Doce Sorriso Apimentado Olhar escrita por Ro_Matheus


Capítulo 10
Capítulo 9 - Ninguém é de ferro


Notas iniciais do capítulo

Atrasei com vocês muito né?!
Vamos lá foi complexo fazer esse capitulo mesmo ele em si sendo simples.
Unicamente por que vieram ideias para a fanfic e isso geraria novos rumos e eu estava em duvida se seguia ou não, foi difícil, mas consegui determinar o que desejo fazer ^^.
Fora que não gostei de como tinha escrito e apaguei, o que gerou mais demora, mas sinceramente? Eu prefiro demorar a postar que escrever algo ruim!

Mas no fim deu tudo certo e aqui está o capitulo.
Quarta seguimos com nossa programação normal, postando toda santa quarta feira após as dezoito horas.

Em compensação acontece bastante coisa esse capitulo, e tudo que acontece é importante, e/ou engraçado!
O que gerou um capitulo imenso!


Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/423808/chapter/10

“Hey Mon’s!

Sabe que estou com saudade de seus bombons explosivos? Cê bem que podia enviar para sua filhinha né?

Ela será gentil e ficará eternamente grata, e promete que nos resto do ano não aprontará nada... A partir de amanhã, por que bom hoje é dia das bruxas e tals. Rola um plano de entretimento que não pode mais ser parado, mas enfim! Prometo me comportar!

Ah! Ele finalmente terminou, mas estava super temeroso em relação a minha aproximação, acho que fui... Direta de mais... Bobagens!

Decidi então regredir um passo e pedi para voltarmos a sermos amigos e conversamos abertamente sobre tudo, inclusive o por que dele fugir de mim mesmo me amando, e no fim acho que a longo prazo vou conseguir o que desejo. Afinal cê conhece sua filha, sou ótima com argumentos!

Quem será a namorada misteriosa de James? Já temos palpites?

Espero que a história de amor dele seja boa, que nem a sua com o papai ou da tia Mione com o tio Ron.

Mãe será que a minha também será?

Mons, e a do tio com a tia Fleur, como foi? Bonita? Alias! Uma que nunca me contaram foi a dos pais do Teddy, como foi? Conta para mim?!

Sim estou em dias românticos, posso fazer o que?!

Alias, a senhora tem como me enviar um livro que estou precisando e que não aguento mais pegar na biblioteca? Seria muito útil tê-lo para mim de uma vez : “Feitiços complexos e suas influências nas leis mágicas de Romilda BrigdeI da editora toque mágico.”

E preciso de um favor seu, consegue para mim dois convites para o camarote do jogo eliminatório para a copa de quadribol que irá acontecer entre o natal e o ano novo?

É para um projeto extra-curricular que envolve um incrível aprendizado econômico com o tio George.

Beijos da sua Linda e mais que perfeita ruiva preferida!

LilyPoty!”

Suspirei ao ver a ave levar minha carta embora, ai como queria que deixassem ter mais de um bichinho de estimação em Hogwarts, eu teria uma coruja, detestava enviar cartas pessoais pelas corujas do corujal, quem sabe não convença a dona Mcgonagall a deixar?

É talvez, mas por via das duvidas vou pedir pra Hugo fazer isso, ele é bom em convencer as pessoas.

Depois de deixar a carta parti para o salão principal esperar a hora do café onde de novo dominei pelo menos três lugares com meus materias, principalmente por que estava com o livro “monstruoso sobre monstros” sobre a mesa, e ninguém queria aproximar-se ao ver o livro rosnar. Ai que medrosos viu.

Embora Hagrid seja meio exagerado, o livro era de longe o melhor livro sobre seres mágicos que temos atualmente, fora que o feitiço implantado sobre ele para agir assim torna tudo tão mais interessante! Afinal, não era um feitiço simples não.

O meu andava particularmente calmo depois que dei dois dicionários para ele tomar café da manhã hoje.

Estava com ele aberto e com monstros mágicos e ondem habitam aberto também, bem como “natureza monstruosa dos monstros” e “guia pratico para voo em seres mágicos”.

Vi Hugo andar até mim displicentemente e antes mesmo dele sentar ao meu lado já soltei.

– O que acha de hipogrifos?

– Acho que teremos mais grifinórios do que das outras casas. – Comenta acariciando a lombada do meu livro o fazendo abrir mansinho enquanto folheava displicente

– Para as outras casas vassouras está bom. – Dei os ombros pouco me importando com as outras casas.

– E por que hipogrifos? – Hugo comenta servindo-se de suco de abobora, ovos, bacon e me dando uma maçã.

– Horas amore mio, pela diversão! – Tomei do seu suco dando uma mordida na maçã seguida de uma colherada do ovo. Péssima mistura, fiz careta e ele riu alto.

– Cê está com inveja do papai e da tia por terem voado neles né?

– Também. – Assumi dando mais uma mordida na maçã - E não pode negar que soa bem divertido.

– Isso é fato. Pediu para sua mãe os ingressos?

– E quando eu brinco em serviço Huguinho?

Ele sorriu para mim imenso.

– Assim que eu gosto garota!

Dei um beijo na bochecha dele, levantei e com um aceno todos meus livros voavam organizados para minha mochila com feitiço expansivo.

– Adivinhação e você? – Eu digo me encaminhando para fora com ele logo atrás.

– Estudo dos trouxas. – Ele diz girando os olhos.

– Por que não tranca se já não aguenta mais?

– Por que, cara mia, é útil para nossos planos, fora que eles tem engrenagens interessantes, mas a aula em si eh chata.

– Você anda de mais com o vovô.

– É eu sei, preciso visitar os meus avós trouxas falando nisso, estou com saudade deles.

– Me leva junto?! – Digo com os olhos brilhantes e Hugo gargalhou.

– Agora quem anda de mais com o vovô?

– Chato! – Dei a língua e parti para a aula.

Que ninguém me ouça, mas acho instigantes as aulas de adivinhação. Elas me fazem rir e sempre fico curiosa quando será que verei algo importante de fato nela, fora que as nuances entre o credo e o fato é interessante.

Obviamente que era um assunto nunca assumido para ninguém da família, afinal todos eram incrédulos no assunto, portanto, não interessante assumir.

O dia passou com tranquilidade e o zelador veio até reforçar que estava de fora da ceia de dia das bruxas. Não que eu me importe realmente. Esvaziei minha mochila e parti para a minha parte do trabalho

Corri para o “Javali” em Hogsmead pegar meu carregamento de bebida e depois na Dedos de Mel buscar doces, por fim no caldeirão furado pegar alguns petiscos e voltei a Hogwarts com os bolsos e mochila carregados de caixas com seus tamanhos reduzidos magicamente. Fui para torre, deixei tudo escondido com um feitiço de desilusão e parti para a cabana de Hagrid para pegar umas aboboras e fazer a decoração as reduzi também enfiando no bolso do sobretudo e pegando as flores de ambrosia da Tailândia que Hugo tinha me separado entrei na floresta proibida em busca de fadas pisca-pisca.

As achei e após alguns cortes, mordidas beliscões, puxões de cabelo e algo que tenho a impressão que foi um soco, consegui capturar um bom numero, dei todo o arranjo de flores para elas, coitadinhas deviam estar bem assustadas.

Ainda fiz diversas coisas para conseguir pegar tudo que precisava para a festa, como por exemplo, escolher os hipogrifos “dóceis” que usaria e desencantar o armário de vassouras. Dentro dele coloquei um mapa para a área dos hipogrifos e o feitiço que revelaria quais usar, e em baixo escrito “Somente para os corajosos.”

Todos pensam que para dar uma festa é fácil e rápido, mas não é bem assim, uma boa festa requer preparo e uma ótima festa requer planejamento.

Eu estava dando uma festa espetacular. Por quê? Porque eu posso, obviamente!

Mais um segredo sobre mim. O que mais gosto nas nossas traquinagens são os planejamentos e preparo, amo por exemplo montar a festa, a festa em si nem me divirto tanto, uma vez que passo boa parte dela coordenando para que tudo aconteça bem.

As aulas encerram às 15 horas, pelo menos as minhas, fazer tudo que precisava me tomou três horas, e agora eram 18:30 e somente poderia ir para a torre de astronomia as 20 quando começava a ceia de Hallowen e todos estivessem sentados comendo.

Ou seja, tinha ai uma hora e meia do mais puro ócio, estava agitada de mais para estudar então precisava pensar no que fazer.

Será que Victória já tinha encerrado as aulas? Precisava ver como ela estava com o termino do namoro.

Sua sala de aula era diferente da maioria com as cadeiras duplas alinhas para a lousa, não, era uma sala com duas grandes filas de carteiras uma de frente para a outro e no meio o local do professor do outro lado da sala a costumeira escada com a portinha para os aposentos particulares. Subi a escadinha de dois em dois e bati na porta.

Poucos instantes depois Victória abriu a porta, sempre estonteante com suas longas vestes claras que iam de azul claro a branco que delineavam o corpo curvilíneo dela, os longos cabelos lisos e loiros sobre os seios e o rosto de boneca preciosamente e delicadamente maquiado.

Gente ela parece uma modelo vinte e quatro horas por dia! Como isso é possível?!

E caramba! Teddy fica mais mexido comigo do que com ela? UOU eu sou mais poderosa do que imaginava.

– Lily! Por favor, entra meu bem! – Victória diz com um sorriso doce e gentil abrindo a porta para dar-me passagem e eu me revirei internamente.

Diferente da despojada sala de Teddy a de Victória era linda e bem decorada e planejada, havia a lareira com duas poltronas na frente dando um ar mais intimo e com um tapete felpudo lindo, sobre a lareira flutuavam todos da nossa família e bem no centro de seus pais lindo e juntos.

Do lado oposto existia uma mesa de escritório bem organizada com um organizador de papel na lateral e duas confortáveis cadeiras a frente, provável ser aonde recebia os alunos para consultas na parede atrás da mesa uma estante com livros e do lado um armário com alguns itens usados em sala de aula.

Ao fundo da sala ainda havia uma confortável mesa de jantar intima redonda e pequena e a porta que dava acesso ao quarto da minha prima, tudo moderno limpo, organizado e nas cores branco, vermelho, dourado, em predominância o branco com tecidos em vermelho e com pequenos detalhes e arabescos em dourado. Era sem duvida alguma a sala mais elegante e acolhedora de toda Hogwarts.

Nunca conseguiria ser assim, chique, muito menos elegante ou organizada. Seu quarto era como se o arco-íris e um caminhão carregados de livros tivessem colididos ali.

Victória conduziu-me até a lareira comentando leve.

– Deduzo que não seja uma visita aluno, professor não é?

– Claro que não né Victória! Cê me conhece, eu sei me virar bem.

Victória riu e sentou em uma das poltronas me convidando com a mão a fazer o mesmo, e eu com minha elegância me joguei na poltrona com as pernas sobre os espadares e as costas no outro.

– Deseja um chá? Fiz um chá de violetas e alecrim para tomar enquanto corrigia as provas.

– Ah! To te atrapalhando?! Puts! - Já ia levantando quando ela abanou a mão suavemente.

– Não se precipite, está tudo bem, não é urgente, está tão complexo tempo para conversar.

– Isso é fato, e se é assim, aceito chá! – Digo enquanto com um aceno de varinha dela vejo o bule vir até nós, acompanhado de duas xícaras.

– Como está Lily?

– Ótima, sabe como sou, mas eu vim para saber de você.

– Estou bem também. – Victória sorriu, e eu vi que não era um dos seus melhores sorrisos.

– Prima, se sabe que não sou burra, eu não vim antes, pois sabia que nossa família te sufocaria até de tanta atenção, mas depois quando acreditassem em sua melhora cairiam fora, e você é elegante de mais para permitir que se preocupem com você. Então desembucha a verdade, como está?

– Ah! Mas eu estou dizendo a verdade. – Ela disse firme tomando um gole do chá, ergui um pouco meu tronco e cruzei os braços erguendo uma sobrancelha, ela atingiu um tom de rosa na face fofo e meio acanhada voltou a falar. – Veja, é complexo, pois o vejo todos os dias sorrindo no salão principal e preciso responder com outro sorriso, e por mais que já não o amasse mais, ainda gostava dele, e passei tantos anos junto com ele... É difícil de me ver não sendo mais sua namorada, é difícil de me ver como solteira e não me preocupar com ele, sinto falta...

Senti meu peito apertar, era eu a causadora disso tudo nela, estava tão confusa, era confuso isso tudo, pois se não se amavam ficar junto só traria dor maior depois...

– Ainda dói? – Pergunto com sinceridade.

– Um pouco, - Victória ficou envergonhada abaixou a cabeça e bebeu o chá nervosamente.

– Victória, que cara é essa?! Está tudo bem?

– Cl-claro! - Ela da uma risadinha nervosa e eu tenho uma leve ideia sobre o que se trata.

– Victória, você pensou em algo e não quer dividir, por quê?

– Você é muito insistente, sabia?- Ela vira o rosto para o outro lado. – Não é educado Lily...

– Sabia, e adoro ser assim, então a educação e bons modos que fiquem na gaveta já empoeirados!

Victória ri e eu dou um sorriso de lado.

– É que... Ah Lily você é muito nova para conversarmos sobre isso.

– Cê está querendo dizer de sexo? – Eu digo firme e descontraída, só que sinto que minha cara entrega pois fiquei roxa.

– É...

– E quando raios isso dói ao lembrar?

– É que nós nos dávamos muito bem nessa área, e bom... Ele foi meu primeiro, dói pensar que agora ele pode fazer isso com outras, mas especificamente ela.

– A menina da formatura? – Gelei nessa hora. - Mas será que ele tem contato com ela?

– Não sei, acho que se for, tem por carta, mas nada impede deles se verem a noite, ou em fins de semanas.

– Será que esse tipo de raciocínio é saudável? – Perguntei tentando mudar o assunto. Aquele esteva doendo em mim.

– Sei que não é, só me é impossível evitar. Ele foi meu por tanto tempo que não sei ver de outra forma.

– E você pretende dar a chance a alguém?

– Não sei. – Victória passou a mão nos cabelos sendo bem sincera comigo olhando pela janela. – Sabe fui dele por tanto tempo que não sei se aceitaria bem alguém além dele a me tocar.

– Acho que você deve se dar um tempo para enfim decidir isso, sei lá, tenta viver por si mesma, tenta olhar para si e para usas vontades, saia, divirta-se com amigas e coisas assim.

– Eu faço isso...

– Não nem pensar que faz Victória, você faz o que é certo, você faz o que vai dar orgulho aos seus pais e oque uma moça direita faria, você faz o que esperam de você, já notou? Cê já se perguntou realmente se gostava mesmo de algo, ou se só gostava, pois alguém lhe disse que era bom gosta, ou mostrou que o certo era gostar? – Sorri boba. – Vivo fazendo isso, algumas vezes até descubro que foi isso, mas no fim, no fim acabo descobrindo que gosto mesmo, outras não, descubro que não e taco longe... Mas enfim, o que eu queria dizer é que, tente viver por você mesmo, sem se preocupar com as convenções, faça aquilo que da vontade quando da vontade.

– Sabe que não é uma má ideia?! Suli Guennéan a professora de Runas é minha amiga sabe, e vive me chamando para irmos beber uma cerveja amanteiga, acho que devo ir.

– Sim! Não se pressione, e pare de pensar no que Teddy vive ou deixa de viver, tente uma vez na vida viver por si mesma Victória, você merece isso.

– Eu mereço mesmo, não é? – Pergunta sorrindo inocente e levemente envergonhada.

– Claro que sim!

– E vou mesmo! – Olhou para o discreto relógio sobre a mesa e teve um sobressalto. –Lily querida, desculpe o mal jeito, mas precisaremos ir, eu preciso ir ao salão e você para o dormitório, um elfo doméstico levará sua refeição lá. Desculpe-me mesmo!

– Não encana Victória, bora lá então!

Despedi-me dela e fui como quem ia para o salão comunal mas assim que ela estava longe corri como se minha vida dependesse disso para a torre de astronomia, Hugo já me esperava lá.

– Demorou em Lily.

– Ah para de encher! Eu vim correndo caralho, estava com a Victória.

– Ai dificulta mesmo, mas então estarei ocupado, então cuida da festa, vou lá armar o feitiço de desilusão no corredor e a surpresinha por quem passar pelo meu feitiço.

– Ok, ok vou agilizar as coisas aqui.

Nos despedimos e passei a arrumar a torre com estilo! Primeiro Coloquei os tecidos roxos e brancos por toda a volta, depois peguei as seis bandejas flutuantes de comida e coloquei as comidas duas com doces, duas com salgados e duas com as bebidas para circularem entre os convidados e ativei o encantamento para se abastecerem sozinhas, depois preciso lembrar de devolver isso para tio Percy, e claro, sem ele saber que peguei.

Depois peguei as aboboras e coloquei as fadinhas dentro colocando flores e as fiz flutuar, por fim criei a bolha de isolamento acústico e fiz a pista flutuante de dança deslocada para a esquerda com uma escada invisível feita com um tecido branco que descolei de cortinas velhas de uma sala em desuso.

Para completar apliquei o feitiço para ampliar o espaço e suspirei.

Sustentar tantos feitiços múltiplos me deixaria esgotada no final da noite, e nada de bebidas para mim hoje.

No entanto isso valeria a pena!

Peguei minha vassoura e fui para o dormitório me vestir com a fantasia magica, iria de fadinha, coloquei o vestido que era longo na parte de trás cheio de babados e curto na frente no alto das coxas, largo e soltinho e na parte de cima um top, ele era todo branco e vermelho com asas que se mexiam realmente e funcionavam douradas, meias sete oitavos brancas com flores vermelhas claras desenhadas e sapatilhas vermelhas, deixei o cabelo bem bagunçado e armado e me olhei no espelho.

A fantasia estava ótima, e sobre tudo o fato de que ao vestir a fantasia meu tamanho era reduzido a 40 centímetros, ficava um ser pequenino e engraçado. Bom se fosse do contrário não teria coragem de vestir uma fantasia tão mínima! Com o tamanho reduzido voando por ai ninguém notaria.

Fui para a festa de volta com minha vassoura e ativei a fantasia.

Duas horas depois a festa estava agitada lotada e beeeem animada, três quintanistas resolveram que mereciam mais destaque e decidiram se auto aplicar o feitiço de levitação e agora dançavam sobre as cabeças dos demais, as vassouras iam e vinham com intensidade e a musica bruxiliante contagiava a todos que pulavam e dançavam.

Eu coordenava a situação rindo para caramba das fantasias.

Até que tomei um peteleco e rodopiei voando até fora da bolha ante som, voltei disparada apressada e... Duas crianças corriam entre as pernas das pessoas!

Me aproximei parando na frente deles bem nervosa. Foi ai, colada neles que notei, ela era morena de longos cabelos castanhos com olhos amendoados e um jeitinho sorridente esperto. Ele era ruivinho baixinho, magrinho, levemente gordinho cheio de sardinhas e com o olhar mais inteligente e sacana que já vi em uma criança.

–TIA ANGELINA E TIO GEORGE!!! – Berrei surpresa. – O –o que fazem aqui? E por que raios estão fantasiados de crianças?

– Não estou fantasiada de criança! Estou fantasiada de gatinha! - Virou me mostrando o rabo que mexia sozinho. – Oh aqui! E se eu estou criança é por culpa desse... Desse coiso!

– HEy! Sua dedo-duro! Eu só queria brincar na festa como fazia, mas ai o feitiço deu errado! - Meu tio bravo e vermelho disse apertando na cabeça o chapéu de pirata.

–Sabia que ia dar errado! Você é péssimo com feitiços de idade!!! – Minha tia miniatura acusou apontando o dedinho fino e apoiando a outra mão na cintura, achei tão engraçadinho que precisei controlar a risada.

George a olhou com os olhinhos brilhantes e cara de choro.

– Des-desculpa.

– Ah... não! – disse virando o rostinho infantil enchendo a bochecha de ar. – Você não merece.

– Eu só queria algo diferente e novo para nós. Queria fazer você feliz. – Ele disse colocando as mãos para trás e deitando a cabeça a olhando de baixo para cima com um beicinho saltado.

– T-tudo bem vai... Vem vamos brincar! – Disse ela pegando na mão dele que sorriu enxugando o rostinho.

Mas ao partirem correndo ele virou sorrindo sapeca para mim e piscando.

Balancei a cabeça em negação.

Decidi me divertir e fui a pista de dança que ficava flutuando e passei a balançar livremente no ritmo da musica, curtindo balançar as pernas e braços sem me preocupar em pisar em alguém com o ar como toda a liberdade do mundo balançava a cabeça e bagunçava ainda mais meu cabelo libertando todo o meu ser, nada como ser livre nessa vida. Tomar as atitudes pensando somente no prazer de fazer aquelas coisas e sem se preocupar com o amanha, essas liberdades que só uma festa consegue dar ao seu espirito.

Amo dançar soltar o corpo e balançar até sentir os músculos fatigados. Pode ser dançar com muitas pessoas sozinha ou em casal, o que importa é dançar e curtir a musica expressando com o corpo oque as pessoas falam com as palavras.

Por isso foi com muito pesar que ouvi a gritaria e decidi descer, era uma cena protagonizada por uma múmia faraó e... a Barbie versão biquíni brasileiro e bico de coruja?

Levou exatos vinte e três segundos até notar que a múmia faraó era meu irmão Albus, acompanhado do vampiro (tão criativo quanto uma rocha) de Scorpius discutindo aos berros com minha prima vestida de corujinha da “up-bruxo” a revista com mulheres nuas mais famosa do mundo bruxo.

Girei os olhos abrindo o alçapão e indo até aos três.

– Para baixo agora! – Digo autoritária apontando. – Nem pensar em continuar com isso aqui.

Dominique passou a passos duros em cima do seu salto magico e só de costas nesse momento notei as micro asinhas batendo em suas costas, que coisinha mais fofa!

Logo atrás passaram os dois marmanjos.

Fechei o alçapão atrás de mim e cruzei os braços.

– Certo espero que tenham um ótimo motivo para brigarem na MINHA festa?!

– Eu não briguei com ninguém esse babaca do Scorpius que veio se meter comigo só por que eu estava dando uns amassos ótimos no Zambini.

– Claro! Essa menina é uma vadia! Ainda hoje cedo eu vi o Mcniller chorando por ela ter terminado com ele, fiquei sem meu melhor artilheiro no treino por isso e agora ela estava de assanhamento com o Zambini! Meu goleiro!!! Fora que ela é da família da minha namorada, isso pode respingar na Rose.

– Respingar o que?! – Perguntou Dominique fula da vida.

– Oras sua fama! – Ele diz também bem puto vermelho de raiva.

– Fama do que?! Qual fama em?! Fala se tiver coragem!

– Calma Scorpius. – diz Albus sempre apaziguador.

– Ela não perguntou?! Então vai ouvir! – Socprius diz com o sorriso de lado típico Malfoy, e eu me preparo por que ai vem merda. - De puta! De vadia! De rodada!!! Mais rodada que vassoura de treino!

Todos nós nos calamos, Albus parecia divido entre a vergonha pelo que o amigo disse e ele falar algo assim da sua família.

Eu estava atônita com a audácia desse menino.

E Dominique? Bom ela gargalhou. É ela só gargalhou, seus olhos ganharam uma coloração vermelha e o cabelo passou a balançar anormalmente mesmo estando em uma escada sem vento algum, ou portas e janelas para cria-los. Era o gene Vella falando.

– Então quer dizer que minha “fama” pode respaldar na sua querida Rose? Fica tranquilo meu bem, ela é tão carola que para você transar com ela só depois do casamento e nada além do papi e mami. Está na cara e todos veem o quanto você deve bater punheta toda noite para descontar toda essa frustração sexual? – Ela se aproximou do loiro perigosamente. – Que foi em queridinho, está puto por que eu posso transar até me esfolar e você só fica no cinco contra um?

– Sua vadia! – Scorpius ia para cima dela mas eu e Albus nos colocamos na frente, e ai Albus resolveu falar.

– Dom, querida, só estamos preocupados com você, as pessoas não vão te valorizar, e o que falaram de você? Que você não se da o valor, só queremos o seu bem!! Você é uma garota legal, inteligente, bonita e não merece ser tratada como qualquer uma.

Nesse momento meus caros amigos, afastei, dei um tapa na face inconformada, me encostei na parede e deixei a bomba explodir. Eles pediram.

– Deixa ver se eu entendi priminho lindo... – Dominique levou as longas unhas a frente do rosto e levou uma delas ao canto da boca. – Então eu não tenho uma única detenção no meu Curriculum, eu tenho uma da notas mais altas do sexto ano, ..- Enumerava levantando os dedos e batendo no queixo. – Sou uma filha exemplar que ajuda os pais em tudo e é presente, sou carinhosa com meus familiares e com todos a minha volta, mas MESMO assim eu não tenho valor por que gosto de me divertir entre quatro paredes ou nem tanto com caras? Significa então que deixo de ser legal, que passo a ser automaticamente uma burra, chata e feia só por não seguir as convenções masculinas?! SÉRIO mesmo, priminho?!

A loira gargalhou vendo a expressão surpresa de ambos.

– O que eu faço ou deixo de fazer na cama com alguém, o que eu faço ou deixo de fazer entre quatro paredes e com o meu corpo não diz respeito a NINGUÉM! Eu não faço mal a ninguém, nem os prejudico, sempre deixei claro que não quero me envolver, e quando vejo que o garoto está envolvido eu me afasto, como foi o caso do seu querido, pobre e inocente apanhador, tão puro e cândido que me queria de quatro... – Novas risadas vindas dela e eu fiquei roxa com a expressão. – Agora isso não é muito diferente do que Scorpius fazia antes de namorar nossa priminha, ou mesmo você Albus que ontem mesmo vi sair com DUAS meninas para fora do salão principal, e nem vamos comentar sobre o Huguinho, que já novo causa um verdadeiro caos. Só que as regras só funcionam para vocês é? Vocês podem pegar varias, se acabar e esperar encontrar amor no futuro, mas eu não?! Eu preciso ser puritana e esperar virgem que alguém me deseje? Ah! Me poupe da hipocrisia!

Voltou-se para mim e me dei um beijo, devia ser na bochecha, mas foi na cabeça toda devido ao meu tamanho diminuto atual.

– Desculpa pela confusão armada por esses dois priminha, sua festa está sensacional, vou voltar lá e me acabar de dançar!

Levei o indicador e o dedão na base do nariz e balancei a cabeça rindo.

– Meninos... vcês foram paralisados pela nossa priminha!!! E foi com palavras sem feitiços! Parabéns!

– Nem começa Lily... – Diz Albus me olhando irritado.

– Calma maninho, nem comecei! – Pisquei sacana. – Relaxa, hoje não falarei mais nada, hoje... Em compensação por detonarem um pedaço da minha festa ficarão responsáveis por cuidar dela de agora em diante! Estou morta!! Corri o dia todo atrás das coisa, e ainda usei muita magia para deixa-la assim. Vou para a cama.

– Mas nem ferrand...- Scorpius ia dizer e eu só o olhei apontando a varinha a tocando no nariz dele. – Ok você parece mesmo cansada, vai lá! – Deu um sorriso amarelo e eu parti junto com eles para cima do alçapão.

A festa estava bombando novamente. Nem pensei nisso peguei minha vassoura e parti para meu quarto. Ia entrar no dormitório, mas vi o vidro embaçado, abri uma leve fresta e ouvi gemidos.

Que droga, alguma das meninas tinha conseguido levar alguém pro quarto. Agora era arranjar onde dormir.

Rodando pelo castelo na vassoura lembrei de Teddy. Está ai era uma ótima saída.

Entrei pela janela do seu quarto o assustando.

– Mas o que....?! – Ele disse surpreso sentando na cama, vestia um pijama com duendes desenhados, eu ri negando enquanto desativava o feitiço da fantasia e voltava ao meu tamanho real.

– Nem pergunte! Chega ai pro lado, to morta! - Digo arrancando as asas das costas que batiam frenéticas no chão e as sapatilhas.

– Lily, explica por que não foi pro seu dormitório. - Perguntou aturdido mesmo assim me dando licença na cama.

– Amanhã explico tudo. - Digo me deitando de bruços e esticando para roubar um dos travesseiros.

– Que roupa é essa?

– Amanhã.

Ele girou os olhos e deitou-se me cobrindo.

Eu dormi feito um bebê, fazia muito tempo que não dormia tão bem alias, elas podiam dominar quando quisessem o dormitório agora podia dormir na cama com Teddy e isso era ótimo, o calor dele colado ao meu e seu cheiro me fez dormir quase que instantaneamente.

Foi uma das melhores noites de sono que já tive, e uma das melhores manhãs também, sabia ser cedo só que algo fazia carinho em meus cabelos e me acordou, não quis abrir os olhos muito menos sair do quente macio e cheiroso travesseiro, me ajeitei melhor e puxei minha perna mais para cima a batendo em algo levemente... duro.

Estranho não lembrava de nada duro na cama quando deitei.

Que seja, era só tirar do caminho, desci minha mão e tentei a colocar pro lado, mas ela não saia, a peguei na mão e tentei mexer pra um lado, depois pro outro, por fim erguer parecia presa! E... Ainda parecia crescer!

Um gemido rouco gutural surgiu ao pé do meu ouvido e então acordei.

Cacete!

Digo

Era o..

Ai ca-er..Caramba!!!!

Tirei a mão arregalando os olhos e erguendo a cabeça do travesseiro que descobrir ser o peito de Teddy

– Des-desculpa, sabe eu estava dormindo e ai do nada algo mexia no meu cabelo e estava bom de mais e o travesseiro era ideal tentei me ajeitar mas algo atrapalhava, ai bom eu tentei tirar mas não estava dando certo e bom... desculpa! Eu não tinha a intensão! E n- Fui calada por um beijo furioso e delicioso.

Suas mãos correram por meu corpo parando uma em minha nuca puxando meus cabelos para trás e a outra em meu quadril na lateral, girou o corpo me colocando me baixo e me prensando contra si, aquele corpo musculoso, perfeito e cheiroso nossas intimidades roçaram e ambos gememos em meio ao beijo selvagem que ele dava, ao me ouvir gemer mordeu minha língua com vontade e sugou meus lábios.

Separou o beijo me deixando ofegante e sem separar o rosto do meu passando seus lábios por minha bochecha falou:

– Você invade meu quarto, dorme na minha cama, me usa de travesseiro esfrega esse corpo todo em mim usando essas roupas mínimas, enfia sua perna grossa e sua coxa tornada no meio das minhas pernas, fica roçando ela em mim e ainda no fim me apalpa? Ah mas uma simples desculpas não vai resolver isso... Vou lhe punir Senhorita Potter.

Engoli em seco e o sentir dar um chupão em meu pescoço me fazendo arfar enquanto sua mão descia por minhas costas me fazendo curvar e agarrando meu seio e a outra que estava em meu quadril foi para minha bunda a apertando também e se ajeitando no meio das minhas pernas.

Sua mão puxou meu top para baixo e sua boca abocanhou meu seio me fazendo gemer e segurar em seus ombros arranhando ali e ondulando meu corpo contra o seu.

Desceu seus lábios por um caminho tortuoso enquanto sua mão apertava a parte de dentro da minha virilha bem próximo do meu centro, estava no céu.

E sem avisos tudo passou, Teddy levantou em um pulo e caminhou calmamente para o banheiro.

– TEDDY! VOLTA AQUI!

– Punição, senhorita Potter.

Grunhi socando a cama e respirando fundo. O que foi esse ataque mamãe?!?! Gente do céu! Que pegada louca!

Ele voltou sentando como se nada tivesse acontecido e sentou-se na cama com as costas apoiadas na parede rosto recém lavado e franja pingando.

– Vou pedir café para gente, e depois você me conta tudo, ouviu? – Ele disse anotando algo em um pergaminho, e logo depois duas bandejas imensas surgiram a nossa frente.

– Esse ano fizemos uma festa de halloween, mas por motivos ai Hugo deixou tudo nas minhas costas no final, quer dizer não tuuuuuuuuuuuuuudo tudo, mas a festa em si quem ia participar seria eu, ele tinha compromissos.- Comi um brownie

– Compromissos?- Teddy disse tomando seu chá.

– Eh, sabe, compromissos com garotas – Disse ficando roxa de vergonha e enfiando o resto na boca, voltando a falar de boca cheia. – Ai, tive de correr a Hogsmead pegar coisas, domesticar alguns hipogrifos, encantar toda a torre de astronomia, me arrumar e voltar a festa para coordenar as coisas, dancei bastante para caramba! Teddy se tinha de ver estava genial! Lotada de gente e todos se divertindo! E a decoração ficou perfeita também, modéstia bem a parte. Apartei uma briga entre Dominique, Scorpius e Albus, alias cê tinha de ver o fora que ela deu neles, genial! Virou minha ídala! E ainda cuidar do tio George e tia Angelina que fizeram um feitiço de rejuvenescimento que deu errado e viraram crianças.

– Eles estavam na festa? – Perguntou incrédulo pegando uma maçã.

– Claro!- Digo tomando suco de abobora e pegando um brioche.

– Por Morgana! Quantas regras vocês quebraram! - Ele diz, mas dá risada

– E isso importa? – Dou os ombros tentando fazer cesta na boca com as amoras e arrancando novas gargalhadas lindas de ouvir dele.

– Lily, lily... você eh louquinha. – Ele diz dando um peteleco no meu nariz e eu ri.

Nessa hora chegam corujas, duas para ele, uma com o jornal e outra com uma carta, e a coruja da minha mãe com uma carta para mim, sem me preocupar com Teddy abro a carta da minha mãe que veio com um pacote grande junto.

“Manipuladora Filha!

Antes de mais nada, segue ai o pacote com os livros que pediu, meu bombons explosivos e os ingressos. Era só isso!? Meu Merlin! Como você pede coisas!

Brincadeira princesa pode pedir sempre que quiser. Só estou curiosa o porquê dos ingressos, no entanto, conhecendo você e Hugo, é mais saudável não saber por hora.

E você esta indo muito bem com o menino, não tenha medo viverão sim uma linda e encantadora historia de amor, ainda mais agora que decidiu agir como uma menina mais normal e dar tempo ao tempo. Fez bem, realmente aquelas atitudes não eram sua cara, só iria lhe ferir.

Sobre as historias, a de Fleur e Bill a formação nem é muito romântica, uma vez que eles não estudaram juntos em Hogwarts nem eram amigos de infância nem nada, Bill é sete anos mais velho que Fleur, conheceram-se a trabalho, todavia o encantador deles foi depois, ela já estava noiva dele e ninguém os aceitava bem, nem eu nem mamãe na realidade, ela parecia muito fútil para ele, mas quando Bill foi ferido por Fenrir, e ficou com metade do rosto deformado entre a vida e a morte, todos pensávamos que Fleur fosse se afastar, mas pelo contrario mostrou-se ainda mais apaixonada e ficou do lado dele o tempo todo. Mamãe passou a gostar dela ai, eu ainda levei um tempo, era muito cabeça dura naquela época.

Ah! A quem quero enganar?! Sou ate hoje!

Já a de Remus e Tonks foi cheia de altos e baixos, se conheceram na Ordem da Fênix, ela uma recém e prodigiosa auror e ele um velho ex-professor lobisomem de Hogwarts, eram agua e vinho filha! E ao mesmo tempo, completavam-se tão bem! Ele não a desejava de inicio, ou pelo menos, tentava negar, hora pela idade (ele era treze anos mais velho), hora por ser pobre, hora por ser lobisomem, e até pela guerra ele tentou, e não conseguiu! Ela era determinada!!! Me inspirei e inspiro ate hoje nela... Era uma mulher incrível!!!

Casaram em meio a guerra e tiveram o Teddy na luta final morram um nos braços do outro, lindo e triste, mas sem duvida o pouco tempo que viveram juntos foi suficiente para amarem intensamente e valer a pena tudo.

Filha sua historia será linda assim, principalmente por ser a protagonista, não se preocupe, só tenha calma, que o que eh seu vira! Será uma linda historia de amor, pois você ama, e isso que torna as historias as mais belas possíveis.

Beijos de sua amada e atarefada mãe.

P.S. Se o seu irmão estiver namorando uma oriental eu o defenestro, espero que não seja! ODEIO garotinhas sonsas orientais...( Que seu pai não me ouça)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que me desculpe pelo atraso, está ai o capitulo ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Doce Sorriso Apimentado Olhar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.