Gossip St. Jude- 1ª temporada escrita por Salada


Capítulo 2
A queda da J


Notas iniciais do capítulo

gente, não esqueçam de comentar... assim eu posso saber no que melhorar, o que parar de fazer... etc
Aproveitem!



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CeCe Cooper estava sentada no banco de trás da sua limusine olhando pela janela, voltando do aeroporto com suas malas vermelhas e com estampa de oncinha quando lembrou que tinha brigado com Jill, sua melhor amiga no começo das férias. O motivo, ela já nem se lembra mas ela tinha certeza mais que absoluta que a amiga ia lembrar.
Jillian Johnson é do tipo sabichona, que guarda rancor. Não que isso seja uma coisa ruim, gosto de pessoas desse jeito, que não perdoam fácil. No momento que Jill lembra de sua briga, ela está bebendo vinho em uma taça de cristal em sua cobertura sozinha, somente acompanhada pela sua gata de estimação, Bitsy Pretter. Sim, Jill deu um nome e um sobrenome para sua gata e um sobrenome que nem era seu.
Mas, voltando a falar de CeCe, ela estava a caminho de uma festa na cobertura de Jill e pensava se a amiga iria a perdoar por o que for que ela tenha feito. O propósito da festa é exibir as novas roupas que a mãe de Jill, Louise havia criado. Ela é a terceira estilista mais procurada de Nova York e a primeira mãe mais ocupada do mundo. Jill nem se lembra a última vez que teve um tempo sozinha com a mãe, e muito menos ela.
Matt havia sido convidado pra festa também e já estava a caminho, em sua limusine. Pensava em CeCe, no colégio, em CeCe, se estava bem vestido, em CeCe... Acho que já deu pra perceber que Matt é apaixonado por CeCe. Desde o verão de 2011, quando eles se embebedaram e ficaram numa festa na cobertura de Jill, ele só pensava nisso. Infelizmente, não se pode dizer o mesmo de CeCe. Como já foi dito, ela é uma festeira nata e fica com vários garotos em cada festa. Matt foi um ficante,um qualquer. Eles era amigos há 8 anos, desde ele se mudou para Nova York, mas após eles terem ficado, ele começou a vê-la mais que como uma amiga. Alguns meses se passaram após a festa que eles ficaram e Matt decidiu se declarar pra ela mas obviamente ela disse que não sentia nada por ele, o que era verdade. Eles se afastaram por alguns meses mas logo voltaram a se falar e viraram melhores amigos novamente. Mas isso não quer dizer que Matt ainda não sente nada por ela porque pode apostar, ele sente.
Dylan estava na piscina de sua mansão quando se lembrou da festa de Jill. Eles namoram há quase 2 anos e já se acostumaram totalmente com suas características. Enquanto Jill tinha todo seu futuro planejado (colégio, faculdade,casamento,ser bem sucedida, filhos, ser avó e morrer aos 100 anos), Dylan não fazia nem idéia do que queria fazer da vida. Ele só não repete de ano no colégio porque seu pai, John Saint Jude, é o diretor e fundador da escola. Ele gosta de malhar e... bem, ele só gosta de malhar. Ele é uma pessoa bem vazia e que esconde seus sentimentos, ao contrário de Matt, que é bastante emotivo.
Bárbara Johnson, querida irmã de Jill já estava pronta para a festa de sua mãe, vestindo um vestido rosa e curto. Como aquela garota gosta de rosa. Por isso ela é chamada de Barbie. Por isso e porque ela é muito bonita. Muito bonita não, ela é linda. Linda não, perfeita. Além de tudo isso, ela tem olhos azuis e cabelos lisos e loiros, que nem da boneca.
Jéssica Greene, irmã de Dylan, estava sentada no sofá da sala, mexendo no telefone quando ouviu os passos do irmão por trás dela. Ela se vira, e como boa fofoqueira que é, pergunta:
– Ei, onde está indo?
O belo garoto de cabelos castanho-claros e olhos verdes se vira e diz, sorrindo:
– Não é da sua conta.
Jéssica ri.
– Ih, ta estressado? E eu sei que você vai para a festa da mãe da Jill.
– Então por que perguntou?
– Para saber se você ia falar a verdade.
Dylan suspira e volta a andar em direção a porta. Exatamente quando tocou na maçaneta, ouviu sua irmã gritar, da sala:
– ESPERA!
Logo, uma menina de cabelos escuros e olhos verdes aparece na frente de Dylan, ofegante.
– Eu vou com você.

– Jill, querida, onde estão seus amigos e seu namorado?- perguntou Louise Johnson, parada na porta da suíte de Jill. A menina, que estava sentada em cima de sua escrivaninha, olhando pela janela, se vira para a mãe e diz:
– Eu. Não. Faço. A. Menor. Idéia- CeCe, Dylan e Matt estavam quase uma hora atrasados, mas já estavam a caminho. Jill estava pirando.-Eu já liguei pro Matt e pro Dylan umas quinze vezes e eles não atendem de jeito nenhum.
– E CeCe, querida?
Jill suspirou, como se fosse obrigação de sua mãe saber de sua briga com a melhor amiga.
– A gente brigou, mãe- explicou ela, pulando de sua escrivaninha- Não lembra? No começo das férias.
– Ah, sim- respondeu Louise, distraída, e saindo do quarto.
Jill suspirou novamente e pegou seu telefone, jogado na cama, e botou na tela uma foto de dois anos atrás, que estão ela, CeCe e Matt, na cobertura de CeCe. O sentimento de nostalgia a dominou e ela se assustou quando um garoto baixo, bonito e charmoso bateu com força na sua porta.
– Matt!- ela exclamou, e correu para abraçar o amigo.
Ele a abraçou com mais força.
–Oi! Como foram as férias?!
– Ah, você sabe... muito estudo.
– E parisienses?- Matt perguntou, rindo.
Jill riu também, desconfortável.
– Não, nada de parisienses- ela disse, tentando parecer descontraída- Sabe, eu ainda estou com Dylan. Paris foi divertido, como sempre, mas já passou. Agora eu vou me concentrar nos estudos e no Dylan.
–Como sempre- complementou Matt.
– Ah, para! Falando assim parece que eu sou uma maníaca por estudos e que planeja todo o futuro.
– Mas não é exatamente isso que você é?- perguntou Matt, brincando novamente. Jill pareceu um pouco emburrada- Estou brincando, J. Senti saudades.
Eles se abraçaram novamente.
Nesse momento a mãe de Jill aparece na porta novamente, segurando uma taça de vinho. Ao perceberem a presença de Louise, Matt e Jill se separam.
– Oh, desculpe, não quis atrapalhar. Jill, querida, só vim avisar que CeCe chegou. Vá falar com ela.
Jill não aguentou e berrou o mais alto que conseguiu:
–MÃE, EU JÁ DISSE QUE NÓS BRIGAMOS!
É quando CeCe aparece atrás de Louise e uma atmosfera de constrangimento toma conta do quarto, ao redor de Jill. O coração de Matt dispara.
– Ahn... oi- diz CeCe.
– Bem, vejo que você já encontrou com ela, não é? Aproveitem a festa- diz Louise, saindo do quarto.
– Oi- disse Jill, dando um sorriso forçado para CeCe.
– Oi...-falou Matt.
CeCe se aproximou de Matt e o abraçou.
– Senti sua falta- ela disse no ouvido dele.
– Eu também- ele respondeu- Você não faz idéia.
– Então, como estava o Rio?- perguntou Jill, com o mesmo sorriso falso.
– Quente! Jill, você não faz idéia da diferença da atmosfera de lá pra cá... As pessoas de lá são muito mais alegres e divertidas e...
– Não quero saber- cortou Jill.
CeCe riu.
– Mas você acabou de perguntar!
Jill suspirou, estressada, e saiu do quarto. CeCe, confusa, perguntou a Matt:
– O que deu nela?
– Perguntando isso até parece que você não sabe como Jill é quando está brigada com alguém. Você sabe que ela faz e fala coisas sem sentido só para irritar a pessoa- disse Matt.
– E como isso não funciona comigo, ela fica mais furiosa ainda...
– Exato- respondeu Matt, rindo.
Eles ficaram em silêncio e depois de um tempo, o silêncio ficou constrangedor.
– Como foram suas férias?- perguntou CeCe.
– Legais... fiquei na minha mansão nos Hamptons com minha família.
– Filmes e praia?- perguntou CeCe.
– Filmes e praia- ele confirmou, sorrindo- Você me conhece mesmo, não?
– Claro que sim. Mas eu ainda não entendo como você prefere ficar vendo filmes e indo a praia as férias inteiras ao invés de sair para festas.
– Gostos são diferentes, CeCe. E sabe o que dizem, os opostos se atraem...
A garota festeira riu, constrangida.
– Nós já falamos sobre isso, Matt. Você sabe que eu não gosto de você desse jeito... sinto muito.
– O que? Ah, sim... Eu sei disso. Só estava..-ele tossiu- comentando.
CeCe sorriu e bagunçou o cabelo de Matt.
– Que bom.
E saiu do quarto. Matt suspirou e se jogou pra trás, na cama de Jill.

Enquanto isso, Jill estava se apresentando para convidados de sua mãe, desde pessoas interessadas em sua linha de roupa até amigos próximos da família, que era pouquíssimos. Depois de fazer isso quase trinta vezes, se cansou. Sentou-se numa poltrona rosa entre uma grande janela e aporta do quarto de sua irmã Bárbara. Sua mãe, que estava andando pela casa com uma futura sócia, viu Jill sentada na poltrona rosa e disse:
– Filha, onde está Dylan? Eu o vi entrando pelo elevador mas ele desapareceu em seguida. Nem tive tempo de o cumprimentar!
– Eu... não sei. Nem sabia que ele havia chegado.
Louise continua conversando com sua sócia e passa por Jill. Ela se levanta e abre a porta do quarto de Bárbara. Ao abrir, vê a irmã deitada na cama semi-nua e com alguém em cima dela, só de cueca. Dylan. Eles não perceberam a entrada de Jill, então continuaram se agarrando. A garota botou as mãos na boca e as lágrimas começaram a sair de seu rosto. Não conseguiu dizer nada. Só gritou. Gritou o mais alto que conseguiu, um grito que ecoou por todo apartamento.
Dylan levou um susto e, ao sair de cima de Bárbara, acabou caindo da cama. A menina se ajeita na cama, com o lençol cobrindo seu corpo. Mas ela não parecia assustada ou com medo de Jill. Ela parecia satisfeita. Se tem alguma coisa que Bárbara gosta mesmo de fazer é pegar tudo que é de sua irmã.
Jill continuava parada na porta, olhando aterrorizada para os dois, com as mãos em volta da boca e os olhos nadando em lágrimas. Dylan se levantou e correu para Jill, para tentar convencê-la de o perdoar. Mas Jill estava aterrorizada. Ela não conhecia mais aquele garoto. Aquele não era Dylan; era um garoto que a traiu. Alguém horrível. Esse garoto falava com Jill mas quando percebeu que ela não estava prestando atenção, começou a gritar com ela. Mencionei que Dylan tem problemas em controlar sua raiva?
Jill estava vendo tudo embaçado, mas não pelas lágrimas, pelo desespero, pela humilhação. Ela se virou com as mãos nos olhos, enquanto chorava desesperada e saiu correndo para o banheiro. Antes de alcança-lo, CeCe a viu e correu para ajuda-la.
– Jill, o que houve?! Por que gritou? Está tudo bem?
Mas J não explicou nada.
– NÃO QUERO A SUA AJUDA!- ela gritou e continuou correndo em direção ao banheiro. Ao chegar até lá, trancou a porta e se jogou no piso rosa.
Chorava, chorava... Todos que estavam no apartamento ouviram o grito de Jill, mas só Cece e Matt realmente se importavam com ela. Matt correu até o banheiro e bateu na porta. Não obteve resposta.
– Vamos, J, responda! Você está bem?!
Também não obteve resposta.
– Eu vou entrar!- ele anunciou, e tentou abrir a porta, mas percebeu que estava trancada- Destranque!
– NÃO!-ela gritou, e voltou a chorar no chão. Já havia perdido o pai, agora Dylan... sentia como se sua vida tivesse acabado.


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