Jill, por favor, se eu fizer algo errado me avise- disse Stace. Além de ansiosa, ela estava nervosa, e muito.

– Você não vai- respondeu Jill- Nós treinamos tudo. Quando aceitar aperitivos, como deve se comportar na presença de pessoas famosas, tudo. Você está pronta.

Stace sorriu. Jill foi pegar seu convite no lugar que ela geralmente deixa os convites, mas não estava lá.

– Amélia!- ela gritou- Onde está o meu convite para a festa de Ramona?!

Amélia aparece na sala, vestindo seu uniforme normal.

– Eu não sei, Srta. Jill. Não o vi. Pergunte a sua irmã, ela que pegou os convites pelo correio.

– Ta legal- respondeu a garota. Subiu as escadas e entrou no quarto de Bárbara, que estava colocando sua roupa- Onde está meu convite?

– Eu vou saber?- respondeu Bárbara- Procure no lugar de sempre.

– Eu já procurei, não está lá- disse Jill, cruzando os braços- Você o pegou?

– O que? Não! Por que está me acusando disso, eu pensei que estávamos bem.

– Também estávamos bem há uma semana atrás, mas eu te peguei transando com meu namorado.

– O que você quer dizer com isso?- perguntou Bárbara.

– Me diz você- respondeu sua irmã, ainda com os braços cruzados- Você me jura que não sabe o que aconteceu com meu convite?

– Sim, juro- disse Bárbara, falsamente. Se você não se lembra, a mesma queimou o convite de Jill na lareira. Ui!

Jill voltou à sala, onde Stace mexia no celular.

– Ela não sabe onde está também- disse Jill, sentando-se no sofá- Que merda.

– Por que não liga para a filha da organizadora da festa? Vocês são amigas, não são?

– Não mais- respondeu Jill, enfezada- Não, não posso ligar pra ela. Seria humilhação demais. Espere. Já sei! Pode ser um tanto humilhante, mas nessas circunstâncias...

Assim, ela pegou o celular e discou o número da última pessoa que ela queria ver naquele momento, mas que podia leva-la como acompanhante na festa.


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