I Love My Nerd escrita por Mia Golden


Capítulo 68
A ovelha negra


Notas iniciais do capítulo

Agora sim ILMN esta na reta final!!
:')



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Adam foi levado para a delegacia. Billy e Alex também foram. Tina e Hannah ficaram na mansão junto com Eva para acalmar Rose e Jenny que estavam em choque. Assim, todos os convidados foram embora.

Na delegacia, o delegado Lence conversava com Adam.

– O senhor deve saber da gravidade de tudo isso não é?

Adam bufou.

– Não digo nada enquanto meu advogado não estiver aqui.

– Tudo bem, esperamos! - disse o delegado se recostando em sua cadeira e olhando para Adam.

Eles ficaram em silêncio por alguns segundos.

– Isso é um absurdo! - disse Adam indignado.

– O que disse, senhor? - perguntou o delegado.

– Disse que isso é um absurdo!

– E por que seria?

– Isso só pode ser coisa de invejosos - disse Adam bufando.

– Senhor White, tenho muitas provas aqui contra o senhor! Acho que elas são bem claras!

– Então me mostre!

– Não! - disse o delegado se recostando novamente - Vamos esperar seu advogado.

Adam estava furioso.

Mais alguns minutos se passaram e seu advogado chegou. Era o mesmo que estava com o caso pedido por Alex.

– Senhor White. - disse o advogado entrando na sala do delegado.

– Senhor Foster, que bom vê-lo! - disse Adam cumprimentando o seu advogado.

O advogado cumprimentou o delegado.

– Senhor...por favor, sente-se. - disse o delegado Lence ao advogado que se sentou ao lado de Adam.

Assim a conversa entre os três começou. O delegado Lence explicou o por que de seu cliente do estar na delegacia. O advogado só ouvia tudo e as vezes olhava para Adam que estava quieto mas sem mostrar nenhuma reação.

– Isso são só acusações da boca para fora delegado. Aonde estão as provas concretas? - perguntou o advogado.

– É claro, vou mostrar! - disse o delegado mexendo em seu computador e abrindo uma pasta. De repente um áudio começa. É Billy e Liam conversando com H. Na gravação H contava tudo.

– Mas...esse é o Billy? - Adam se inclinou para a frente para ouvir melhor. Ele estava surpreso.

Os três ouviram com mais atenção, de repente Adam estava estático em seu lugar. Sim, aquela era a voz de Billy.

– Bem, eu acho que não a duvidas não é? - disse o delegado desligando o áudio.

O advogado de Adam olhou para ele. Ele olhava para o computador ainda surpreso, achando que o que tinha ouvido não era verdade. Que não era Billy.

– Senhor White, diga alguma coisa? - perguntou o delegado esperando uma reação.

– O meu próprio filho... - disse ele divagando.

– Pelo jeito,o seu filho não queria que fosse culpado por algo que ele não fez, por isso procurou as respostas. E elas não foram muito agradáveis...

De repente Adam levanta subitamente e bate os punhos na mesa do delegado.

– Esse não é o meu filho!

– Senhor White, se não se controlar, chamarei meus homens para detê-lo - disse o delegado em um tom mais sério.

O advogado tocou no ombro de Adam pedindo silenciosamente para ele se acalmar.

– Senhor White, segundo nossos especialistas, essa gravação é real. O proprio rapaz na gravação, o tal H, ele mesmo contou tudo...sobre pressão, é claro! Já que havia mais uma testemunha e o testemunho de seu filho.

– Não acredito! - disse Adam vermelho de raiva.

O delegado pegou seu telefone e falou com alguém. Assim que desligou, alguns segundos se passaram e um policial entrou.

– Pode falar pra ele entrar delegado? - perguntou o policial na porta. Adam e seu advogado estavam atentos.

– Pode sim.

O policial saiu e não demorou muito para que ele voltasse trazendo Billy com ele.

– Entre Billy. - disse o delegado.

Billy fez o que ele disse. Entrou em silêncio e se sentou em uma cadeira ao lado do advogado. Ele não tentou contato visual com Adam, que ao contrario o olhava descrente em seu lugar.

– Este garoto aqui... - disse o advogado apontando para Billy - Provou que ele não tentou matar o próprio primo. Ele trouxe provas concretas... - ele olhou para o advogado - E elas mostraram que seu cliente, senhor Foster, é o grande mandante deste crime. Acho que esta muito obvio não é?

– Seu...seu... garoto desprezível e maldito! - disse Adam pulando da cadeira por cima do advogado pra alcançar Billy. Ele o pegou pela gola da camiseta. Com susto Billy nem percebeu que Adam já estava em cima dele querendo lhe bater.

– Pai... - Billy tentou se afastar de Adam mais só sentiu quando uma tapa forte alcançou sua cabeça. Ele tentava se soltar, mas Adam parecia estar possuído.

O delegado gritou por socorro. Os policiais entraram rapidamente e conseguiram soltar Adam de Billy que ainda o estapeava.

– Segurem ele! Segurem! - disse o delegado aos policias. Adam urrava de tanta raiva. Seus olhos pareciam vermelhos do jeito que olhava para Billy que estava ao lado do advogado que parecia protegê-lo.

– Seu desgraçado! Eu iria dar um jeito! Eu iria lhe tirar disso! Mas como sempre você é um inútil Billy! Inútil!

– CALE ESSA BOCA! - disse Alex entrando na sala junto com o velho senhor White e sua esposa, a senhora White.

– Oh Adam, como pode? - disse a senhora White indo em direção a Billy ver se ele estava machucado.

– Você... - disse Adam olhando para Alex mais possesso ainda.

– Você é um monstro Adam! Como pode fazer isso com o meu filho? Como pode? - disse Alex tentando se manter calmo.

Adam soltou uma risada alta e fria. Ironia e descaso exalavam dele. Os policiais ainda o seguravam.

– Aquela coisa não deveria nem ter nascido. É um insignificante isso sim...

Os policiais nem tiveram tempo de segurar Alex, pois ele já havia se jogado por cima de Adam. Ele lhe acertou tão forte no nariz que na hora jorrou sangue. Os policiais tiveram que segurar Adam no chão que gritava segurando o rosto.

– Seu...

– Você é um canalha sem moral nenhuma Adam! - Alex gritava enquanto mais policiais entraram na sala para segurá-lo. - Você é uma pessoa horrível! Você quis matar o meu filho... meu filho... - Alex se ajoelhou no chão e começou a chorar humilhado. Nunca imaginaria que seu próprio irmão, seu sangue, lhe faria algo tão abominável.

Os policiais ali levantaram Alex e o sentaram em uma cadeira. Ele parecia fraco.

– Que desordem meu Deus! Todos se acalmem ou os coloco de trás das grades ouviram?

– Ele é que deveria ir pra trás das grades... - disse Adam segurando um lenço no nariz.

– E você, cale-se. Já deu seu show por hoje! - disse o delegado fazendo sinal para os policiais sentarem Adam e ficaram por perto.

O delegado se sentou novamente. Agora todos na sala estavam em silencio e devidamente sentados. Billy passava as mãos pelo rosto completamente envergonhado. Sua avó estava ao seu lado chorando arrasada. Seu avô estava ao lado de Alex, ele ainda não falava nada, mas pelos seus olhos, ele estava envergonhado também.

– Creio que os senhores sabem o motivo de estarem aqui. - disse o delegado.

O velho senhor White respirou fundo.

– Sim, nós sabemos.

– Bem, infelizmente esse caso possa trazer muita vergonha a vocês mas... essa é a realidade. Temos provas reais que seu filho mais velho senhor White, é o mandante de um crime contra seu neto mais velho, Davis.

– Oh! - a senhora White pegou seu lenço e colocou no rosto chorando.

– Sinto muito senhora, mas lei é lei, e tenho que cumpri-la. Podem leva-lo.

Os policiais pegaram Adam e o algemaram. Começaram a puxa-lo pra fora da sala.

– Você não é mais meu filho ouviu? Você morreu pra mim! - disse Adam falando para Billy que o olhou assustado - Por sua causa olhe onde eu vou ser jogado seu...

– Por Deus Adam! Se você se dirigir a esse garoto outra vez desse jeito, eu e você vamos dividir a mesma cela! - disse Alex se levantando e encarando seu irmão com raiva.

Adam sorriu ironicamente.

– Então fique com ele!

– Talvez eu cuide melhor dele como você nunca cuidou.

Adam perdeu seu sorriso.

– Levem ele pra fora, por favor! Não aguento mais isso! - disse o delegado.

Depois de mais uma conversa com o senhor e senhora White, o delegado Lence disse que Adam teria seu julgamento logo. No máximo um mês ou menos tudo estaria resolvido, e devido as circunstancias, seu caso não tinha nada a favor dele, e que ele provavelmente pegaria quinze anos de cadeia ou até mais.

Assim que o senhor e senhora White foram pra casa. Alex ficou com Billy para conversar com ele.

– Billy... eu quero que saiba que tudo o que ele disse não é verdade ouviu? Hoje você mostrou que não é nada parecido com ele.

Billy só balançava a cabeça em silêncio. O delegado saiu da sua sala e viu os dois.

– Por que estão aqui ainda? Não tem mais nada por hoje!

– Só estou conversando com meu sobrinho.

O delegado concordou e se sentou do outro lado de Billy.

– Garoto, eu sei que é difícil, ainda mais seu pai...mas foi muita coragem sua fazer o que fez. Não é fácil, eu sei.

Billy inspirou dolorosamente.

– Eu... eu não queria mais que as pessoas achassem que fui eu.

– Hoje tivemos provas que não foi. - disse Alex o abraçando pelos ombros.

– Seu nome foi tirado da lista de suspeitos rapaz! Pode se sentir aliviado agora. - o delegado se levantou. - Erga essa cabeça! Siga em frente! Seu pai procurou por isso!

– O delegado esta certo Billy! Vamos pra casa! - disse Alex se levantando.

Assim os dois se despediram do delgado Lence e foram embora. Ambos voltaram para a mansão. Chegando lá, eles viram que a casa estava cheia. Billy viu que seus avôs estavam ali com sua mãe. Quando Rose viu Billy, ela começou a chorar e ir em sua direção.

– Meu filho... - disse Rose abraçando Billy. Ela chorava muito e seu abraço estava quase fraco. Billy teve que segurá-la mais forte por que parecia que ela cairia. - Eu ainda não consigo acreditar no que ele fez!

Billy não consegui sequer formar uma frase.

– Rose, por favor sente-se - disse Alex puxando Rose para o sofá.

– Oh Alex, como eu sinto...

– Não vamos falar disso agora! - Alex levou Rose até o sofá.

Billy ficou parado em seu lugar olhando para a sua família. Todos ali estavam em choque e devastados pelo que aconteceu. E as pessoas que mais foram prejudicadas, uma estava em uma cama de hospital em coma. E a outra estava tentando manter todos calmos, no caso, era Alex. Billy, naquele momento sentiu uma raiva crescendo dentro de si.

Ele foi em direção onde todos estavam sentados.

– Mãe e vovó, parem! Parem de chorar!

As duas o olharam confusas.

– Mas como assim Billy? - disse sua avó - Meu filho foi preso hoje! O que as pessoas vão dizer...

– DIZER? - disse Billy gritando agora. Ele havia chegado ao seu limite do dia. - Acha mesmo que ele se importou no que os outros acharam de mim quando eu fui o acusado pelo acidente do Davis? Acha que ele se importava com a gente? Por favor, é claro que não! Por que se nós tivéssemos qualquer importância pra ele, ele não teria nos envergonhado!

– Billy... - seu avô tentou dizer.

– Não terminei vovô!

– Vocês irão chorar por uma pessoa que não deu a minima pelos nossos sentimentos? Ele quis matar o próprio sobrinho! O tio Alex esta aqui para tentar confortar vocês, mas quem deveria estar sendo confortado é ele! - disse Billy olhando sua avó e seu avô. Ele sabia que estas palavras não eram merecidas para a sua mãe, pois ela amava Davis.

– O filho que vocês mais amavam, agora é a vergonha de vocês. E o que vocês mais desprezaram, é o que esta aqui confortando vocês quando não merecem.

Sua avó chegou a dar uma engasgada e seu avô só olhava para ele surpreso. Ele olhou sua mãe, e ali ele viu em seus olhos orgulho, já Alex tinha um pequeno sorriso no rosto.

– Sabe o que vai fazer você se sentir melhor vovó e vovô? É vocês aceitarem de vez o Davis, por que só assim vocês irão pagar tudo o que fizeram com ele e o tio Alex.

Billy se virou e começou a sair da sala deixando todos ali em silêncio. Ele foi em direção ao seu quarto. Ele passou pela porta do quarto de Jenny. Ela não estava na sala, provavelmente decidiu sair. Ele bateu, e nada. Assim ele abriu a porta. Jenny estava sentada no chão chorando. Billy fechou a porta e se aproximou da irmã devagar. Ela não olhou para ele e nem sequer se mexeu. Só olhava para a frente e chorava. Billy se sentou ao seu lado.

– Jenny... - disse ele tentando não se chatear com mais alguém chorando por Adam naquela casa.

– Ele quase acabou com o Davis! - disse Jenny chorando - Ele quase acabou com você! - agora ela o olhou.

– Ele nunca mais vai fazer isso!

– Eu nunca achei que foi você. Você poderia ser até um chato as vezes, mas sabia que não era um assassino - Jenny disse abraçando os joelhos.

Billy sorriu aliviado. Jenny sempre foi uma menina muito simples e direta. Ela só tinha 14 anos, mas sempre demonstrou maturidade para a idade. Mas naquele momento, apesar de ela querer parecer forte, ela estava vulnerável, e Billy tinha que bancar o irmão mais velho.

– Obrigado Jenny... sei que muitas vezes, por minha causa você se dava mal com ele, mas eu quero que saiba...que eu sinto muito. Me desculpe por tudo! - disse ele respirando fundo.

Jenny o olhou. Ela estava mais calma.

– Eu desculpo. - disse ela dando um sorriso tristonho.

Ela então colocou a cabeça no ombro de Billy. Os dois seguraram as mãos e ficaram em silêncio. Depois que Jenny foi se deitar, Billy foi para seu quarto. Tomou um banho pra tirar o estresse e foi pra cama. Ele estava ainda acordado quando uma batida na porta lhe chamou a atenção. Era uma batida leve. Ele se sentou na cama. A porta se abriu mais, estava um pouco iluminado o quarto por causa da luz da lua que entrava pela janela. Ele viu alguém entrar. Era Tina.

– Billy...

– Tina, o quê você faz aqui?

Ela veio devagar perto da sua cama. Billy ligou seu abajur e viu ela.

– O que foi? - perguntou ele.

– Nada! Quer dizer... só vim ver como você estava. Todos já foram dormir e eu pensei que eu poderia vir aqui pra vê-lo, já que não nos vimos desde o fim da tarde.

Ele se sentou melhor na cama e suspirou.

– Acho que agora vamos ter paz. - disse ele.

Tina se sentou e passou a mão em seu rosto. Ele fechou os olhos.

– Com certeza vai ter sim - disse Tina. - Billy, não precisa ficar segurando o que você está sentindo.

Ele a olhou e engoliu a angustia.

– Ouvi o que disse hoje lá na sala pra todos. Fiquei orgulhosa!

Ele sorriu dolorosamente.

– Só falei o que estava sentindo.

– Então agora tire o que sente dentro de você! É claro, ele não merece ter vocês tristes e humilhados, mas ele magoou você, ele traiu a sua confiança. Dói muito! Eu sei! Fiz muito isso!

Billy ouvia de cabeça baixa.

– Não consigo chorar. - disse ele.

– Mas terá uma hora que vai precisar, por que só assim vai se aliviar.

Ele balançou a cabeça concordando.

– Então não vai ser agora.

Tina sorriu.

– Você é durão ein?

Ele sorriu também. Tina começou a se levantar mas Billy a segurou pela mão. Ela o olhou surpresa.

– Não vá agora!

– Sério?

– Sim...por favor Tina. Fica comigo essa noite!

Tina sugou o ar, mas Billy esclareceu.

– Não é o que você esta pensando! Só... eu preciso de você aqui comigo!

Tina não suportou os olhos verdes suplicantes de Billy e cedeu. Ele foi para o lado na sua cama e abriu espaço pra ela. Tina se deitou de frente para ele. Ele desligou o abajur e tudo ficou meio escuro, só uma parte do quarto iluminada. Um sentia a respiração do outro. Nenhum ainda tinha dormido.

– Tina? - chamou Billy quebrando o silêncio.

– O quê?

Ele fez uma pausa antes de falar.

– Obrigado por tudo. Nunca vou me esquecer de você.

Tina sorriu no escuro, mas também uma lagrima rolou dos seus olhos.

– De nada. E obrigada por ter me dado todos esses momentos ao seu lado.

Assim os dois pegaram no sono, um segurando a mão do outro.


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