I Love My Nerd escrita por Mia Golden


Capítulo 61
Momentos difíceis


Notas iniciais do capítulo

Bjos pra todos!! :*



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Alex ainda permanecia em choque. Sabotagem? Ele não conseguia imaginar quem tentaria algo tão absurdo assim.

– Senhor White, infelizmente esta é a realidade - disse o delegado Lence.

– Eu não consigo ... pensar direito - Alex colocou as mãos no rosto completamente atordoado.

– Não se preocupe senhor, vamos investigar mais - disse o delegado.

Alex se levantou e cumprimentou o homem.

– Obrigado delegado... eu só espero sinceramente que achem quem fez isso com meu filho.

– É claro senhor.

Um dos policiais entra na sala no momento.

– Desculpe delegado Lence, mas enquanto a moto? Deixamos ela aqui?

– A-a moto ... do meu filho? - disse Alex.

– Sim senhor, permanece conosco para mais investigações.

– Eu quero ver - disse Alex.

O delegado e o policial se olharam.

– Tem certeza senhor?

– Sim.

O delegado concordou e pediu para Alex o acompanhar nos fundos da delegacia onde havia um espaço só para coisas que a policia apreendia. Chagando lá ele levou Alex para mais no fundo do pátio.

– Greg - o delegado chamou por um dos policiais que trabalhavam ali - Mostre a moto do caso 35.

O delegado assentiu e logo se dirigiu para um canto. Ali havia algo coberto por uma lona preta. Alex se aproximou. O policial tirou a lona. Alex não conseguiu segurar em dar uma engasgada. A moto de Davis estava completamente destruída. A parte da frente nem sequer existia mais.

O delegado Lence colocou a mão no ombro de Alex.

– Senhor, acho que não precisa mais ver não acha?

Alex só concordou, mas não conseguia dizer uma palavra.

– Antes que eu me esqueça senhor White, precisamos ir atá a sua casa para ver se achamos alguns vestígios. Provas - disse o delegado.

– Como assim?

– Bem, pela minha tese,o senhor disse que no dia anterior do acidente de seu filho ele andou normalmente com a moto. E no outro dia, quando ele saiu pela manha é que o acidente aconteceu.

– Aonde quer chegar delegado?

O homem se aproximou mais perto de Alex.

– Eu quero dizer que entre esses dois momentos, o dia anterior e o outro dia foi o momento onde sabotaram a moto do seu filho.

Alex arregalou os olhos.

– Você quer dizer que...que...

– Sim. Eles só podem ter entrado na sua garagem e fizeram isso.

Mais atordoado ainda, Alex deu permissão a policia de ir em sua casa naquele exato momento. Ele ligou para o hospital e perguntou como Davis estava, segundo a doutora Brenda, ainda na mesma, não melhorava .

Chegando na sua casa, Alex deu permissão ao delegado e sus dois policiais e um perito para olharem a casa e a garagem. Uma hora se passou, e segundo o delegado nada de provas foram achadas. Mas não desistiriam, disse o delegado. Ele sentia por Alex, já que ele tinha três filhos e também ficaria transtornado com tantas coisas.

Depois deles irem embora, Alex decidiu ir tomar um banho e descansar, mas antes disso ele ligou para o hospital e disse que iria mais tarde. A doutora Brenda disse que não precisava se preocupar, por que ela cuidariam bem de Davis e se houvesse algum imprevisto, ela o avisaria.

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Era sábado e o velho senhor White e sua esposa haviam voltado da viajem que tinham feito. Eles foram até a casa de Adam pra saber noticias sobre o acontecido.

– Adam! - o velho senhor White e sua esposa entram na sala de Adam.

– Papai, mamãe! - Adam se levanta e vai até os dois e os abraça - Sentem-se.

Os dois se sentam em um sofá e Adam em outro a frente.

– E como está as coisas? Fomos a casa de Alex mas ninguém atendeu, fomos no hospital mas também nada dele.

– Sinceramente, eu não sei onde ele está.

– O que realmente aconteceu com o Davis? - perguntou a senhora White.

– Acidente de moto. Ele estava em alta velocidade.

– Mas o que este garoto tinha na cabeça? - disse o senhor White inconformado.

– Sabe como são esses jovens de hoje, sempre no mundo da lua - disse Adam.

– Mas... e o estado dele? - perguntou a senhora.

– Nada bem mamãe, nada bem.

A senhora White só balançou a cabeça concordando.

– E o Alex? - perguntou o homem.

– Esta pra lá e pra cá com isso. Mal come, mal dorme...

– Coitado do meu filho - disse a senhora White. - Toda essa dor de cabeça começou desde o momento que ele conheceu aquela mulher. Ela deixou um filho que sempre arranja problemas.

– Mamãe, o Alex estava cego por aquela mulher! Não havia o que fazer.

– O que mais me irrita é que o Alex tinha tudo, mas por uma mulherzinha sem futuro nenhum, se deixou levar.

– Agora não da mais pra mudar o que já aconteceu mamãe. O Alex foi embora com ela, tiveram o Davis e agora ela nem sequer vive mais.

A senhora White deu um suspiro longo. O senhor White só ouvia pensativo.

Uma batida na porta chama a atenção dos três. São Billy e Jenny que entram para cumprimentar os avós.

– Meus netinhos queridos - a senhora se alevanta e vai abraçar os irmãos.

– Olá vovó! - diz Jenny.

– Vovó. - diz Billy.

O velho senhor White também se levanta para abraçar os netos.

– Venham, sentem-se conosco - diz a avó.

Billy e Jenny se sentam perto de Adam.

– Souberam o que aconteceu? - perguntou Jenny.

– Sim querida, sim - disse o avô.

– Muito triste. Não quero que meu primo morra. - disse Jenny tristemente.

Adam e seus pais se olharam.

– Vamos torcer que não Jenny - disse o avô.

Billy estava calado.

– E você meu querido - disse a senhora - Como está?

Billy demorou alguns segundos pra responder.

– Bem - disse Billy.

– Sei que as coisas andam difíceis ultimamente com esse acidente do Davis, mas temos que estarmos preparados para o pior - disse a senhora White.

Billy só balançou a cabeça concordando. Outra batida na porta e Rose entra na sala.

– Senhor e senhora White, preparei um lanche para todos. Venham! - disse ela. Os dois se levantaram juntos com Adam, Billy e Jenny.

Todos foram para o jardim comer. Todos conversavam normalmente. Davis e o acidente aparecia quase sempre como o assunto principal.

– Senhor White - Eva se aproximou - O seu assessor no telefone.

Adam se levantou.

– Se me derem licença preciso atender.

– Filho, nem que seja uma semana antes das eleições começarem, você precisa de umas férias - disse o senhor White.

– Prometo meu pai que vou tirar umas férias sim. - Adam entrou para a sala.

Depois do lanche e conversarem mais, o senhor e senhora White voltaram para a casa.

Alex se acordou assustado, o seu celular tocava sem parar. Ele pegou o telefone e viu no visor que era a doutora Brenda. E já era quase três da tarde.

– Alô doutora, o que foi? - disse ele quase sem ar.

– Precisa vir até aqui senhor White, é o Davis.

– O que aconteceu? - Alex se sentou na cama nervoso.

– É melhor não falarmos por telefone - disse ela.

– Já estou indo.

Alex se levantou a mil. Se arrumou rapidamente e saiu de casa. Não levou nem cinco minutos e ele já entrava no hospital. Ele foi até o terceiro andar onde Davis estava. Chegando lá ele avistou a doutora Brenda conversando com duas enfermeiras.

– Doutora! - disse Alex se aproximando. Ela se despediu das enfermeiras e se aproximou de Alex.

– Venha. - disse ela o levando até sua sala.

Eles entraram e Alex não quis sentar.

– Pelo amor de Deus doutora, fale.

Ela deu um suspiro e olhou bem para Alex.

– O Davis... entrou em coma.

Desta vez Alex não aguentou e se sentou.

– O que? - disse ele com um fio de voz.

– A uns quarenta minutos atrás, o Davis teve uma parada cardíaca. - disse ela. Alex a olhou assustado - Ele chegou a estar morto por um minuto e meio. Mas conseguimos reverter.

Alex colocou as mãos no rosto.

– Ele esta com um inchaço no cérebro, não estava reagindo direito aos remédios, então tivemos que induzir ao coma.

Alex estava em silêncio. O mundo ao seu redor havia desmoronado.

– Ele nunca mais vai acordar? - perguntou Alex emocionado.

– Depende muito de um paciente para outro. Depende da sua resistência.

Alex queria chorar naquele momento.

– O que vou fazer agora então?

A doutora Brenda se sentou ao seu lado e pegou sua mão.

– Nesses casos, é só a espera.

Alex a olhou e não suportou, chorou na sua frente sem se importar. Ela só segurava sua mão.

Logo depois da conversa com a doutora Alex foi autorizado a ver Davis. Quando entrou no quarto, Alex viu seu filho em sono profundo. Desta vez havia mais aparelhos em volta dele. Ele respirava com a ajuda de um aparelho.

Alex se sentou ao lado da cama e pegou na mão de seu filho e fez todas as preces que podia.

Ele ficou por duas horam no hospital. A doutora Brenda pediu que voltasse pra casa. Naquela situação, nada a principio podia se fazer. Alex estava mentalmente exausto. Já era quase duas semanas desse pesadelo. Ele concordou e foi.

Ao chegar em frente a sua casa, ele viu Sarah sentada na entrada. Ele saiu do carro e se aproximou. Sarah se levantou.

– Me desculpe estar aqui a essa hora - disse Sarah se aproximando - Eu só queria saber sobre o Davis!

Alex sorriu tristemente. Sarah havia estado uma semana inteira no hospital com ele. Nos primeiros dias da internação de Davis, Alex pediu a ela pra não vê-lo por causa do choque que poderia causar a garota em ver o namorado naquele estado. Mas depois de quatro dias, Sarah pediu permissão a Alex se pudesse ver Davis independente de seu estado. Ele deixou e ela foi vê-lo. Surpreendentemente a garota resistiu bem. Mas depois seus pais resolveram que Sarah deveria diminuir as visitas, por que as aulas estavam próximas e ela tinha que descansar. Naquela dia, Sarah não foi, então Alex é que deveria dar a noticia ruim.

– Vamos entrar querida - disse Alex entrando em sua casa com Sarah logo atrás.

Ele entrou na sala e pediu para a garota se sentar. Sarah estava atenta a Alex.

– Então?

Alex se sentou e soltou um suspiro doloroso.

– Eu não vou enrolar com você Sarah.

A garota engoliu a seco.

– O que houve?

– Soube hoje pela policia que fizeram uma pericia na moto do Davis e... eles disseram que foi uma sabotagem.

– Sabotagem?

– Sim, alguém cortou os freios da moto.

Sarah ficou chocada com a noticia.

– Mas quem...quem?

– Não sei minha querida. Eu não consigo imaginar alguém com tamanha maldade assim.

– Mas o Davis nunca fez mal a ninguém! - disse Sarah com os olhos marejados.

– Eu sei - disse Alex passando as mãos no rosto. Eis a hora da pior noticia - Sarah?

A garota olhou pra ele.

– Sim.

– Tenho outra noticia.

– O que é? - disse ela respirando com dificuldades.

– O Davis entrou em coma.

Sarah colocou as mãos na boca e começou a balançar a cabeça negando. As lágrimas não demoraram a sair. Era o garoto que amava, quem não se desesperaria?

Alex se levantou e sentou ao lado dela e a abraçou. Ela soluçava muito por causa do choro.

– Agora sim que teremos que ser fortes minha querida.

– E-eu não q-quero que ele morra! - dizia Sarah desconsolada.

Os dois ficaram ali na sala compartilhando suas tristezas.

****************************

Hannah decidiu dar uma passada na mansão para ver Tina. Já se faziam dias que as duas não se viam, só se falavam por telefone e mensagem. Hannah sempre queria saber como sua amiga estava. Era quase como irmãs.

– Olá Eva - disse Hannah a avó de Tina quando abriu a porta.

– Ola Hannah! Entre! - disse Eva - A Tina esta no banho, mas espere aqui.

– Tudo bem - disse a garota vendo Eva desaparecer para os fundos da casa.

Hannah havia entrado pela porta da cozinha por pedido de Tina. Ela se sentou em um banco da ilha da cozinha esperando pela amiga. A curiosidade lhe bateu e ela se levantou e foi espiar a sala da casa. Hannah já havia ido até a mansão duas vezes e sempre se encantava com a enorme sala de estar. A sala era do tamanho de sua casa.

Uma conversa chama a atenção da garota.

– Eu lhe dei o que pediu seu idiota! Por que não foi embora como lhe mandei.

Hannah, curiosa foi se aproximado de uma porta. Ela avistou o pai de Billy falando ao celular completamente irritado.

– Você quer quanto?.... Só pode estar louco! - o homem estava bufando de raiva.

Hannah se sentiu entrometida. Não sabe o que deu nela de agir assim. Ainda bem que o resto da família não estava. Pelo menos ela achava, se não o homem não falaria algo suspeito nessa altura, mesmo em uma sala. Mas de repente algo que Adam disse a fez parar para ouvir de novo.

– Você fez o serviço mal feito...não deu o resultado que eu pedi! - ele ouvia o que a outra pessoa dizia - Não! Deixe assim! O tempo se encarrega de fazer o resto. Torcemos por isso.

Ele ouviu mais um pouco pelo celular.

– Me ligue na terça a tarde... vou lhe dar mais um pouco de dinheiro pra você ficar com o bico calado! - ele desligou o telefone e xingou sozinho.

Hannah saiu de perto da porta. Se o homem a visse ali provavelmente ficaria bravo. Ela ouviu que ele estava se aproximando da porta, mas Hannah não tinha pra onde ir a não ser subir as escadas. Ela subiu rapidamente, por sorte Adam não subiu. Ela respirava com dificuldades. Que ligação mais tensa e estranha era aquela. Mas chamou a atenção de Hannah. Será que o pai de Billy estava pagando alguém para manipular as eleições?

– Hannah?

A garota pulou de susto. Era Billy logo atrás dela.

– O-oi - disse ela com um sorriso amarelo.

Billy riu da cara de Hannah.

– O que você faz aqui em cima?

– Eu... errr.

– Veio ver a Tina?

– Sim.

– Mas ela não esta aqui em cima.

Hannah deu uma risada nervosa.

– Eu...sei.

Ela começou a olhar para os quadros na parede disfarçando sua vergonha.

– Então?

– O que?

– Veio ver quem aqui em cima?

Hannah não podia realmente dizer a verdade.

– Eu vim ver você - disse ela corando por completo.

Billy a olhou com uma cara de malandro.

– Veio me ver é?

Hannah estava com vontade de fazer o chão se abrir debaixo dela.

– Por que você está com essa cara? - disse ela nervosa pelo jeito que Billy a olhava.

– É por que...você fica uma graça quando fica envergonhada.

Agora sim a garota ficou dos pés a cabeça vermelha.

– Billy... pare.

– O que foi que eu fiz? - disse ele com cara de magoado.

– Me dizer essas coisas!

– Só falei a verdade.

Hannah olhou por alguns segundos para os olhos verdes de Billy.

– Não gosto desse seu jeito.

– Não? Por que? - ele se aproximou mais dela. Hannah deu um passo para trás.

– Por que não.

– Com licença - um voz disse. Billy e Hannah se viraram e viram Adam de braços cruzados olhando os dois. Ele tinha um sorrisinho no rosto.

– Pai - Billy se afastou de Hannah - Essa é a Hannah. Estudamos juntos.

Adam olhou para a garota e sorriu.

– É um prazer.

Hannah olhava para Adam com uma certa curiosidade. Ela percebeu que o pai de Billy não era bom.

– Prazer senhor - disse ela - Eu vou descer.

– Você não queria falar comigo? - disse Billy.

Hannah se virou para ele.

– Talvez outro dia - disse ela se virando e saindo dali como um raio.

depois que ela saiu de vista Adam se virou para o filho.

– Atrapalhei algo?

– Não! - disse Billy colocando as mãos nos bolsos da calça.

– Hummm, interessante - disse Adam.

– O que é interessante?

– Essa menina.

– O que tem ela?

– Essa sim se parece uma moça decente pra você meu filho.

Billy olhou para seu pai e riu.

– Somos só... amigos?

Adam riu e se aproximou de Billy.

– Você acabou de fazer uma pergunta a si próprio. Será mesmo só amizade? - Adam deu uma batida no ombro de Billy e entrou em seu quarto.

O garoto ficou ali no corredor com seus próprios pensamentos.


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