Os dias se passaram e enfim o fim de semana chegou. Sarah estava em seu quarto arrumando suas coisas quando alguém bateu. Era Lory com uma sacola nas mãos.

– Prima, o que...

– Preciso da sua ajuda Sarah. - Lory parecia nervosa.

Sarah se levantou.

– O que foi? Você parece pálida... Lory, o que você fez? - Sarah ficou com medo de sua prima dizer que voltou a vomitar daquele jeito.

Lory balançou a cabeça negando.

– Não! Não é isso! - disse Lory.

Sarah relaxou.

– Que susto! - disse Sarah colocando a mão no peito - O que é então?

Lory pegou a sacola e virou em cima da cama de Sarah varias roupas.

– O que é tudo isso? - disse Sarah rindo. - Você vai me dar suas roupas?

– Não!

– Então?

– Hoje é o dia que eu vou sair com o Wesley lembra?

– Sim, claro.

Lory se sentou na cama e suspirou.

– Não sei o que usar. - disse desanimada.

Sarah sentou ao seu lado.

– Você sempre se vestiu tão bem prima! Por que isso agora?

Lory se virou para Sarah.

– É que... eu estou nervosa. - disse ela suspirando - Pela primeira vez... nessa minha nova fase, eu vou sair com alguém.

– Alguém legal. - disse Sarah sorrindo amavelmente.

– É!

– Você esta nervosa por que está gostando dele de verdade - disse Sarah segurando as mãos frias de Lory.

– Você acha... lá no fundo, no fundinho mesmo, que a gente combina? - perguntou Lory.

Sarah riu.

– Com certeza.

Lory suspirou pela milionésima vez naquele dia e olhou para suas roupas.

– O que eu uso?

– Você sabe exatamente aonde vocês irão? Ele deu alguma pista?

– Não, ele disse que é surpresa.

– Humm, então teremos que escolher uma roupa que combine pra qualquer ocasião.

Então Sarah e Lory começaram a procurar a roupa certa. Elas precisavam de um reforço, então chamaram Amber. Quase duas horas depois, estava tudo certo. Aliviada, Lory foi para a casa se arrumar para seu encontro com Wesley.

Já era mais tarde naquele dia. Lory se arrumou para esperar Wesley. Ela e as meninas decidiram em um vestido azul curto. Apesar de ser primavera, ainda fazia frio à noite. Então optaram por um casaquinho leve. Lory era loira, seus cabelos eram meio liso, meio cacheado, então decidiu deixá-los soltos. Depois de pronta ela foi até a janela esperar para esperar Wesley.

Ele disse que iria às sete horas buscá-la e já eram quinze para sete. Lory então decidiu descer e esperar na sala. Chagando lá, seus pais e Liam estavam na sala assistindo Tv. Todos se viraram para admirá-la.

– Minha filha! Como você está linda! - disse sua mãe.

– É verdade! Muito linda mesmo querida! - disse seu pai.

Lory sorriu.

– Não acha que este vestido está meio curto? - disse Liam.

– Não. Eu não acho - disse Lory cruzando os braços.

– A que horas o menino disse que viria? - perguntou o pai.

– As sete.

– Então sente um pouco querida, assim que ele chegar eu quero conhecê-lo - disse sua mãe fazendo sinal para o sofá.

Ainda nervosa Lory se sentou. Os quinze minutos passavam devagar, até ouvirem a campainha. A mãe do Lory se levantou para atender. Lory ficou agora apreensiva. Ela ouviu quando sua mãe abriu a porta e cumprimentou Wesley. Ela ouviu a voz dele também. Ouviu quando os passos se aproximavam da sala. Lory se levantou.

Sua mãe e Wesley apareceram na sala. Lory ficou sem palavras. Wesley já era bonito de um jeito meio exótico com seus olhos castanhos claros e cabelos pretos, mas ele ficou ainda mais bonito na camisa preta e jeans. Seus cabelos um pouco caídos na testa estavam úmidos.

– E aí Wesley? - disse Liam se aproximando.

– Oi Liam - os dois apertarem as mãos.

– Wesley! - disse o pai de Lory se aproximando. Eles também se cumprimentaram. Lory permaneceu muda.

– Lory me falou de você rapaz! - disse a mãe - Você é exatamente como ela descreveu.

Lory sentiu o rosto esquentar. Sua mãe nem era discreta. Wesley riu do comentário.

– Mamãe! - disse Lory com cara de pare com isso!

– Esta bem! Desculpe! Podem ir crianças, se cuidem - disse a mulher dando um beijo na filha - Ele é lindo! - disse sua mãe dando uma piscada. Lory ficou de boca aberta com sua mãe.

Liam chegou perto de Wesley.

– Cuide bem dela ouviu - Liam avisou.

– Eu vou - disse Wesley.

– Se cuidem - disse o pai de Lory aos dois enquanto saiam da sala. A mãe os levou até a porta da frente.

– Se divirtam - disse ela acenando enquanto saiam.

Depois de estarem fora da casa, Lory respirou melhor. Wesley se virou para ela.

– Você está bem?

– Sim - disse ela sorrindo. - Agora sim.

– Você esta linda!

– Obrigada! Você também!

Eles chegaram até a porta do carro de Wesley. Lory olhou para o carro e lembrou que Wesley não tinha um. Mas não perguntaria por que talvez fosse falta de repeito.

– É do meu pai - disse Wesley apontando para o carro. Ele pareceu descobrir o que Lory pensava.

– Legal.

Ele abriu a porta e entrou. Wesley deu a volta e entrou também. Ele colocou o cinto, colocou a chave, segurou o volante e ficou olhando para frente. Os dois estavam em silêncio.

– Eu...estou um pouco nervoso também - disse ele.

Lory se virou para olhá-lo.

– Se isso ajuda, hoje eu estava uma pilha de nervos - disse ela.

Ele a olhou.

– Sério?

– Sim.

– É que... você é uma garota incrível, e eu quero que tudo seja perfeito - disse ele suspirando. - Você sempre foi popular e sempre tudo foi ...

– Wesley, pare - disse Lory. - Há um tempo atrás eu era uma coisa, mas agora eu sou outra pessoa. Estou tentando mudar.

Wesley sorriu.

– Eu estou realizando um sonho hoje - disse ele.

– Mesmo?

– Sim.

– Obrigada por acreditar em mim - Wesley disse ela timidamente.

– Eu não só acredito Sol, eu ....

Lory olhou de repente para Wesley. Ele riu envergonhado.

– Vamos indo, senão chegaremos atrasados. - disse ele ligando o carro.

– Está bem - disse Lory se ajeitando no banco.

Ela ficou um pouco intrigada com o que Wesley iria lhe dizer, mas decidiu relaxar.

Eles saíram da cidade. Lory não sabia exatamente aonde iriam. Estava curiosa.

– Você nem mesmo vai me dar uma pista de onde vamos? - perguntou ela curiosa.

– Não, se não vai perder a graça - disse ele rindo.

– Por favor!

Wesley olhou para Lory e sentiu uma vontade de beijá-la. É claro que isso ainda era algo que poderia acontecer naquela noite ou não.

– Estamos quase perto - disse ele voltando a se concentrar na estrada.

Wesley levou Lory para a outra cidade. Chegando ao lugar, ele parou em um estacionamento e desligou o carro.

– Pronta? - ele perguntou se virando para Lory.

– Err... sim - disse Lory curiosa com o lugar. Eram os fundos de um prédio.

Wesley desceu e foi abrir a sua porta. Ele segurou sua mão. Assim que saiu do carro ele se virou para Lory.

– É só os fundos do lugar, por que se eu colocasse na frente não iríamos conseguir sair. Aqui é exclusivo.

– Nossa, exclusivo? Que chique! - disse Lory rindo.

Wesley pegou a mão de Lory e eles começaram a dar a volta no prédio. Quando chegaram à frente, Lory se encantou. Era um restaurante de comida caseira. Já dava até pra sentir o cheiro.

– Nossa é linda! - Lory observava o lugar. Era grande com grandes janelas e por dentro podia ver que o lugar era bem aconchegante e parecia bem família.

– Venha! - Wesley puxou Lory com ele.

Quando entraram no lugar, Lory ficou impressionada. Não era elegante demais e não era muito simples também. Era perfeito.

– Meu querido! - uma mulher apareceu abrindo os braços para Wesley que não demorou a retribuir.

– Tia! - disse ele a abraçando e a beijando.

Lory ficou surpresa. Tia?

Wesley se virou para Lory.

– Tia Maria, essa é a Lory - ele apresentou as duas - Lory essa é a minha tia Maria.

– Meu Deus Wes, ela é um encanto - tia Maria se aproximou e abraçou Lory.

– É um prazer - disse Lory sorrindo para a mulher simpática a sua frente. A tia Maria era muito bonita, aparentava ter seus quase quarenta anos, era elegante com seu vestido preto e um coque. Ela tinha cabelos negros e olhos castanhos, assim como Wesley.

– O prazer é todo meu - disse ela sorrindo - Venham, a mesa de vocês esta pronta.

Wesley olhou para Lory que estava encantada com tudo. Ele pegou sua mão e foi em direção a mesa.

– Fiquem a vontade - disse a mulher lhe entregando os cardápios - Volto já para pegar os pedidos antes de sair ela deu um apertãozinho no rosto de Wesley e jogou um sorriso a Lory.

– Essa é minha tia - disse Wesley.

– Sua família é dona de restaurantes? - perguntou Lory.

– Não, só meus tios - disse Wesley.

– Bem, eu me lembro de quando fui a sua casa com a Sarah e a sua mãe nos deu um pedaço de bolo. Estava delicioso.

– Minha mãe faz doces e salgados para festas. Minha tia, irmã mais nova dela, resolveu fazer um restaurante.

– Agora entendi.

Tia Maria apareceu com uma jarra dágua.

– Então Lory, o que está achando? perguntou a mulher colocando água nos copos.

– É incrível.

– Obrigada - disse a mulher radiante - Esse restaurante é o meu orgulho. Já tenho ele há dezessete anos. Um ano a mais do que o Wesley - ela sorriu para o sobrinho.

– Realmente é um lugar muito lindo.

– Gentileza sua querida. Oh! Seu tio vem aí Wesley - um homem alto e magro se aproximou da mesa.

– Wesley! - ele disse indo abraçar o sobrinho.

– Olá tio Tony! - disse Wesley feliz em ver o tio - Essa é a Lory.

O homem se aproximou e pegou a mão de Lory e beijou.

– Muito prazer senhorita - disse o homem simpático.

– O prazer é meu - disse Lory sem jeito.

O tio Tony sorriu para ela.

– Vocês já escolheram? - perguntou a tia Maria.

– Ainda não tia, nos dê um minuto - disse Wesley.

– Esta bem Wes, eu volto daqui a um minuto - ela se virou e saiu.

– Fiquem a vontade - disse o tio Tony - E Lory, sinta-se em casa. Logo depois terá musica típica ao vivo. O Wes pode ensinar você - disse ele dando um passos de dança pra lá e pra cá. Wesley começou a rir do tio e Lory também. - Até mais crianças - ele se afastou.

– Então Wes? Você sabe as danças típicas? - disse Lory zombando de brincadeira.

Wesley pareceu ficar um pouco envergonhado.

– Mas é claro que não! - disse ele colocando o cardápio na frente do rosto. Lory começou a rir.

– Você está envergonhado!

– É que a minha família tem a tradição de fazer a gente ficar constrangido na frente dos outros.

Lory riu mais.

– Acho que isso é em todas as famílias.

– Tipo o que a sua mãe falou hoje? De você ter falado de mim?

Agora foi Lory que ficou envergonhada. E Wesley riu.

– Empatados - ele disse.

– Mesmo assim, seus tios são bem legais - disse Lory.

Wesley ficou olhando Lory por alguns segundos.

– Bem... - ele limpou a garganta - O que vai querer? - perguntou Wesley olhando o cardápio.

– Err... eu não sei! - disse ela olhando também.

– Que tal tacos?

– Tacos?

– Sim.

– Pode ser.

Não demorou muito para a tia Maria aparecer e pegar os pedidos. Logo ela se afastou.

– Você deve se perguntar por que nós, porto-riquenhos também comemos comida mexicana. - disse Wesley.

– Boa pergunta.

– Meus avós maternos são mexicanos, minha mãe nasceu em Porto Rico e eu também, a tradição do México também é forte na minha família. Minha tia resolveu abrir esse restaurante homenageando os dois países.

– Isso é muito legal!

– Se algum dia eu quiser sair dos Estados Unidos, tanto posso ir para Porto Rico como México, tenho família nos dois lugares.

– Você iria?

– Talvez sim, talvez não.

Logo depois a comida chegou. O cheiro era incrível. Lory se deliciou com os tacos. Wesley já conhecia bem, por isso não era muita novidade. Passaram aquela hora aproveitando o máximo da comida caseira da tia Maria.

– Nossa! Tudo estava muito bom! - disse Lory limpando a boca com um guardanapo depois de ter terminado.

– Que bom que gostou. - disse Wesley.

– É perfeito...Wes– disse Lory sorrindo. Wesley sorriu pra ela.

– Esse nome fica diferente quando você fala - disse ele.

– Posso chamar você assim também?

– Pode me chamar do que você quiser sol.

Wesley alcançou a mão de Lory por cima da mesa. Eles ficaram se olhando até aparecer uma garotinha ao lado da mesa. Era linda. Com cabelos longos e escuros e sorria para Wesley.

– Olá linda! - Wesley a puxou para um abraço e a colocou no seu colo. A menininha ria com o aperto de Wesley. Lory estava encantada. Quantas coisas fofas e impressionantes iriam acontecer naquela noite?

– Pala Wes - a garotinha ria muito enquanto Wesley lhe fazia cócegas.

Wesley então parou e endireitou a garotinha no colo que tinha as bochechas coradas de tanto rir.

– Lory, esta é minha priminha Alice - disse ele olhando Lory - Alice, essa é a Lory.

– Olá Alice? - disse Lory sorrindo para a garotinha.

– Oi... você é namolada do Wes? - perguntou Alice sorrindo.

Lory sorriu e Wesley fez cara feia para a menina. É claro que ele fez de brincadeira.

– Eu e a Lory somos amigos - disse Wesley olhando Lory de um jeito diferente. Parecia não acreditar muito no que dizia.

– Ela é bonita - disse Alice.

– Eu também acho. - disse Wesley piscando para ela.

– Obrigada Alice, você também é muito linda - disse Lory à menina que pareceu corar.

– Alice! - alguém gritou. Era tia Maria indo em direção a mesa - Desculpe Wes, com essa menina é só eu me distrair pra ela fugir e incomodar as pessoas.

– Não foi nada tia, alias, já estava com saudades da minha florzinha - disse ele dando um beijo na bochecha de Alice. Ela fez o mesmo. Desceu do colo de Wesley, foi em direção a Lory e também a beijou no rosto.

– Meu plimo gosta de você - disse a menina a Lory. Ela estava encantada com a garotinha.

– Vamos Alice - disse tia Maria pegando a filha pela mão - Desculpe mesmo - ela se virou e levou Alice, que acenava para Wesley e Lory.

– Ela é uma fofa. Quantos anos têm? - perguntou Lory.

– Tem cinco - disse Wesley - Ela é a caçulinha da família. Minha tia tem mais o Thomas. Ele tem onze anos. Mas ele está na casa dos avós.

– Sua família é bem grande!

– Nem me fale! Você não viu nada!

Como tio Tony havia falado, era a hora da musica típica ao vivo. As pessoas pareceram acordar de repente depois de encher a barriga. Começaram e se levantar e ir em direção a uma pista de dança. Era uma musica bem animada e todos pareciam se divertir. Lory estava curiosa.

– Você quer dançar? - perguntou ele.

Lory sorriu.

– Achei que você disse que não sabia dançar!

– Bem... eu sei...mais ou menos - disse ele se levantando e estendendo a mão para Lory que estava de boca aberta.

– Sério?

– Sim!

– Está bem! - Lory se levantou e pegou a mão de Wesley. Eles foram para a pista e se juntaram as outras pessoas.

Era uma dança divertida onde as pessoas ficavam em fileira andando atrás da outra. Algumas tinham chocalhos nas mãos. Lory nunca tinha rido tanto em sua vida e Wesley estava amando vê-la se divertir. Foi uma hora de diversão. Até que enfim, uma musica mais calma e romântica. Os músicos cantavam em espanhol.

Wesley puxou Lory para perto, ela ainda respirava acelerado por causa da musica anterior.

– Está se divertindo? - perguntou Wesley segurando Lory pela cintura. Ela passou os braços por seu pescoço.

– Eu juro, nunca fui a um encontro tão legal assim! - disse ela sorrindo.

– Fico feliz que está gostando - disse ele suspirando.

De repente os dois ficaram mudos. Eles só sentiam a musica e a sensação de estarem abraçados. Lory encostou o rosto no peito de Wesley. Ela sentia seu coração.

– Wes?

– Humm!

– O que você iria me dizer lá no carro? - ela perguntou ainda com o rosto colado no peito de Wesley.

Ele demorou pra responder, então Lory levantou o rosto para olhá-lo.

– Me diga! - ela insistiu.

Wesley respirou fundo e olhou bem dentro dos olhos de Lory.

– Eu iria dizer que... eu sou completamente apaixonado por você.

Lory parou de respirar. Ela ficou olhando para ele.

– F-Fale alguma coisa? - disse Wesley nervoso.

De repente Lory parou de dançar. Wesley ficou ainda mais apreensivo.

– Eu... - Lory estava tentando achar as palavras.

– Eu...?

Ela sorriu para ele e pegou suas mãos.

– Eu também estou me apaixonando por você Wes.

Wesley sorriu amplamente. Então ele puxou Lory e a beijou. Ali no meio das pessoas dançando ele a beijou. Desde o primeiro momento que ele a viu a mais de um ano atrás quando entrou na escola e se apaixonou por ela era o que ele queria fazer.

As pessoas ao redor deles na pista de dança pararam e começaram a aplaudir e assoviar animados com a cena. Wesley e Lory se largaram e começaram a rir. De repente alguns braços vieram em volta deles. As pessoas dali foram abraçá-los e formaram um montinho. Eles cumprimentavam o novo casal que estava se formando ali. Tia Maria, tio Tony e a pequena Alice foram cumprimentar o casal também.

Tudo estava perfeito. Depois dos cumprimentos que mais pareciam que eles estavam se casando, Wesley resolveu levar Lory no terraço do prédio. Lá podia se ver toda a cidade iluminada naquela noite perfeita.

– Nossa, é tão lindo! - disse Lory.

– Eu sempre ficava aqui com os meus primos comendo sorvete que pegávamos escondido da tia Maria.

– Vou contar pra ela - disse Lory brincando.

– Ela sabe - disse Wesley se abaixando e pegando de baixo de uma caixa um pote de sorvete. Lory começou a rir.

– Wesley...

Ele abriu o pote e pegou duas colheres do bolso da calça.

– Como você pegou isso e eu não vi?

– É segredo mi amor.

Ele se sentou em uma caixa e puxou Lory para seu colo. Ela estava um pouco tímida de repente. Nenhum menino foi tão carinhoso com ela assim.

– Obrigada - disse ela recebendo uma colher de Wesley.

– De nada - disse ele dando uma colherada no sorvete e comendo, Lory fez o mesmo.

– Obrigada por tudo mesmo, essa noite está incrível - disse Lory olhando Wesley.

– Fico feliz com isso minha sol– disse ele dando um beijo gelado em Lory a fazendo rir.

Eles passaram mais um tempo no terraço do prédio. Quando perceberam a hora, Wesley resolveu levar Lory para a casa. Ele não queria dar mau exemplo para os pais da menina que amava já na primeira chance. Antes de sair do restaurante, Lory recebeu uma cesta de comida para levar para casa. Ela foi oficialmente elevada a mais um membro da família. Isso significaria que seria paparicada. A pequena Alice pediu a Lory que fosse visitá-la para fazer tranças em seu cabelo. Lory disse que sim. Wesley ficava de lado vendo Lory ser arrastada pelo amor exagerado de sua família. Mas era a sua família.

À volta pra casa foi tranquila. O transito estava tranquilo. Wesley levou Lory para sua casa. Ao chegar à frente da casa, Wesley saiu e foi abrir a porta do lado de Lory. Ele a levou até a porta.

– Está entregue! - disse ele lhe dando um beijo.

– Obrigada!

Wesley puxou Lory e a beijou novamente. Estava difícil de se desgrudarem agora.

– Boa noite mi amor.– disse Wesley se afastando.

– Boa noite! - Lory se virou e entrou.

Wesley ficou por alguns momentos olhando para a porta até se virar e ir embora com um sorriso enorme no rosto. Se não fosse tão tarde ele estaria gritando alto e cantando.

Já Lory quando chegou em seu quarto olhou a tempo Wesley entrar no carro e ir embora. Ela estava nas nuvens. Wesley era perfeito.

Mais um casal se formava.