Os Últimos Morgenstern escrita por Luna MM


Capítulo 23
Amar é destruir


Notas iniciais do capítulo

"Acima, o majestoso teto claro,
Suspenso nas alturas pelos arcos
E anjos ascendendo e baixando se encontravam
Suas dádivas compartilhavam."
— Lord Alfred Tennyson, "The Palace of Art"



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/424253/chapter/23

Com um dos pés no vão da porta, Clary escutou o som do piano sendo tocado. Com os olhos fechados, ela imaginou Jace sentado, os dedos esguios brincando com as teclas do piano num movimento perfeito, no ritmo de uma melodia suave e tranquila. Quase conseguiu vê-lo descalço e com os cabelos bagunçados, como se tivesse acabado de levantar, como da primeira vez que ela havia acordado no Instituto. Segurando a respiração, Clary recuou alguns passos e encostou a cabeça na parede, apertando os olhos. Toda a coragem que havia sentido antes desaparecera tão rápido quanto aparecera e fugir dali sem olhar para trás parecia uma opção tentadora. Seria melhor nunca ter que encará-lo de novo do que lidar com o fato de que o que ele antes sentia por ela havia se transformado em ódio.

E o que tornava tudo pior era que, agora que ela estava tão perto de Jace, todas as lembranças que tinha dele invadiam sua mente. Lembranças de quando havia o visto pela primeira vez no Pandemonium, o quanto ele pareceu surpreso por ela poder enxergá-lo quando ninguém mais podia. Depois disso, do lado de fora do Java Jones, explicando a ela sobre o mundo dos Caçadores de Sombras. O mundo que, mais tarde, ela descobriria também pertencer. Na estufa do Instituto, no aniversário dela, ele a beijando enquanto as flores da meia-noite se abriam. Naquela época Jace ainda se escondia atrás da máscara de sarcasmo e ironia, como se ninguém pudesse realmente alcançá-lo, mas ela sempre havia visto mais do que aquilo; sempre viu o verdadeiro Jace.

Lembrou-se, por fim, de Jace parado no pé da cama dela no quarto de Amatis, em Alicante. As roupas brancas de luto, o cabelo bagunçado, o rosto pálido e os olhos assombrados. Estava tentando ir para algum lugar, mas continuava sendo atraído para cá. Com um leve sorriso no rosto, Clary pensou naquela noite que, apesar de não ter acontecido nada de mais, havia sido uma das melhores de sua vida. De certa forma, havia sido tão puro e inocente, somente duas pessoas que não podiam ficar juntas, mas que queriam desesperadamente ao menos estar perto uma da outra.

Clary piscou os olhos e limpou o rosto, embora não houvesse lágrimas para secar. Voltou a colocar o pé no vão da porta, a melodia serena ainda sendo tocada no piano. Não tenha medo, pensou Clary, respirando fundo. Seja corajosa. E entrou.

A sala de música estava do mesmo jeito que ela se lembrava; havia um piano no canto e uma harpa coberta no centro da sala. Mais ao lado, uma fileira de cadeiras estava alinhada na parede oposta, lembrando um auditório. E sentado no banco ao piano, vestindo o uniforme de Caçador de Sombras, estava Jace, de costas para ela.

O coração de Clary acelerou e ela permaneceu ali, imóvel, olhando para a nuca de Jace. Os cabelos dourados dele haviam crescido e, por um breve momento, ela desejou tocá-los. Mas sabia que não tinha mais esse direito; não tinha sequer o direito de estar ali no Instituto, agora que era uma inimiga da Clave. Talvez ir até ali havia sido um erro.

Clary recuou um passo e se virou devagar para ir embora silenciosamente, disposta a voltar para Sebastian e tentar convencê-lo a não atacar o Instituto. Ou então talvez fugir para algum outro lugar, bem longe de toda a guerra que mais tarde aconteceria ali. Mas ela mal havia dado um passo, quando escutou a voz. Dele.

– Indo embora tão depressa? – Jace falou, ainda sem se virar para olhá-la. Clary engoliu em seco e se aproximou de novo. – Se quisesse apenas me ver tocando piano, eu poderia ter enviado uma foto.

Clary revirou os olhos, mas não disse nada. De certa forma, ela achava que o sarcasmo dele ainda era muito mais do que ela merecia.

– A Clave quis bloquear o Instituto contra você, mas eu disse que não haviam chances de você algum dia voltar aqui – disse Jace, finalmente virando o rosto para encará-la. Haviam manchas escuras embaixo dos olhos dourados dele, exibindo claramente a insônia. A pele dele estava pálida e ela teve a impressão de que ele havia emagrecido alguns quilos. – Mas você adora surpreender, não é?

Clary jogou as mãos para o ar, num ato de desistência e se virou para sair. Ela sabia que não podia culpá-lo por agir desse jeito ou por querer descontar a raiva que sentia dela, mas de repente aquilo pareceu muito forte para suportar. Afinal não havia sequer sentido continuar ali, se nada mudaria mesmo.

– O que veio fazer aqui? – Jace perguntou, fazendo Clary parar onde estava. Ele havia se levantado, o que ela considerou como um leve interesse pela conversa, apesar da dureza no tom de voz.

– Eu vim alertar vocês sobre a batalha que Sebastian está planejando – Clary disse, sem conseguir olhar nos olhos de Jace.

Jace olhou para ela, quieto. Ele não pareceu surpreso ao ouvir que Sebastian iria atacar. Colocou uma mão no queixo em ar pensativo e avançou alguns passos, passeando pela sala.

– Minha memória está ruim... você não tinha se juntado a ele? – Jace perguntou. – Então, você o traiu vindo até aqui contar de seus planos como se, esse tempo todo, você tivesse sido apenas uma espiã. Nada mal.

A frieza em sua voz era como um muro de gelo entre Clary e ele. Ela lembrou-se, com certo pesar no peito, de Jace gritando com ela em Toronto. E você acha que não sei o resto da história?

Clary abaixou o olhar encarou as próprias botas, refletindo por um instante. Havia certa verdade escondida por trás do que ele havia dito; primeiro ela havia traído seus amigos e agora traíra Sebastian. Era isso que ela realmente era: uma traidora.

– Você tem todos os motivos do mundo para me tratar desse jeito, Jace – ela disse, reunindo forças o suficiente para olhá-lo nos olhos sem se encolher. – Mas se essa conversa se tratar apenas de você tentando me atingir, é melhor eu ir embora. Eu nunca devia ter voltado aqui, mesmo.

Mas Clary não moveu um passo. Continuou ali, imóvel, os olhos verdes olhando para os dourados, com firmeza dessa vez. Ela não iria se fazer de vítima, dizer que havia errado e que estava arrependida. Porque ela não estava. Tinha plena consciência das consequências que suas atitudes causaram, mas se tivesse a chance, faria tudo de novo. Sem hesitar.

– Só há uma coisa que eu quero saber – Jace falou, a expressão indiferente no rosto. – Por quê?

– Você sabe o porquê – Clary respondeu, suspirando baixo, esgotada.

Jace balançou a cabeça, negativamente. Cruzou os braços e desviou o olhar, e Clary notou que aquilo estava sendo tão difícil para ele quanto para ela.

– Quero que você me explique – Jace pediu, e Clary quase pôde escutar um tom desesperado na voz dele. Como se ele precisasse ouvir da boca dela para saber que aquilo era mesmo real.

Clary jogou as mãos para o ar e deu a volta pela sala de música, tentando achar as palavras certas para usar, tentando de alguma forma fazer parecer que não aquilo tudo não era tão ruim quanto parecia. Mas as palavras escaparam de sua boca antes mesmo de ela tentar contê-las.

– Eu precisava fazer alguma coisa, Jace! Eu precisava ao menos tentar, entende? – Clary disse, olhando para ele com um ar de súplica. Ela juntou as mãos e baixou o olhar. – E eu sabia que Sebastian não iria negar me ter ao lado dele, seja qual fosse o preço. E se vocês estivessem seguros, pra mim valia a pena arriscar.

Por um momento, ela esperou que ele falasse alguma coisa. Mas Jace continuava quieto, olhando para ela como se tentasse decifrar um mistério, como se realmente não a conhecesse mais. Não perca seu tempo, ele havia dito para Simon naquela vez. Ela não é mais a nossa Clary.

– No começo, foi um verdadeiro Inferno. Eu sentia falta de todos, sentia falta de você. Queria desesperadamente voltar atrás, mas não podia, era tarde demais e sabe-se lá o que Sebastian poderia fazer se eu quebrasse o acordo – Clary murmurou, permitindo-se voltar no tempo enquanto falava. – Mas com o tempo, eu passei a conhecer Sebastian. Passei a tentar entendê-lo, entender como e porque ele havia se tornado quem era. Comecei a ver um lado bom nele, um lado humano.

Jace fez um som que pareceu um rosnado e ela automaticamente parou de falar. Os olhos dele estavam encarando o chão e ele balançava a cabeça, apertando os lábios até ficarem brancos.

– Desculpe, mas você quer que eu sinta pena dele? – Jace debochou, abafando um riso que ecoou pela sala.

– Quero que você tente entendê-lo! – Clary pediu, erguendo a cabeça e aproximando-se de Jace sem perceber. Ele não recuou. – Pense bem, Jace, você também teve Valentim como pai. Você sabe como é.

– Mas eu não sou igual Sebastian, sou? – Jace rebateu, com um olhar afiado.

– Não, não é. Porque você teve os Lightwood para chamar de família, uma família que o salvou do que você poderia ter se tornado. Mas Sebastian não teve ninguém para ensiná-lo a ser melhor. – Clary disse, ganhando confiança e firmeza na voz. – Em quem você teria se tornado se Valentim não tivesse forjado a própria morte? Se você não tivesse vindo parar no Instituto?

Jace não disse nada por alguns instantes e Clary sentiu uma faísca de esperança se acender dentro de si. Ele continuava olhando para ela sem piscar, quase como se tentasse enxergar através dela.

– Você e ele... – Jace começou a dizer e havia tanta dor e sofrimento no jeito como ele falou aquilo, no jeito como ele a olhou, incapaz de terminar a frase, que Clary sentiu algo se despedaçar completamente dentro de si. De certa forma, do jeito que Jace estava ali parado, os cabelos dourados bagunçados e os olhos fundos, ele mais se parecia com o menino de 10 anos que ele havia sido, o garoto que acreditava que amar era destruir e ser amado era ser destruído.

Ela piscou, assimilando o que ele realmente queria perguntar e desejando não ter que responder aquilo. Mas sabia que Jace merecia a verdade, por mais dolorosa e cruel que ela pudesse ser.

– Depois de tudo que aconteceu e aquela batalha em Toronto, eu sabia que havia perdido vocês para sempre. Não havia chance de vocês me perdoarem pelo o que fiz e eu não podia simplesmente deixar ele – Clary explicou, a voz baixa. Queria desesperadamente dizer que Sebastian havia se mostrado diferente, que ela realmente havia visto algo de bom nele. Mas de repente, sentiu seus olhos arderem e lacrimejarem, fazendo-a se amaldiçoar mentalmente. Não queria chorar na frente de Jace, não podia mais.

Por quê? – Jace gritou, fazendo Clary se encolher. As veias do seu pescoço haviam saltado, os dentes cerrados e os olhos dele vermelhos, cheio de lágrimas borrando a visão. Aquela cena fez o coração de Clary se partir em pedacinhos, cortando cada parte do corpo dela. – Eu percorri o mundo inteiro procurando por você, achando que você estava sofrendo... pelo Anjo, eu mal sabia se você sequer estava viva!

Sentindo o desespero tomar conta de si, Clary levou as mãos ao rosto para conter as lágrimas que agora caíam descontroladamente, mesmo sem o consentimento dela. O peito dela doía como se tivessem enfiado uma lâmina quente nela e só o que ela queria era que a dor passasse, que o fim chegasse logo, que tudo ficasse bem.

– Mas aí quando eu tentei matá-lo e você se colocou na frente dele, eu não consegui enxergar a Clary que eu conhecia, a minha Clary. Era como se, de alguma forma, você tivesse morrido e outra pessoa estranha habitasse seu corpo, alguém totalmente desconhecido pra mim. – Jace continuou, e Clary percebeu que ele também estava chorando, as lágrimas escorrendo pelo rosto até caírem na roupa de combate. – Você podia ter voltado pra mim, mas decidiu ficar com ele. Você escolheu ele, quando podia ter escolhido a mim! Por quê?

Clary engoliu em seco, sentindo o choro se acumular na própria garganta. Por um instante ela resistiu à vontade de, simplesmente, sucumbir ao chão. A maneira como ele ficava perguntando o porquê o tempo todo estava torturando ela, fazendo-a reforçar a ideia de que seria melhor nunca ter voltado ali. Por quê? Por quê? Por quê? Dentro dela, estava acontecendo uma guerra entre a antiga Clary e a nova Clary, e ela não fazia a mínima ideia de quem iria vencer.

– Sebastian é meu irmão, Jace. Eu sou a única família que restou a ele e, se existe alguém que pode salvá-lo, esse alguém sou eu. Por favor, tente ao menos entender – Clary pediu com a voz fraca, secando as lágrimas. – Ele precisa de mim.

Clary abraçou a si mesma num gesto de proteção. Sentia-se esgotada, a ponto de desabar a qualquer momento. Não dormia direito desde aquela briga com Sebastian e agora teria que enfrentar uma batalha, quando nem ao menos conseguia se manter em pé direito.

Eu preciso de você – Jace sussurrou, tão baixo que Clary quase não escutou. Ela olhou para ele, surpresa, e a chama de esperança em seu peito reacendeu num súbito instante.

– Você me odeia – ela afirmou incerta, embora tenha soado mais como uma pergunta.

Jace balançou a cabeça e se aproximou mais alguns passos, até que estivesse diante de Clary.

– Eu queria odiar, seria mais fácil se eu te odiasse – ele falou. Clary imediatamente se lembrou de quando ele havia dito isso na casa de Luke, quando os dois ainda achavam que eram irmãos e que não podiam ficar juntos. Quero odiar. Tento odiar. Seria muito mais fácil se eu odiasse.

Clary não respondeu. Houve alguns instantes de silêncio na sala que mais pareceram uma eternidade. Jace olhava para ela e Clary olhava para ele, e parecia que os dois continuavam a conversa assim, dizendo tudo que ainda não havia sido dito um para o outro, em seu próprio jeito.

– Eu sinto muito – Clary disse, por fim. E realmente sentia. Apesar de não se arrepender de suas escolhas, ela desejava que tudo tivesse ficado bem para todos. Mas toda escolha havia um preço a ser pago, e ela sempre soube disso.

– Eu também – Jace disse de volta, baixando o olhar. E então, num movimento rápido, ele diminuiu a distância entre os dois e tomou o rosto de Clary nas mãos, aproximando-o do dele até que ela pudesse sentir a respiração ofegante dele no rosto dela. E a beijou.

Assim que os lábios de Jace encontraram os dela, suave e delicadamente, ela abriu a boca e correspondeu. Colocou os braços em volta do pescoço dele e mordeu gentilmente o lábio inferior de Jace, fazendo-o apertar a cintura dela contra ele e gemer baixinho na boca dela.

Clary não soube dizer há quanto tempo estavam ali, um no braço do outro, trocando beijos. O tempo parecia ter congelado. Cada beijo era diferente e de certa forma tinha algo para dizer; dizer que sentia saudade, que sentia muito, que nunca se esqueceu do outro, que queria que as coisas fossem diferentes. Ele tinha gosto de sal e fogo, bem como ela se lembrava.

Com um súbito choque, Clary percebeu a ausência de algo. Fogo celestial. Não estava mais lá ou então ela já teria sentido. De algum jeito Jace havia conseguido tirar o fogo celestial de dentro de si sem se machucar.

Por alguma razão, ela ficou feliz em saber disso, porque agora podia tocar nele sem se preocupar. Clary enfiou os dedos nos cachos dourados dele e lembrou-se do quanto ela sempre havia o comparado com um leão. Corajoso e leal. Não sabia ao certo quando havia se apaixonado por Jace, mas sempre se sentiu atraída pela liberdade dele, sempre quebrando as regras e correndo riscos, sem se importar com as consequências. Nunca o “não posso”, mas o “eu posso e eu quero”. Sempre a certeza e a confiança no risco, nunca o medo ou a dúvida.

Clary interrompeu o beijo e se afastou um pouco, somente o suficiente para olhá-lo. Mas então, quando ela abriu os olhos, não viu Jace. Ela viu um garoto com os cabelos tão brancos quanto gelo e os olhos tão escuros como a noite, o garoto que corria os mesmos riscos e quebrava todas as regras, apesar das consequências mais devastadoras. O garoto que tinha a certeza e a confiança em tudo o que fazia, que não se permitia sentir medo ou ter dúvidas. Ela viu Sebastian.

Num impulso, Clary se distanciou de Jace e abaixou a cabeça. Um turbilhão de pensamentos passava pela cabeça dela, e só um nome no centro. Sebastian.

Ela acabara de ver Sebastian no lugar de Jace, ambos com as mesmas características que ela tanto gostava. Ela acabara de colocar os dois no mesmo patamar e temia, mais que tudo, o que diabos aquilo podia significar.

Jace olhava para Clary com uma expressão confusa no rosto, embora ela também pudesse ter visto uma pontada de mágoa e decepção. Ele abriu a boca para dizer alguma coisa, mas Clary nunca soube o que seria; naquele instante, houve um barulho alto fora do Instituto, algo que mais parecia sons de luta. Clary ergueu a cabeça e arregalou os olhos.

– Parece que a guerra de Sebastian finalmente chegou – Jace disse, um pouco distraído, deixando o que ia dizer de lado. Ela imaginou o que estaria passando pela mente dele. Então, de repente ele a encarou com um olhar firme. – De que lado você vai lutar?

Clary sabia que não podia escolher apenas um lado, não quando ela se importava demais com os dois. Observou Jace pegar o cinto de armas que jazia perto do piano e o colocou, tocando as lâminas serafim com o dedo. Descansou a mão no cabo da espada e esperou pela resposta de Clary, com um olhar cheio de confiança e expectativas. Ela respirou fundo.

– Não vou escolher um lado – Clary falou, por fim. Ainda um pouco tonta pelo o que havia acabado de ver, ela notou quando ele respirou fundo e desviou o olhar. Então, Jace parou em frente a ele por um momento e abriu a boca novamente para dizer alguma coisa, mas pareceu pensar melhor e a fechou. Se aproximou da porta com passos lentos.

– Não era a resposta que eu esperava ouvir – Jace murmurou e, demorando mais alguns instantes olhando para Clary, saiu indo em direção à batalha.

A guerra havia começado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

oi amoreeeees, espero que tenham gostado desse capítulo! essa semana tem meu aniversário (dia 27), então me façam feliz com comentários eushuhsu no próximo capítulo tem o início da guerra (pra quem tá com sdds do Sebastian) e talvez mais alguma surpresa... beijos e até logo xx