Cinco Anos Ocultos - Chair escrita por Verônica Souza
Notas iniciais do capítulo
Pessoal, eu sinto muito, muito, muito por ter ficado tanto tempo sem postar. Eu estava com tanta coisa na cabeça que não estava conseguindo continuar a fic. Por sorte, agora parece que está fluindo tudo de novo, rs. Prometo que vou atualizá-la sempre, e que até o final do mes ela esteja terminada. Obrigada por continuarem acompanhando.
Serena sentou-se na cama e olhou para o lado. Estava vazio. Ainda sonolenta ela andou pelo quarto procurando por Blair, até que ela entrou no quarto.
– Bom dia. – Blair disse rapidamente colocando coisas em sua bolsa.
– O que você está fazendo? – Serena perguntou confusa.
– Vou até o meu apartamento.
– Pra que?
– Vou conversar com o Chuck, e ele vai me dizer toda a verdade querendo ou não.
– Blair, não acho que seja uma boa ideia... Você acabou de sair do hospital e...
– Eu já tomei um café da manhã bem reforçado não se preocupe.
Dorota apareceu no quarto assim que Blair saiu. As duas se olharam sem saber o que fazer, até que Dorota fez sinal para Serena a seguir, e foi o que ela fez.
xx
– Fico feliz por ter me chamado Chuck. – A moça morena disse sorrindo.
– E eu fico feliz por ter vindo. – Ele sorriu galanteador.
Os dois sorriram um para o outro e se prepararam para apertar as mãos quando Blair abriu a porta, entrando como um furacão. Serena a seguia tentando acalmá-la.
– Eu sabia! – Blair exclamou revoltada. – Você teve coragem de trazê-la aqui? Você é tão baixo Chuck Bass, igualzinho o seu pai!
Os três permaneceram em silencio. Chuck olhou para a mulher ao seu lado que parecia completamente confusa e respirou fundo.
– Blair... – Ele se aproximou, mas ela fez sinal para que ele não se aproximasse.
– Não venha com desculpas! Não basta o que você fez ontem?
– Blair...
– Eu venho aqui querendo uma explicação e dou de cara com essa mulher que não sabe nem combinar a bolsa com o sapato!
A mulher olhou para si mesma e depois olhou indignada para Blair.
– Blair! – Chuck praticamente gritou para que ela o deixasse falar. Blair respirava ofegante e o olhava furiosa. – Me deixe explicar.
– Eu... Acho melhor eu ir embora. – A mulher disse envergonhada.
– Eu te acompanho. – Serena olhou para Blair. – Te espero lá em baixo.
As duas saíram e tudo que ouviam era a respiração alta de Blair, demonstrando o quanto ela estava nervosa.
– Eu não tive nada com ela...
– Ahn, sei. – Blair riu ironicamente. – Quer que eu acredite nisso por quê?
Chuck deu um sorriso divertido.
– Por que está sorrindo assim? Acha que isso tudo é divertido? Pois não é, Chuck Bass, seu, seu... Pulador de cerca!
Não resistindo àquilo Chuck sorriu ainda mais, segurando para não dar uma gargalhada. Ele percebeu que Blair ficava mais nervosa a cada minuto, e resolveu se explicar logo.
– Vem aqui... – Ele esticou a mão para ela.
– Por que eu iria?
– Você não pediu uma explicação? Eu vou explicar.
Respirando fundo Blair se aproximou dele. Ele segurou sua mão e a apertou, e mesmo em um momento como aquele, Blair sentiu a paz que somente ele transmitia. Eles andaram pelo apartamento praticamente vazio, contendo apenas um sofá e uma estante. Passaram por um longo corredor e então pararam em frente a ultima porta do corredor.
– Então...? – Blair cruzou os braços.
– Abra.
– O que vai ter aí dentro? Mulheres fantasiadas de enfermeiras?
– Terá que abrir para descobrir. – Respondeu divertido sorrindo de lado.
Blair virou os olhos e então colocou a mão na maçaneta, pensando se teria coragem de ver o que tinha dentro daquele cômodo. Afinal, Chuck não estava com pontos positivos com ela. Vagarosamente ela virou a maçaneta, e empurrou a porta. Assim que a abriu completamente, ela prendeu a respiração, e inevitavelmente seus olhos se encheram de lágrimas.
O cômodo era um quarto de bebê, totalmente montado. As paredes brancas davam um ar leve, o berço também todo branco deixava claro que Chuck não quis uma cor definitiva por não saber o sexo do bebê. Não faltava nada no quarto, em um canto havia vários ursos de pelúcia e um baú. As cortinas fechadas impediam a claridade de entrar completamente. Em outro canto havia uma poltrona confortável. Estava como Blair sempre quis. Era como se Chuck conseguisse ver os sonhos mais profundos dela e realizá-los.
– O que... O que significa isso? – Perguntou com a voz falhada.
– Quis que esse fosse o primeiro cômodo a ser totalmente montado. – Ele se aproximou do berço. – Acho que já sabe que aquela mulher não era minha amante. Ela era uma decoradora. Quis fazer uma surpresa para você. Ia trazê-la aqui essa noite para um jantar e lhe mostrar. – Ele sorriu. – Acho que é como você queria, não?
– É... É melhor do que isso. – Ela andou pelo quarto, tocando nos móveis. – É perfeito!
– Achei melhor colocar tudo branco. Não sabemos se será menino ou menina.
– Foi o que eu pensei. – Ela sorriu observando o berço.
– Você gostou? - Ele também olhou para o berço. Blair parou ao lado dele, e tocou no móvel.
– Chuck... – Blair se aproximou. – Eu nem sei o que dizer... Eu... Eu nunca imaginei que você estava planejando tudo isso.
– Acho que deu pra perceber quando me acusou há dez minutos. – Ele sorriu e a puxou pela cintura. – Eu não faria isso com você. Já devia saber disso.
– Eu sei... Eu só tenho medo.
– Não precisa ter medo. Eu te amo, e te amarei até o fim.
– Eu também te amo.
Os dois selaram a reconciliação com um beijo apaixonado.
“Acho que todos estávamos errados sobre Chuck Bass. Talvez ele não seja o mesmo Chuck de antes, realmente. As inimigas podem voltar a sentir inveja da vida perfeita de Blair, ter um filho de Chuck e ainda por cima ter um marido como ele, não é para qualquer uma.”
Dan fechou o notebook e encarou a parede em sua frente, estava tão pensativo que não notou que Serena tinha chegado em casa.
– Oi. – Ela se aproximou e ele não respondeu. – Dan?
Despertando dos pensamentos Dan virou-se para olhá-la.
– Está pensando em que? – Ela sorriu escorando na parede.
– Em que horas você chegaria porque estava morrendo de saudades. – Ele sorriu levantando-se e se aproximando dela, beijando-a. – Vou tomar um banho e já volto para prepararmos o jantar. – Ele sorriu se afastando.
Serena encarou o notebook em cima da mesa e foi até ele. Abriu-o e olhou a pagina aberta.
***
– Então querem fechar o negócio nesse final de semana? – Chuck perguntou ao seu sócio.
– Sim, você terá que ir na sexta e voltar na terça a tarde.
– Não sei se posso deixar Blair por tanto tempo... Ela está muito sensível durante esses dias.
– Mas é muito importante. Se fecharmos negócio com os franceses, podemos ampliar as redes de hotéis, e logo podemos ter em vários países. Lucraremos muito com isso Chuck.
– Não pode ir alguém no meu lugar?
– Creio que é melhor não. É mais seguro você mesmo fechar o negócio.
Chuck escorou em sua cadeira, pensativo.
***
– Dorota!
Em poucos segundos Dorota apareceu aflita no quarto carregando uma bolsa no ombro.
– Está na hora? Temos que ir? Está tudo na bolsa...
– O que deu em você? – Blair perguntou olhando assustada para ela.
– As contrações não começaram?
– Claro que não! Eu ainda tenho três semanas e meia antes de entrar em trabalho de parto.
– É que... Pode acontecer de antecipar...
– Não, eu já planejei tudo.
– Mas Senhorita Blair, essas coisas a gente não planeja...
– Dorota, fale menos e escute mais. Chuck pediu para que eu escolhesse a decoração do nosso apartamento. Preciso que ligue para as melhores decoradoras e marque uma reunião com elas essa semana.
– Mas Senhorita Blair... Você precisa descansar.
– Eu não vou fazer esforço nenhum. Vou ficar sentada no sofá enquanto me mostram fotos. Não tem nada de cansativo nisso.
– Não sei se o Senhor Chuck vai permitir isso...
– Permitir o que? – Chuck parou ao lado de Dorota.
– É que a Senhorita Blair está querendo...
– ... Visitar a Serena. Ela me mandou uma mensagem dizendo que precisa conversar, preciso saber o que está acontecendo, e quero ir até lá amanhã.
Dorota virou os olhos e Blair sorriu.
– Acho que não tem problema nisso.
– Então pode ligar para ela Dorota, diga que a encontrarei amanhã as 15h.
Antes de sair do quarto Dorota encarou Blair, e sussurrou que aquilo era errado. Blair a ignorou e chamou Chuck para deitar ao lado dela. Ele tirou sua gravata e abriu alguns botões de sua camisa. Sentou-se ao lado de Blair e a beijou.
– Está com fome? Pedi Dorota para preparar um jantar especial.
– Não acha que irá se redimir com um jantar não é? – perguntou divertido.
– Talvez com a sobremesa. – Ela o olhou maliciosa. – Estava pensando... Podíamos comprar algumas roupinhas juntos... Eu sei que já temos várias roupas, afinal você sabe que não resisto de passar em frente uma loja de bebês e não comprar algumas roupas... Algumas... Muitas.
Chuck sorriu e a beijou novamente. Não conseguia disfarçar que adorava quando Blair demonstrava ser ela mesma. Era uma das coisas que ele mais amava.
– O que acha de irmos nesse fim de semana?
O sorriso de Chuck sumiu, e ele desviou o olhar.
– O que foi?
– Arrumamos alguns sócios novos...
– Isso é ótimo! Onde?
– Na França.
– Isso é maravilhoso! – Exclamou animada.
– Só que preciso ir até lá para fechar negócio.
– Você... Você terá que ir para a França? – Perguntou desapontada.
– Sim.
– Por quanto tempo? Dois dias?
– Uma semana.
– Uma semana? Mas... Isso é muito tempo.
– Eu sei... Mas se eu conseguir fechar negócio nós ganharemos muito com isso. – Ele segurou a mão dela. – E eu prometo que irá passar rápido.
– Bem... Se isso é tão importante... Tudo bem.
– É por isso que eu te amo. – Chuck sorriu e a beijou.
Blair não teve tempo de sentir-se chateada por Chuck ficar tanto tempo fora, a noite foi boa o suficiente para isso.
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