Somos Pó E Sombras escrita por Lyllian Clarie


Capítulo 6
Capitulo VI - Tenho Um Problema, É Um Pato!


Notas iniciais do capítulo

HEY! Saudades baby's? Adoro tanto vocês que vou dar um presentinho de natal, vê que bom coração não é? *Tentando fingir que não demorou a postar esse capitulo porque estava com preguiça de digitar*
Espero que gostem!

Música do capitulo: Alive - One Direction (Deixem de preconceito, essa música é louca como Will)

BOA LEITURA!



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Will gostaria de ter ficado em casa. Isso lhe teria evitado enormes problemas, lembranças de traumas e patos. Principalmente os malditos patos. Aquelas doces criaturas, com dentes minúsculos e afiados, com pezinhos engraçados, que serviam muito bem para esconder as pequenas garras mortíferas; com olhinhos bonitinhos que olhavam para sua presa antes de a estraçalhar inteira (não importava para Will se as presas são peixes).

Para começo de conversa ele acordou com um péssimo humor. O dia anterior não tinha sido nem de longe um de seus favoritos, ele tinha ficado tão incomodado com aquele gnomo estranho que não havia tido energias para irritar ninguém. Nem mesmo Jessamine!

Tinha ficado o resto da noite calado, pensando em como tudo aquilo tinha sido estranho. Não contou a Jem, teve medo que ele pensasse que Will havia enlouquecido de vez. Não, era melhor guardar aquilo, ficar para si mesmo. Mas ter ficado calado provavelmente havia sido mais estranho para o resto das pessoas do Instituto.

"Anda, acorda mosca morta." O vento gelado da madrugada fez Will se encolher quando Jem puxou seus lençóis com violência.

"Mosca morta é sua vovozinha Jem." Will disse contra o travesseiro, não estava com a mínima vontade de levantar agora. Era o que? Ele olhou o relógio em cima de um criado mudo ao lado de sua cama. 9 da madrugada? Um absurdo.

O garoto puxou desta vez o travesseiro macio de Will.

"Ei!"

"Se vista. Nós vamos sair." Ele disse simplesmente jogando as o travesseiro do amigo na cabeça dele. Will murmurou: "Mosca morta, humpf!... Eu não vou mexer um músculo.", baixo demais para que Jem ouvisse. Ou foi o que ele pensou.

"Anda Will. Vou te dar dez minutos, se demorar volto aqui com a Charlotte." Will gemeu de desgosto. A pior coisa do mundo era ser acordado pela Charlotte. Ela não te acordava, chutava da cama a vassouradas, isso sim.

Jem saiu do quarto de Will. Vou continuar dormindo, pensou enquanto pegava as cegas o seu travesseiro e o colocava de volta em baixo da cabeça, se ele achar ruim, digo que ainda estava grogue e não escutei.

"Não vai adiantar se fingir de surdo... Mosca morta." Jem disse fechando de vez a porta.

"Mosca morta é a sua vovozinha James!" Ele gritou em vão contra a porta de madeira. Will bufou irritado e depois se levantou. Seria melhor se vestir logo, antes que Charlotte aparecesse com sua vassoura assassina de cabeças sonolentas.

§

"Para onde vamos Jem?" Will perguntou novamente ao amigo que andava na frente guiando-o para um lugar que ele ainda não sabia qual era.

Quando saíram todos já estavam ocupados com suas tarefas. Charlotte lia um livro provavelmente com o título: Como Torturar Jovens Caçadores de Sombras Com Entediantes Aulas de História, ou era o que Will achava. Jessamine estava enfurnada em seu quarto, como sempre fazia logo depois de terminar seu café e não tinha mais nada importante para fazer; o que ela fazia ali todo aquele tempo era um mistério interessantíssimo para Will. Henry estava em seu laboratório fazendo... Qualquer coisa maluca que ele fizesse naquele lugar esquisito.

Charlotte naturalmente ia perguntando para onde ele iria tão cedo mas quando viu Jem logo atrás dele voltou a leitura. Ela achava que Jem era mais responsável que ele? Um absurdo! Will era perfeitamente capaz de... Se perder dentro do próprio quarto. Mas essa história não vem ao caso no momento. E foi só uma vez!

"Procurar um demônio assassino de crianças." Jem murmurou sem emoção enquanto atravessavam uma rua. Will se animou imediatamente, apressando o passo para ficar lado a lado do amigo disse:

"Sério?"

"Não acredito que caiu nessa." Jem o olhou com uma falsa preocupação, um sorriso mínimo em seus lábios.

Will revirou os olhos, irritado.

"Estou fazendo mal a você Cartsairs, está ficando muito piadista para meu gosto. Preferia quando você era mais sério e calado." Disse colocando as mãos nos bolsos.

"Realmente você me faz mal Herondale, mas decidi que está muito abatido e pálido, ficando direto naquele Instituto. Precisa respirar novos ares Will." Ele disse, nesse exato momento algum cavalo irritado passou as costas de Will batendo furiosamente os cascos no calçamento fazendo que ele desse um pulo de susto.

"Ficando direto naquele instituto?" Ele repetiu a afirmativa de Jem com sarcasmo, ainda sobressaltado com o cavalo.

Eles entraram em um parque, e Will notou que o amigo havia levado ele para o Hyde Park, no centro de Londres. O lugar era bonito até; fontes gorgolejavam água para cima; bancos de pedra pontilhavam o local, e neles, alguns casais conversavam. Moças passeavam com suas sombrinhas delicadas; árvores frondosas em vários tons de verde. A grama era verde; as plantas mais baixas eram verdes... Tudo muito verde, verde demais para Will.

"Você nasceu idiota ou foi aprimorando com o tempo?" Jem revirou os olhos diante a pergunta de Will. Aquele era um dos momentos que tinha vontade de bater nele, mas apenas respirou fundo.

"Você não me conta para onde vai, então para mim é como se você ficasse em casa o tempo todo."

"Mas eu não fico em casa o tempo todo!" Reclamou enquanto sentavam em um dos bancos de pedra polida. Jem tirou do bolso um pequeno caderno e uma caneta minúscula. Abriu ele, procurou uma página vazia e começou a anotar alguma coisa. Resumindo: ignorando Will.

O garoto suspirou irritado. Não acreditava que Jem havia conseguido lhe tirar da cama para respirar novos ares. Podia respirar novos ares em casa mesmo, ora! Era só abrir uma janela...

Duas moças passaram em frente a eles e soltaram risadinhas na direção de Will. Nem isso lhe fez deixar seu estado de melancolia por ter sido arrancado de sua cama.

Ele olhou em volta procurando algo interessante para fazer além de ficar admirando o nada, ou... Escrevendo em um caderninho ignorando o amigo. Pilantra...

Então ele os viu. Aquelas criaturas.

Uma velhinha de azul os alimentava com pipoca. Ela jogava uma pipoca e os patos se amontoavam em cima do grão amanteigado. A velhinha ria e depois que algum felizardo engolia o grão, ela jogava outro.

Aquilo agitou lembranças em Will. Lembranças de um tempo em Gales, quando ele era criança...

No País de Gales, havia um lago com patos em frente à mansão. Era bonito e Will, como uma criança que era, ia muitas vezes nele para jogar pedaços de pão velho para os patos. Divertia-se os vigiando ir nadando afobados em direção aos pedaços de pão, e disputar os restos de seu brinde do café da manhã.

Fazia isso todo dia, quando não comia o pão todo, ou quando havia migalhas na cesta de pão; Ou o fez, até que um dia um dos patos - um pato selvagem particularmente grande - ao perceber que Will não tinha mais pão nos bolsos, correu para o menino e mordeu-lhe bruscamente no dedo.

Will tinha apenas seis anos de idade, e tinha recuado correndo para a casa, onde Ella, já com oito e enormemente superior, tinha gargalhado com sua história e, em seguida, levantada o dedo machucado e enfaixado o ferimento.

Não teria pensado mais sobre isso se não fosse que na manhã seguinte, ao sair da casa pela porta da cozinha, o que significava ver o jardim da parte de trás, ele havia sido preso pela visão do mesmo pato preto, enorme, seus olhos redondos e negros fixos nele. Antes de Will conseguisse se mover e voltar para dentro de casa, o pato tinha corrido para ele e mordido violentamente em sua outra mão, o mesmo dedo. No tempo que ele teve a oportunidade de gritar, ofendendo o pássaro, o maldito tinha desaparecido no matagal.

Desta vez, quando Ella viu o outro dedo ferido, ela disse: "O que você fez com a pobre criatura, Will? Eu nunca ouvi falar de um pato planejando vingança antes."

"Nada!" Will protestou indignado. "Eu simplesmente não tinha mais pão para ele, então ele me mordeu. E hoje quando saí ele me atacou de novo!"

Ella deu-lhe um olhar incrédulo. E cuidou do outro ferimento. Will pelo resto do dia, tentou deixar o acontecimento para lá. Talvez houvesse sido mesmo imaginação de sua cabeça. Afinal, um pato poderia sim atacar uma pessoa porque queira mais pão.

Mas naquela noite, antes de Will ir para a cama, ele puxou as cortinas de seu quarto e ao olhar para as estrelas viu, imóvel no meio do pátio, a pequena figura negra de um pato, olhos fixos na janela de seu quarto.

Seu grito trouxe resultado; Ella juntou-se a ele quase que imediatamente. Juntos, eles olharam pela janela o pato, que parecia pronto para permanecer ali a noite toda, e atacar Will na manhã seguinte.

Finalmente, Ella sacudiu a cabeça. "Vou cuidar disso." Disse ela, e com um lance de tranças pretas, ela espreitou para embaixo e saiu.

Através da janela, Will viu Ella sair da casa. Ela foi até o pato e curvou-se sobre ele. Por um momento, eles pareciam estar em conversa intensa. Depois de alguns minutos, ela endireitou-se, o pato girou, e com um aperto final, saiu do pátio. Ella virou-se e voltou para dentro.

Quando ela voltou para o quarto de Will, ele estava sentado na cama e olhando para ela com olhos enormes. "O que você fez?"

Ela sorriu presunçosamente.

"Chegamos a um acordo, o pato e eu."

"Que tipo de acordo?"

Ella inclinou-se e, deixando de lado seus grossos cachos negros, beijou sua testa. "Nada que você precisa se preocupar, Will. Vá dormir. "

O que Ella tenha feito, ele nunca soube. E nunca mais se preocupou com o pato novamente. Durante os anos depois ele perguntou para Ella o que ela tinha feito para se livrar da maldita coisa, e ela só dava um riso em silêncio e não dizia nada. Quando ele tinha fugido de sua casa depois de sua morte, e estava a meio caminho para Londres, ele se lembrou dela beijando-o na testa um gesto incomum para Ella, que não era tão abertamente afetuosa como Cecília, que ele nunca poderia ver a demonstrar seu amor; e a memória tinha sido como uma faca quente entrando nele, ele tinha se enrolado em torno da dor e chorado.

"Will. Você ainda está neste corpo?" Jem perguntou balançando a mão na frente do rosto do amigo. Will piscou uma vez e se endireitou no banco de pedra.

"Claro que estou Jem. Por que não estaria? Sei que sou só qualidades, mas me teletransportar para outro corpo é um dom que ainda não possuo." Will desviou o olhar daquelas bestas e passou a encarar Jem.

"É. É mesmo você ai dentro. Mas... Estava voando por um momento." Jem pareceu um pouco preocupado. Sem que se desse conta, Will voltou a olhar para os patos. A mulher havia ido embora e as poucas criaturas que não tinham voltado para a água, estavam bicando o chão à procura de mais pipocas.

Will sentiu falta de tudo em sua vida. Da sua casa, de seus pais e de seu lago na frente da mansão... E um estranho sentimento de raiva pelas aves borbulhou dentro dele.

"Preciso fazer uma coisa." Ele anunciou se levantando do banco.

Jem olhou para Will estranhando sua súbita energia.

"Fazer o que?" Ele perguntou devagar; a caneta em posição de escrita.

"Na verdade você vai fazer uma coisa. Tive uma ideia e quero que a teste." Will avistou o que queria e pôs-se a caminho. Jem rapidamente se levantou e seguiu atrás dele.

"Sempre sobra para mim não é Willian?" Jem suspirou ainda seguindo Will. O garoto de olhos azuis sorriu antecipando a satisfação do que iria fazer.

§

"Repita de novo. Para que eu confirme o número do manicômio."

Will revirou os olhos se ajoelhando perto do lago. A torta já estava na mão; os patos a metros de distância. Só faltava Jem topar.

"Não é loucura Jem, apenas curiosidade. Venha aqui." Ele acenou para que o amigo se aproximasse. Relutante, Jem foi. "Você vai ver se aquelas coisas comem isso. É torta de frango." Completou sorridente.

"E por que raios você quer fazer isso?!"

"Já lhe disse, quero ver se consigo criar uma nova raça de patos canibais." Respondeu impaciente puxando Jem para o chão também. "Agora você abre isso aqui e vê se eles comem."

"Para que fazer isso com os pobres patos Will?" Jem perguntou aceitando o pote de torta de frango que Will havia comprado em um restaurante.

"Pobres patos?! São uns demônios em forma de animais isso sim!"

"Não vejo nada de demoníaco neles."

"Foram feitos para enganar a todos!" Jem lhe olhou incredulamente. "Certo, fazemos assim então: Se eles comerem, eu ganho, se não comerem... Eu retiro tudo o que eu disse."

"Will Herondale retirando o que disse? Essa eu preciso ver. Vamos lá então. Mas por que eu é que tenho que fazer, se a ideia foi sua?" Jem disse quando Will começou a se afastar, ficando a uns metros de distância.

"Eu... Prefiro ficar longe das bestas."

Jem balançou a cabeça negativamente sorrindo, mas tirou o plástico que tampava o pote e o cheiro de torta de frango foi percebido por seu olfato. Deveria estar bom, e Jem não entendia o porquê de desperdiçar toda aquela comida. Mas mesmo assim colocou o prato no chão e esperou.

Primeiro um dos bichinhos sentiu o cheiro. Olhou para o prato, e depois para Jem. Ele correu com suas patinhas engraçadas na direção da torta de frango. Parou a centímetros de distancia cheirando melhor a comida. Jem jurava que ele iria dar meia volta e deixar para lá, mas... O pato cinza deu a primeira bicada arrancando um pedaço enorme da torta. Vendo que seu amigo gostara da comida, outros patos foram chegando, e aos poucos uma porção deles se bicava para conseguir um pedaço.

'Há! Eu disse! Veja os demoniozinhos! Estão comendo! EU DISSE!! DISSE!" Will gritou fazendo escândalo. Pulou e atravessando-se na frente de uma criança que passava, gritou: "EU DISSE!"

O garoto começou a chorar e saiu correndo gritando:"LOUCO!"

Começaram a bicar Jem também e ele teve que sair, indo para perto de Will. Este já estava vermelho de tanto rir.

"Eu te disse amigo! Bestas sanguinárias, nunca confie em um pato." E voltou a rir. Jem não teve remédio se não rir junto com o amigo.

"Coitado do menino." E riram mais ainda.

Eles voltaram para o banco e conversaram sobre o episódio, rindo à custa das aves que ainda se bicavam pelas migalhas. Até que o Big Ben bateu meio dia.

"Vamos voltar para o Instituto antes que você tenha mais uma ideia brilhante Willian." Jem se levantou limpando a roupa de fuligem.

"Quem começou a ter ideias brilhantes foi você, quando me tirou da cama cedo." Will replicou indo atrás de Jem, que voltava para o Instituto.

"Cedo... Tem que melhorar sua concepção de cedo. Aprender que o dia começa as seis, no máximo as sete. E não às 11 da manhã." Will ia responder algo nada delicado ao amigo, quando sua atenção foi desviada por dois pares de chifres azuis saindo de uma moita verde. Ele parou olhando os chifres.

"Mas você hoje hein? Apreciar o nada virou um hobby Will?" Jem perguntou impaciente notando o amigo parado atrás de si.

"Psiu! Que nada o que. São chifres, olhe!" Ele apontou para o local falando em voz baixa. Os dois se aproximaram silenciosamente como gatos e se puseram a ouvir. Pelo o que eles podiam identificar eram dois demônios conversando.

"...o portal certo! Deve estar errando em alguma coisa Menphis!" O que estava mais próximo falou irritado. Deveria ser o de chifres azuis.

"É claro que não. Faço isso a milênios! Sou muito poderoso para errar em uma coisa boba dessas Luther!" Disse Menphis irritado. Sua voz era mais esganiçada que a de Luther.

"Pode ser poderoso. Mas não é tanto quanto Marbas. E ele não erraria!" Retrucou Luher. Menphis rosnou. O sangue de Will gelou no momento que o nome 'Marbas' foi pronunciado.

"Fique quieto Luther. Marbas já foi aprisionado uma vez." Então ele riu, mudando bruscamente de humor. "E solto pelo filho da pessoa que o aprisionou. Que ironia!"

"Pois é. Irônia mesmo. Ainda bem que Edmund Herondale esta fora da ativa. Agora ninguém poderá nos interronper enquanto... Ah! Ainda bem! Estava começando a pensar que tinha desaprendido de fazer portais para o submundo."

"Ah, cale a boca e vamos." Eles ficaram em silêncio e os demônios fugiram para o submundo.

Os garotos ficaram mudos por uns instantes. Jem notou o olhar de Will vazio, pensando em alguma coisa. Ele pôs a mão no ombro do amigo e perguntou:

"Edmund... Não é seu pai Will?"

"É. É meu pai sim." Respondeu parecendo um morto vivo.

"Então o que..."

"Eu não faço a mínima ideia." Will disse sem emoção. Ele se levantou, e Jem o seguiu.

§

Will não quis explicar nada a Jem, que passou o caminho inteiro fazendo perguntas.

Eles chegaram no Instituto mortos de fome. Assim que abriram a porta, se deparam com uma Charlotte desesperada vindo na direção deles, com Sophie a abanando com nervosamente.

'Meninos! Ainda bem que chegaram!" Ela disse com a voz tremula fazendo gestos com as mãos. "Tenho um problema... É o Henry!"

Will revirou os olhos. Estava com a cabeça cheia de problemas e Charlotte vinha para cima dele com os dela.

"Também tenho um problema!" Ele imitou os gestos dela exageradamente. "É um pato!"


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Notas finais do capítulo

Criancinhas da titia Lyli, o que acharam? Qualquer dúvida pode perguntar no review!

ATÉ!
FELIZ NATAL! E UM ÓTIMO ANO NOVO!!