Unica Et Opposita escrita por Sali


Capítulo 33
Capítulo XXXIII


Notas iniciais do capítulo

Daaaaançando (internamente, pq externamente tá fods)
Ooooi, gente *-*
Compensei a demora? Espero muito que sim.
É meio idiota, mas eu queria compartilhar com vocês que eu tirei 97 naquele maldito trabalho, que me fez demorar um mês pra atualizar a fic. Pois é, valeu a pena.
Well... Depois de tanto esperar, eis que chega a hora.
Especialmente destinado à Saah Chan. Ela vai entender o motivo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/423351/chapter/33

Lizzie

Abri os olhos no escuro, sentindo-os se encherem de lágrimas. Fazia realmente muito tempo que eu não sonhava com a minha mãe, mas vê-la, mesmo em num sonho, conseguia mexer comigo como nada igual.

Respirando fundo, pisquei, afastando as lágrimas. Eu não me importava em chorar na frente de quem fosse, mas fazê-lo naquele momento causaria apenas chateação, inclusive em Jude.

– Lizzie? – Senti sua mão quente no meu braço. – Está acordada?

Abri um sorriso pequeno.

– Acho que sim.

Ela se aproximou, e eu senti seu calor e o perfume do seu cabelo.

– Está tudo bem? – Senti sua mão no meu peito. – Seu coração está disparado. Teve um pesadelo?

Abracei-a realmente forte, de repente feliz por tê-la ali. Acabei sorrindo.

– Agora está.

Jude deu uma risadinha, abraçando-se mais a mim, e então ficamos em silêncio.

– Que horas são? – Ela riu baixinho depois de um tempo.

– Não faço ideia.

Senti seu corpo se afastar, provavelmente voltando-se para o relógio de cabeceira. Uma luz suave e amarelada iluminou seu rosto e ela voltou a me abraçar.

– Uma e meia.

Sorri, agora olhando para ela.

– Não está com sono?

Ela negou, então riu baixo.

– Falta de sono e escuro. Parece que tem a ver com a gente.

Acabei rindo, e mordi o lábio.

– Momentos como esse já nos deram muitas coisas boas.

Senti a perna de Jude sobre o meu quadril, sorrindo outra vez, e então sua mão estava no meu rosto, seguida dos lábios. Beijei-a.

– Mas o escuro de St.Leonards é diferente do daqui.

Voltei a sorrir.

– Não me importo com o lugar, desde que eu esteja com você. Te beijando, abraçando.

Jude riu novamente e abraçou-me, então logo senti seus lábios buscando os meus.

– Assim? – Sorriu, roubando-me selinhos.

– Assim mesmo. – Toquei a sua nuca, puxando-a para mim, e rocei os lábios nos dela. Senti a sua mão deslizar por sob a minha camiseta, lembrando que nenhum top me cobria, e suspirei quando ela avançou mais.

– Sua intenção é me provocar? – Arfei contra os lábios dela.

– Talvez seja. – Ela riu baixinho, agora arranhando a área da minha costela.

– Faz muito tempo que eu estou aguentando, Jude. – Levei a mão até a sua coxa, apertando-a.

– Não sei como mulheres fazem isso.

Ofeguei, lembrando ao meu auto-controle quem era que estava ali, a ponto de me enlouquecer.

Segurei-lhe os cabelos na nuca, descendo a boca pelo seu pescoço e beijando-a seguidas vezes, com menos carinho que vontade. Diante do seu suspiro, fiz, quase que por reflexo, que ela se deitasse, meu corpo por cima.

– Eu posso te mostrar. – Encostei a testa na dela, ofegante com o desejo que o contato do corpo dela no meu me inspirava. – Se quiser.

Seus olhos chegaram aos meus, e suas mãos às minhas costas, sob a blusa, arranhando de modo a me fazer gemer sem que eu quisesse.

– Eu quero. – Ela suspirou, e no beijo que se seguiu havia bem mais do que apenas carinho.

. . .

Acordei sobressaltada com a claridade do quarto, filtrada pelas cortinas diáfanas do quarto… de Jude. Olhei para baixo e vi seu rosto adormecido no meu ombro, a minha mente evocando as memórias da noite anterior.

Ergui os olhos para o teto, abrindo talvez o sorriso mais largo de muito tempo. Comecei a rir sem querer, tendo que parar apenas porque a garota deitada no meu peito se mexeu, diante do movimento do meu corpo. E, ainda assim, não parei de sorrir, custando a acreditar que tudo aquilo havia sido real, mesmo que as roupas largadas de qualquer jeito e o contato da minha pele com a dela fossem o suficiente para provar.

Reprimi o impulso de abraçar Jude, preferindo apenas acariciar suavemente seu rosto e o cabelo, tirando a franja dos olhos.

– Bom dia, Liz. – Ela sorriu, os olhos ainda fechados. Apertei-a mais contra mim, sorrindo junto.

– Bom dia, linda. Dormiu bem?

Ela abriu os olhos, piscando de leve, e então voltou a sorrir.

– Que pergunta boba.

Segurando seu queixo, roubei-lhe um ou dois beijos suaves, que não demoraram a ser correspondidos. Em pouco tempo, Jude abraçava-me, nosso corpo se tocando agradavelmente sob o cobertor. Acariciei seus cabelos.

– As vezes é difícil acreditar que você é realmente minha.

Jude olhou-me.

– Eu sou?

Fixei seu olhar dócil, meigo e ao mesmo tempo com algo a mais.

– É?

Ela sorriu.

– Eu não seria de mais ninguém.

Abracei-a com certa força, sorrindo, e ficamos alguns segundos em silêncio.

– Como é possível?

Baixei os olhos, olhando para o rosto de Jude.

– O que?

– Tudo isso. Que estejamos aqui, assim. Que você, tão diferente, interessante, incrível, esteja aqui comigo e goste de mim…

– Jude – Interrompi-a, mirando seus olhos acinzentados. Erguendo a mão, fiz uma suave carícia em seu rosto. – Eu não gosto de você. Gostar, eu gosto da Anne, dos meus amigos, da bibliotecária de St. Leonards. Por você, Jude… Ah, eu amo você.

Vi seus lábios se entreabrirem, formando uma expressão levemente espantada. E então, quase na mesma rapidez, ela abriu um sorriso meigo e virou-se na cama, abraçando-me. Retribui o abraço com intensidade, sentindo seu rosto na curva do meu pescoço e a respiração suave.

– Eu também. – Sussurrou e eu sorri, roubando-lhe um beijo suave.

– Não ria, mas… – Surpreendentemente, vi Jude corar, quando nos separamos. – Eu estou com fome.

– É bem compreensível. Eu também estou.

Ela riu, e então rolou na cama, deitando de costas e espreguiçando-se, o que fez com que seus seios ficassem expostos. Tentando ao máximo não deixá-la envergonhada, olhei-os apenas discretamente, o que de nada adiantou. Enrubescendo suavemente, Jude cobriu-se.

Desviei o olhar.

– Vamos… levantar, então?

– Vamos! – Ela sorriu e eu me sentei na cama, virando de costas.

– Você pode se vestir primeiro, se quiser. Não vou olhar.

Ouvi o som da risada de Jude, e então o toque de suas mãos nas minhas costas.

– Não tem problema se você olhar. Quero dizer… Eu gosto de te ver assim. E ontem… – Mesmo apenas ouvindo a sua voz, eu soube que ela sorria. – Bom, você já me viu.

Sorri de lado.

– Você não se importa?

Ela negou e então, lentamente, me virei de frente, apenas para me deparar com seu corpo despido, ajoelhado na cama diante de mim. Sorri e abracei a sua cintura, e logo Jude sentava-se sobre as pernas, encostando a testa na minha. Beijei-a uma, duas, três vezes, intercalando sorrisos e puxando-a cada vez mais, até que ela sentou-se no meu colo. Abracei a sua cintura nua, suspirando baixinho contra seus lábios quando senti suas unhas novamente nas minhas costas… E então ouvimos batidas na porta.

Exatamente como ocorrera na noite anterior, Jude arregalou os olhos, congelando no meu colo ao ouvir a voz da Sra. May. Com um sorriso tranquilizador, gesticulei para que ela respondesse qualquer coisa à mulher, dizendo com a voz mais baixa que pude para que nos vestíssemos.

E assim, em questão de minutos, estávamos novamente com roupas. Com rapidez, Jude tirou alguns livros de uma das prateleiras do seu quarto e jogou-os sobre a cama, sentando-se diante de mim no segundo exato em que a Sra. May voltou a bater na porta, sendo, dessa vez, convidada a entrar.

– Acordada a essa hora, Jude? – Ela sorriu, adentrando o cômodo com uma pilha de roupas nas mãos.

– Eu estava mostrando para Lizzie o… – Jude parou, desviando rapidamente os olhos para a capa do livro que segurava. – Razão e Sensibilidade. Ontem não deu tempo de mostrar todos os livros.

A Sra. May sorriu.

– Certo, certo. Vocês já querem tomar o café? O garoto James ainda está dormindo, mas eu posso colocar a mesa, se desejarem.

Jude desviou o olhar para mim.

– Eu não quero abusar da hospitalidade de...

– Sim, estamos com fome. – Ela interrompeu-me, e eu acabei sorrindo.

– Sendo assim, eu já volto. – Ela acenou com a cabeça, e então deixou o quarto.

– Jude! – Exclamei, ao vê-la sair, mas, antes que eu pudesse continuar reclamando, seus lábios tomaram os meus.

– Você está com fome e vai comer. E fim.

Acabei sorrindo e roubei-lhe alguns selinhos, mas mal pude beijá-la por muito mais tempo antes que a Sra. May voltasse, avisando que o café da manhã estava na mesa. Ao chegarmos à sala, não deixei de gracejar com a fartura da refeição, mas acabou sendo de muito bom grado que matei a minha fome, diante da mesa caprichada.

Depois de comer, anunciei que iria embora.

– Mas já? – Jude olhou-me, uma expressão ao mesmo tempo meiga e triste. Acariciei suavemente seu rosto.

– Não posso deixar a minha avó sozinha, Jude.

Ela sorriu tristemente.

– Eu sei, mas queria que você ficasse mais.

Segurei suavemente seu queixo, roubando-lhe um selinho.

– Podemos sair hoje mais tarde, o que acha?

Vi Jude abrir um de seus sorrisos radiantes.

– Ótima ideia.

– Então… Me leva na porta?

– Claro. – Ela voltou a sorrir, entrelaçando os dedos nos meus e foi assim que caminhamos através da sala de sua casa, até a porta da saída.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E... é isso.
Finalmente.
Rs.
Muito ruim? Muito bom? Por favorzinho, comentem!
Sim, não tem nada explícito nesse capítulo. Eu não gosto de postar coisas explícitas, e sei que muita gente não gosta de ler. Entretanto, há quem goste. E foi por isso que eu fiz um pequeno extra, que vocês podem acessar nesse link aqui: http://goo.gl/6IGQsy
Sim, tem coisas explícitas aí. Não digam que eu não avisei -q
E... Acho que é isso.
Bora pra quem não me abandonou (muito amor):
— Popi Luka
— ErikaTomazRodrigues
— AnaCarolina
— Saah Chan
— Pietra Soult
— DudaTrigger
— vic
— Ms Lee Barbosa Fernandes
— freiregonc
— eloh
— Kaya Gabriela
— memk
— Ana Corazza
— Vitoria
— ArayaN
— lih
E é isso aí. Cês são lindas. Continuem comentando. Obrigada pelos reviews. É isso aí -q