I Love My Nerd escrita por Mia Golden


Capítulo 69
Decisões


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Hoje é dia de capítulo duplo!
A noite sai mais um.



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No dia seguinte, a cidade inteira soube do acontecido. Souberam que Adam White, o candidato à prefeitura estava preso por acusação de ser o mandante de tentar matar o próprio sobrinho.

A família White, mas principalmente o casal mais velho não saia de casa, pois a imprensa e o povo estavam agitados com o tal acontecimento. Adam seria julgado dali a algumas semanas.

Alex se levantou naquela manhã já pensando em ir para o hospital ver o filho. Desde o dia anterior ele não foi para resolver o problema com Adam. Quando Alex se lembrava de tudo que o irmão falou na delegacia, como tratou o próprio filho e ao seu filho também quando pensou em matá-lo, aquilo o deixava triste. Adam era seu sangue, mas no fundo ele sabia que ele teria que pagar.

Ele desceu para tomar um café. Perdido em seus pensamentos, nem percebeu que seu celular tocava. Quando viu logo atendeu, pois era a doutora Brenda.

– Alô doutora! Só estou tomando um café e já estou indo.

– Não se preocupe senhor White, só estava ligando para saber como está!

Alex suspirou.

– Não esta sendo o melhor dia, mas pelo menos uma parte da minha dor está começando a curar.

– Sim, eu imagino! Agora já sabemos quem foi que tentou contra o Davis.

– Sim...Mas não deixa de ser difícil!

– Eu sinto muito!

Alex ficou em silencio por um momento.

– Agora é pensar no Davis!

– Sim, é claro! Falando no Davis...

Alex ficou atento.

– O que foi? Aconteceu algo?

– Não! – ela riu – O Davis esta se mantendo firme, mas hoje eu preciso conversar com o senhor...

– Doutora? – disse Alex.

– Sim.

– Por favor, me chame de Alex!

Ela riu ao telefone.

– Está bem, mas só se me chamar de Brenda.

Ele sorriu também.

– Está certo...Brenda.

– Então...Como eu dizia, preciso conversar com o senh...Quer dizer, Alex.

– É algo sério? Tem haver com meu filho?

– Sim Alex! Tem haver com o Davis. Quando vier aqui hoje, conversaremos.

– Está bem, assim que terminar aqui, logo saio.

– Tudo bem, eu espero.

Assim que os dois terminaram a ligação, Alex terminou seu café rapidamente e logo foi se arrumar para ir ao hospital.

Na escola da cidade, a fofoca do dia era a prisão do pai de Billy. Alguns estavam criticando a família de Billy por isso. Outros estavam defendendo. Enfim, era a conversa do dia. Billy resolveu não dar ouvidos as conversas e foi pra escola. Chegando lá, ele atravessava os corredores enquanto todos cochichavam pelas suas costas. Ele sabia que essa história iria render, mas desejava que logo acabasse. Ser visto como o filho de um assassino não ajudava. Ele chegou a seu armário e começou a guardar suas coisas. Ele sentiu alguém se aproximando. Olhou para trás e viu Liam vindo em sua direção.

– Olha quem voltou! – disse Liam – Achei que ficaria em casa hoje!

– Não consegui...O clima esta ruim por lá. Minha mãe chora todo o dia, a Jenny fica trancada no quarto e ... Eu só tenho vontade de sair de lá.

– Tudo bem cara... – disse Liam colocando a mão em seu ombro – Um dia tudo isso vai passar.

– Eu espero Liam...Eu espero.

Liam sorriu. Então Billy viu quando Sarah se aproximou de seu armário do outro lado do corredor. Ela estava com Lory e Amber.

– Preciso falar com alguém! – disse Billy.

– Está bem, nos vemos na sala. – disse Liam saindo.

Billy se aproximou de Sarah devagar. Ela o viu.

– Oi Sarah!

Ela ficou alguns segundos o olhando.

– Oi.

Lory e Amber também o olhavam curiosas.

– A gente se encontra na sala. – disse Lory saindo com Amber pelo corredor.

– Eu...Posso conversar com você? – perguntou Billy tenso.

Sarah respirou fundo e não disse nada, mas acabou concordando. Os dois foram para o pátio da escola e ali se sentaram em um banco.

Billy estava nervoso, pois não sabia como falar com Sarah.

– Sarah, eu...

– Eu sei Billy. – disse ela mexendo na ponta do seu cabelo.

– Sabe?

– Sim, a cidade toda sabe o que aconteceu! O seu pai... Foi ele!

Billy engoliu a seco. Mesmo que não foi ele, mas foi o pai dele.

– Eu sinto muito mesmo! Não esta sendo fácil pra mim tudo isso.

Sarah olhou para ele. Seus olhos estavam cheios d’água.

– Sinto muito também... – ela passou a manga do casaco no rosto pra limpar as lágrimas – Culpei você...

– Eu era o único suspeito mesmo...

– Mas não é...Não era!

– Sarah! – ele pegou sua mão – Eu passei por varias fases na minha vida, e essa esta sendo a pior... Eu sinto muito pelo meu pai. Pelo que ele fez pelo Davis! Estou humilhado e envergonhado!

Sarah chorava em silêncio, mas Billy sentia ela apertando mais sua mão.

– Espero que me perdoe! – disse ela o olhando.

– Se eu estivesse no seu lugar, também teria me sentindo assim! Estaria indignado com tudo. Não culpo você por se sentir assim! As pessoas julgam por que não são elas que estão passando por isso. Você tinha razão em estar brava.

Sarah sorriu em meio às lágrimas.

– Quem é você? O que fez com o Billy?

Billy riu e ela também.

– Ele esta tentando mudar.

Sarah concordou.

– Seja o que for não pare. Esta indo bem! – disse ela se levantando e arrumando a mochila no ombro.

– Amigos? – perguntou Billy estendendo a mão.

Sarah olhou sua mão estendida. Ela pegou sua mão.

– Amigos.

Billy a puxou para um abraço. Sarah estava emocionada com a atitude de Billy, ele nem sempre foi tão sentimental. Mas estava gostando da mudança.

– Vamos! – disse ela fazendo sinal para entrarem.

– Vamos.

Billy e Sarah começaram a entrar.

– Sarah?

– Sim. – disse ela o olhando enquanto passavam pelo corredor.

– Seu eu não fui ver o Davis ainda, é por que...

Sarah parou e o olhou.

– O que foi Billy?

Billy parecia envergonhado.

– É que... Eu não tive coragem de vê-lo ...Machucado. Não conseguiria.

Sarah compreendeu.

– A sua mudança está fazendo você ficar sincero. Fico feliz por isso!

Ele respirou fundo parecendo aliviado.

– Obrigado por entender.

Assim os dois foram para a sala de aula.

Chegando ao hospital, logo Alex viu a doutora Brenda conversando com alguns enfermeiros. Ele se aproximou.

– Doutora...Quer dizer, Brenda! – chamou Alex. A doutora se virou e disse algo aos enfermeiros e logo saíram. Ela se aproximou de Alex.

– Que bom que veio – disse ela.

– O que quer conversar comigo?

– Vamos até minha sala.

Alex ficou tenso. As idas até essa sala nunca eram boas coisas. Chegando lá, a doutora pediu para Alex se sentar. Ele sentou. Estava nervoso.

– Por favor, Brenda, você sabe que eu sou o tipo de pessoa que não gosta de mistérios então, por favor, diga logo. É algo grave com meu filho?

Ela o olhou e sorriu um pouco. Já estava se acostumando com Alex.

– Não exatamente.

– Como assim não exatamente? – disse Alex se remexendo na cadeira.

A doutora juntou os dedos da mão por cima da mesa e repirou fundo. Olhou para Alex que esperava pelo que diria.

– Todos os dias fazemos uma avaliação no Davis. Até então tudo estava ocorrendo bem, até...

– Até o que?

– Até...O exame de ressonância detectar um coágulo na cabeça do Davis.

– O-O que isso quer dizer? – disse Alex nervoso – É grave isso?

A doutora Brenda respirou fundo.

– Esse coágulo dificulta a recuperação dele. Fazendo com que ele não tenha uma evolução rápida.

– Então o que tem que fazer?

– Uma cirurgia muito delicada. – ela se levantou e pegou o exame de Davis. Ali mostrava a sua cabeça e uma mancha branca bem no meio – Teremos que tirar esse coágulo antes que ele fique maior.

Alex suspirou e passou as mãos pelo rosto.

– Está bem, quando vai ser a cirurgia?

A doutora engoliu a seco e se sentou novamente. Ela olhou atentamente para Alex.

– O hospital daqui não faz este tipo de cirurgia. Os das outras cidades próximas sim, mas então Davis ficariam na espera até ter uma vaga pra ele – Alex ficou estático. A doutora continuou. – Tenho esperanças na recuperação do Davis, e quero vê-lo bem. Mas se ele ficar na espera, as chances dele não conseguir são grandes.

– Não conseguir o que Brenda? – perguntou Alex nervoso.

– Acordar.

Alex parecia ter perdido o chão. O que ele faria?

– M-Mas deve haver outro meio!

A doutora balançou a cabeça concordando.

– Sim, tem. – ela mexeu no seu computador e virou a tela para Alex ver. – Esse é um hospital especializado e referencia no país. Lá eles fazem essa cirurgia.

– Esse parece um hospital caro não é?

– Sim. Lá essa cirurgia sairia rápido se você pagasse.

Alex estava com medo de saber. Mas precisa, por Davis.

– Quanto?

– Alex...

– Quanto Brenda! – disse ele firme.

– Quando eu liguei para eles, eles me informaram que ... No máximo cento e oitenta mil dólares.

Alex se levantou da cadeira de queixo caído.

– Cento e oitenta mil? O que isso um hospital ou um hotel cinco estrelas?

– Além da cirurgia, o Davis teria um quarto só dele. Você poderia morar com ele ali. Logo depois ele terá acompanhamento de vários especialistas como, fisioterapeutas, fonoaudiólogas enfim, ele seria tratado com o melhor atendimento. Ale de todos os remédios que eles dariam ao Davis que está tudo incluído no preço.

Alex se sentou novamente e colocou as mãos na cabeça.

– Aonde eu vou conseguir cento e oitenta mil!

– Desculpe mas...Sua família tem dinheiro Alex! Eles podem ajudá-lo!

Alex olhou para ela.

– Você tem razão! Minha família tem dinheiro sim! – ele se levantou – Doutora ...Quer dizer, Brenda, quando precisa dar o nome do Davis para esse hospital?

– Eles me deram duas semanas Alex! Passando desse prazo, ele não seria descartado, mas o preço subiria.

Alex concordou.

– Eu vou falar com eles. – Alex parecia eufórico – Se ele fizer essa cirurgia, ele vai acordar?

A doutora sorriu.

– As chances seriam grandes. Eu acredito que sim!

Alex suspirou e começou a sair pela porta, mas parou e olhou para a doutora.

– Obrigado Brenda. Obrigado por acreditar no meu filho.

Ela se levantou e foi em sua direção.

– Já me envolvi no caso dele. Quero que dê tudo certo.

Alex concordou e logo saiu. Ele iria, pela primeira vez depois de vinte anos pedir dinheiro para seus pais. Ele sabia que sua parte na herança ainda iria demorar. Depois devolveria aos seus pais. Mas nesse momento Davis não poderia esperar.


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