Os Últimos Morgenstern escrita por Luna MM


Capítulo 22
Entre noite e aurora


Notas iniciais do capítulo

"Entre dois mundos a vida paira como uma estrela,
Entre noite e aurora, sobre a linha do horizonte.
Quão pouco sabemos do que somos!
E menos ainda do que podemos ser!"
— Lord Byron, "Don Juan"



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Depois de permitir ser levada pela escuridão fria que a afundava cada vez mais, roubando-lhe o ar de seus pulmões, Clary saltou para fora do Portal e colocou os pés no chão num movimento perfeito, mas sua mente estava bem distante dali. As lágrimas ainda estavam presas nos seus olhos, lutando para cair, e a foto guardada em seu bolso de repente parecia pesar uma tonelada. Silenciosamente, ela se perguntou se Sebastian já havia notado que ela não estava mais no apartamento, se estava com raiva dela por ter fugido. Perguntou-se, piscando os olhos e permitindo que as lágrimas caíssem, se ele iria atrás dela no momento que percebesse sua ausência.

Mas então, o vento balançou as árvores e bateu no rosto de Clary, trazendo a realidade a ela. É claro que Sebastian iria para o Instituto, mas não seria por causa dela. Havia uma guerra acontecendo e era por isso que ela estava ali, de pé, na frente do Instituto. Relutante, ela secou as lágrimas com um gesto impaciente e deu alguns passos, parando na entrada da catedral com os vidros das janelas quebrados e as portas seladas com fita amarela do tipo que a polícia usava. Ao lado da igreja, havia uma grade de ferro curvada que cercava a antiga construção, além de algumas muitas árvores mortas ao redor do terreno.

Clary respirou fundo, soltando o ar devagar e relaxou a mente, se concentrando. Então, a catedral se transformou numa antiguidade clássica, com vitrais e espirais, uma placa de bronze fixada na parede de pedra ao lado da grande porta, com o nome do Instituto gravado nela. As folhas das árvores ao redor ganharam cor, destacando diferentes tons de verde. Vagamente, ela se lembrou da primeira vez que havia visitado aquele lugar, com Jace guiando-a e Simon ao seu lado, como sempre, embora ainda fosse um mundano na época.

Engolindo em seco, Clary colocou a palma da mão na porta e escutou-a se abrir. Antes de chegar ali, ela estava confiante de que daria tudo certo, afinal aquele era e sempre seria o seu lugar. Mas agora, com um dos pés dentro do Instituto, ela sentiu seu estômago congelar. Por alguma razão, sentia como se precisasse fazer alguma coisa, mas temesse o que poderia acontecer. Ela havia ficado fora durante muito tempo, talvez eles nem ao menos quisessem vê-la novamente, aceitá-la de volta junto aos Caçadores de Sombras. Talvez pensassem que ela estava do lado de Sebastian e contra eles.

“E se estivesse? ”, sussurrou uma voz indesejada dentro da mente de Clary. Baixando a cabeça, ela seguiu pelas escadas em espiral, subindo os degraus sem fazer barulho. Chegou ao elevador e subiu, temendo encontrar com alguém no momento que a porta se abrisse. Mas para sua sorte, o corredor estava vazio. Com passos silenciosos, ela caminhou devagar observando o lugar. De certa forma, havia se esquecido do quanto ali era escuro e até um pouco frio. Ou talvez fosse apenas impressão, considerando que ela não andava por ali há meses. Cruzou os braços e abraçou a si mesma, tentando controlar as próprias pernas que pareciam ter desaprendido a andar.

Ao notar uma luz saindo pela porta da biblioteca, Clary entrou silenciosamente sem fazer cerimônia. Não tinha certeza de quem ela esperava encontrar, mas surpreendeu-se ao ver sua mãe sentada à mesa, com a cabeça enterrada nas mãos, os cachos ruivos rebeldemente saltando para fora do rabo de cavalo mal feito. Sentindo as lágrimas voltarem para seus olhos, Clary avançou devagar até que estivesse a poucos metros de Jocelyn, que ainda não havia percebido a presença da filha.

– Mãe? – Clary chamou, e sua voz saiu fraca. Imediatamente, Jocelyn ergueu a cabeça, com o olhar um pouco perdido. Seus olhos estavam inchados e mostravam cansaço, e por um instante, ela apenas olhou para Clary com os olhos apertados, como se tentasse enxergar através de uma ilusão. Provavelmente achava que era somente mais um sonho.

– Mãe – Clary disse novamente, dessa vez um pouco mais alto. Ela abriu um sorriso torto, e uma lágrima solitária escorreu pela sua bochecha. – Sou eu, Clary.

Jocelyn arregalou os olhos e abriu a boca, mas não emitiu som algum. Sem tirar os olhos de Clary, ela levantou devagar e contornou a mesa, apoiando uma das mãos no bloco de madeira. Então, subitamente um brilho iluminou seus olhos cansados e ela sorriu, soltando um suspiro de alívio, e correu para tomar Clary num abraço apertado.

Clary retribuiu o abraço da mãe, e chorou. Chorou desesperadamente e incontrolavelmente, agarrando-se ao corpo da mãe e enterrando a cabeça no ombro dela. Sentindo um aperto no peito, ela percebeu o quanto havia sentido falta de ter Jocelyn perto dela. Ela era sua mãe, afinal, a única parte que estaria presente seja em qual vida Clary escolhesse viver, mundana ou Nephilim.

– Clary, você está aqui – Jocelyn disse, mais para si mesma, recusando-se a acreditar que aquilo não era um sonho. Soltou-se do abraço, mas não se afastou de Clary. – Você voltou.

Mas então, em questão de segundos, Clary viu sua mãe endurecer o olhar e, imediatamente, soube que teria que escutar um sermão pelo o que havia feito. Meses sem ver a filha e ainda iria dar um discurso sobre como ela era irresponsável; Clary quase riu.

– No que, pelo Anjo, você estava pensando em fazer, Clarissa? – Jocelyn perguntou, elevando o tom de voz. Levantou as mãos, exasperada. – Fugir daquele jeito e ir atrás de Sebastian, você podia ter morrido!

– Sebastian nunca me mataria, mãe – Clary disse, revirando os olhos. Jocelyn girou, levando uma das mãos para os cabelos cacheados.

– E como você tem tanta certeza? Só porque acha que ele ama você? – Ela perguntou, franzindo a testa ao olhar para Clary. Não esperou por uma resposta. – Sebastian não se importa com ninguém. Ninguém, além dele mesmo.

Clary olhou para ela, indignada. Não esperava que o reencontro das duas tomasse esse rumo, depois de tanto tempo distante, mas era óbvio que sua mãe estava com raiva. Por um momento, ela se viu incapaz de dizer qualquer coisa que pudesse fazer sua mãe entender que Sebastian não era daquele jeito. Afinal quem, além de Clary, poderia um dia se permitir entender isso?

– E como você tem tanta certeza disso? Você nunca o conheceu! – Clary soltou num grito, esquecendo-se totalmente de que estava no Instituto e que, a qualquer momento, alguém aparecia para saber o que estava acontecendo. Esquecendo-se, inclusive, de que aquela era sua mãe que não via há meses e que havia sentido tanta falta. – Você nunca deu uma chance sequer a ele!

Clary baixou a cabeça e escondeu o rosto atrás das próprias mãos, frustrada, tentando conter as lágrimas que caíam por entre seus dedos, sem sucesso. Estava sentindo raiva dentro de si, raiva de tanta injustiça. No fundo de sua mente, tudo o que ela conseguia enxergar era um menino pequeno de cabelos brancos, sozinho, com armas e sangue nas mãos.

Vagando pelo outro lado da sala, Jocelyn parecia tão indignada quanto Clary, incapaz de acreditar que sua filha podia estar defendendo o próprio irmão, um assassino.

– Ele era meu filho, Clarissa! Eu o segurei nos braços e enxerguei o monstro que havia dentro dele – ela rebateu, e Clary percebeu que ela também estava chorando. – Você acha que eu não sofro com isso? Eu perdi meu Jonathan e agora, todos os dias, tenho que assistir no que ele se tornou. Assistir ele destruir tudo o que toca!

Clary balançava a cabeça negativamente. Sua mãe acabara de dizer que Sebastian era filho dela, como se ele estivesse morto. Como aquilo podia ser aceitável?

– Você é tão culpada quanto Valentim! Podia ter criado Sebastian, ensinado a ele o que era certo e errado, ensinado como amar. Você podia ter ao menos tentado. – Clary disse, controlando o tom da voz. Suas lágrimas já haviam secado, mas ela se via incapaz de controlar as próprias palavras que pareciam estar presas na sua garganta. – Mas você desistiu dele antes mesmo de ele ter a chance de conhecer você. Como esperar que um garoto cresça e se torne bom, se sua própria mãe tem a coragem de chamá-lo de monstro quando ainda era um bebê?

Por um momento, Jocelyn apenas juntou as sobrancelhas e olhou para a filha, boquiaberta. No fundo, Clary esperava que ela estivesse pensando sobre o que havia feito com Sebastian, ou sobre o que não havia feito para o filho. Esperava que ela ao menos se arrependesse de não ter tentado reverter as coisas, consertar o erro de Valentim.

– É isso que está tentando fazer, então? Está tentando transformá-lo em alguém bom? – Jocelyn perguntou, cruzando os braços. Seu olhar ficou firme. – Clary, eu entendo que você fez aquilo para proteger as pessoas que você ama, eu tomei a mesma decisão há muito tempo atrás. Sei disso e tenho orgulho de você. Mas você não pode simplesmente arriscar tudo achando que Jonathan pode mudar por sua causa, quando isso está além da sua capacidade! Depois de tudo o que ele fez, nem mesmo o Anjo pode salvá-lo.

Tentando controlar a respiração, Clary desviou o olhar e tentou encarar qualquer outra coisa naquela biblioteca que não fosse sua mãe. Não conseguia digerir aquelas palavras que ela dizia, não conseguia nem ao menos sustentar o olhar dela. Se recusava a acreditar que ela pudesse falar daquele jeito sobre alguém que ela mesma havia colocado no mundo.

– E se fosse eu, e não Sebastian? – Clary perguntou, de repente. Ela nunca havia pensado em como seria se os papéis se invertessem, mas agora imaginava como seria sentir-se abandonada e desprezada pela própria mãe quando ainda era um bebê. Em quem ela teria se tornado? – Se fosse eu quem tivesse sangue de demônio, você iria dizer o mesmo sobre mim? Iria desistir tão facilmente? Iria pedir desculpas aos outros por ter me dado a vida?

Jocelyn apoiou as mãos na mesa de madeira e assumiu uma expressão confusa e ao mesmo tempo impaciente, como se Clary tivesse sete anos e tivesse acabado de dizer que poderia ter nascido com uma cauda de sereia no lugar de pés.

– Você não é Sebastian, Clary – ela respondeu, pressionando os dedos contra as têmporas, visivelmente exausta. – Pelo Anjo, vocês não são iguais!

– Talvez eu seja mais parecida com ele do que você pensa – Clary rebateu com a voz dura e virou as costas para a mãe, indo em direção à porta. Mas antes de sequer dar um passo, um pensamento lhe ocorreu e ela falou por cima do ombro: – Aliás, eu vim aqui para avisar vocês.

– Avisar? – Sua mãe repetiu, o tom de voz voltando ao normal. Ainda com as mãos apoiadas no bloco de madeira, o cabelo bagunçado e os olhos inchados, Clary se perguntou há quantas noites ela não dormia consideravelmente bem.

No entanto, Clary apenas deu de ombros e limpou o rosto com as costas da mão, disposta a parar de chorar. Havia derramado lágrimas suficientes para um dia só.

– As forças de Sebastian estão vindo para cá, ainda hoje – ela anunciou, vendo o rosto de sua mãe ganhar uma expressão que Clary não sabia definir. Seria medo, talvez? – Estejam preparados.

E dizendo isso, Clary saiu. Ouviu sua mãe chamar seu nome, duas ou três vezes, mas não olhou para trás.

◌◌◌

De volta ao corredor, Clary pensou em Jace. Será que ele estava ali no Instituto, a poucos metros dela? Será que ele ficaria feliz em vê-la? Queria acreditar que sim, embora nem mesmo ela soubesse como reagiria ao reencontrá-lo, ao tê-lo perto dela depois de tudo que havia acontecido na última vez que haviam se encontrado. Depois de ela praticamente escolher ficar com Sebastian, quando poderia ter simplesmente pegado a mão de Jace e ido embora para casa.

Enquanto ela devaneava, os pés de Clary a guiaram para um dos vários quartos, com um fraco feixe de luz saindo pela porta entreaberta. Ela entrou e logo reconheceu como o quarto de Isabelle. As paredes do quarto eram pretas e refletiam com algumas curvas brilhantes de tinta dourada, lembrando um pouco um ambiente de festa, embora parecesse que o guarda-roupa havia explodido e lançado roupas para todos os cantos.

– Clary – disse uma voz familiar vindo da porta do banheiro. Clary se virou e deu de cara com Izzy a encarando com uma expressão assustada, uma mão imóvel segurando uma blusa vermelha ainda no ar. – O que, em nome do Anjo, você está fazendo aqui?

Clary abriu a boca para responder, mas fechou-a de volta quando Isabelle, largando a blusa para o nada, foi em direção a porta do quarto e fechou-a com um estrondo.

– Alguém sabe que você está aqui? – Isabelle perguntou, baixando o tom de voz para que apenas quem estivesse no quarto pudesse escutar.

– Minha mãe... eu acabei de discutir com ela – balbuciou Clary, sem prestar atenção. Queria perguntar sobre Jace, mas não tinha certeza se devia. Sentia que algo ruim estava acontecendo. – Isabelle, o que aconteceu?

Izzy deu a volta no quarto e se jogou na cama, fazendo sinal para que Clary se juntasse ao seu lado. Ela se sentou e olhou para a outra, esperando uma explicação.

– Como assim, o que aconteceu? Clary, você está com Sebastian – ela falou, como se aquilo fosse tão óbvio e simples que pudesse explicar todos os problemas do mundo.

– Mas eu não estou contra vocês, Izzy. Na batalha... – Clary começou a explicar, mas Isabelle levantou uma mão para interrompê-la, fazendo as pulseiras prateadas em seu pulso cintilarem.

– Clary, você escolheu ficar ao lado de Sebastian – Isabelle explicou, indicando com a cabeça a jaqueta vermelha Crepuscular que Clary vestia. Ela abaixou a cabeça para olhar para si mesma e, de repente, Isabelle não precisava explicar mais nada. Ela já havia entendido tudo. – Neste exato momento, você é tão inimiga da Clave quanto Sebastian é.

A ficha caiu na cabeça de Clary como se pesasse uma tonelada. Subitamente, o clima havia ficado mais quente e o quarto parecia menor, diminuindo cada vez mais até sufocá-la. A tontura a atingiu em cheio e ela soube que, se já não estivesse sentada, cairia de joelhos no chão. Com um aperto no peito, ela sentiu-se uma idiota por ter ido ao Instituto alertar seus amigos sobre a batalha de Sebastian, quando ela mesma já era um alvo a ser atingido. Não fazia sentido, ela percebeu, escolher um lado para lutar quando seus inimigos já estavam decididos.

– Izzy, isso não pode estar certo. Eu não sou uma inimiga! – Clary disse, desesperada. Levantou-se num salto e começou a andar de um lado para o outro, as mãos enfiadas nos cabelos. – Eu lutei ao lado de vocês na batalha de Valentim, criei símbolos para ajudá-los. Sou amiga de vocês, como a Clave pôde se esquecer disso? Como algum Caçador de Sombras pôde se esquecer disso?

Isabelle desviou o olhar e jogou os longos cabelos pretos para o lado, escolhendo as palavras certas para usar.

– Então, por que quis ficar com Sebastian? – Isabelle perguntou, franzindo a testa. Pelo olhar dela, Clary percebeu que ela também não aprovava sua atitude. – Quero dizer, por que impediu Jace de matá-lo quando ele teve a chance?

Por alguma razão, Clary fechou os olhos e viu a lembrança invadir sua mente. Lembrou-se de Jace queimando Sebastian com o fogo celestial, reluzindo nas próprias mãos dele. Ela havia implorado para que ele parasse e, quando ele a ignorou, havia se colocado entre os dois. Foi naquele instante que ela viu o ódio tomar os olhos de Jace e soube que havia perdido ele.

– Sebastian é meu irmão – Clary sussurrou, sem coragem suficiente para dizer em voz alta aquela frase que soava tão estranha. – Eu sou a única família que ele tem, Isabelle.

Isabelle se levantou num movimento gracioso e acenou com uma das mãos, dispensando a explicação de Clary.

– Você não deve explicações para mim, Clary. E não pense que vou dizer que entendo o que você fez, porque eu honestamente não entendo. O seu irmão matou o meu irmão e isso é algo que eu nunca vou ser capaz de esquecer. Saiba que se eu tiver a chance de matar Sebastian, não vou hesitar em fazê-lo. Sebastian é meu inimigo.

Clary assentiu, concordando. Sentiu uma pontada de dor a invadir ao lembrar-se de Max, o pequeno Lightwood que ela havia conhecido tão pouco, mas que tinha se afeiçoado até mesmo quando só o que ela havia feito fora ensinar a ele a ler Naruto. Por causa de Sebastian, Max nunca cresceria. Nunca aprenderia a lutar como Caçador de Sombras, carregaria uma lâmina serafim ou até mesmo teria uma namorada. Max sempre teria 9 anos.

– Mas Clary, você não é minha inimiga – Isabelle continuou a dizer, arrancando Clary dos próprios pensamentos. Izzy estava a sua frente, os olhos escuros fixos nos olhos verdes dela. – Eu não dou a mínima para o que você possa ter feito.

Clary sorriu, sentindo-se aliviada e um pouco surpresa. Nunca havia tido nenhum vínculo consideravelmente forte com Isabelle para considerá-las próximas, mas agora, apesar da possibilidade de estarem em lados opostos da guerra, era ela que de certa forma transmitia segurança à Clary, que dizia inconscientemente que nada havia mudado.

– É bom te ver de novo, Izzy – Clary disse, sendo sincera. E então, automaticamente, deu um abraço rápido em Isabelle. Naquele instante, Clary não pôde deixar de se perguntar se, apesar das grandes diferenças, as duas teriam sido amigas se Clary também tivesse crescido no Instituto, como Jace e Alec eram.

– Bem, embora eu realmente esteja gostando de conversar com você, nós duas sabemos que há outra pessoa que você precisa ver – Isabelle falou, levantando uma mão para arrumar o cabelo desarrumado de Clary. Então, olhou para ela e esboçou um sorriso fraco. – Ele está na sala de música.

Clary assentiu, devagar. Sabia que uma hora teria que encará-lo e ter uma conversa real, para explicar tudo que havia acontecido e que ainda estava acontecendo. Os dois mereciam isso. Assim, Clary se virou para sair do quarto, mas quando alcançou a maçaneta, Isabelle a chamou de volta.

– É bom te ver de novo também, Clary. – Isabelle disse, dando um último sorriso para ela antes de voltar para o banheiro, onde uma pilha de roupas e maquiagem se acumulava como um estoque de loja.

Clary devolveu o sorriso para o nada e, sentindo o frio no estômago e a fraqueza nas pernas voltarem inesperadamente, saiu do quarto e foi em direção à sala de música. Em direção à Jace.


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Notas finais do capítulo

por favorr, deixem comentários dizendo o que acharam, esse foi um dos capítulos que eu mais gostei de escrever. no próximo vai ter clace! esuhsuhs até semana que vem xx