I Love My Nerd escrita por Mia Golden


Capítulo 76
Boas Intenções


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Esta aí mais um capítulo pra vocês! Como quero terminar logo ( em quatro capítulos já termina) na próxima semana já posto outro.

Bjs da M



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Alex estava muito confiante na recuperação de seu filho. Davis já respirava por conta própria e aparentemente estava mais corado. O doutor Saimons também estava confiante no caso de Davis. Já havia se passado três dias que ele estava no quarto. Alex e Kate se revezavam em cuidá-lo. A doutora Brenda também estava diariamente ali para avalia-lo.

Mas Alex estava em uma situação complicada, dali a dois dias, era o julgamento de Adam. Ele não sabia se iria ou não.

– O que esta pensando Alex? Está tão quieto! – perguntou Kate. Os dois estavam no quarto. Alex olhava pela janela e Kate penteava os cabelos de Davis com cuidado, pois ainda tinha pontos no local da cirurgia.

– Depois de amanhã é o julgamento do Adam...Não sei o que fazer.

Kate terminou e se juntou com o irmão na janela.

– Você precisa ir! É importante a sua presença! Você é o pai da vitima. – Kate falou um pouco baixo.

– Eu não vejo Adam desde o dia que ele foi preso. – disse Alex esfregando os olhos aparentemente cansados.

– Eu sei que ele é nosso irmão, nosso sangue mas... Eu não estou sentindo pena nenhuma dele. Ele não se importou com você quando tentou...Você sabe!

– Sim, eu sei.

– E então? Vai ou não?

– Você tem razão Kate. Eu tenho que estar lá pra ver a justiça ser feita.

Kate abraçou Alex.

– Não se preocupe. Fico com o Davis aqui até você voltar!

– Mas e o seu trabalho?

– Já liguei pra lá e disse que me dessem mais tempo.

– Kate, eu não quero que...

– Não Alex, não! Davis é o meu sobrinho que eu mais amo... Quero ficar do lado dele nesse momento e ajudar o meu mais querido irmão. – disse Kate emocionada.

Dois dias depois, Alex foi para Mountain Village. Chegando lá, primeiro passou em sua casa para ver como estava. Foi visitar Sarah e contar a ela as novidades. Sarah também iria no julgamento. Logo depois eles viajaram a cidade próxima onde Adam estava preso e onde seria julgado. Chegando lá, encontraram o delegado Lance, seus pais, Rose, Billy e Jenny.

Todos entraram no prédio para o julgamento que iria começar no inicio da tarde. Alguns minutos se passaram e o juiz entrou na sala e pediu que todos se sentassem em seus lugares por que o julgamento iria começar. Logo trouxeram Adam que estava sendo guiado por um policial. Ele estava com as mãos algemadas, mas mantia a cabeça erguida.

A senhora White ao ver o filho começou a chorar, o senhor White abraçou a esposa para confortá-la. Para os dois, ver Adam, o homem que eles acreditavam que era o futuro da família naquela situação era muito humilhante. Rose também chorava no ombro de Billy que a abraçava. Jenny estava do outro lado segurando a mão do irmão. Alex só olhava a cena com pesar, apesar de tudo, Adam era o seu irmão. Sarah estava ao seu lado.

O julgamento durou três horas. Alex, o delegado Lence e Billy testemunharam. Adam também falou, mas não parecia arrependido ou assustado. Todos se surpreenderam com a frieza dele. Até o juiz. Depois do intervalo dado pelo juiz, todos retornaram a sala para o veredito. O juiz então, com a ajuda do júri decidiu que Adam teria uma pena de 15 anos de cadeia em regime fechado. Nada estava ao seu favor, às provas contra ele eram muito comprometedoras. Nada estava ao seu lado.

Quando o juiz encerrou o caso, a sala incrivelmente estava em silêncio. Rose já parecia conformada e Jenny estava muda. Sarah a abraçava. A senhora White estava amparada pelo marido e Alex se mantia neutro. Billy estava ao lado de Alex.

– Parece mentira que tudo isso está acontecendo! – disse Billy olhando seu pai sendo levado da sala.

Alex colocou a mão em seu ombro.

– Tudo vai ficar bem Billy.

Billy olhou para o seu tio e sorriu tristemente.

– Eu sei que a minha mãe e a Jenny não estão bem. – disse ele olhando para as duas que estavam abraçadas.

– Agora é você que vai cuidar das duas. – disse Alex.

Billy pensou um pouco.

– Verdade.

Todos foram embora dali. Cada um para suas casas. Alex voltaria para a outra cidade no dia seguinte.

Depois de uma hora de viajem de uma cidade para a outra, Alex entrou em sua casa e se sentou na sala. Ele não soube quanto tempo ficou olhando para o nada. Depois do transe, ele foi até a garagem e viu um volume grande no canto. Ele se aproximou e puxou a lona que cobria. Ali estavam os restos da moto de Davis. Ele havia pedido a liberação dos restos ao delegado. Alex sentiu uma dor forte no peito. Ele se sentou em banco próximo e chorou. Quanta coisa ruim o seu irmão fez. Seria mais fácil se ele simplesmente sentisse ódio de Adam. Mas o que ele sentia era uma grande tristeza. Ele sabia que o que seu irmão fez com seu filho não tinha perdão, mesmo assim ele sentia uma angustia sem fim. Ele ficou ali até essa sensação passar.

Quando Billy, sua mãe e Jenny chegaram em casa, Rose preferiu ir se deitar e Jenny só queria ficar sozinha. Billy ficou na sala sozinho. Eva de repente apareceu.

– Senhor... – disse ela carinhosamente – Precisa de alguma coisa?

Billy olhou para ela e balançou a cabeça.

– Não Eva, obrigado.

Eva demorou um pouco pra sair.

– Tudo vai ficar bem – disse ela.

Billy nunca havia feito aquilo. Ele se levantou e abraçou Eva.

– Espero que sim Eva.

A mulher olhou para ele com carinho. Desde quando Billy tinha cinco anos Eva trabalhava ali. Ela já o conhecia bem.

– Se precisar de algo é só chamar. – disse ela se afastando.

Billy balançou a cabeça concordando. Quando ele foi em direção ao sofá à campainha tocou. Eva iria abrir mas Billy fez sinal que ele mesmo iria. Eva então foi para a cozinha. Assim que Billy se aproximou e abriu à porta ele ficou surpreso. Era Hannah.

– Hannah! – disse ele.

– Oi.

– Oi.

Hannah sorriu sem jeito.

– Err...Entre! – disse Billy abrindo espaço para ela passar.

– Obrigada.

Assim que Billy a guiou para a sala ela se virou pare ele.

– Eu só... É uma visita rápida. – ela respirou fundo – Eu só queria saber como você estava. Hoje foi o julgamento do seu pai não é?

Billy concordou.

– Sim, foi hoje. E eu estou... Bem.

Hannah o olhou com cuidado.

– Ninguém fica bem com algo assim.

– Eu vou superar! Tenho que ser forte pela minha mãe e minha irmã.

Hannah sorriu concordando.

– Você é o homem da casa agora!

– Foi o que o tio Alex disse! – disse ele dando uma risada tristonha.

Hannah olhou para os lados desconfortável e olhou para ele novamente.

– Eu sei que eu disse a você que não queria que mantessemos contato por um tempo, mas eu não sou tão má assim Billy. Eu realmente queria saber como estava.

Ele sorriu.

– Também passei na casa da Sarah pra ver como ela estava e queria falar com ela. Mas não havia ninguém. – disse Hannah.

– Ela estava lá no julgamento também. Mas eu acho que ela iria sair com seus pais depois.

– Entendo.

– E falou com sua mãe? – perguntou Billy fazendo sinal para ela se sentar.

– Sim. Falei com ela hoje.

– O Davis está bem! – disse ele.

– Minha mãe falou.

– O resultado das provas finais vai sair na segunda e depois chega as nossas férias. Vou pra cidade que o Davis está na terça.

Hannah ficou surpresa.

– Sério?

–Sim.

– Vai criar coragem então?

Billy passou a mão pelos cabelos.

– Sim. O Davis esta no hospital a quase três meses e eu nem sequer fui vê-lo.

– Seu tio vai ficar muito feliz em saber! Já disse a ele?

– Ainda não. Vou confirmar com a minha mãe hoje a noite e ligo pra ele pra contar. Ele volta amanhã.

– E a Sarah? Ela vai?

– Acho que não! Os pais dela estão em pouco apertados.

– Ela deve estar arrasada por não poder ver o namorado.

– Sim. Se eu pudesse, eu a ajudaria. Mas com o desastre que meu pai fez com o dinheiro da família, a justiça esta largando nosso dinheiro aos poucos de volta.

– Eu iria pra lá ver a minha mãe na semana que vem...

– Você vai? – disse Billy surpreso.

Hannah ficou com as bochechas coradas.

– Bem... Acho que não.

Billy ficou aparentemente decepcionado.

– Mas...

– Alguns planos mudaram. – disse ela.

– Humm.

– Eu preciso ir... – disse Hannah se levantando.

– Hannah! – Billy pegou na sua mão. Ela se virou para olhá-lo. – Não deixe de ir ver sua mãe por minha causa!

– Não é isso! Eu tinha um plano que ainda não consegui por em pratica. Não tem nada haver com você! – ela se afastou dele.

– Então por que você não quer ir mais?

Hannah começou a ir em direção a porta mas se virou para Billy.

– Foi só algo que eu senti em fazer. – disse ela sorrindo e indo em direção a porta da frente. Billy a seguiu.

– Não vai me contar?

Ela parou na porta.

– Logo você vai saber.

Hannah se virou e foi embora. Billy ficou na porta vendo ela desaparecer no portão.

Sarah estava em seu quarto arrumando suas coisas quando alguém bateu e entrou. Era sua mãe.

– Filha, tem alguém querendo falar com você lá embaixo.

– Quem é?

– Disse que é uma colega.

Sarah desceu para ver quem era. Quando ela chegou na sala, viu que era Hannah.

– Hannah! Olá! – disse Sarah se aproximando e a abraçando.

– Como vai? – perguntou Hannah.

– Bem, na medida do possível. – disse Sarah suspirando. - Sente-se.

– Eu não vou lhe tomar muito tempo Sarah! – Hannah se ajeitou no sofá – Vou ser rápida.

– O que foi? – perguntou Sarah curiosa.

Hannah mexeu na sua mochila e pegou um envelope. Ela entregou a Sarah que pegou um pouco desconfiada.

– O que é?

– Abra!

Sarah começou a abrir o envelope devagar. Quando ela puxou o papel de dentro e começou a ler melhor o que nele estava escrito, Sarah colocou a mão na boca surpresa.

– Hannah...mas...

– Estou dando para você! – disse Hannah.

– Mas Hannah... São passagens de avião pra ....

– Pra cidade onde o Davis está.

– Mas são seus! Pra você ver a sua mãe!

– Você é a namorada do Davis, e precisa estar com ele. Se fosse o meu namorado nessa situação, eu gostaria de poder estar ao lado dele. Nesse momento, você precisa mais dessa viajem do que eu.

Sarah começou a rir e chorar ao mesmo tempo. Ela se levantou e foi abraçar Hannah que estava aparentemente emocionada também.

– Oh Hannah! Muito obrigada! Vou ficar lhe devendo.

Hannah só sorriu e não disse nada.

– Eu preciso ir! – disse Hannah.

– Obrigada mesmo!

– Lembre-se que o voo de ida é para quarta e o de volta é no domingo.

– É tempo suficiente. – Sarah a levou até a porta, mas Hannah se virou para olhá-la.

– Soube que o Billy também vai pra lá.

Sarah concordou.

– Sim, ele vai na terça.

– Não sei se nos veremos até você ir mas...Boa viajem! – Hannah abraçou Sarah que retribuiu e foi embora.

Sarah, depois de fechar a porta, correu até seus pais e contou tudo. Sua mãe ficou muito emocionada e seu pai feliz. Ela foi até seu quarto e ligou para Billy. Dois toques depois, ele atendeu.

Oi Sarah! – disse Billy.

– Billy, tenho uma ótima noticia!

O que é?

– Vou ir ver o Davis também!

Como assim?

– A Hannah! Ela veio até aqui na minha casa e me deu as passagens dela! Foi algo muito legal da parte dela não é?

O telefone ficou mudo por alguns segundos.

– Billy?

Estou aqui... Só que eu fiquei... Nossa Sarah! Não esperava isso dela também!

– Sim! Agradeci muito a ela por isso!

Que bom Sarah!

– Você vai na terça não é?

Sim.

– Pois é, a passagem aqui diz que meu voo é pra quarta!

Bem... Se eu conseguir mudar o dia do voo, a gente pode ir juntos.

– Seria legal!

Seria sim.

– Era isso Billy, vou indo por que ainda tenho que ligar pro senhor White. Beijos!

Beijos Sarah! A gente se fala.

– Tchau!

Tchau.

Billy estava em seu quarto. Ele não imaginava que Hannah teria essa atitude. Ele não sabia se sentia orgulhoso ou frustrado por ela não ir. Seria uma chance dos dois terem um tempo juntos.

Quando chegou a segunda na escola, os alunos foram saber dos resultados das provas. A grande maioria passou para o segundo ano, alguns não. Enfim, era chagada as férias.

Billy conseguiu trocar o dia do seu voo pra poder ir com Sarah. Ele não viu Hannah desde o dia que ela foi em sua casa, mas soube que ela também passou de ano.

Era chegada a quarta, Billy e Sarah embarcaram para a cidade onde estava Davis. Sarah estava ansiosa pra ver o namorado e Billy ansioso para ver seu primo depois do acidente.

Ele sentia que essa viajem não duraria pouco. Ele sentia que essa viajem iria fazer ele tomar decisões importantes para sua vida. Ele percebeu que essa viajem o mudaria.


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