Pegando Fogo. escrita por hollandttinson


Capítulo 32
Alvo.


Notas iniciais do capítulo

Voltei.
Meu pc tá dando pau e eu tô em época de provas, então vocês já sabem né? Zzzzzzzz.



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POV: PEETA.

Gale estava abalado quando olhamos para ele, seus olhos brilhavam por uma lágrima que ele não deixou cair. Katniss suspirou.

– Ela está num lugar melhor agora.- Disse Katniss, se aproximando dele e colocando a mão no seu ombro, incentivando-o a ser forte. Ele balançou a cabeça.

– Ela foi importante pra a gente, lembra? Quando nós pegávamos aqueles morangos e ela induzia o prefeito á comprar e salvava as nossas vidas?- Perguntou Gale, erguendo uma sobrancelha para Katniss que suspirou, concordando com a cabeça.

– Claro que lembro! É claro que eu também me lembro que você era um dos grandes motivos de tudo isso, eu me lembro de um amor encubado que ela sentia por você.- Katniss sorriu e Gale suspirou.

– Ela nunca vai poder me perdoar por não ter correspondido.- Ele disse, segurando a arma com mais força, a raiva estava tomando conta dele de repente. Katniss balançou a cabeça.

– Tenho certeza de que onde ela estiver agora, e acredito que é um lugar bom, se ele realmente existir, claro... Ela não terá tempo para remorsos ou sentimentos ruins. Ela deve estar feliz por estarmos lutando, é isso que estamos fazendo não é? Lutando?- Perguntei, mesmo não tendo nada á ver com nada, e eu senti que Gale me daria um belo fora bem dado na minha cara, mas ele não o fez. Ele me olhou com os olhos estreitos e depois deu de ombros concordando com a cabeça.

– Vamos lá, temos um presidente para deixar Katniss matar.- Ele sorriu para a minha morena, que tremeu e concordou com a cabeça, segurando o arco com mais força.

Eu estava chocado com o fato de que não estávamos sendo atacados ou bombardeados nem nada do tipo, estava tudo calmo, tudo calmo demais. Era como se Johanna e os primeiros, tivessem levado toda a "parte boa" do massacre com si, e eu esperava que quando subíssemos, Snow já estivesse rendido e pronto para ser morto. Só esperava mesmo.

Quando chegamos no 3ª andar, que era onde ficavam os quartos, eu vi crianças. E elas choravam, elas estavam desesperadamente chorando.

– O que merda é isso?- Perguntou Katniss apontando para as crianças que estavam agachadas no chão, escondendo os rostos e soluçando. Era aterrorizante, agoniante.

– Eu não sei.- Disse Gale, pressionando seu microfone. Eu e Katniss fizemos o mesmo e então eu percebi que Haymitch não se comunicava conosco á muito. Olhei para a janela mais próxima e escancarei a boca, de choque, medo, pavor, tristeza.

Os corpos de Haymitch e Coin estavam sendo arrastados por pacificadores da Capital e pareciam muito machucados. Câmeras estavam ali também e então eu vi Beetee. Ele estava morto.

– Meu Deus!- Eu exclamei olhando a cena. Coin se debatia desesperadamente e incansavelmente. Haymitch parecia impassível, como se já esperasse coisa do tipo e provavelmente esperava, ele está sempre preparado para o pior. É uma maneira sã de viver a sua vida.

– HAYMITCH!- Katniss gritou se jogando em direção á janela. Eu e Gale seguramos os seus braços. O que ela achava? Que podia passar pela janela e salvá-lo? Mesmo que pudesse, seria tarde demais.

– Katniss, vamos fazer o que viemos fazer. Haymitch é adulto e sabe se cuidar.- Disse Gale, me ajudando á puxar ela para longe da janela.

– NÃO! ELE VAI MORRER, VÃO MATAR ELE! PRECISAMOS FAZER ALGUMA COISA!- Katniss chorava e se debatia nos nossos braços.

Plutarco foi arrancado com violência do carro de guerra e ela pareceu ficar mais descontrolada. Suas lágrimas e seu desespero estavam acabando comigo. Meu coração estava mais acelerado do que qualquer coisa e o aperto no meu peito estava sendo substituído pela dor na minha garganta. Ela doía e eu queria gritar e correr e fazer qualquer coisa pra acabar com a dor que se sucedeu depois do tiro. Beetee Plutarco estava jogado no chão com uma bala na cabeça e os pacificadores pareciam rir da sua cara. Coin se desesperou e acabou se soltando, se postando diante ao corpo de Plutarco.

Ela chorava e balançava seu corpo, eu conseguia ouvir a sua voz fria gritando para que ele voltasse, que não a abandonasse. Haymitch olhou para o céu com cara de tédio e então se virou para o pacificador. Eu li em seus lábios a frase "vamos acabar logo com isso", então o pacificador ergueu a arma apara Haymitch e eu não consegui. Eu segurei a minha arma com mais força e mirei exatamente onde Haymitch estava. Eu atirei. Eu não sei o que estava pensando. O que eu estava pensando? Eu simplesmente atirei numa janela á prova de balas enorme que era base de quase toda a mansão. E ela caiu.

Tudo começou á ruir no lugar onde a bala que era coberta de fogo passou. Lá em baixo, Haymitch sorriu e acenou fraquinho para mim. Coin levantou a cabeça e acenou, limpando o rosto. Ela sacou uma arma do cinto e apontou para o céu.

– Ela está nos mandando continuar.- Disse Gale, segurando Katniss com mais força e levantando ela. Eu poderia ajudá-lo, se conseguisse. O tiro de fogo acertou a janela e passou direto por ela, parando no chão, bem em cima da cabeça de 8 pacificadores que chamuscaram até a morte, mas foi uma morte rápido, eu acreditava.- Peeta?

– Vamos.- Eu falei com a voz falha. Eu fiquei tanto tempo chocado com tudo que vi lá embaixo que nem me lembrei das crianças. Elas tinham parado de chorar e olhavam para nós atentamente. Uma delas se aproximou, ela tinha cabelos loiros como os de Prim e usava a trança de Katniss.

– Vão nos matar agora?- Ela perguntou. Eu quase sorri, mas era aterrorizante o seu pensamento. Que tipo de ideia eles têm de nós?

– Nós não matamos... Inocentes.- Disse Gale.

– Já mataram antes.- Uma outra garota comentou.

– Á menos que vocês estejam contra nós e tentando nos atacar. Não estão fazendo isso.- Eu completei a fala de Gale e a garota sorriu.

Gritos.

Gritos terríveis e choros. Não eram as crianças. Era o andar de cima.

Johanna. Finnick. Paylor. Pensei em todos eles e me pus á correr. Katniss e Gale tentaram vir atrás de mim, mas Katniss não podia correr e nem era preciso. Preferia que não tivesse vindo.

Bestantes. Deviam ter mais de 6 ali, e eles estavam tentando atacar nossa equipe, que era mil vezes menor do que a original. E eles pareciam desesperados, principalmente Finnick. Seu tridente estava manchado de sangue até o talo e as bestantes não pareciam nada machucadas. Atrás deles, estava uma placa que indicava a estufa de Snow.

Então eu pensei: se a minha arma fez aquele estrago aquela vez, pode fazer um maior agora... Mas Gale e Katniss já estavam atacando também. O arco de Katniss estava apontado com decisão na direção das bestantes que olharam raivosas para nós. Quando focaram Katniss, ficaram piores e, do inferno, surgiram mais 4 bestantes no lugar, fazendo Paylor gritar.

– ELAS SE MULTIPLICAM, EU NÃO SEI O QUE É ISSO, PELO AMOR DE DEUS!- Ela gritava. Sua roupa estava manchada com sangue e ela não tinha mais uma arma, era só uma faca. Sua arma estava jogada ao lado da porta da estufa.

– VOCÊS NÃO TÊM UM PLANO?- Perguntou Gale, agoniado enquanto tentava se livrar de um bestante que se aproximava lentamente.

– ESTAMOS ACEITANDO SUGESTÕES!- Gritou Johanna. Eu balancei a cabeça, olhando para a porta.

Não conseguia me concentrar nas bestantes, nem em nada do que estava acontecendo ao meu redor. Eu só conseguia pensar numa forma de entrar naquela estufa e pegar Snow. Como na Arena, as bestantes sumiriam quando as portas abrissem, eu tinha plena certeza disso. Era só um obstáculo mortal.

– Já tentaram chegar á porta? É a solução!- Eu disse um pouco mais baixo, como se as bestantes pudessem me ouvir, que tolice! Acho que o desespero está danificando a minha mente.

– Ah, jura? Sério mesmo? Eu acho que todos nós já percebemos! Mas não tem como chegar até lá, se não percebeu: temos um probleminha.- Disse Finnick, todo irônico, apontando para as bestantes que pareciam á cada minuto mais raivosas.

– Se afastem.- Eu disse e eles recuaram rápido como se estivessem esperando algo desse tipo á horas.- Isso não vai matá-las, eu acho... Mas vai deixar elas um pouco tontas por um tempo.- Eu disse, pegando uma das bombas que eu roubei da sessão de Beetee.

Eu me lembro de ele ter dito algo como "isso não vai funcionar, isso não pode matar ninguém, Gale, vamos deixar para lá, outras fórmulas virão". Gale achou que era importante guardar a bombinha, mas acabou esquecendo.

– Onde você encontrou isso?

– Roubei da sessão de Beetee.- Eu disse, dando de ombros e finalmente apertando um botãozinho mínimo em cima da pequena bomba. Ela apitou e eu joguei.

As bestantes não prestaram atenção nela porque estavam ocupadas demais tentando nos atacar. Foram necessários apenas 6 segundos para que explodisse. A fumaça era negra e eu pensei que era a oportunidade perfeita. Abaixei o óculos do capacete que Haymitch me deu e comecei a andar dentro da fumaças.

As mutações estavam tontas lá dentro, cambaleavam e algumas tinham se deitado. Pareciam cachorros loucos, enormes cachorros loucos, negros e assustadores cachorros loucos. Elas não estavam preocupadas em guardar a porta agora, acho que o gás acabou com as suas vistas, talvez Snow não tivesse se preocupado em criar Bestantes á prova de gases... Na Arena não podiam soltar gases, podiam? Apenas eles eram capazes de tal coisa.

A porta estava destrancada e no mesmo momento em que coloquei a mão na maçaneta, a fumaça simplesmente sumiu. As bestantes se viraram imediatamente para mim. Foi rápido demais, eu não tive tempo de abrir a porta e mandá-las embora, eu fui jogado com força do outro lado da sala. Ouvi Katniss gritar e de repente ouvir tiros de arco e arma.

– ELAS DEVEM TER UM PONTO FRACO! CHEGUEM ATÉ A PORTA E ELAS VÃO EMBORA!- Eu gritei, mesmo sentindo muita dor. Eu precisava fazer tudo isso passar logo. Katniss olhou para mim e respirou fundo. Ela parou tudo o que estava fazendo e segurou o arco com mar determinação, a flecha estava estrategicamente perfeita presa em seus dedos e ela respirava devagar. A flecha bateu diretamente no pescoço da bestante que se aproximava de mim. A bestante cambaleou e caiu.

– O pescoço? Que patético!- Disse Gale revirando os olhos e apontando a arma nos pescoços das bestantes. Finnick e Paylor correram na direção da porta enquanto Johanna, Gale e Katniss trabalhavam. Finnick deu a meia volta e se aproximou de mim.

– Olá.- Ele sorriu um pouco.

– Você está vivo.

– Boa observação!- Só ele mesmo pra brincar em uma hora dessas. Ele revirou os olhos e me ajudou a levantar.

As bestantes sumiram quando Paylor finalmente abriu a porta. Johanna caiu de joelhos, respirando com dificuldade e a mão no peito.

– Meu Deus, eu pensei que isso nunca fosse acabar!- Disse Johanna.

– Mas acabou. E a morte de Snow está mais perto do que...- Paylor não foi capaz de terminar porque um homem saiu da estufa. Ele carregava um ramalhete de rosas brancas, elas infestaram o lugar com um cheiro forte que quase me deixou tonto. Snow ando na direção de Katniss e eu agi por impulso, correndo até ela.

– Para você e para... O seu bebê. É uma menina, ouvi dizer.- Ele disse, estendendo o ramalhete. Katniss olhou para ele, mas não pegou, ela apontou a flecha na direção de Snow que revirou os olhos.- Isso é desnecessário, eu não vou fugir.

– Não acho que possa, mas é melhor prevenir do que remediar. Porque você me daria flores?- Perguntou Katniss. Snow deu uma risadinha fria e escrota, batendo apenas uma palma e suspirando.

– Não acho que eu tenha muita coisa o que fazer, tenho? É isso e isso! Morte ou morte. Eu tentei de tudo, coloquei seguranças, tentei tirar tudo de mais sagrado que tinham...- Ele olhou para Finnick e Johanna.- Mas pareceu sair pela culatra.

– Ah, é.- Finnick, sempre irônico. Johanna e ele pareciam estar tendo uma crise de raiva, eles estavam com certeza se segurando para não erguer suas armas e matá-lo agora.

– Não brinque com nossos ânimos. O que está fazendo? Está se entregando? Acha que isso vai melhorar alguma coisa no seu "status"?- perguntou Gale, cruzando os braços. Snow sorriu para ele.

– Que status, meu jovem? O de um presidente arruinado que está perdendo Panem para uns adolescentes rebeldes? Isso tudo por causa de um jogo? Sou tão arruinado que estou sendo derrotado pelo meu próprio jogo... Não é entrega quando acontecesse isso, é apenas a minha forma singela de dizer que cheguei ao fim. Não faz muita diferença.- Disse Snow dando de ombros. Eu olhei para ele com a sobrancelha erguida e senti raiva de mim mesmo por estar sentindo pena.

– Mesmo assim, fez de tudo para estabelecer nossa morte. Mesmo com tudo o que fizemos, mesmo sabendo que isso ficaria marcado para sempre na memória dos moradores da Capital, que eles nunca iriam esquecer... Mesmo assim, você se manteve forte na expectativa de nos matar.- Disse Johanna, cruzando os braços.

– O que lembra que: não é uma entrega. De qualquer forma, não estou aqui para conversas. Vamos descer a acabar logo com isso... Eu falava sério sobre as flores, elas não são tóxicas.- Disse Snow, erguendo o ramalhete para Katniss de novo, que tinha acabado de baixar o arco.

– Não faz muita diferença para você não é? Tóxicas ou não, você morrerá. É melhor prevenir do que remediar.- Disse Katniss, dando as costas para ele e me puxando pela mão.

Eu, ela e Gale andávamos na frente, enquanto que Paylor, Finnick, Johanna e alguns outros integrantes da equipe, aqueles que eu não sei quem são, seguravam Snow. Mas ele não fugiria.

Quando passamos pelas crianças no andar de baixo, elas olharam assustadas para Snow, que não virou em nenhum momento para olhá-las. Seu olhar era duro e objetivo á frente. Mas eu virei, eu as olhei, assim como olhei para a janela onde eu tinha atirado. A cratera ainda estava ali, mas não havia o menor sinal de guerra ou luta. Talvez eles tenham deduzido: Se eu e Katniss subimos até a estufa, ou Snow morreria ou nós morreríamos, de qualquer forma... Não era necessárias mais mortes.

– Quantos corpos foram feridos por causa de uma rebelião, pilhas e pilhas de corpos.- Disse Snow, suspirando. Como se ele enganasse alguém com a sua falsa piedade. Babaca.

– Ah, Snow... Não fique com inveja. Pode ter certeza de que guardaremos um lugar especial para o seu corpo nessa pilha... Ou será que o empilharemos e colocaremos como monumento de nossa vitória? Coin concordaria.- Disse Paylor e depois gargalhou.- Não é que a maluca tava certa? Deu tudo certo.

– "Certo".- Eu abri aspas quando chegamos ao 2ª andar. O corpo da garota dos morangos ainda estava ali, será que ninguém o tiraria?

– Não me lembro de ter ouvido falar de nenhuma vitória sem luta e sofrimento, as melhores são assim, é assim que vale á pena.- Disse Finnick, colocando a mão no meu ombro. Ele sorria e eu sei porque: Ele voltaria são e salvo para a sua Annie, sem um arranhão.

Aplausos e mais aplausos abençoaram a nossa chegada. Snow em nosso encalço sorriu para a multidão. Aerodeslizadores estavam pousando por todos os lados, trazendo médicos e pessoas importantes dos outros Distritos. Os que mais contribuíram para a rebelião, principalmente. Coin estava aplaudindo de pé e com um sorriso frio, duro e vitorioso no rosto, mesmo assim parecia a mesma impassível. Ela andou na nossa direção.

– Finalmente... Você foi derrotado.- Disse Coin, mas Snow sorriu para ela.

– Só eu, meu bem? Talvez minha assassina goste de ouvir um pouco sobre a sua futura presidente.- Disse Snow com um sorriso frio, se virando para Katniss que ergueu uma sobrancelha e cruzou os braços.- Talvez ela goste de saber que a filha dela está a beira da morte.

– O quê?- Eu perguntei, passando os braços pela cintura de Katniss. Coin crispou os lábios.

– Ele está blefando.- Ela disse e Snow sorriu mais abertamente.

– Estou? Coin, eu não tenho nada á perder, porque mentiria? Talvez Katniss goste de saber que quem bombardeou a cabeça de Peeta naquele bombardeio do Distrito 12 foi Coin e não a Capital. Talvez ela se preocupe com o fato de que Coin quase matou o amor de sua vida, por puro egoísmo.

– Não foi de propósito!- Coin gritou e depois tapou a boca.

– Você tentou me matar?- Eu perguntei, olhando para ela. Eu estava chocado, nunca esperei que ela fosse fazer uma coisa dessas. Coin cruzou os braços e depois sorriu.

– Eu tinha um plano bolado, tudo pronto! Era perfeito! Você morreria e então Katniss acreditaria que foi a Capital, se rebelaria por completo e estaria mais empenhada em nos ajudar.- Disse Coin. O que mais me chocou foi o fato de que ela falou isso como se fosse a coisa mais comum do mundo.

– Sua vagabunda, filha de uma...- Katniss ia partir para cima dela quando Gale a segurou.

– Não vale á pena, não dê á ela o gosto de perder sua menina. Fiquem salvas.- Disse Gale, tentando acalmar Katniss. Sem muito sucesso, vamos admitir.

– Bom, eu só estou vendo Snow são e salvo aqui, ninguém mais.- Disse Coin, com as mãos na cintura e o mesmo sorriso cínico. Ela olhou para Snow.- Vamos para nossa reunião. O palco já está montado.- Coin apontou para um palco improvisado na frente da mansão.

– Fique calma.- Eu disse, me virando para Katniss antes que ela subisse os degrauzinhos. Snow já estava devidamente amarrado e Coin estava prestes á dar seu belíssimo discurso. Eu olhei para Coin e olhei para Katniss.- Acerte no alvo.– Ela compreendeu.

– Me ajude.- Ela disse e eu sorri.

– Pode deixar comigo.- Eu sabia o que ela queria dizer. Eu ajudaria.

Eu beijei sua testa e fui até a platéia, ao lado de Gale. Coin começou o seu discurso mas eu não prestei atenção. Só conseguia pensar em uma coisa: Nós conseguimos. Dominamos a Capital e agora Panem é "nossa" de verdade. Não vamos mais nos preocupar com nossas crianças porque elas estão salvas, não existe mais Jogos Vorazes e não há nada que possa mudar isso. Eu olhei para Coin com um sorriso enorme quando ela se afastou do microfone para olhar sorrindo para Katniss. Katniss sorriu fraquinho para ela. Apontou o arco e flecha diretamente no perto de Snow e virou um pouco a cabeça para me olhar, ela piscou fraquinho e voltou a sua atenção á Snow.

– Panem hoje. Panem amanhã. Panem para sempre.- Ela disse e sorriu, atirando direto no peito de Snow.

Snow e Coin estavam caídos no chão mais rápido do que todos pudessem ver... A diferença era que Snow ainda estrebuchava no chão e Coin não, ela não teria volta. Eles estavam caídos quase um ao lado do outro e Katniss se abaixou perto deles.

– O lugar de vocês está guardado na pilha de corpos, não se preocupem e morram.- Ela foi até o peito de Snow e arrancou a sua flecha, se virando para nós. Alguns aplaudiam e outros estavam muito chocados para isso, mortos de chocados. Eu não. Eu aplaudia e gritava.

– Boa mira, Peeta.- Disse Finnick nas minhas costas, sorrindo. Eu sorri.

– Obrigado.- Eu disse, olhando para a faca de Haymitch cravada no peito de Coin. Eu a tinha jogado e eu nunca precisei de nenhum treino para saber atirar, Katniss era a melhor.

Haymitch.

Onde estava o Haymitch?


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Notas finais do capítulo

A FANFIC GANHOU MAIS UMA RECOMENDAÇÃO! Muito obrigada, Sra Hutcherson, pelas suas belas palavras. A melhor das melhores de Jogos Vorazes que você já leu? Gente, olha que honra! Só que nada se compara á ser comparada á Suzanne Collins né? Golpe baixo me pegar com essa! Você é sempre um amor de tão linda nos reviews, me ajudam bastante, acredite! Obrigada, você que é uma fofa, beijão pra você, estou feliz pela sua recomendação e por não tê-la decepcionado. Um enorme beijo!