Gossip St. Jude- 1ª temporada escrita por Salada


Capítulo 18
T descobre a verdade




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CeCe Cooper estava se sentindo sozinha, meio isolada do mundo. Ela estava num canto de uma Starbucks, bebendo desanimada um café. Ela tinha se safado de um estupro, mas acabou entrando para outra encrenca. Ela tinha machucado um homem muito seriamente. Ela até pensava na possibilidade de ter matado ele. Ele podia ser um cafajeste, mas ninguém precisava morrer por causa disso. Ela estava muito perturbada, e precisava de alguém para acalmá-la. E quando Jill mandou a mensagem querendo saber onde ela estava, a garota ficou aliviada. Ela disse que estava na Starbucks da 57, e que precisava conversar. E ficou lá, sentada, esperando. Nem tinha passado na cabeça da garota ligar para o namorado, Pierre, que estava em sua casinha em Bushwick. Ela ficava olhando para o porta da Starbucks a cada 10 segundos, esperando Jill chegar, porque, há uns 10 minutos atrás, ela mandou uma mensagem confirmando que ia se encontrar com ela. Depois de mais 10 minutos de espera, alguém que CeCe conhecia passou pela porta. Mas não era Jill.

– Dylan?- disse CeCe, quando a garoto sentou-se na mesma mesa que ela.

– Pode falar- ele disse- Sou todo ouvidos.

CeCe estava confusa.

– Como assim? Eu deveria encontrar com Jill aqui- disse ela, desconfiada.

– Ela, hã...- disse Dylan, tentando inventar uma desculpa do porquê ele estava na frente da garota, e não sua ex-namorada- Não pôde vir, e pediu pra eu vir no lugar dela. Disse que precisava de mim.

– Ah- disse CeCe, pensativa, e depois de um tempo falou:- Tem certeza? Não sei se ela gosta da gente se encontrando, assim sozinho. Sabe como ela é ciumenta.

– Pode apostar- disse Dylan, concordando a cabeça, momentaneamente distraído- Enfim. Pode falar comigo.

– Ah! É. Sim, claro. Quer dizer, não! Não... Me desculpe, Dylan, mas eu realmente precisava é falar com Jill. Acho melhor eu ir- disse CeCe, meio desconcertada, e se levantando. Ela não queria contar a Dylan o que havia acontecido.

– Não!- exclamou Dylan, e pegou o braço de CeCe- Por favor, fique.

Foi quando, por ironia do destino, uma garota com olhos inchados, nariz vermelho e vestido amarelo passou na frente do café, de táxi, e viu a seguinte cena: Dylan segurando a mão de CeCe. Ela desabou por dentro, mas tudo que fez foi resmungar e pedir para o táxi parar.Ela saiu do mesmo, com vontade de gritar com os dois, mas não fez isso. Ela ficou lá, admirando a cena, com o coração partido, e se forçando a não chorar.Começou a chover, e Jill não conseguiu. Ela deu um resmungo muito alto e começou a chorar muito, no meio da rua, entre as pessoas que passavam apressadas por ela, em seus guarda-chuvas. O problema de Jill é que, apesar de ser competitiva, ela era muito romântica e apaixonada, e chorava por qualquer coisa. Então aquilo para Jill era o pior desastre da face da terra. Ela se ajoelhou ali mesmo na calçada e deixou a dor sair dela, por meio do choro e do desespero.

X-X-X

Tod Winslet, ao contrário de Cecília, Jillian e Matthew, vinha de uma família de classe média. Ele é filho de Chelsea Winslet, uma psicóloga pouco conhecida, que nasceu e cresceu no Upper West, onde mora com Tod. Além do filho, a mulher é casada com Lydia, uma chefe de cozinha. Lydia vinha do Alabama, e sua mãe tem um restaurante lá. Ela ajudou a criar Tod, que veio de um casamento passado de Chelsea, quando ela ainda não tinha descoberto sua sexualidade. Ou pelo menos era o que ele pensava. Lydia e Chelsea estavam esperando Tod voltar para a casa naquela tarde de setembro para contar à ele a verdade: ele era adotado. Não seria fácil, e as duas mulheres tinha treinado muito para isso. Elas estavam se sentada no sofá do pequeno apartamento do Upper West, ansiosas. Foi quando elas ouviram a porta bater e viram Tod aparecer do corredor.

– Oi!- ele disse, animado- Desculpe a demora para chegar, eu passei na casa de um amigo- O que foi?- perguntou Tod, estranhando o fato das mulheres estarem sentadas no sofá com faces preocupadas.

– Sente-se, querido- disse Chelsea.

Tod se sentou numa cadeira perto do sofá e perguntou, num tom risonho:

– Quem morreu?

– Ninguém, filho- disse Chelsea, com um sorriso solidário- mas nós precisamos lhe contar algo que você já deveria saber.

– O que?- perguntou Tod, concentrado no que sua mãe dizia.

– Você não é meu filho biológico. Eu e Ly te adotamos alguns dias depois de você nascer.

Os olhos de Tod se arregalaram.

– Uau- disse ele- Tudo bem, eu... Por que não me contaram antes?

Pela primeira vez, Lydia falou:

– Nós achamos melhor para sua criação se você achasse que uma de nós era sua mãe de verdade. Sinto muito.

Tod ainda assimilava a situação, e a ficha ainda estava pendurada.

– Espere, então você é tão minha mãe quanto Chelsea? Nossa, isso é estranho. Nossa.

– Sim- disse Chelsea- Sinto muito de verdade, querido. Quer tomar uma água?

– Não- disse Tod- Não... Eu só preciso de um tempo.

Ele se levantou e foi para seu quarto.

X-X-X

Enquanto isso, Jill Johnson se levantava do chão, enquanto a chuva caía sobre ela. Ela entrou no restaurante Palace e pediu para usar o banheiro. Quando entrou lá, simplesmente se jogou no chão. Se jogou no chão e começou a chorar. Chorar muito. Chorar daquele jeito que a gente não consegue falar, sabe? Ela gemia, gritava, rolava, esperniava, espirrava, um algazarra só. Foi quando ela percebeu que não estava sozinha no banheiro. A porta de uma das cabines abriu e de lá saiu uma garota de olhos azuis, cabelo castanho e pele clara. Ela parecia ser bem mais nova que Jill, e tinha um belo rosto.

– Puxa, você está bem?- ela disse. Andou até Jill.

– Não! Vá embora- foi tudo que Jill conseguiu dizer, e voltou ao choro. A garota se abaixou perto de Jill e disse:

– Olá. Sou Stace. Qual é o seu nome?

Jill não respondeu. Mesmo que conseguisse, não teria respondido. A garota suspirou.

– Ok, você não vai me dizer seu nome, mas mesmo assim posso lhe ajudar. Pelo seu choro, é coração partido.

Jill fungou e falou:

– Como você sabe?

– Eu cresci ao lado de uma adolescente chorona. Conheço até choro “MINHA MENSTRUAÇÃO ESTÁ ATRASADA FUDEU”.

Jill, por incrível que pareça, riu.

– Viu? Já estou lhe ajudando- disse Stace, e se levantou- Venha, você precisa limpar o rosto.

Jill se levantou e ajeitou o vestido.

– Sabe, normalmente eu não deixaria ninguém me ver desse jeito- ela disse, tentando voltar ao normal.

Stace sorriu para Jill.

– De nada- disse ela.


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