Doce Sorriso Apimentado Olhar escrita por Ro_Matheus


Capítulo 6
Capítulo 5 - Ela me enlouquece!


Notas iniciais do capítulo

Galere esse é o POV do Teddy!
Espero que explique um pouco das atitudes dele e torne mais tranquilo de entender.



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Ela me enlouquece, ela me tira do padrão, do certo e do errado. Ela me faz respirar e viver a cada dia, é o motivo que há anos me faz acordar e viver, e ao mesmo tempo o motivo que me faz ter vontade de continuar a dormir e sonhar com o universo onde poderíamos ficar juntos.

Quando descobri que amava Lily tentei lutar contra isso indo cada vez mais fundo no meu namoro com Victória, inclusive assim que Victória terminou a escola passamos a morar juntos.

Victória era uma mulher amável, gentil, educada, extremamente elegante e belíssima, pouco brigávamos, no entanto sempre quando ao estar na presença dela a sensação é de o maior erro já cometido. Tentava fazê-la feliz, acredito ter sucesso nesse intento por sinal. E quando ela veio me contar um ano depois de morarmos juntos que tinha conseguido emprego em Hogwarts, e que por isso nos veríamos bem menos, eu suspirei.

Victória pensou com certeza que foi de tristeza, mas na realidade era um suspiro de alivio. É errado mas era verdade, toda aquela perfeição me cansava. Ela era a mulher perfeita. Acontece que adorava e sempre adorei defeitos.

Gostava da forma com que Lily sempre foi destrambelhada e sai rolando pela escada, sempre que pisava no pé da meia que teimava em usar pela casa. Ao terminar, ao contrario das maiorias pessoas que estaria gritando, Lily ria. E nada mais gostoso nesse mundo do que ouvir a risada clara e límpida daquela menina.

Lily era explosiva, encrenqueira, hiperativa, cabeça dura, palhaça, respondona, boca suja, moleca.

E ela era simplesmente perfeita para mim.

Cada ano que passou meu amor por ela crescia e crescia, até um momento onde já não conseguia mais fingir para a Victória estar tudo bem entre nós.

Tudo ao lado dela era enfadonho, era perfeição de mais, tudo precisava ser perfeito o tempo todo, inclusive nós. Era tudo tão perfeito que soava irreal, que soava impalpável e distante do que eu verdadeiramente era.

Às vezes me questionava se ela também não percebia, se ela também não sentia o quão irreal e impalpável era nosso relacionamento. Mas eu sempre fui um covarde dos infernos que ao vê-la sorrir doce e realizada para mim sorria de volta e pensava estar fazendo o melhor para ela.

Deixava-me seduzir, e naquelas horas quando estava com Victória era totalmente dela. Victória é deslumbrante, mulher bem segura de si sabia como me por doido. E nesse terreno era palpável.

Era um terreno seguro nunca pensei em Lily como algo sexual, a amava mas, para mim sempre foi aquele ser puro e inalcançável que ao menos pensar em tomar-lhe os lábios soava como a mais profunda profanação o maior crime e pecado capital.

Isso até é claro a hora que essa pimenta decidiu mudar isso também. Foi ai que começou minha ruina completa!

Victória em mais uma de suas desesperadas tentativas de reatar nosso “amor” conseguiu para mim um emprego em Hogwarts.

No começo fiquei reticente afinal, era ficar próximo de mais da tentação, mas depois pensei que talvez me fizesse bem, quem sabe o convívio diário me fizesse aceitar que nunca ela seria minha, quem sabe ver suas paixões por outros meninos, fosse me quebrar por dentro e minar o que sinto?

No fim estava animado para ir fazer o trabalho que sempre sonhei. Sim, pois meu sonho profissional sempre foi lecionar, principalmente no local aonde passei bons anos da minha vida.

Iria finalmente diminuir essa doença que chamo de amor e de quebra poderia tentar fortalecer minha relação com Victória.

Como estava enganado!

Logo no primeiro dia ela veio com aquele jeito dela sempre animado e engraçado me visitar, mas algo estava diferente, ela parecia menos criança e mais mulher. Aquela blusa colada deveria ser proibida de existir e que pernas perfeitas que ela tinha!

Da onde saiu tanto seio, e a cinturinha... Ah! A cinturinha fina de pilão, branquinha, cheia de sardinhas pingadas, será que eram tão saborosas como pareciam?

O inacreditável foi vê-la sentar no meu colo daquele jeito todo provocativo, mas o rosto em uma expressão tão inocente que era desconcertante. Desconcertante até eu olhar seus olhos e ver aquele olhar.

O olhar que queimava desejo e me deixou estagnado sem reação. Por que ela tinha de sentar tão em cima do meu membro assim?

Precisei de toda minha concentração para impedir que alguém se animasse de mais com isso.

Tive o meu sonho mais erótico de toda minha vida naquela noite, onde ela vinha com aquela roupa para minha aula e eu a simplesmente a jogava sobre a mesa da sala de aula e desbravava todo aquele corpo e o tomava para mim marcando a ferro o enchendo de beijos e saboreando cada mínima pintinha.

Precisei tomar um bom banho frio naquela manhã.

Naquele dia ela pulou as refeições todas e na janta estava já preocupado, quando o mesmo aconteceu no segundo dia me percebi paranoico a caçando e decidi terminar com isso no terceiro dia onde madruguei no salão principal e lá fiquei até notar silenciosamente uma mecha vermelha flutuar no ar, sozinha por uns instantes e depois a porta para o corredor da cozinha abrir e fechar discretamente.

Tinha pego, levantei pedindo licença aos meus colegas e parti para lá.

Peguei-a no pulo, que para meu espanto tratou-me como sempre me tratou e o olhar mais uma vez era seu olhar de menina de sempre, aquele olhar com jeito de moleca que sempre me fazia rir.

Ali foi que notei minha ruina, afinal percebi que meu amor nunca diminuiria, não importa o quanta convivência tivéssemos ou mesmo se eu a veria com outro ou não. Bem como notei algo bem pior, agora não a via somente como uma menininha, mas sim como mulher.

Sim, pois enquanto ela comia, sapeca, o sorvete, notava o quanto ela sorria e a forma com que levava a colher entre os lábios girava e levava a boca simplesmente me faziam engolir em seco e devorar meu sorvete como se não houvesse amanhã.

Queria devorar aqueles lábios e sentir o gelado do sorvete ali, queria esquentar seus lábios com os meus para depois esfriar seu corpo jogando sorvete em seu pescoço lambendo o caminho em seguida.

Estava completamente e irremediavelmente FODIDO!

Para provar meu ponto ela decidiu acabar com qualquer função dos meus neurônios naquele dia com o maldito pirulito!!!

Começou como sempre, bem moleca chupando um pirulito bobo entre os lábios me fazendo ter vontades nada inocentes do que deveria substituir aquele pirulito. E de repente ela me olhou intensamente e eu vi de novo aquele olhar quente, fervendo desejo me olhando e seus movimentos não paravam, ela me prendia com um olhar como um aviso de que não era para mim desviar o olhar. E eu não desviei como pessoa obediente que eu sou.

Ela mostrava-se a leoa de sua casa circulando em volta da presa e eu era a presa. Uma presa que quase implorava para ser devorada.

Não podia perder o controle assim!

Levantei em um rompante pedindo forças a Morgana, encerrei as aulas, não estava em condições.

Aquela diabinha, em corpo de anjo, deve ter descoberto meus sentimentos e deveria estar brincando comigo. E isso eu nunca permitiria! Não era certo brincar assim com os sentimentos como ela fazia comigo, eu podia estar errado.

E a Grande Isis sabe como estava errado! No entanto, nunca dei um único motivo para ser tratado dessa forma.

Estaria preparado da próxima vez! Passei o dia me preparando para isso!

Caramba! Eu era um homem!

Como um homem maduro, com grande experiência sexual, caminhando para grande mestre em transfiguração! O único animago, metamorfo do mundo!!! Não poderia nunca ser dominado feito um cordeiro por uma menina de catorze anos!!!

É mais eu era mesmo um cordeirinho nas mãos da grande leoa, ela parecia crescer a cada passo que dava daquela forma decisiva para cima de mim dizendo coisas que eu tentava negar para mim mesmo.

Como raios eu não tinha notado que Victória não tinha uma única sarda no rosto? Eu tinha mesmo dito aquilo para ela? E que papo era esse de sempre ter me desejado e somente ter dado espaço por pensar ser o melhor para mim?

Todas as perguntas sumiram da minha mente ao sentir aqueles lábios junto ao meu e simplesmente mandei a merda qualquer noção do ridículo e abracei aquela cinturinha fina a apertando e beijando com todo o meu desejo aqueles lábios mais que perfeitos e afoitos, era seu primeiro beijo sem duvida e aquele tornava tudo mais apetitoso, era como o mais puro mel. Sabia que estava viciado naqueles lábios. A promessa de ter todo aquele corpo para mim me fez endoidar e como um adolescente, precisei ir ao banheiro me aliviar, pois a ideia dela sobre mim e eu dentro dela em sua primeira vez completamente entregue assim para mim foi de mais.

Ela era o pecado de sua forma mais tentadora possível, amor de minha vida inteira, dona do meu coração, com um jeito puro e inocente de agir que estava impregnando em si mesmo quando mostrava-se assim decidida e dona de si. Mostrava que ali ninguém tinha passado, ninguém tinha corrompido sua mente e que muito do que fazia era por puro instinto. Um delicioso instinto. Dona de um corpo feminino delicado e muito apetitoso e um jeito de moleca.

Acontece que não podia ceder nunca a essa tentação. Ela era filha do meu padrinho! Irmã de meu melhor amigo! Prima da minha namorada! E nove anos mais nova que eu, uma criança menor de idade e completamente pura.

Não tinha o direito de reclamar para mim algo assim!

Doía muito saber que nunca poderia tê-la para mim, ela era o amor inalcançável em um nível que nem Platão tinha pensado, pois Platão em sua sapiência pensava no amor como algo que deveria manter-se no campo das ideias.

E o meu precisava tirar da minha mente, expurgar, não podia condenar aquela menina que amava tanto, a desgraça que seria nosso namoro para a família, ela perderia todos seus entes queridos por ter “roubado” o noivo da prima. Seu pai nunca aceitaria muito menos seus irmãos.

A sociedade nos condenaria e eu seria mandado para Azkaban por corromper uma menor de idade e ela a filha do grande salvador, seria condenada e julgada em jornais acabando com qualquer imagem que tivesse.

No melhor dos cenários, caso conseguíssemos esconder isso até a maioridade dela seriamos condenados por todos pela exorbitante diferença de idade. Fora que, como eu, ela desejava ser mestra em transfiguração, e a garota tinha tanto talento!!!Ficar com ela era condenar suas notas a um suposto favoritismo. Era condenar suas evoluções como auxílio.

Não! De forma alguma poderíamos assumir algo, de forma alguma poderia permitir que ela se aproximasse mais desse intento louco.

Sabia que por mais que ela tivesse encantada por mim isso iria machucá-la e isso me fez chorar como um menino.

Ela não merecia sofrer.

Mas não podia alimentar nela esse sonho bobo, afinal o que ela sentia por mim não eram mais que uma admiração muito grande por sempre me ver ali e crescer com ela, era a curiosidade pelo professor e pela pessoa do sexo masculino mais próxima a ela.

Deveria ser isso.

Tinha de ser isso.

Os dois não podiam estar condenados a um sentimento tão intenso e tão belo os obrigando a uma existência tão triste assim. Morgana não permitiria.

Que Freya lhe desse forças para manter-se longe agora que a menina tinha decidido que iria investir contra mim.

Na noite seguinte quando bateram na porta estava preparado vestindo a maior mascara de indiferença possível. E foi com grande alivio pela primeira vez que agradeci por ver Victória no lugar de Lily.

Que irônico não?!?!

Aquele tesão acumulado de dias sendo provocado foi todo descontado em Victória a ataquei antes mesmo de chegar no quarto, na porta da sala! Fui um pouco bruto, mas ela amou.

Era fechar os olhos para imaginar a Lily no lugar dela, e foi ai que notei que Victória tinha perdido a batalha de vez, afinal nem mais no terreno onde era só dela estava livre de agora ver a Lily.

Não foi proposital quando ouvimos bater na porta e eu simplesmente arranquei minha blusa e vesti com tudo sobre Victória abrindo a porta para ver quem era. Realmente não esperava ver Lily ali.

Notei que as lagrimas vieram na menina, mas ela disfarçou. Quando a porta bateu Victória voltou-se a falar.

- Coitadinha da Lily tão inocente ficou tão roxa de vergonha que tentou esconder, acho que ela não tinha ideia que fazíamos isso! – Disse Victória morrendo de vergonha e pena da prima.

Decidi não desmentir, e quem sabe usar isso ao meu favor para afastar Lily de mim, quem sabe mostrar que preferia a Victória e mostrar-me baixo ao nível de brincar com seus sentimentos ontem revelados fizesse ela me odiar e assim evitar que acabacemos destruindo sua vida.

Eu percebia a cada atitude minha, que aquilo a feria por dentro, não só feria como a deixava furiosa.

Sei disso por que quando Lily não sabe o que fazer para esconder o que sente ela fala, e fala muito! Parece que extrapolando na fala, acha que ninguém percebe o que de fato estava acontecendo.

Victória, sempre correta e perfeita, logo depois que Lily saiu também foi embora dizendo que precisava patrulhar os corredores e depois também tinha aula logo cedo.

Me joguei na cama para pensar. Não queria ter machucado tanto assim minha pequena, mas era melhor assim.

Já bastava eu, sofrendo por um amor proibido. Dois era pedir de mais, era a obrigar a passar uma existência vazia como a minha.

Queria o melhor para minha pequena e o melhor para ela era ficar longe de mim.

Estava pensando nisso quando senti todo meu corpo endurecer como pedra. Meio segundo minha janela foi aberta e surgiu na minha frente à pessoa que dominava meus pensamentos.

Em uma tortura para lá de gostosa e, realmente dificílima de encarar, ela me jogou todas as verdades na cara, com aquela maturidade assustadora que ela tinha, e que muito sobrepunha a minha e de todos que conhecia.

Ela me excitava provocava meu corpo e minha alma e me deixava mais excitado do que já fiquei em toda minha vida, enquanto fazia o favor de mostrar que fui mais baixo e mais sujo ainda, do que eu pensava, ao mesmo tempo que meu nojo por mim somente aumentava e eu percebi que não era merecedor mesmo dela, a única vontade era sair daquele maldito feitiço a jogar na cama e a possuir até o mundo acabar.

Depois do aviso final, fez o favor de me fazer segurar o ar e quase ter um troço, ela completa com a cereja em cima do bolo, me deixando a calcinha.

A Calcinha ensopada dela.

Eu realmente estava condenado por essa e outras existências, ao que a primeira atitude minha, foi encanta-la para o cheiro da minha doce menina nunca abandonar a calcinha.

Acho que vivi os outros três dias no automático somente pensando em tudo que conversamos.

Daquela conversa, algumas coisas, pude tirar.

Eu era um crápula. Eu nunca usei a Victória para fazer ciúmes a não ser aquela noite, eu realmente tentava fazer nosso relacionamento dar certo, mas sim, não era certo prender a boa Victória a mim e impedir que ela encontrasse o verdadeiro amor.

Também era certo que Lilian realmente me amava na mesma intensidade que eu a amava, ela deixou claro, não só em palavras ou gestos mas no olhar também, eu via ali naquele livro aberto todo o amor que sentia por mim.

Outro ponto definido e claro é que eu não a merecia, ela não merecia alguém tão sujo quanto eu, nem tão covarde, muito menos após mostrar-se tão superior, deixando claro que me perdoaria caso mudasse de postura e que sempre estaria aberta a mim mesmo depois de tudo.

Ela podia me amar, mas os motivos anteriores estavam todos lá, iria simplesmente destruir toda sua vida caso ficasse com ela.

Levei mais uma semana para conseguir definir o que fazer, pois caso terminasse antes do prazo acabar, a chance dela entender errado minhas intenções, era grande. Mas terminar depois, também estava fora de cogitação, agora que tinha percebido que o melhor era terminar com Victória não conseguia mais adiar muito tempo.

Ela não merecia isso nem eu.

Mais uma semana se passou até que tivesse oportunidade de conversar decentemente com Victória, foi complexo como imaginava que seria, elegante como é, ela não gritou nem esperneou, mas também era uma Weasley e como tal mostrou todo seu desapontamento em frases em francês que tenho certeza não ser tão elegantes assim. Por fim, afirmou que caso eu saísse pela porta de seus aposentos não voltaríamos mais a ficar juntos.

Eu saí, sem olhar para trás para não vê-la chorando.

Não mudei a forma com que agia com Lily e nem ela comigo. Só que agora fazia questão de nunca ficar sozinho no mesmo ambiente que ela, e todo final de dia ia até os portões de Hogwarts e aparatava para meu apartamento e no outro dia muito cedo era obrigado a voltar. Muito mais cansativo, e ao mesmo tempo seguro.

Ou eu pensava assim estar. Ai como estava enganado, e logo minha pequena quis provar isso a mim.


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Notas finais do capítulo

Iei eu curti escrever esse cap ^^

Ainda mais por que acho que deixarei vc's curiosas hehehe



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