– Oh Sarah! Que lindo! - disse Amber depois de assistir o vídeo.

– Lindo mesmo! - disse Lory.

– Pois é eu não imaginava que o Davis faria isso - disse Sarah suspirando.

– Mas o que você vai fazer agora? - perguntou Lory.

– Bem, agora eu preciso falar com ele! - disse Sarah.

– Mas ele foi pra Nova Iorque! - disse Amber.

Sarah parou pra pensar.

– E eu não tenho o telefone dele - disse Sarah tristemente - Quando eu soube aquela história dele com a Mona eu apaguei da minha agenda. É que eu estava com raiva!

– Tudo bem então, mas tem o pai dele, o Wesley e o Mike! Por que você não pede? - disse Lory.

– Você tem razão prima, eu vou tentar falar com alguns deles.

Sarah, Lory e Amber decidiram ir à casa de Wesley. Ele morava no outro lado da cidade. Chegando lá, elas pararam na porta da frente. Observaram que a casa de Wesley era bem grande e modesta com gramado bem cortado e varias flores plantadas no jardim. Sarah bateu, e logo abriram. Era uma garota bem bonita.

– Err...olá! - disse Sarah - O Wesley está em casa?

– Está sim - disse a moça - E você quem é?

– Sou a Sarah. Amiga dele.

– Podem entrar - disse a garota fazendo um gesto para que entrassem.

Sarah e Lory já estiveram na casa de Wesley há um tempo, mas Amber não. Uma mulher mais velha se aproximou das meninas. Sarah se lembrava dela, era a mãe de Wesley.

– Olá Sarah! - disse a mulher limpando as mãos no avental - Que presença agradável - ela deu uns beijinhos em Sarah.

– Olá dona Helena - disse Sarah sorridente - Viemos ver o Wesley - ela olhou para as amigas - Essas são Amber e minha prima Lory.

A dona Helena se aproximou e deu um beijo no rosto das duas.

– Sejam bem vindas! - disse a mulher - Ágata querida, chame seu irmão - dona Helena se virou para a moça. Ela subiu as escadas para chamar Wesley.

– Eu ainda não conhecia uma das irmãs do Wesley! - disse Sarah.

– Ágata esta aqui de passagem. Ela mora em outra cidade por causa da faculdade - disse dona Helena se sentando e fazendo as meninas fazerem o mesmo.

– Quer dizer que o Wesley é o caçula? - perguntou Lory.

– Sim, ele é o caçula - disse dona Helena sorrindo - Ele tem três irmãs mais velhas. As duas mais velhas já são casadas e moram em outras cidades. Ágata é a unica que não se casou ainda, mas tem um namorado.

– Legal! - disse Lory.

– Sarah, a sua prima é muito bonita - disse dona Helena. Sarah sorriu e Lory corou. Na verdade era difícil deixar Lory desconcertada.

Ágata apareceu descendo as escadas.

– Ele já vem. Ele estava no banho - disse a garota.

– Ah sim, então eu vou pegar alguma coisa pra vocês comerem - disse a mulher se levantando e indo em direção à cozinha. Ágata se sentou junto com as meninas.

– Então, vocês estudam com o meu irmão? - disse Ágata.

– Sim, estudamos - disse Amber.

– Você é a Sarah - ela apontou para Sarah - E vocês duas são...?

– Eu sou Amber.

– Lory.

Ágata sorriu para Lory e balançou a cabeça. Lory olhou para Sarah sem entender.

– Então você é a Lory! A sol! - disse Ágata sorrindo. Pela segunda vez Lory corou.

– Err... - Lory estava vermelha.

Wesley apareceu nas escadas. Quando ele viu Lory, seus olhos brilharam e ele abriu um sorriso.

– Como eu estou importante! Tantas meninas bonitas vieram me visitar!

– Vá com calma garoto - disse Sarah se aproximando dele e o abraçando.

– Não vamos ficar por muito tempo - disse Amber.

– Vou deixar vocês a sós - disse Ágata saindo da sala.

– Então...? - disse Wesley esperando por uma explicação. Ele deu uma olhada para Lory.

– Wesley, eu preciso do numero do telefone do Davis - disse Sarah sem perder tempo.

– Achei que você tinha o telefone dele - disse Wesley.

– Err...eu tinha apagado - disse Sarah sem jeito.

– Tudo bem - Wesley puxou do bolso da calça o seu telefone e passou o número a Sarah.

– Valeu amigo - disse Sarah dando um beijo no seu rosto.

– Sem problemas... e alias, o que tinha lá? - perguntou Wesley.

– A coisa mais romântica que eu já vi - disse Sarah suspirando.

– Era mesmo! - disse Amber - Como eu gostaria de receber algo assim!

Wesley olhou para Lory que estava distraída olhando algumas fotos penduradas na parede.

– E você sol, gosta de coisas românticas? - perguntou ele.

– Humm, até que sim - disse ela o olhando.

– Ok então - disse ele sorrindo.

– Bem...err...acho que estamos sobrando aqui miga! - disse Amber.

– É! Você está certa, é melhor irmos.

– Meninas! Fiquem mais um pouco! Trouxe umas coisas gostosas pra vocês - disse dona Helena aparecendo com uma bandeja com uma jarra de suco e bolo de chocolate. Ágata trazia os copos.

– Nossa dona Helena! Não precisava! - disse Sarah.

– A senhora não precisava se dar ao trabalho! - disse Amber.

– Nós já íamos embora - disse Lory.

– Oh não! Não me farão essa desfeita não é? - disse a mulher com uma cara magoada.

As meninas se olharam e depois olharam para Wesley. Ele riu baixinho. Já conhecia sua mãe.

– Tudo bem então - disse Sarah se sentando. Lory e Amber fizeram o mesmo - É que eu preciso fazer uma ligação importante.

– Mas primeiro, por favor, se sirvam! -disse dona Helena.

As meninas comeram o bolo que estava muito bom. Logo depois, era hora de ir.
– Bem, agradecemos pela sua gentileza dona Helena, mas precisamos ir - disse Sarah.

– É claro minhas queridas! Mas fiquem à vontade de virem a minha casa quando quiserem - disse a mulher.

– É claro! Obrigada - disse Sarah.

– Muito obrigado dona Helena, estava tudo muito gostoso, não é Lory? - disse Amber.

– Estava mesmo, obrigada - disse Lory.

– Obrigado! - disse dona Helena - Querido, leve as meninas até a porta - mandou a mãe de Wesley. Ele concordou.

– Vamos meninas - disse Sarah começando a caminhar para a porta da frente - De um tchau para a Ágata.

– Pode deixar - disse Wesley levando as meninas até a porta da frente - Espero que consiga falar com o Davis!

– Vou tentar - disse Sarah abraçando o amigo.

– Até Wesley - disse Amber.

– Até.

– Tchau Wesley - disse Lory passando por ele, mas ele a pegou pela mão.

– Até mais sol– disse ele sorrindo. Lory sorriu também. Wesley pegou sua mão e a beijou. Sarah e Amber que estavam esperando, suspiraram.

– Se controle garoto - disse ela brincalhona. Wesley riu e soltou sua mão.

Enfim, as meninas foram para suas casas. Sarah não esperava a hora de chegar à sua e ligar para Davis.

– Mas que pressa é essa filha - disse Brad ao ver Sarah entrar correndo para dentro de casa.

– Eu preciso fazer uma ligação - disse ela subindo as escadas.

– O que deu nela? - perguntou Brad para Anna.

– Coisas de adolescente querido - disse Anna dando de ombros sorrindo.

Sarah entrou em seu quarto e fechou a porta. Ela se sentou na cama e ficou olhando para o seu celular com o numero de Davis. Seu coração batia acelerado. Ela estava ansiosa em falar com ele, mas também com medo dele ainda estar chateado. Ela respirou fundo, fechou os olhos e apertou no botão para iniciar a chamada. Colocou no ouvido e esperou. Um toque, dois, três...

– Sarah! - a voz do outro lado atendeu. Era Davis. Sarah sentia seu coração a mil.

– Err...oi - disse ela timidamente.

– Oi - ele parecia encantado.

Ouve alguns segundos de silêncio.

– Como você está? - perguntou Sarah recuperando a voz.

– Eu estou bem! E você? - disse ele.

– Bem também.

– Que bom - disse ele automaticamente.

– Err... o que você está fazendo? - perguntou Sarah.

– Estou no Central Park.

– Central Park? Nossa! - disse Sarah.

– Minha tia está em uma sessão de fotos, e eu estou aqui só olhando de longe - disse ele naturalmente.

– Que legal! - disse ela abraçando uma almofada.

Mais alguns segundos sem ninguém dizer nada.

– Eu liguei por que... eu sinto muito - disse Sarah com um breve suspiro. Ela ouviu que Davis suspirou também.

– Eu também - disse ele.

– Você me perdoa? - disse Sarah.

– Você não tem que me pedir perdão! Eu é que tenho!

– Mas eu não acreditei em você naquela história com a Mona. Julguei você injustamente! Ela mesma me contou que vocês não tiveram nada!

Davis ficou em silencio.

– Davis?

– Sim.

– Você não me perdoa? - disse Sarah começando a ficar apreensiva.

– Espera! Não! Você disse que a Mona falou com você e disse que não tivemos nada?

– Foi isso mesmo!

Mais uma vez ele ficou em silencio.

– Por favor, fale comigo! - disse Sarah aflita.

– Desculpe...é que eu não esperava por isso.

– Então você me perdoa?

– Sim Sarah, eu perdoo. Mas e você, me perdoa também?

Sarah aliviou seu coração.

– É claro que sim! Eu vi o que você me deixou. Eu amei - disse ela sorrindo.

– Gostou?

– Sim. Muito!

– Era a minha forma de dizer a você muitas coisas. Nunca quis lhe magoar.

– Eu sei - disse ela se abraçando mais a almofada.

– Sinto sua falta.

– Eu também.

– Sarah?

– Sim.

– Eu amo você.

Sarah fechou os olhos para segurar as lágrimas. Ela se deitou e respirou fundo.

– Eu amo você também Davis.

Ela ouviu quando ele riu no telefone.

– Acho que...esse tempo afastado vai provar os nossos sentimentos - disse ele.

– Você acha?

– Eu acho.

– Então.. está tudo bem entre a gente? - perguntou Sarah.

– Com certeza - respondeu ele.

– Você vai me ligar?

– Sim. Todo o dia - disse Davis. Sarah se animou.

– Eu sempre vou esperar.

– Pode esperar - disse ele brincalhão.

– Está bem - disse ela sorrindo.

– Até mais amor - disse ele. Sarah se derreteu com sua demonstração de carinho.

– Tchau - ela só conseguiu dizer isso. Tinha um sorriso bobo no rosto.

Depois que desligou, ela abraçou com força todas as suas almofadas. Ela olhava para o teto e pensava. Como ela ficaria sem ver o Davis depois da conversa que tiveram? Ela queria ficar com ele! Esse tempo longe só causaria mais ansiedade. Ela se sentou na cama e teve uma ideia. Parecia loucura, mas ela tentaria. Ela foi até o andar de baixo.

– Mãe, pai posso conversar com vocês? - disse ela se sentando na sala com seus pais.

– O que foi querida? Esta tudo bem? - perguntou Anna.

– Sim - disse Sarah sorrindo.

– O que foi Sarah? - perguntou Brad.

– Bem...err... eu vou ter essas duas semanas de férias, certo? - ela disse e seus pais concordaram - Então, eu estava pensando se... se vocês me deixariam viajar.

Anna e Brad se olharam.

– Uma viagem é uma boa ideia! - disse Brad - E pra onde você quer ir?

– Eu quero ir pra... Nova Iorque - disse ela.

– Nova Iorque?

– Sim.

– E por que Nova Iorque filha? - perguntou Brad.

– O Davis foi prá lá - disse ela sorrindo timidamente. Seus pais se olharam - Ele está com a tia dele e vai ficar as férias inteiras por lá. Nós estávamos brigados, mas agora fizemos as pazes e... eu sinto a falta dele - ela olhou para sua mãe e seu pai a observando.

– É por isso que você andava tão estranha esses dias? - perguntou Anna.

– Sim.

– Você não pode ir sozinha - disse Brad.

– Eu tenho 16 anos pai - disse Sarah.

– Não. Sozinha não - disse ele.

– Por favor, pai! Ele disse que me ama! - ela disse emocionada. Brad parou de falar e a olhou de boca aberta. Anna sorriu.

– Por favor! - insistiu Sarah.

Brad respirou fundo. Ele olhou para Anna pedindo socorro.

– Você pode ir, mas... - disse Brad. Sarah se animou - Só se levar alguém com você.

– Mas todos os meus amigos tem compromisso! E vocês estão trabalhando! - disse Sarah se jogando no sofá.

– Mas tem que ter alguém - disse Anna.

– Oh não! - Sarah colocou as mãos no rosto. Estava quase conseguindo.

– Por que você pelo menos tenta falar com alguns dos seus amigos filha? - disse Anna - Vai que eles também queiram ir junto.

– Não sei mãe - disse Sarah já parecendo desanimada.

Anna a olhou com uma dor no coração. Era a primeira vez em que a filha realmente gostava de um rapaz.

– Vamos fazer assim - disse Anna - A minha chefe me disse que se algum dia eu precisasse de alguma coisa na agência de turismo, era só pedir...

– Como assim mãe?

– Estou dizendo, se você quiser convidar seus amigos pra fazerem...tipo, uma vigem juntos. Eu consigo as passagens. Se eles tiverem planos melhores do que ir pra Nova Iorque!

Sarah deu um pulo e se jogou para o lado da mãe a abraçando.

– Sério mãe? Você faria isso? - perguntou Sarah.

– Sim. É só você me avisar quantos irão e depois eu consigo as passagens - disse Anna.

– Isso significa que eu posso ir só com meus amigos? - disse Sarah olhando para seu pai que só ouvia a conversa.

– Pode Sarah. Pode ser assim então. Confiamos em você - disse Brad.

– Obrigado paizinho - disse ela indo abraçar seu pai - Vou subir e ligar para o pessoal.

Sarah subiu correndo as escadas rumo ao quarto. Ela iria ligar para todos os seus amigos. Seria uma surpresa e tanto para Davis ver todos em Nova Iorque. Agora havia uma questão. Será que eles irão junto? Seria uma viajem inesquecível.