Unica Et Opposita escrita por Sali


Capítulo 27
Capítulo XXVII


Notas iniciais do capítulo

Oi, seres :3
Tudo bem com vocês?
Ok, dessa vez não demorei tanto, mas caso tivesse demorado eu teria uma desculpa, então vou dá-la agora pra não perder a chance. Depois de tanto tempo enrolando e negando, finalmente li Harry Potter (sim, pela primeira vez). Comecei a ler o primeiro na quarta-feira, e já tô no 4. Ou seja, eu gostei *-*
Mas enfim, não é de Harry Potter que viemos falar, então bora logo pro cap, okay?
Pra quem é romântico esse.



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Jude

Mesmo quando a professora de biologia adentrou a sala de aula eu não consegui tirar da cabeça o sonho que me impedira de encarar Lizzie por toda a hora e meia anteriores. Naquela noite, a cena perturbadora do livro do dia anterior invadira o meu subconsciente, mas diferente. O corpo descrito – seios, ventre, coxas – tomava outra forma. Não era mas moreno, mas claro. As formas, em vez de arredondadas, possuíam a rigidez de músculos torneados, e os lábios mordidos, sussurrando palavras, possuíam um piercing. Na cama de lençois beges que era minha, a minha colega de quarto tocava o próprio corpo.

Apenas quando li “Trabalho Final da Etapa” em letras garrafais no quadro, consegui me distrair.

– Agora que tenho a atenção de vocês, vou explicar do que se trata.

Assim, depois de meia aula e uma certa quantidade e perguntas, eu sabia que cada grupo de três alunas (escolhidas pela professora) teria uma semana para entregar à professora um conjunto texto escrito - glossário - esquema de um tema sorteado por ela. No caso do grupo formado por eu, Lizzie e Karen, uma garota da sala, o tema era a célula eucariota, uma parte da Biologia Celular que eu não dominava muito bem.

– Então… Alguém aí sabe essa matéria? – Karen foi a primeira a perguntar quando nos juntamos para discutir os detalhes do trabalho.

Sorrindo, Lizzie coçou a nuca, seu jeito não verbal de dizer “culpada”.

– Eu não lembro muito bem…

Mordi o lábio, vendo que ambas me olhavam.

– Aprendemos isso já faz um certo tempo…

Karen acabou rindo.

– Acho melhor pesquisarmos sobre isso.

Eu e Lizzie concordamos com a cabeça no exato momento em que o sinal tocou.

– Antes do jantar?

Karen concordou.

– Combinado.

Com a etapa chegando ao fim e o feriado de Natal aproximando-se, as aulas eram, em sua maioria, comandos de trabalhos e atividades finais. Pelo que eu conhecia daquele colégio, as aulas do resto da semana e da semana seguinte seriam destinadas a fazer e entregar tais trabalhos, e então teríamos férias. E era esse o motivo da comemoração de Lizzie no final da última aula do dia.

– E o que você pretende fazer nessas férias? – Perguntei, ainda achando graça de sua animação enquanto andávamos em direção à biblioteca.

Ela sorriu de lado.

– O de sempre.

Olhei-a.

– O que seria “o de sempre”?

– O que você vai fazer nas férias?

Revirei os olhos com a evasiva.

– Sei lá. Ficar estudando, tocar piano, passear com o James, se ele chamar. Acho que meus pais vão viajar para a “lua de mel” anual deles, então não vai ter exatamente uma comemoração de Natal, nem nada. Só os presentes.

Lizzie assentiu com a cabeça.

– E você não me respondeu. O que é o seu “o de sempre”?

Ela deu de ombros.

– Sair, estudar, descansar. No Natal, provavelmente vou com a minha avó no… Sei lá, lar onde ela costuma ajudar. Eles fazem uma ceia legal para os velhinhos que vivem lá, as famílias, e tudo mais. Acho que vai ser isso.

Acabei sorrindo, pensando em velhinhos se abraçando e crianças correndo em volta da árvore de Natal. Parecia divertido, e por alguns segundos pensei em como seria legal ir a esse local com Lizzie.

– Eu estava pensando… – Ela disse então, me olhando. – Minha avó ainda não te conhece. Você deveria ir lá em casa.

Abri um sorriso largo sem querer, surpresa e um tanto feliz com a ideia de sair com Lizzie fora de St. Leonards, conhecer a sua casa e a sua avó.

– Ou melhor… – Ela se corrigiu depois. – Se você quiser. Sei que não é acostumada com essas casas pequenas de subúrbio.

Acabei rindo.

– Não, Lizzie! Quero dizer, sim. Eu adoraria ir. Muito. Seria incrível conhecer a sua casa e a sua avó.

Ela sorriu de lado.

– Acho que ela vai gostar de você. Consigo até imaginar ela dizendo como uma jovenzinha tão linda e boa está em tão péssima companhia como a neta dela.

Acabei rindo sem querer, corada.

– Lizzie, não. Você não é uma má companhia.

Ela sorriu de lado, mexendo na parte de trás dos cabelos.

– Eu concordaria com ela. Sobre as duas partes.

Balancei a cabeça e, tentando mudar de assunto.

– Você poderia ir conhecer a minha casa também. Um dia, se quiser. – Dei de ombros, me arrependendo pouco depois da sugestão. Muito provavelmente Lizzie estaria ocupada durante aquele feriado, saindo com seus amigos. Não teria tempo nem vontade de visitar uma casa chata, enorme e tão vazia, sem nada interessante para se fazer, por mais que eu quisesse que ela tivesse.

– Eu vou adorar, Jude. – Ela sorriu, deixando-me um tanto surpresa.

– Sério? – Perguntei, sinceramente incrédula. – Achei que você não teria ânimo de gastar suas férias visitando uma casa de milhões de libras.

Vi a minha colega de quarto rir baixo.

– Jude, acho que você não entendeu que não faz parte dos meus planos ficar longe de você durante esse feriado. Nem que fosse num convento, eu iria te visitar. Bom, se me deixassem entrar.

Acabei rindo também, bastante… Surpresa com aquela declaração espontânea. Olhando para o sorriso de lábios fechados de Lizzie, eu só tinha vontade de beijá-la.

– Mas você não disse que iria usar o feriado para sair, descansar e estudar?

Ela voltou a sorrir daquele jeito entendido e enigmático, como se fosse a única a saber de um segredo interessante.

– Eu adoraria sair com você. – Ela deu de ombros. – Se você quisesse.

Se o plano de Lizzie era me deixar surpresa, ela o cumprira com perfeição. Acabei sorrindo, sem saber muito bem o que dizer. Por mais surpresa e interessada que eu me sentisse ouvindo todas as histórias de Lizzie, poder participar de uma experiência daquelas era algo… novo.

– É… Sério?

Ouvi sua risada pelo nariz.

– Sim, Jude. – Ela ergueu a cabeça, me olhando. Quando voltou a falar, sorria. – Eu não sei se você ainda não entendeu, mas… Eu gosto de você. De verdade. Não é só aqui. Eu quero sair com você, te apresentar para os meus amigos, a minha avó. Sei lá, sair nem que seja para tomar um sorvete, ir no McDonalds, andar no parque. Eu não vou conseguir simplesmente ficar sem você nesse tempo todo.

Um sorriso surgiu nos meus lábios antes mesmo que eu pudesse conter. Aqueles sentimentos descritos por ela eram extremamente fortes em mim, mas, ao contrário dela, eu nunca conseguiria os verbalizar, muito menos com tanta naturalidade. Ouvi-la dizer aquilo só tornava tudo mais real, e aumentava ainda mais a minha vontade de beijá-la naquele instante.

Abri a boca para formular uma resposta, mas Lizzie abriu um sorriso diferente, olhando além de mim.

Virei-me para seguir o seu olhar no momento exato em que Karen aproximava-se de nós, subindo os degraus da biblioteca.

– Me desculpem a demora. – Ela deu um sorrisinho ao se aproximar. – Tive que resolver algumas coisas.

Sorri em resposta, de repente feliz.

– Tudo bem. Também acabamos de chegar.

Acenando com a cabeça para Lizzie em um cumprimento, Karen entrou junto conosco na enorme biblioteca.


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Notas finais do capítulo

AAAAAWWWWWWWWWWWNNNNN!
Ti fofo, né gente? *-*
Essas duas são uma coisa mesmo, concordo u.u
Mas enfim. Cara, eu sou louca pela Lizzie assim, apaixonada. Ela fica tãão... (Sali, Sali!)
Enfim.
Muito obrigada pelos reviews no último cap. Cês são lindxs.
Bora lá pra quem comentou :3
— Beatriz Cunha
— Gabriiele Novaes
— Ms Lee Barbosa
— lih
— Saah Chan
— Hachimenroppi
— Alaska Young
— Doce Amarga (que me prometeu um desenho da Lizzie e nada! D':)
— ArayaN
— AnaCarolina
— Ariane
— Allegra Egnatz
E, como não sou de ferro, passem na minha one nova, gente!
http://fanfiction.com.br/historia/547805/Maestum/
Se vocês comentarem lá eu... Não faço nada, só agradeço mesmo -q
Obrigada mesmo, gente! Até mais ver o/