Doce Sorriso Apimentado Olhar escrita por Ro_Matheus


Capítulo 7
Capítulo 6 - Cartas para mamãe


Notas iniciais do capítulo

Esse cap eu devo dizer que liberei meu lado mais perverso. Também foi nele que mais dei risada ao escrever.



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Estava deitada na minha cama fazendo carinho em Lunático. Eram três da manhã e nada do sono vir, acho que virar a noite seria mais fácil, era oque eu faria afinal, isso se dava a minha mente não desligar dos problemas, ou melhor, do problema.

Eu não tinha certeza se estava agindo certo.

Que Victória não amava mais Teddy nem Teddy amava mais Victória é certo. Que Teddy podia negar até o fim dos tempos, mas me amava também é certo.

Mas isso não dava direito deu me intrometer no namoro deles. Mas eu o amava demais para vê-lo sofrer. Também tinha a Victória por quem tinha um carinho especial também.

Desci para o salão comunal e me joguei na poltrona de frente a lareira já a muito apagada, Lunático pulou no meu colo.

- Preciso de conselhos, e você não tem como me dar... – Chamei meu tinteiro, pena e pergaminho e me pus a escrever.

HeyMon!

Como estão as coisas ai? Como vão papai e James?

Estou precisando de conselhos da senhora, acho que vai soar estranho pedir esses conselhos para a mãe, a maioria pede para as amigas, mas bom não tenho nenhuma amiga suficientemente intima para que eu possa confiar perguntar essas coisas.

Você sabe que nunca fui uma das pessoas mais normais do mundo! Então por favor, não conte para meu pai essa carta sim? Sei que a senhora é criativa. Crie uma boa desculpa para a carta.

Eu gosto de ...

Parei, eu não sabia o que escrever. Teddy não era um garoto, nem um menino, era um homem, mas não posso chama-lo de homem. Bom o jeito vai ser chamar de menino. Bom todos os homens tem um menino dentro de si, não é?

Eu gosto de um menino, acho que sempre gostei dele, eu nem sei bem ao certo quando percebi que gostava, o sentimento sempre estava aqui. Mas ele também sempre teve uma namorada e me mantive muito bem assistindo essa relação à distância.

Só que ai eu descobri que eles não se gostam mais, começo a me perguntar se um dia se gostaram alias.

Ai que a coisa complica, mãe.

Não, era complexo desde o começo mas bom, a minha duvida era a partir dai.

Não consegui mais me controlar e ficar distante, afinal ele era o amor da minha vida e estava com outra e ambos se fariam infelizes.

Eu cheguei nele e o coloquei contra a parede, e ele não pode negar minhas afirmativas, e nesse momento notei que ele realmente tinha interesse em mim!!! Eu nunca fiquei tão realizada quanto fiquei ao notar isso, e estava tão claro que ele não precisava dizer nada para eu notar. Já não era mais coisas da minha cabeça.

Mas em compensação ele jogou bem baixo e usou do namoro deles na minha frente para me ferir.

Eu não aceitei ele usar alguém assim e intervi, e exigi que ele terminasse para que um dia tivesse chance de me ter.

No entanto, agora eu me sinto como um rato, estou tão confusa! Não sei se agi certo intervindo dessa forma, não sei se agi certo em deixar meu coração guiar.

Preciso do colo de mãe.

Beijos

Sua descabeçada e preferida filha

Lilian Luna Potter”

Subi para meu quarto me trocando já com as vestes da escola, peguei minha mochila e carta e parti para o corujal, lá peguei uma coruja simples dando a carta para ela.

Estava de saída quando lembrei de um combinado antigo com meu tio George.

“Oi titio!

Tudo bom?

Como vamos lidar com a encomenda? O senhor me entrega furtivamente em Hogsmead ou vem pelo correio? Hugo quer saber se pode nos fornecer água do lago Chichicaca.

Beijos

Da sua sobrinha mais louca.

LilyPoty”

Procurei por Lunático a minha volta ele não estava, deve ter ido atrás da Mamade Noor , aquele gato não ganhou o nome de lunático a toa, ele realmente é meio louquinho.

Olhei para meu relógio já eram quase cinco e meia da manhã, caminhei para o Salão Principal a fim de esperar a hora da refeição, sentei-me na mesa e passei a estudar poções no livro avançado de Albus que roubei.

Em minha defesa ele não usa mesmo e o livro do sexto ano é muito mais interessante que o do quarto.

Enquanto pesquisava junto ao livro de herbologia a importância de bromélias da Tunísia para a poção do sono, Hugo senta do meu lado.

- CARA MIA!- Berra me abraçando pelo ombro.

- PORRA HUGO! – Berro de volta colocando a mão no coração e rindo. – Você quase me matou do coração.

- Senhorita Potter! – Advertiu a diretora Mcgonagall de sua mesa e foi então que levantei a cabeça e vi que já estava na hora do café da manhã e o salão estava cheio.

Caramba! Nem senti o tempo passar. Olhei pro lado e Hugo lia minhas observações no livro concentrado puxando um pergaminho e comparando com as próprias anotações.

- Amore mio, você não ia surgir empolgado se fosse só sobre poções, está com oque nessa mente criativa? – Perguntei me servindo de suco de abobora e muffins sobre os livros mesmo. – Já sabe como resolveremos o problema da vigilância em nossa investida de Hallowen?

Sim eu falo de boca cheia voando farelo para todos os lados e fazendo as trigêmeas Thomas me olharem com nojo. Elas são tão intragáveis quanto minha mãe fala que a mãe Patil era em seu tempo.

Mostrei a língua com a comida para elas que levantaram revoltadas.

- Seu trasgo!

Sorri sacana em resposta. Hugo gargalhava do meu lado.

- Meu deus, você é impossível.

- Eu sei! Agora para de enrolar e desembucha.

- Você pediu pro tio George a água?

- Sim

- Então cara mia, quando chegar a resposta eu explico.

- Filho da puta! Vai me deixar na duvida?

- Deixa sua tia fora disso né? – Ele fez uma careta pelo palavrão. – Mas é serio, sem a resposta não tem como explicar.

Vejo duas corujas me sobrevoarem e sorrio de lado.

- Então se prepara para a explicação, por que a resposta está vindo ai.

Três cartas caíram na minha mão, duas da minha mãe e uma do meu tio George. Guardei as da minha mãe na mochila para ler depois e me preocupei só com a do tio George, Hugo saltitava do meu lado louco para saber o que continha.

Meus sobrinhos orgulho!

A encomenda é grande de mais para enviar por correio, me encontrem daqui a três dias à meia-noite no lugar de sempre em Hogsmead. E quanto a sua pergunta, Huguinho querido da mamãe, levarei também essa noite a água, agora você me colocará a par do motivo de precisar dela, fiquei curioso.

Abraços

Do seu tio mais lindo e poderoso.

George Weasley”

Sorri vitoriosa para Hugo, que sorriu de volta para mim.

- Será que o Filch sabe pescar? Quem sabe uma pesca noturna. – Hugo disse e eu ri junto já entendendo a ideia.

- Perfeito, mas como faremos a entrada na festa então? Afinal como bons anfitriões precisamos planejar bem. – Eu respondi. Sim nós íamos dar uma festa clandestina de hallowen, e as nossas festas sempre eram de arromba. – Vassouras?

- Obviamente, cara mia.

Só fui ler as cartas da minha mãe quando estava na aula de Runas Antigas.

Querida Lily,

Estamos morrendo de saudade de você e seu irmão, sabia? Sinto saudades de todos de baixo das minhas asas.

Você parece sua mãe falando isso Gin,

Você está reclamando do carinho que minha mãe sempre lhe concedeu Potter?

De forma alguma meu grande amor.

Conversamos depois sobre isso!

Enfim querida, antes do seu pai me interromper e ficar aqui me abraçando e tomando minha pena para escrever na carta, eu ia dizendo que espero todos aqui em casa nas festas, convenci mamãe a fazer a reunião esse ano aqui, e Merlin sabe como convencer dona Molly foi difícil.

Isso é verdade, foi preciso James falar que vai apresentar a misteriosa namorada para ela concordar.

Portanto como preciso da sua ajuda convenci a diretora a te liberar dois dias antes.

Oque me lembra que a senhorita está com a minha capa de invisibilidade. O que anda aprontando com a minha capa?

Harry, você aprontava bem mais que ela com a capa.

Por isso mesmo!!! Eu lembro bem como aprontávamos juntos com aquela capa enquanto amassávamosconversávamos no armário de vassouras!!! Não quero isso para minha menininha!

HARRY JAMES POTTER!

Tchau minha princesinha, cuide-se muito bem e tente aprontar o menos possível.

Tchau meu anjo!

Com amor

Papai e mamãe.”

Eu ria sem parar lendo a carta dos meus pais. Adoro essa relação deles queria um dia ser igual. Podia imaginar claramente a cena, mamãe sempre recebia as cartas na cama logo de manhã então provável que papai estivesse ao lado e quando ela passou a responder ficou roubando a pena para escrever junto, e ainda mais provável que foi ele que impediu ela de retirar as observações.

A letra da minha mãe é delicada feminina e bem redonda já a do meu pai assemelha-se a escritos pré-históricos.

“Lily querida,

Ai minha menina cresce a cada dia, eu fiquei encantada de ver que entrou na fase dos meninos, vai ser muita confusão linda, sempre é, mas também sei que você sempre foi uma menina centrada então com certeza será muito feliz.

Engraçado eu falar para a menina que me faz receber cartas semanais da MCgonagall que essa mesma pessoa é centrada.

Você é toda especial minha linda, acho que por isso mesmo um gostar não seria só um gostar não é?

Bom, como mãe eu sempre lhe disse que você deve sempre seguir seu coração e buscar nunca desrespeitar ou magoar ninguém no processo, principalmente você mesma.

Portanto minha querida, por mais que você estivesse agindo por seu coração e tentando fazer o certo, você sabe e eu sei, que o que fez foi MUITO errado.

Querida, você é uma benção com uma genialidade incrível e portanto, conseguir racionalizar as atitudes e buscar entre todas as opções de caminhos a seguir é fácil, principalmente ver entre esses caminhos quais os que seriam melhor para você.

Nós sabemos que não foi nada certo fazer isso, afinal interferiu diretamente no relacionamento de outras pessoas.

Se fosse o caso contrario, alguém se metendo no seu relacionamento azarações iriam voar (alias já te contei do uso prático do feitiço anti-bicho-papão? Funciona que é uma maravilha!)

O que eu ia dizendo?

Ah sim!

Não é certo de forma alguma intervir no relacionamento dos outros, e se suas análises estiverem erradas e existir uma centelha de amor ali, você pode ter agido muito errado.

Se ele gosta mesmo de você, se você gosta mesmo dele, demonstre, não precisa se atirar a ele, não precisa armar esquemas, isso querida não condiz com você.

Demonstre e mostre que ele pode perder se não acelerar

(funcionou com seu pai)

...

..

.

Certo, agora que já fiz meu papel de mãe posso ser sincera?

Não se condene pelo que fez, está feito não tem volta, só tenta não fazer isso de novo, e agora caso ele termine, e portanto prove que realmente gosta de você.

Vá a luta! Por que você é poderosa, ruiva e minha filha!

E a gente SEMPRE consegue o que quer.

(principalmente se ele for um moreno, alegre, aventureiro e de óculos).

Beijos,

Da mãe mais linda e perfeita do universo.”

Ai que saudade da minha mãe! Tão espontânea e tão ela mesma. Como não ama-la.

Apoiei minhas mãos na mesa e baguncei meus cabelos afundando a cabeça na mesa, é eu fiz merda.

Cagada completa.

Mas como sempre ouço dizer, (Hugo diz) quando você faz um fiasco, afunde-se no seu fiasco entre em depressão sofra chore contemple respire fundo . Por cinco minutos, depois feche a pagina e jogue isso no lixo para seguir em frente.

E foi o que eu fiz, seguindo o que meu gêmeo perdido sempre diz, me permiti ficar afundada no meu drama até o final da aula para enfim erguer a cabeça no final e sair sorridente e feliz por ai descabelada e com cara de choro, mas feliz, afinal tinha uma chance agora.

A partir dai fiz o que mais gosto, que é prestar atenção nas aulas e na hora de praticar, tentar ir além do que pedem, conseguir oque pedem é o esperado ir além é espetacular. Eu sou espetacular.

É, meu ego é grande demais para meu corpinho, mas e dai?

Sai das aulas sem a menor fome e sem vontade de encarar Teddy, Victória e todo o resto daquela confusão por isso fui direito para meu salão comunal com meus muitos livros, roubados da biblioteca da tia Mione, para planejar a travessura que íamos fazer de Hallowen essa semana.

Pouco depois Hugo me encontrou trazendo consigo um prato cheio de batatas fritas.

- Oh! Obrigada Amore Mio!!! - Digo olhando feliz para as batatas.

- Chega pra lá seu trasgo! São minhas!- Ele abraça elas protetor.

- Mas você já jantou?!? – Montei nas costas dele mantendo meu tom ameno.

- Claro, são as pós jantar só para petiscar!! -

Eu o olhei com a maior cara de indignada que consegui.

- Não me olhe assim, parece minha mãe quando eu e papai estamos comendo. – Roubei uma batata sobre seu ombro e ele com todo aquele tamanho me jogou no sofá de novo com uma mão só.

- Deve ser por que vocês são igualmente esfomeados!! – Deitei sobre a mesa para pegar outra batata e ganhei um tapa na mão.

- Rose também é. - Ele justifica depois coloca três batatas de uma vez na boca.

- Isso não elimina sua anomalia por comida. – Roubei outra batata. - Como anda seu feitiço “levi corpus”?

- Quatro pessoas.

- Certo isso dá umas dez aboboras.

- Depende, com ou sem recheio?

- Com né besta!

- seis então.

- Tsc, frangote, aumente ai para pelo menos dez.

- Considere feito anã. Então deduzo que você ficará com os de transformação.

- Alguma duvida? – Pergunto anotando coisas e fazendo rabiscos do que estava planejando, precisava da imagem mais exata possível na minha mente.

- Você faz o amplificador? – Pergunta Hugo também sem levantar a cabeça do próprio pergaminho enquanto a outra mão pousava sobre um livro o lendo pela metodologia desenvolvida pela mãe.

- Se você cuidar dos fogos. – Mudo pro outro desenho, da outra situação que estávamos cuidando

- Isso será completamente... – Digo olhando para todos os pergaminhos e sorrindo diabólica.

- Perfeito! – Hugo completa do meu lado passando os braços sobre meus ombros. – Se tudo der errado, ainda por cima vou ter uma estadia com minha enfermeirinha gostosa.

Dou um tapa no ombro dele.

- Se quiser, cuido disso agora.

- Não! Precisa ser algo grandioso para ela prestar atenção em mim, me admirar.

Dou risada balançando a cabeça.

- Sou louco, mas sou um louco genial. – Com um movimento de varinhas de Hugo todos os livros somem

- E com um ego pequeno que só vendo. – Respondo e com um movimento todos os pergaminhos e novos limpos surgem no lugar.

-Como se o seu fosse menor. – Ele fala me erguendo uma sobrancelha fazendo surgir os livros do nosso ano.

- Nunca amore mio! – mais um movimento meu e todos eles abrem nas páginas marcadas com deveres.

- Eu sei cara mia.

Foi somente três dias depois que pude arranjar tempo para responder a minha mãe.

A mais gostosa ruiva, vulgo Mon!

Será que pirar e desejar arrancar cabeças é válido? Ele ainda não terminou com ela.

Será que ele vai mon?

POXA! Eu senti no beijo que agente deu que ele gostava de mim!!! Eu vi os olhares dele quando eu chupei pirulito de uma forma nada descente!!! Eu notei o quão preocupado ele é comigo quando ele pensou que eu não comia mais.

Por que raios ele prefere ficar preso naquele relacionamento falido, onde só estão juntos por comodidade.

Será que ele não deseja terminar?

Será que sonhei tudo aquilo? Todo aquele olhar, toda aquela excitação toda a forma quase doente que me olhou os dias seguintes depois deu dar minha calcinha a ele?

Beijos!

Lily, a mulher desesperada.”

Depois de mandar a carta vesti minha capa sobre eu e Hugo e partirmos com o mapa do maroto em direção a Hogsmead, encontramos com meu tio no pub.

- Mas vocês nem disfarçam tirando o uniforme! – Diz meu tio nos olhando e rindo.

- Para que? A Rosmera é um anjo e nos encoberta!

- Ela diz que lembramos o avô da Lily. – Hugo explica dando os ombros.

- Então meninos, aqui está a encomenda. – Meu tio passa para nós uma caixa enorme. – Espero que usem conforme combinamos, afinal esses produtos ai, não foram nada baratos viu!

- Eu sei tiozinho, se isso não promover sua loja aqui em Hogsmead e o novo esquema de catálogos, eu mesma vou reembolsar você! - respondo tomando um gole da minha cerveja amanteigada

Ele bateu nos nossos ombros.

- Eu sei, por isso são meu orgulho! Oficialmente meus primeiros revendedores autorizados.

- Você sabe, que quase mais da metade dos seus produtos são proibidos em Hogswarts, o que nos torna seus primeiros revendedores autorizados clandestinos? - Comenta Hugo e todos gargalhamos.

- Não importa títulos!

- Sim lucros! – Dissemos os três juntos e caímos na gargalhada.

- Ai meninos, fazia tempo que ninguém completava minhas falas assim. – Tio diz com um ar saudosista do seu irmão perdido, balança a cabeça afastando esses pensamentos, tirando uma garrafa grande de cinco litros de sua mochila. – Hugo aqui sua água. Mas para o que vai usar?

- Ué para ensinar um novo hobbie a Filch, um que o manterá extremamente ocupado.

- Qual? – o sorriso sacana do meu tio mostrava que ele gostava do raciocínio.

- Pescar. – Hugo diz acompanhando meu tio no sorriso.

- Menino, você é diabólico. Adoro isso!

- Precisamos de uma distração e bloqueio para nossa festa de hallowen. – Comento orgulhosa de Huguinho.

- Ai ai, sinto que quando vocês se formarem, Hogwarts vai sentir saudades de você. – Ele diz terminando a própria cerveja.

- Esperamos que não, e que até lá uma quarta geração de marotos saídos da nossa família esteja ativa tio.

- Merlin te ouça menino! – Diz Tio. – Preciso ir, Angelina me espera para produzirmos essa quarta geração.

- Vai lá tio! – Nos dissemos juntos rindo, pagamos a Rosemera e partimos para Hogwarts agora deixando as encomendas cobertas pela capa e andando de olho no mapa para não encontrar com ninguém nos corredores.

No outro dia de manhã minha mãe me respondeu de uma forma um tanto quanto... Surpresa.

Lilian,

Menina!!! Oque você anda aprontando?!? Pelo amor de Merlin!!! Que história é essa de dar calcinha?! Ele lhe beijou ainda namorando a menina?! Vocês traíram a menina?! Eu espero que o pirulito seja um simples doce!

Meu bem você ainda é virgem? Ou eu precisarei urgente lhe levar a um medi-bruxo para mulheres?

.Beijos

Da sua mãe agora muito preocupada

Gargalhei com a carta e resolvi fazer um joguinho com ela a deixando nervosa até de noite quando pude responder.

Eu sei que não é convencional ter esse tipo de conversa com as mães, mas bom, eu não confio nas meninas, geralmente elas só querem falar de meninos mesmo, o tempo todo, então não tenho muita paciência para elas, eu gosto de estudar, gosto de fazer traquinagens, de conversar sobre quadribol e sobre o campeonato de luta livre. Meus irmãos são meu amigos, Hugo é meu melhor amigo, a mais próxima é a Dominique, mas é irmã de Victória, não conseguiria conversar com ela.

Então sobra só mesmo minha mãe, portanto precisava perder a vergonha e conversar com ela mesmo.

Neurótica e inventiva Mãe,

Vou contar as duas histórias direito.

Primeiro para a história que você prontamente ignorou, a dele se preocupar comigo.

Eu passei três dias sem aparecer nas refeições para não vê-lo. Eu fazia todas as refeições na cozinha, e no quarto dia ele apareceu lá na cozinha para conferir se eu estava comendo mesmo, pois não podia ficar sem comer.

Ok, nessa história dei uma modificada, afinal se falasse como de fato foi, ela logo se tocaria que ele não era aluno.

A do pirulito foi com um doce SIM! Ele estava sentado de frente para mim em uma aula, e eu estava com muito tédio, até ai tudo normal. Até que para me distrair comecei a chupar um pirulito de framboesa tranquilamente, mas quando olhei para frente eu o vi literalmente babando com isso. Ai resolvi brincar, passei a chupar o pirulito com vontade brincando com a língua nele e o olhando direto nos olhos não o deixando desviar, ai por fim dei um beijinho na parte de cima e fui enfiando pelo biquinho até abocanhar todo. Ele levantou da sala e saiu na hora.

Eu não entendi muito bem por que na hora, afinal é só um pirulito, acho que deve ter visto oque posso fazer com a boca e pensado que beijo bem. O que a senhora acha?

Por fim o beijo eu o encontrei fora da aula, ou melhor fui atrás dele fora da aula, e quando coloquei ele na parede ele me negou o que afirmava sobre nossa atração ai fiquei muito puta e resolvi provar meu ponto o beijando, que correspondeu de uma forma, mãezinha, ele tem pegada, eu me sentia mole nos braços dele, foi ali que percebi que o amava mesmo sabe, eu pertencia a aqueles braços eu me sentia pela primeira vez na vida completa, era tão intenso tão perfeito que nada nesse mundo pode ser mais gostoso. Mas ai percebi que não podia deixar ele dominar assim, falei para ele que ele teve meu primeiro beijo e que logo me teria todo e eu seria só dele e sai.

Por fim a história da calcinha...

Acho que essa você não vai gostar.

Mas vamos lá! Sou corajosa, sou uma leoa afinal!

Quando ele usou a namorada para fazer ciúmes em mim eu fiquei puta da vida. Resolvi me vingar, peguei a capa do papai e minha vassoura e conferi se o dormitório dele estava vazio só com ele.

Meia verdade não é uma mentira. Esse era meu novo lema nas cartas para minha mãe.

De fora mesmo o petrifiquei, ai entrei no quarto e tranquei a porta depois tirei a capa e a blusa, montei nele e comecei a me mexer sobre ele pois percebi que ele ficou empolgado comigo ali e fui ameaçando e dizendo que ninguém brincava com os sentimentos dos outros assim, que não era justo comigo nem com ela, e que se ele me quisesse era para ele terminar com ela, e continuei me mexendo e falando colada nele, e completei falando que se não o fizesse em um mês para esquecer meu corpo pois mesmo que um dia terminasse com ela, eu nunca mais seria dele. Afinal ele precisa provar que merece meu amor.

E para comprovar meu ponto tirei minha calcinha (tomando o cuidado de não mostrar nada) e coloquei sobre o peito dele e falei que era uma lembrancinha para ele não esquecer.

Sai e desenfeiticei ele.

O que me leva de volta ao ponto que agora já faz uma semana e meia que fiz isso e nada dele terminar. NADA.

Estou começando a achar que me precipitei, e que de fato não sente nada por mim e que a ama.

Ai como essa duvida me mata!

Essa quebra de esperanças realmente dói, dói como nada antes doeu.

Beijos da sua desmiolada e ainda PURA filha.

Encantei a carta só para minha mãe conseguir ler e enviei.

Na noite seguinte íamos eu e o Hugo aprontar nossa traquinagem em conjunto com tio George, e a pedido dele no meio da tarde colocamos quatro câmeras trouxas espalhadas pelo salão e as encantamos para funcionar e gravar.

Logo cedo Hagrid e Filch tinham decorado todo o salão para o Hallowen que estava próximo e portanto esse mês que antecede Hogwarts já fica enfeitado para a festa mais importante bruxa.

A noite, todos comiam felizes quando as dez aboboras espalhadas pelo salão ergueram-se revelando um corpo magro de esqueleto com ternos de risca de giz. Eram imensos com pernas e braços bem cumpridos

Começou então a tocar uma musica trouxa muito temática.

“This is Hallowen” do cantor Marilyn Manson . As abóboras estavam uma em pé em cada mesa incluindo os dos professores e, o resto espalhadas pelas paredes. Elas dançavam felizes abrindo as portas e dançando e fugindo dos encantos dos professores até o lado de fora.

Todos do colégio passaram a segui-las empolgadíssimos, virou uma gritaria e correria.

Do lado de fora dois pontos brilhantes dançavam no ar e foram ampliando de tamanho revelando ser eu e Hugo, eu vestida de Fada e ele de Elfo montados na vassoura em pé. Então as dez abóboras abandonaram os corpos que explodiram em dez bases para fogos de artificio que escreviam no céu.

Convidados para a maior festa de hallowen,

Preparem-se para os doces e travessuras!!!”

- SENHOR WEASLEY!! SENHORITA POTTER!! - Berrava Mcgonagall. Mandamos beijinho saltando de cima vassoura causando um berro geral, por fim explodimos no ar em milhares de produtos das Genialidades Weasley

As abóboras flutuantes dançantes explodiram em mais fogos de artificio.

Traquinagem com fornecimento das Genialidades Weasley,

Procure já o seu revendedor autorizado!”

Abracei Mcgonagall pelos ombros ainda fantasiada e cheia de glitter junto com o Hugo.

- Já sei já sei, para a diretoria.

Pegamos só um mês de detenção e estávamos proibidos de participar da festa de hallowen da escola. Como se isso fosse nos deter. Acho que a nossa próxima traquinagem vai nos dar um ano de detenção completo.

No outro dia, soubemos que os professores de Transfiguração e Feitiços tinham rompido o namoro.

Nunca sai de um café da manhã com melhor humor.

A noite após a detenção corri para os aposentos dele, mas estava tudo vazio.

Chutei a parede de frustração.

E no dia seguinte recebi uma carta da minha mãe.

Querida audaciosa filha.

Mamãe ficou estarrecida com essa sua forma tão direta de agir. Você tem ótimos extintos!

Sobre o menino, bom você deu um mês para ele terminar, se o namoro é antigo como diz, ele precisa de um tempo para poder terminar.

Agora, garota, sobre o pirulito, certeza que ele não pensou no beijo querida, mas vou deixar você descobrir sozinha o que ele pensou na hora, só peço para ter paciência até descobrir.

Quando fizer mais coisas por favor comente pois você tem idéias ótimas! Só tome cuidado, filha para não ir com muita sede ao pote e ele confundir suas intenções. Dê a ele esse mês para ele pensar.

Alias, você diz que o evita no salão principal, e ficou de frente a ele em uma aula, feitiços é a única disciplina onde ficamos frente a frente com outro aluno, ele portanto não é da sua casa, por favor não me diga que é um Sonserino, já foi complexo lidar com meu irmão quando Scorpius e Rose passaram a namorar, ou melhor, se for me diga! Pois preciso preparar seu pai.

Agora querida, tente essa noite conversar com sua prima Victória, ela deve estar péssima com o termino do namoro, embora todos nós já esperávamos depois daquela conversa na Toca.

Tente ajudar Teddy também, sei que são amigos, tente afasta-lo de pensar nisso, gosto muito dele, como um filho, e sei que de todos você é a mais próxima a ele.

Beijos de sua curiosa e bem intencionada Mãe (eu não devia estar te apoiando nessa loucura!)

Ria com a carta da minha mãe, resolvi seguir seu conselho e passei o resto do mês tratando Teddy como se não tivéssemos nada entre nós, contudo pude notar que ele fugia de mim, bem como não mais dormia em Hogwarts, afinal claro que ele faria isso, ele sabia que sempre o buscava depois do jantar, então dormir em Hogwarts era dar brecha para eu aparecer.

Teddy, Teddy, você não escapa de mim.

Era exatamente o dia seguinte a completar um mês da nossa ultima conversa sozinhos. Tinha pedido a Hugo para pedir a Teddy que esperasse no intervalo para conversarem assuntos de homem.

Menti para Hugo falando que queria falar com Teddy sobre o termino do namoro , só que ele sempre fugia de mim, e por isso queria encurralar. Não era de todo mentira. Eu queria encurralar, e queria falar sobre o termino do namoro, mas não da forma que Hugo imaginava.

Estava sob a capa quando entrei na sala de aula quase vazia, esperando o ultimo aluno sair, vestia a minha micro saia e minha micro blusa bem como tinha passado brilho labial

Teddy elevou os objetos transformados e encaminhou-se para sua sala particular, sentei-me com as pernas levemente abertas balançando sobre a mesa e joguei meus braços para trás me apoiando nele

- Você! – Ele disse ao sair, sua expressão fechou. – Pensei ter deixado claro que não desejo nada com você!

- Calma Teddy, nem sabe o que vou falar... - Disse sem desmontar o sorriso, sabia que não seria fácil.

-Calma nada! Eu sei o que você vai falar, eu conheço você! – Ele se aproximou muito irritado me segurando pelo braço e me erguendo. – Vestida assim, com esse olhar para cima de mim!!! Eu sei bem oque você deseja Lilian, e não terá!

Travei minhas pernas sobre sua cintura e o segurei pela nunca fazendo carinho.

- Sua boca diz uma coisa, mas seu corpo me diz outra Teddy, você esta transpirando, seus olhos entregam sua real vontade e seu corpo todo pede por mim. Pare de negar. Uma vez na vida seja verdadeiro consigo mesmo.

- Eu sou homem Lilian, uma garota se oferecendo assim, como não reagir? Não confunda menina! Desejo não é amor. – Ele disse me segurando no queixo com força para eu olhar bem dentro dos olhos.

Aquela pegada no braço, aquela mão no queixo me dominando estava me deixando doida.

- Sim você me deseja, mas não é o desejo que faz seus olhos ficarem como ficam, nem é ele que faz você não usar a força, por que você usaria, se fosse só desejo já teria me afastado, se fosse só desejo eu não teria notado no beijo! – Fiz carinho no seu rosto enquanto desmanchava minha cara de desafio e tentava simplesmente ser eu mesma, sorri para ele demonstrando meu amor. – Teddy, vamos ser verdadeiros uma vez, e me diga por que você realmente foge, negar o que sente não cola mais...

Ele me olhou duro, mas notei ali uma centelha.

- Nem sempre o que queremos teremos ou podemos ter Lillian. – Ai aquela voz dizendo meu nome entre dentes era uma perdição. – E não podemos nem nunca poderemos.

- Admite para mim que me quer, que vê em mim mais do que só uma amiga Teddy....

- Não me peça para mentir Lilian. – Ele diz se retraindo de novo.

Cansada desse joguinho apelei, simplesmente desci a mão que estava em seus braços para o meio de suas pernas e apertei todo o conjunto não só seu membro o vendo se encolher.

- Eu não acho que seja uma boa ideia mentir para mim enquanto o tenho em minhas mãos Edward... – Digo rouca em seu ouvido fazendo carinho em seu rosto, dando mais um leve apertão e o sentindo crescer, interessante reação. Aproximo mais meu corpo. – Vamos fazer um joguinho onde eu mando sim?- Ele não respondeu dei mais um apertão.

- S-Sim.

Sorri para ele dando um tapinha em seu rosto.

- Bom menino. – Mordi sua orelha – Olhe bem dentro dos meus olhos e diga oque sente por mim. – Passei minha mão por seus ombros arranhando de leve sobre a camiseta de linho. – Se você disser a verdade eu verei e prometo que largo, mas se você ousar mentir, ah... Edward, Edward... Eu não serei boazinha em só apertar, e vou ser obrigada a torcer...

Beijei sua orelha me afastando voltando a mão para seu queixo colocando um dedo ali.

Ele ia dizer algo quando coloquei meu dedo sobre seu lábios.

- Lembre, não quero que me diga o que desejo ouvir, quero que me diga a verdade....Por que sua boca vive mentindo para mim, mas seus olhos nunca o fazem...

Tirei meu dedo o levando à boca e chupando lentamente, movimento esse que ele acompanhou.

Aproveitei para o puxar com a mão o colando mais em mim o ouvindo gemer de dor e crescer mais ainda.

- Vamos estou esperando....

- Lilian, isso é perigoso, nã... - Eu dei uma leve torcidinha. - Cacete!.. – Ele me olhou bem dentro dos olhos e irritado desceu a mão ao meu pulso o soltando enquanto sua outra mão puxava minha cintura e nos colava mais. – Eu te amo! Está feliz? Eu sempre te amei! E nunca gostei da Victória! Estou cansado de suas ameaças garota, então agora sabe, deixe-me em paz. Nós não podemos ficar juntos!

- Sim Teddy, estou feliz! – O abracei com o outro braço e o beijei sendo correspondida com vontade suas mãos me apertavam e uma delas desceu a minha bunda juntando seu corpo no meu e me fazendo arfar, levei a mão a parte de baixo de suas costas arranhando ali.

Ele me afastou bruscamente apoiando as mãos na mesa rente a mim e encostando a testa em meu ombro.

- Esse foi o ultimo beijo e o ultimo contato que fizemos.

Abaixei a cabeça e o empurrei de leve para sair da frente, ele o fez virando-se de costas, corri até ele o abraçando por trás.

- Não Teddy, isso é só o começo...

Corri para a porta rindo feliz.


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Notas finais do capítulo

Bom vamos lá , eu me preocupei nesse cap em escrever muito mais o lado da vida cotidiana da Lily, comumente eu já tento isso, afinal personagens não vivem só do caso romantico, elas também tem sua vida né?! E ISSO eh oq acho mais interessante, então eu me diverti muito escrevendo.

Estou cada vez mais apaixonada pelo Huguinho gente *_*

Bem como quase tive ataques de felicidade ao ver a Gina lá e a carta dela e do Harry me fez sorrir por dias!

Quanto a parte do encontro dos dois... pode parecer repetitivo mas eu tenho tanto fazer evoluir aos poucos as descobertas de ambos.... não sei se estou conseguindo isso. Espero que sim ^^

Bom é isso! espero que curtam o capitulo ^^



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