Unica Et Opposita escrita por Sali


Capítulo 11
Capítulo XI


Notas iniciais do capítulo

God save the feriado!
Nunca pensei que poderia amar tanto o Carnaval, mas agora amo. Uma semana só pra me concentrar em livros, internet e fics! É muito amor.
Mas então. Chegaaaay. Tô aqui com cap novo.
E vocês vão me matar, mas eu tenho que dizer. Deve fazer quase três semanas que essa droga de cap tá pronto, juro. Tempo pra escrever a mão e tal eu tenho, mas pra digitar, sonha!
E aí, quando eu consigo digitar a #*%$& do cap, descubro que tá com menos de 1,100 palavras (pra quem não sabe, não posto cap com menos que isso). E aí foi mais uma porrada de tempo pra ajeitar.
Mas cá estou, e fim. Sejam felizes!



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Lizzie

– Eu tenho certeza – Carrie começou, enquanto terminava de abotoar os jeans. – em seis anos estudando aqui, eu nunca tinha feito nada como isso.

Abri um sorriso de canto.

– Então viva a primeira vez!

Ela riu enquanto eu vestia a minha blusa de mangas longas por cima do top semi seco.

– Viva, com certeza. – Ela mordeu o lábio, olhando-me de um jeito safado. – Porque eu também nunca senti nada parecido.

Abri um sorriso de satisfação.

– Que bom.

– Você acha? – Ela me olhou e eu me aproximei mais dela, tocando seu rosto e fazendo uma carícia leve em seu queixo.

– Claro, Carrie. – Respondi, meu rosto a poucos centímetros do dela. – Espero que tenha matado a sua curiosidade.

E, sorrindo de lado, voltei a me afastar, enquanto Carrie me olhava, os lábios entreabertos numa perfeita expressão de surpresa.

Obviamente, nosso pouco tempo de conversa não envolveu vida pessoal e experiências, e, por isso, eu não sabia com certeza se ela era gay ou apenas muito curiosa. Mas era possível perceber a segunda opção apenas pela sua forma de agir. E, para que eu não tivesse problemas com ela depois desse acontecido, precisava tomar algumas precauções.

– Bom, vamos embora? – Respondi por fim, após terminar de me vestir.

Carrie, que terminava de abotoar a blusa, fez que sim com a cabeça, e então me seguiu para fora dali.

. . .

– Mas, Lizzie… Nós ainda vamos continuar a conversar? Quero dizer… – Carrie mordeu o lábio, parecendo repentinamente tímida. – Você não vai fugir, não é? –

Dei de ombros, vendo seu rosto marcado pelas sombras projetadas pela iluminação fraca da área dos chalés.

– Não vou ficar com você, e realmente espero que você não espere isso de mim. Mas, se você entender que foi sem compromisso, continuamos, sim, conversando, como você quer.

Carrie assentiu, dando um sorriso pequeno.

– Tudo bem, Lizzie. Eu entendi que você não é do tipo que aprofunda qualquer relação. Pode relaxar, eu não vou correr atrás de você.

Sorri de lado, mudando de assunto.

– Vamos dormir.

Carrie concordou.

– Até amanhã, Lizzie. – Ela disse, aproximando-se de mim, mas parecendo tímida para tomar qualquer iniciativa.

Com outro sorriso, me aproximei da garota e, com uma leve carícia, afastei-lhe o cabelo do rosto e me inclinei para deixar um beijo em sua bochecha, satisfatoriamente perto dos lábios.

Voltando a me afastar, respondi-a.

– Até amanhã.

Ela sorriu, um pouco mais timidamente que o comum e se dirigiu ao seu chalé, enquanto eu observava o seu caminhar. Antes de entrar, acenou outra vez para mim, que respondi com um sorriso e um menear de cabeça antes de adentrar o meu chalé.

Jude

Lizzie não aparecera. Por mais que a preocupação ocupasse um pequeno lugar em mim, não era dominante, pois eu sabia que ela se viraria suficientemente bem sozinha. No entanto, seu sumiço no jantar e depois do toque de recolher, sem ao menos dizer aonde ia, era bastante irritante.

Eu não conseguia entender por que ela não se dera ao trabalho de avisar, e fiquei ainda mais irritada ao saber, por Anne, que ela estava jogando basquete e conversando com Carrie, aquela garota que vivia em cima dela.

Não que eu me incomodasse propriamente com isso, mas o fato dela ter sumido por horas sem ao menos falar nada era, no mínimo, incômodo.

Sem o menor ânimo de prosseguir com a leitura do livro que eu pegara na biblioteca – e também surpreendentemente enjoada de todo aquele romance, coisa que eu nunca imaginei acontecer – deitei-me cedo, porém os pensamentos, tão confusos na minha cabeça, me fizeram passar um bom tempo olhando para o teto.

Quando a porta fez barulho, indicando que alguém a destrancara, eu ainda não tinha dormido, e pude ouvir um trecho da conversa entre Carrie – eu achava, pela voz que soava baixa e sorridente – e Lizzie.

Sem querer, ouvi-as falarem sobre manter contato, mas sem compromisso. Era impossível não entender o que havia acontecido e, quando Lizzie adentrou o quarto, rindo baixo e se movendo silenciosamente, me virei para o lado e tentei, de todas as formas, ignorá-la.

Dentro de mim, alguns sentimentos conflitavam. A irritação extrema com Lizzie, por ter desaparecido sem avisar e até por motivos completamente idiotas, pois eu me irritava com ela por ter chegado tarde e ter a chance de me acordar, se eu estivesse dormindo. Mas eu também tinha outro sentimento, algo sem nome e que me dava reações ainda mais estranhas. Em meu íntimo, uma curiosidade nova me impulsionava a querer saber mais do acontecido. Eu, de certa forma, talvez admirasse Lizzie pelo seu ato, e queria saber mais. De repente, estava curiosa para saber o que ela e Carrie haviam feito, onde, e como.

Sem conseguir dormir, acabei acompanhando os sons que Lizzie fazia, seus passos cuidadosos, os movimentos silenciosos.

Vi quando a minha colega de quarto entrou no banho, e a vi deixar o banheiro de uma forma que me fez quase agradecer pela escuridão do quarto; Lizzie vestia nada além de suas roupas íntimas: top e uma cueca box.

– Droga. – Murmurei, antes de realmente pensar em verbalizar qualquer coisa.

Ao som da minha voz, Lizzie sobressaltou-se.

– Jude? Está acordada?

Revirei os olhos, impaciente.

– Sim.

– Me desculpa. Cheguei um pouco tarde. Já vou deitar, okay? Não te incomodo mais. – Lizzie respondeu, num tom tão delicado e preocupado que, de repente, eu quase me arrependia de me irritar com ela.

Sem querer demonstrar essa queda nas barreiras, nada respondi, observando-a terminar de se vestir no escuro e deitar-se na cama.

Inspirei e expirei lentamente algumas vezes, atenta à regularidade da minha respiração, quando, de novo, as palavras saíram da minha boca sem que eu permitisse.

– Lizzie?

Comecei a contar o ritmo da minha respiração, torcendo para que ela já estivesse dormindo.

Não estava.

– Sim, Jude?

Senti meu coração se acelerar e mordi o lábio, hesitando.

– Você acredita… Acredita em amor de verdade? Acredita que um dia vá amar uma pessoa e não querer mais nenhuma outra?

Aguardei.

Não via Lizzie, mas estava certa de que ela sorria.

– Talvez.

Eu sabia que aquele não era nem de longe o momento de conversarmos sobre isso, mas eu sabia que, se não falasse naquele momento, perderia de vez a coragem. Mordi o lábio com força e voltei a falar ao escuro.

– Talvez?

– É. – Ela respondeu simplesmente e, por alguns segundos, acreditei que essa seria toda a sua resposta. Felizmente (ou nem tanto), não foi. – Isso é complicado, Jude. As vezes quem você ama de todo coração não te ama nem de longe da mesma forma. E, as vezes, quem você acredita que vai amar a vida toda de repente… Não é mais essa pessoa. Seria bom que fosse como nos livros que você lê, mas não é. Amor de verdade não é fato, é sorte.

Quando Lizzie voltou a se silenciar, temi que meu pulso pudesse ser ouvido por ela. Me sentia tão nervosa que mal conseguia olhar para a sua silhueta no escuro.

Poderia, naquele instante, fazer-lhe dezenas de perguntas. Poderia perguntar se era esse o motivo dela ficar com tantas pessoas, ou poderia perguntar se ela já havia vivido amores assim. Mas, naquele momento, não era a razão que imperava. E a emoção me levou a dizer outras palavras.

– E você espera ter essa sote?

Distinguindo as sombras e silhuetas no escuro, quase pude ver o olhar penetrante de Lizzie sobre mim. Quando ela falou, parecia sorrir.

– Talvez.


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Notas finais do capítulo

Veeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem
pra ser feliz, pra ser feliz!
Não colou, né?
Bom, a essa altura vocês já devem conhecer meu jeito doidaço de fazer essas notas. E isso é até engraçado, porque quem me conhece e lê a fic (sim, Bia, tô falando de você) fala que eu sou possuída por um Espírito das Notas, porque, sério, nem pareço a mesma pessoa fora daqui.
Er... Falei demais né?
Tá, tá.
Vamos ao que interessa. O que acharam do capitulo?
Eu, pessoalmente, achei o pov da Jude um tantinho confuso, meio repetitivo. Relevem. Não sou pura, inocente e nem um pouco versada na arte de se apaixonar sem saber pelas pessoas. Espero que tenha colado.
Se não, que pena. Não vai virar livro mesmo.
Huuuuuum...
Tá, parei.
Bora pros reviewers (oi?):
— Vicky Barbosa
— Rive (saia da tumba, que eu chegay)
— Paçoquinha
— Arayan
— TConty (ela me entende, gente. Isso é tão lindo!)
— Vìrus
— Samyni
— Baunilha
— Em
— Lari
— Mrs Thay (leitora nova uhuhul bem vinda u.u)
E fim.
Beijo tchau.