CeCe andava pela Quinta Avenida, com a bolsa Prada pendurada no braço. Ela já tinha comprado um novo telefone e passado na, Miu Miu, Chanel... E não conseguiu encontrar nem um vestido que gostava. Ela era difícil com gostos. Gostava de roupas de personalidade forte, bonitas e que chamam a atenção. Ela só encontrava roupas sem graça e sem personalidade. Até que ela passou na frente de uma vitrine da Gucci. Ela olhou para a vitrine e viu alguns vestidos vermelhos lindos. Ela ficou olhando por algum tempo, até que decidiu entrar. Passou pela porta e começou a procurar algum vestido que achava interessante, além dos que ela tinha visto na vitrine. Depois de algum tempo, um vendedor apareceu atrás dela e disse:

– Posso ajudar, senhorita?

CeCe olhou para ele e disse:

– Ahn... Vocês tem algum vestido com detalhe de oncinha?

O vendedor olhou para ela como se ele estivesse faminto e ela fosse uma lindo hambúrguer do Mc Donald’s. Ansioso, o vendedor disse:

– Oncinha, é? Aposto que você é uma fera na cama.

CeCe riu.

– Desculpe?- ela disse, estranhando.

– Vamos lá, gatinha, me diz. Você tem pegada na hora H?- perguntou o vendedor com as sombracelhas erguidas.

– Babaca- disse CeCe, e se afastou dele. Ela continuou na loja, mas procurando ficar afastado do vendedor tarado. Ela procurou a roupa que queria entre vestidos e mais vestidos. Ela decidiu ir até outro vendedor e pedir para ele pegar o vestido que ela queria na vitrine. Ela tentou fazer isso mas o vendedor tarado apareceu. Ele cobriu a boca de CeCe, que queria gritar, e a arrastou em silêncio para um provador. Ele a jogou lá dentro e desabotoou as calças.

– Ei!- exclamou CeCe- Socorro!- ela gritou, e o vendedor deu um tapa no rosto dela. Ela botou a mão no rosto, com a boca escancarada de ódio. Ela tinha tanta raiva acumulada, que deu um chute na barriga do homem. Ele foi empurrado para trás, bateu a cabeça na parede com violência e caiu no chão. CeCe estava apavorada. Palavras rodavam sua cabeça enquanto ela saía discretamente da cabine e da loja. Estupro. Morte. Medo. Ela não sabia o que tinha acontecido com o homem, e lá dentro, ela não queria saber. Pegou um táxi na rua e foi para a Starbucks da 57. Tentou saborear um Capuccino, sem sucesso.

X-X-X

Jill estava deitada na cama de Dylan, fazendo a 10ª pose que ela pensou. Ele estava demorando demais. Ela se sentou na cama e abriu a tela do celular. Enviou uma mensagem a CeCe(“Onde você está?”) e guardou o telefone na mesinha ao lado da cama de Dylan de novo. E esperou mais ainda. Até que, finalmente, a porta se abriu com um estrondo. Com o susto, Jill se levantou num pulo e viu Courtney com as mãos atrás da cabeça de Dylan, e as bocas dos adolescentes pareciam estar lutando pra saber quem era devorado primeiro. Eles pararam de se beijar na hora que perceberam que Jill estava no quarto. Jill gritou com a voz aguda. Dylan exclamou “Cacete!” e Courtney sorriu. Jill botou as mãos na boca.

– Jill, eu...

–CALE A BOCA!- gritou Jill, enfurecida, as lágrimas saltando de seus olhos- EU NÃO QUERO SABER! EU NÃO ACREDITO QUE EU CONFIEI EM VOCÊ DE NOVO!- exclamou Jill- EU JÁ DEVERIA SABER QUE VOCÊ FARIA ISSO DE NOVO. VOCÊ É UM BABACA! NUNCA MAIS FALE COMIGO!- nessa última frase, Jill gritou estupidamente alto. Ela jogou almofadas em Dylan e apagou as velas com um assopro raivoso. Jogou as pétalas no chão, as pisou e começou a catar as roupas do chão e se vestindo, em silêncio, enquanto chorava.

–Não, Jill...- tentou Dylan.

–CALE A BOCA!- gritou a garota de novo, e saiu pela porta do quarto, desceu as escadas, saiu da mansão e bateu a porta.

Dylan e Courtney ficaram em silêncio no quarto, até que Dylan disse:

– Courtney, é melhor você ir embora.

– Ok- disse ela- Isso já estava ficando chato mesmo.

Ela saiu do quarto e foi embora. Dylan suspirou. Ele pegou as almofadas que Jill tinha jogado nele e botou em sua cama novamente. Catou as rosas do chão e as jogou no lixo. Foi quando percebeu que o celular de Jill estava sobre sua mesa de cabeceira. Ela tinha o esquecido lá. Ele foi lá e o abriu, e viu que tinha uma mensagem de CeCe.

“Estou na Starbucks da 57. Por favor venha, eu preciso falar com alguém.”

E de repente, a oportunidade de conquistar Jill caiu do céu em seu colo. Ele se sentia culpado por Jill, é claro, mas CeCe era o amor dele. Ele guardou o celular no bolso e desceu as escadas, em direção a saída da casa, mas algo o interrompeu. Alguém, na verdade.

– Filho- disse esse alguém, que nesse caso, era o Sr. St. Jude- Você pode me explicar o que aconteceu aqui?

– Hã... Nada- disse Dylan, que era péssimo para mentir.

O Sr. St. Jude levantou uma das sombracelhas.

– Por que Jill estava gritando com você? Vocês terminaram?-quis saber ele, desconfiado.

–Me desculpe- disse Dylan, olhando para baixo. A situação dos Greene era delicada. Eles estavam falindo. Muitos alunos não voltaram para a St. Jude nesse ano, e eles estavam com muitas dívidas com muitas pessoas. Por isso, o Sr. St. Jude tramou um plano, no pequeno período de tempo que Jill e Dylan estava terminados. Apesar de bastante desligado, ele teve uma idéia. Ele sabia que a família de Jill tinha muuuuito dinheiro, então, para poder botar a mão nesse dinheiro, ele mandou Dylan voltar com Jill para, de alguma forma, descobrir a senha de uma das centenas de contas bancárias de Louise. Era o plano perfeito, mas ele tinha acabado de descobrir que seu plano tinha uma falha. Dylan. Ele era péssimo para manter relacionamentos, ainda mais com alguém que ele não se interessava nem um pouco.

O Sr. St. Jude suspirou e botou a mão na testa.

– Dylan- disse ele- Você não pode fazer isso comigo.

– Desculpa, eu... Não sei o que aconteceu. Courtney voltou e a gente se beijou e...

– Pois trate de esquecer essa menina- disse ele- Ela e CeCe, aquela garota que você gosta. Você tem que se concentrar no nosso plano, Dylan. Você quer perder essa casa? Todo o nosso dinheiro? Se nós continuarmos desse jeito, coisa piores acontecerão. A escola St. Jude foi fundada pelo avô de seu tetravô, e me foi passada, e vai ser passada para você. Se eu perder o domínio desse colégio, serei considerado uma vergonha na família. Você não quer isso, quer?

Dylan balançou a cabeça, timidamente.

– Pois então, ligue para aquela garota e a conquiste novamente- disse o Sr. St. Jude.

O filho do homem pegou o telefone com a intenção de ligar para Jill, mas viu a mensagem de Cece de novo. Ele a leu novamente e fiocu em dúvida do que faria. Podia ser a única oportunidade com CeCe, mas ele não queria decepcionar o pai. Desbloqueou o telefone.

Ele sabia que Jill tinha um telefone extra no caso de perder o que ele estava segurando, mas poderia ser a única chance de fazer Cece amá-lo. Ele olhou para o pai, que lhe encarava, e apertou o botão da mensagem.

“Estou a caminho.”

Mas a mensagem não era para Jill, como o Sr. St. Jude achava. Era para CeCe.

– Pronto- ele disse ao pai- Vou me encontrar com Jill. Satisfeito?

Dylan saiu pela porta, com um sorriso estampado no rosto.