Doce Sorriso Apimentado Olhar escrita por Ro_Matheus


Capítulo 9
Capitulo 8 - Pegada ele tem


Notas iniciais do capítulo

Esse cap eh importante e eu recomendo que leiam com carinho ^^

Sentia saudades de vocês, sério os melhores comentários de fanfics que recebo vem dessa fanfic e eh a que mais fico ansiosa para postar .-.



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Aula de Runas e em meio a pedras, pergaminhos, penas, tinteiros e aquelas maravilhas antigas batucava o dedo na mesa. Eu precisava de uma ideia urgente, afinal esse jeito direito também estava me cansado, não era bem meu estilo, usei para dar um choque de realidade no Teddy, mas agora que ele já tinha assumido gostar de mim, assumido me amar!

Não que fosse parar com o jogo de sedução, eu me diverti com ele, alias, adoro ver Teddy todo bobo por mim.

Mas eu não era só isso.

Suspirei passando a mão no cabelo e o bagunçando irritada. E ainda tinha a festa de Halloween no dia seguinte. Hugo ia aprontar algo, sabia disso, ele estava pior que eu do outro lado da sala de frente para mim. Hora olhava para a professora perdido em pensamentos, hora escrevia, hora bagunçava seus cachos ruivos.

Joguei uma bolinha de papel nele, que me olhou indignado.

Mostrei a língua piscando.

Ele pegou um pedaço de papel e dobrou, formando um aviãozinho que encantou e passou a flutuar sobre a cabeça de forma protetora. Ergui a sobrancelha para ele em desafio e fiz o mesmo comigo mas no caso fiz um passarinho

E em uma atitude muito madura passamos a atacar bolinhas de papel um no outro

– Senhorita Potter... Senhor Weasley, por favor... – A professora falou com uma voz enfadonha colocando a mão no rosto e balançando parecendo inconformada conosco, eu ri. – Por favor, meninos, voltem a maturidade acima dos dez anos.

– Mals profa! – Diz Hugo piscando, sorrindo de lado fazendo a professora sorrir para ele de volta. É um safado mesmo, sempre consegue aliviar a bronca.

Balancei a cabeça em negação e arranquei um riso mudo dele. Resolvi prestar atenção nas Runas enquanto fazia uma trancinha no meio da zona que era meu cabelo.

Cara mia! – Hugo diz passando os braços sobre meu ombro. – Em que galáxia você estava?

– Nada, estava em Hogwarts mesmo.

– Você não me engana não, menina! – Ele pisca, batendo o dedo na ponta do meu nariz.

– Estava aqui sim, mas a sua, sei até em que andar ala estava, certeza que nunca sai da enfermaria!

Levou a mão ao peito de forma indignada fingida.

– CALUNIA!

– Aham..

– Eu também penso em comida.

Dei um tapa na nuca dele, rindo enquanto entravamos na aula de herbologia.

O dia passou assim, entre piadas bobas, conteúdos deliciosos de estudar e a mente vagando do que fazer, mas a solução veio enquanto cumpria meu ultimo dia de detenção após o jantar, estava só complicando as coisas, eu poderia só conversar com ele! Simples assim!

Conversar, argumentar e fazê-lo entender que o melhor para ele sou eu!

Com isso em mente, saltitei feliz até a porta da sala de Teddy.

– Lily.- Teddy parecia temeroso e sua expressão carregou com a minha aproximação, e não é para menos, afinal venho o cercando há meses.

Levantei minhas duas mãos em sinal de rendição.

– Calma! Eu vim em paz!

Teddy não me respondeu, cruzou os braços e recostou na parede do batente da porta, seu cabelo ficou negro e espetado igual do meu pai. Mau sinal. Ele estava lindo de veste bruxo, justa e mangas arregaçadas.

Baguncei os cabelos da nuca envergonhada e pedi sem graça:

– Posso entrar? Quero só conversar, Teddy.

Ele revirou os olhos e me deixou entrar.

Sentei na poltrona e ele encostou na mesa.

– Sério oh! – ergui as duas mãos e cruzei os dedos. – JURO DE MINDINHO!

Teddy abriu um sorriso de lado, o que me encorajou um pouco. Suspirei e olhei para ele de verdade mostrando todo meu cansaço.

– Sabe Teddy, eu sinto falta das nossas conversas descompromissadas, que nem a que tivemos na cozinha, ou mesmo no primeiro dia aqui, aquilo era a gente normal...

– Eu também Lily, mas aquilo a fez confundir as coisas...

Bufei e o olhei profundamente.

– Não voltemos a essa vida de caranguejo, sim? Sei lá sou ruiva, mas tudo tem limite. – Eu reclamo pegando uma mexa para brincar e trançar. – O que eu digo é que tenho uma proposta.

– Lily olha, não...

– Quer parar de parecer a minha avó e me ouve, pelo menos!?! Que saco, nem me deixa falar!!

Ele respirou fundo e notei pelas orelhas vermelhas que ficou envergonhado, meu sorriso ampliou.

– Enfim, tenho uma proposta, eu não irei mais ataca-lo daquela forma, mas em troca quero o direito de conversarmos como antes.

– Isso, parece bom.

– Tem um porém, conversaremos sobre tudo, sobre transformação, quadribol, receita de bolo que seja! Inclusive sobre nosso rolo, você tenta provar seu ponto, de por que embora nos amemos não podemos ficar juntos, e eu o meu de por que devemos.

Ele me olhou desconfiado.

– Sem armação?

– Sem armação! – Sorrio de volta confiante, para mostrar que era verdade. - Eu tenho tanta certeza do meu ponto de vista que sei que vou te convencer, só mostrando a verdade.

– Concordo.

– Só mais uma coisa...

– Você disse sem armação Lilian.

– E será, só que... eu queria um beijo na chegada, e um beijo na saída dessas nossas conversas noturnas..

– Não.

– Teddy – Levantei me aproximando e tocando em seus braços. – Por favor! Se você me convencer do contrario, pelo menos, eu terei esses beijos como lembrança.

– Não sei Lilian, isso não parece certo, estarei te encorajando.

– Mais que já tenho de coragem?! Impossível!

Ambos rimos felizes.

– Vamos Teddy, não é nada de tão grave assim.

– Isso é uma loucura...

– Você está repetitivo já.

– Posso fazer o que, se é verdade!

– Acostume-se, sempre fui e sempre serei louca!

– Eu sei disso... – Não preciso ser gênio para saber que viria algo como “me encanta” ou similar por ai estava em seus olhos quando ele me olhava com essa carinha de ternura transbordante.

Estava louca para puxa-lo para um beijo avassalador, só que precisava mostrar que era de confiança e que levaria nosso acordo a sério.

Por isso, madura como sou, cuspi na minha mão e levei até sua frente.

– Acordo fechado?!

Ele me olhou incrédulo antes de rir.

– Você é incrível...

–E indispensável, eu sei, agora cospe ai na sua mão e aperta pra fechar essa merda logo, quero lavar a mão!

Ele o fez e apertamos a mão no que foi meu contato mais nojento com ele. Sem duvidas!

– Segura as pontas ai! – Corri pro quarto dele cruzando com a imensa cama de casal e entrei naquele banheiro simples e sem adereços, bem masculino mesmo.

Lavei a mão e quando me voltei ele estava bem atrás de mim.

Olhei para cima e nossos olhos se encontraram, o espaço era minúsculo e o cheiro dele impregnava tudo. Só de estar na presença dele já estava difícil de respirar, resolvi tirar a mente dali. Precisava provar que era de confiança.

– E ai? Vai ficar atravancando o caminho mesmo?!

– Você que está na minha frente, Lily.

– Eu cheguei primeiro!

– O banheiro é meu, mas anda vai menina, da licença para eu lavar as mãos também.

– Não. – Bufei enchendo a bochecha de ar.

– Então, beleza, não diz que eu não pedi... – Sorrio travessa se aproximando e aproveitando ser bem mais alto que eu, passou os braços ao lado da minha cintura e se curvou sobre pia deixando entre nós o espaço mínimo, sentia sua respiração em minha nuca e pescoço, cantarolava baixinho uma musica das esquisitonas enquanto lavava a mão.

O filho da mãe estava me provocando!!! Para ver até onde eu ia com meu acordo!

E eu devo confessar que estava amando, e que foi um martírio não agarrá-lo.

– Terminou ai? – perguntei cruzando os braços.

– Já. – Disse sorrindo de lado e me puxando pela mão para fora do banheiro e quarto.

– Quer jogar xadrez? – Perguntou apontando para a poltrona.

– Claro! - Disse empolgada, ele puxou outra poltrona de dentro do quarto e a mesinha de xadrez do canto.

– Se prepare para ser destruída, quem me ensinou a jogar foi o tio Ronald – Teddy disse posicionando-se como peças negras.

– Eu com o Hugo e meu pai.

– o Dindo é péssimo Lily.

– Eu sei, mas ai o truque e ver o que não se deve fazer.

Ambos demos risadas. E as peças começaram a se mover.

– Quer ser mesmo mestre de transfiguração? – Perguntou enquanto comia um pião meu.

– Sim! É meu sonho para falar a verdade, e também preciso aproveitar por ter uma das maiores aqui comigo.

– Verdade, mas quer dar aulas também?

– Não, quero pesquisar! Acho fascinante a habilidade de transmutar o próprio corpo e o das outras pessoas, mas sei o risco que isso corre fora as implicações jurídicas, afinal um bom transformador pode se passar por qualquer pessoa para cometer um crime, é algo realmente perigoso.

– Isso é verdade, mas poucos têm esse nível de habilidade, e metamorfo mesmo ao nascer são registrados no ministério.

– Eu sei, mas tenho vontade de criar um feitiço que revele esse nível de transformação, por exemplo.

– Seria bem interessante Lily, mas é algo realmente grande.

– Eu sei, mas quando eu já quis algo pequeno?

Ele riu livremente e a partir daí, continuamos mais uma boa meia hora ou quarenta minutos conversando sobre as implicações jurídicas da transformação, quando me toquei da hora.

– Preciso ir, Teddy.

– Ah! Verdade está tarde, mas o papo estava ótimo.

– É, eu sei, também achei, na próxima eu trago bolinhos para comermos, e o senhor será um excelente anfitrião e fará um chá para tomarmos.

Ele riu levantando e me dando a mão para levantar.

– Ai amanhã então deixo o chá pronto.

– Não, amanhã preciso resolver umas coisas com o Hugo. – Digo meio vaga, afinal ele ainda é meu professor e não precisa saber que eu pretendo mesmo é coordenar a maior festa de arromba que esse colégio já viu.

– Entendi, vão aprontar né?! – Ele diz me olhando com um sorriso de lado.

– Claro! Mas não vou te contar . – Digo negando com o dedo e depois dando um toque na ponta do nariz.

– Está ai um dos motivos de não podermos ficar juntos?

– O que? O Hugo? Relaxa, nunca rolaria nada entre nós dois...

– Não, o fato de você ainda ser uma menina vivendo sua juventude, com tudo que pode e eu um adulto formador de opinão e mentes menores. Nossa diferença de idade.

– Não acho que isso nos impeça Teddy, mas realmente preciso ir, quando nos encontrarmos conversarmos sobre isso.

–Certo minha pequena. – Ele disse sorrindo e negando com a cabeça.

Parei na frente da porta e o olhei esperando que ele percebesse que precisava cumprir sua parte do acordo.

– Ah! Já vale de hoje? - Ele parecia desconcertado, muito fofo isso.

– Obviamente. - Digo com a certeza de estar brilhante e radiante.

– Certo... – Ele encosta em mim passando a mão no meu rosto e levando ela até minha nuca, me segurando pelo cabelo e puxando meu rosto para cima, eu automaticamente envolvi meus braços ao redor de seu pescoço, nossos rostos se aproximaram e ele roçou de leve os lábios antes de tomar em um dos melhores beijos que já tive.

Seus braços me apertaram contra seu corpo e minha mão foi para seus ombros apertando de leve enquanto fazia carinho em toda aquela estrutura tão maior que eu. Sua língua brincava com a minha e me explorava com vontade e carinho.

Me afastei e ri.

Agora ele estava ruivo, cheio de sardas e com o olho verde.

– Ops... Ficou bem.

– Fiquei né? Gatão. – Piscou para mim. – Boa noite Lily.

Sorri sem graça e boba ainda pelo beijo.

– Boa noite Teddy.


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Notas finais do capítulo

Gente essa mudança de atitude foi importante e tals ^^



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