Unica Et Opposita escrita por Sali
Notas iniciais do capítulo
Aeeeeeeeeeeeeeeee o/
Eita que dessa vez eu demorei, e não tô muito certa de que o cap de hoje é uma boa retaliação. Pelo menos pra vocês, porque pra mim, que amo treta, tá lindão.
Bora dançar e pular em agradecimento à Alaska Young, que retornou do mundo dos mortos para recomendar UeO (se você não leu Quem é você, Alasca? simplesmente ignore o comentário retardado) e fazer companhia à ArayaN na calçada da fama. Não, pera.
Bobeiras a parte, bora?
Jude
Esfreguei os olhos, me sentando na cama apenas para notar que Lizzie não estava no quarto. Pulando da cama, aproveitei a sua ausência para me vestir.
– Bom dia, Jude. – Ela sorriu de lado ao sair do banheiro, e eu suprimi o arrepio que me subiu ao vê-la dizer meu nome.
– Bom dia. – Abri um pequeno sorriso, sem muita convicção.
– Dormiu bem?
Na noite anterior eu havia encontrado uma forma de manter Lizzie em sua cama e eu na minha, o que não havia sido totalmente agradável, pois eu me acostumara à sua presença, e a falta dela era irritante.
– Sim, e você?
Assentindo, sem acrescentar nada, ela se voltou para a sua bolsa, que repousava na mesa de estudos.
– Aula de Física no primeiro horário?
Confirmei, me aproximando da minha bolsa – e, consequentemente, de Lizzie.
– Desagradável. Eu preferiria ficar aqui. Se possível, com você. – Seus olhos encontraram os meus, mas eu desviei, me esforçando ao máximo para não corar e torcendo para que aquilo não abalasse minha convicção.
Quando voltei a erguer a cabeça, Lizzie já estava distante de mim.
Seguindo-a, deixei o chalé em direção ao prédio das salas.
Por mais que durante a aula eu tivesse desviado os olhos ao sentir o olhar penetrante de Lizzie sobre mim, afastado a mão quando ela tentou tocá-la e prendido o cabelo quando ela quis mexer, senti meu coração afundando quando ela finalmente desistiu, e seu sorriso habitual foi trocado por uma expressão séria e indecifrável, mas um tanto assustadora.
Na terceira aula do dia, Filosofia, finalmente ouvi a sua voz.
– Jude. – Ela disse, suficientemente baixo para que apenas eu ouvisse.
Inconscientemente, apertei com mais força a caneta, ignorando os efeitos que ela me causava ao dizer meu nome enquanto me inclinava para trás, como forma de mostrar que eu a ouvia.
– Você está…
– Elizabeth Bennet. – A voz severa da professora se fez ouvir, me dando um pequeno suspiro de alívio. – Se a senhorita não pretende prestar atenção na aula, peço que saia.
Escondi um pequeno sorriso aguardando qualquer argumento lógico e irônico por parte de Lizzie, mas o único som que ouvi foi o dela levantando da cadeira.
Após jogar a mochila no ombro, meneou a cabeça em uma saudação.
– Com licença.
Vendo a porta se fechar, surpreendi-me boquiaberta – como metade das garotas da sala –, um tanto incrédula com a atitude que eu nunca vira Lizzie tomar.
– E você, senhorita Ward, – A professora olhou-me. – Cuidado.
Foi com um pequeno arrepio na espinha que eu assenti, me voltando para o caderno.
Olhando para o quadro quando era necessário e preferindo me manter reservada no debate que se seguiu, eu não consegui deixar de pensar em Lizzie, lembrando nitidamente da sua expressão ao sair. Não era irônica; era irritada e aparentemente impaciente.
Quando saí da sala, Lizzie aguardava encostada ao lado da porta.
– Jude.
Olhei-a.
– O que está acontecendo? – Foi a sua pergunta, antes que eu pudesse responder.
– Nada. – Além de estar certa de que a minha voz não era firme, eu não tinha coragem ou vontade de confrontar Lizzie e dizer meus motivos para… Evitá-la.
– Nada? Você está diferente, Jude. O que aconteceu? Eu te fiz algo? – Seus olhos buscaram os meus, e no lugar da irritação de antes, eu vi preocupação neles antes de desviar. – Você sabe que pode falar comigo, não sabe?
Prendendo a respiração, senti a minha determinação falhar, quase cogitando a possibilidade de desabafar ali mesmo. Mas eu sabia que, se fose o caso, ela diria coisas para me tranquilizar, e eu não tinha certeza de que seriam verdades.
– Eu sei, sim. Obrigada, Lizzie, mas não é nada. – Acenei com a cabeça, me voltando para o corredor. – Vamos para o refeitório?
Ela deu de ombros.
– Não vou almoçar.
Lizzie
Joguei a mochila no chão do quarto e soltei um suspiro exasperado, me forçando a suprimir a raiva que me subia pela garganta. Se o plano de Jude era me irritar, estava sendo cumprido com excelência, porque por mais que eu gostasse dela – o que não era pouco –, sua reticência era enervante, e a falta de motivos ainda mais.
Sabendo que eu não conseguiria ficar em sua companhia por muito tempo, preferi me refugiar no quarto em vez de almoçar, a fim de esfriar a cabeça. Um dos únicos motivos pelo qual eu ainda não havia explodido era a minha consciência de que, com toda a inocência que lhe era própria, ela não fazia o que fazia por querer, mas sim por alguma razão que, Deus sabe por quê, omitia.
Talvez se eu a descobrisse, poderia resolver aquilo sem piores danos.
Ao ouvir batidas na porta, suspirei, com a tênue esperança de que fosse Jude.
– Bennet, hey.
Respirei profundamente ao ver diante de mim um rosto que eu preferia ignorar.
– Mary…? – Olhei a garota, tentando lembrar o nome que Anne uma vez mencionara de passagem.
Ela sorriu.
– Como vai?
Olhei-a, um tanto intrigada com aquela simpatia gratuita e súbita. Era óbvio que havia algo mais.
– Vou bem. – Respondi, saindo do chalé e fechando a porta atrás de mim.
Erguendo as sobrancelhas, ela pareceu analisar meu ato.
– Não vai me convidar para entrar?
Balancei a cabeça, sem nenhum ânimo de participar naquele momento de algum joguinho de interesse.
– Logo o intervalo acaba. Não estou planejando ficar.
Ela assentiu lentamente, como se avaliasse minhas palavras.
– Soube que você e Jude… Bem… – Abriu um sorriso especulativo e eu senti um pequeno arrepio.
– Há rumores? – Perguntei, fingindo indiferença.
– Não, você pode ficar tranquila. Eu só soube. É verdade?
Suspirei, impaciente.
– Não, não é.
Ela sorriu.
– Por favor, não se sinta refreada a dizer a verdade caso pense que não reprovamos isso. Na verdade, há muitas garotas aqui que inclusive… Concordam, entende?
– Eu estou dizendo a verdade. E… Você não acha que está um pouco atrasada? – Olhei-a. – Eu estou aqui desde o início das aulas. Já fui suficientemente bem informada sobre a aceitação das alunas.
A expressão de Mary foi de irritação a surpresa em segundos. Vi um leve cintilar de satisfação em seus olhos.
– Então é verdade. – Ela deixou escapar um pequeno sorriso, e eu ergui uma sobrancelha. – Você e Carrie realmente…
– Por que tanta necessidade de saber da vida alheia?
– Eu não me importo com a vida alheia, Lizzie. Só estava pensando… – Ela aproximou-se de mim, brincando com a gola da minha camisa.
– Não, Mary. – Afastei a sua mão quase gentilmente.
Seu sorriso murchou, e então voltou.
– Mas por que? Se você realmente não está com Jude…
– Mary, não, ok? Simplesmente não.
Agora o olhar dela era exasperado.
– Você tem alguma namorada fora daqui, então? – Ela insistiu, sorrindo. – Eu realmente espero que não. Carrie lamentaria ter sido infiel.
Rangendo os dentes, me esforcei ao máximo para não expulsar Mary dali.
– Mas eu não me incomodo tanto. Inclusive gostaria de conhecê-la, se for assim como você.
– Mary, preste atenção. Minha vida, assim como o que eu faço ou deixo de fazer, não compete a você. Eu não quero e não vou transar com você para satisfazer sua curiosidade de colegial, ok? E não é você que vai me convencer do contrário.
Diante de mim ela suspirou, mas antes que eu sentisse qualquer esperança de que finalmente houvesse a convencido, vi-a sorrir.
– Eu não acho que a diretora gostaria de saber que há duas alunas… Bom, se relacionando intimamente em um dos chalés.
Encarei-a.
– E eu duvido que a família Ward gostaria de saber que há uma garota emburrada espalhando denúncias mentirosas sobre a sua filha.
Mary empalideceu um pouco, e eu contive o meu sorriso.
– Vá importunar outro.
Me fuzilando com um último olhar, ela saiu dali.
Soltei um suspiro longo ao adentrar o chalé a fim de pegar a minha mochila.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
É isso aí. Lizzie também tem seu lado muito-brava-pra-cacete e sou-foda-se-manda-da-minha-frente.
Gostaram? Não?
Comentem! Nem que seja xingando, sei lá. Ou melhor, xingando não. Respeito é bom e conserva os dentes.
Ignorem a minha saltitância (oi?) desnecessária okay? E comemorem comigo o fato de eu ter trocado de óculos e estar perto de fazer a minha tatuagem. Isso é lindo!
Bora logo pra quem comentou porque eu tô com fome e tem nutella me esperando na cozinha.
Yay! (mentalizem-me dando um pulinho animado, o que eu não vou fazer por motivos de frio e preguiça)
— AnaCarolina
— Hachimenroppi
— Ms Lee Barbosa
— Allegra Egnatz
— Ariane
— Leah Shintekyo
— Gabriiele Novaes
— lih
— ArayaN
— Lua
— Saah Chan
— Samyni
E pra finalizar, cês curtem fic interativa? Acabei de acabar uma. Fiquem com ela para não morrerem de saudade até o meu retorno:
http://fanfiction.com.br/historia/516462/Masquerade_-_Interativa/