I Love My Nerd escrita por Mia Golden


Capítulo 41
Reais intenções


Notas iniciais do capítulo

Sério! Neste capítulo eu vomitei arco-íris. OMG!!
Eu não deveria gostar tanto dessa pessoa neste momento, mas esse capítulo está mostrando que ainda a chances de ser alguém melhor!!
Por que não?!

Go!! Espero que gostem
MGolden

OBS: Obrigado pela recomendação Tânia, amei *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/421924/chapter/41

Billy foi dirigindo até a escola, ele precisava falar com Tina. Chegando lá, ele entrou no prédio e foi até a biblioteca para procurá-la. Falou com a atendente e ela disse que Tina tinha saído há alguns minutos. Então Billy rapidamente saiu da escola e iria tentar alcançar Tina no caminho.

Já estava caindo uma chuva forte naquele momento. Billy virou uma esquina e viu Tina sentada em uma parada de ônibus todo encolhida por causa da chuva. Ele foi se aproximando com o carro. Quando chegou a frente da parada, Tina olhou para a janela. Billy abaixou o vidro.

– Tina, entre - disse ele mais alto por causa do barulho da chuva. Ela o encarou sem entender.

– Por quê? - disse ela.

– Só...entre, por favor.

– Eu não! Vai que você quer me matar e jogar meus restos no rio. Não, obrigado - disse ela virando o rosto.

– Eu preciso falar com você - disse Billy ainda dentro do carro.

– Na última vez que você falou comigo, eu fiquei com os braços roxos e minha máquina despedaçada. Tchau Billy - ela dizia sem olhar em sua direção.

Billy então saiu do carro, mesmo debaixo de chuva. Ele foi até a direção de Tina. Quando ela percebeu que ele veio em sua direção, ela se levantou e estava prestes a correr dali.

– Não se aproxime - disse Tina apontando para Billy - senão...senão eu grito! E outra! Eu tenho spray de pimenta na minha mochila.

Para a grande surpresa de Tina, Billy começou a rir. Ela ficou sem entender.

– Este é aquele momento em que o vilão confunde a cabeça do mocinho pra dar o bote? - perguntou Tina atenta a qualquer movimento brusco de Billy.

– Olhe, eu só preciso conversar com você Tina - disse Billy agora ficando sério. Tina o observou dentro dos olhos por alguns segundos e acabou relaxando.

– Ok, eu vou - disse ela ainda um pouco desconfiada.

Os dois entraram no carro. Billy ligou o ar condicionado para aquecer um pouco. A chuva tinha deixado o ar muito frio.

No caminho, Billy só dava atenção à estrada, ele estava em silêncio. Tina o observava pelo canto dos olhos. Incomodada pela falta de papo de Billy, Tina resolveu começar:

– Então, o que você quer me falar?

Billy deu um suspiro e não olhava pra ela.

– Pela primeira vez eu vejo você mudo - disse ela.

Billy ainda não dizia nada.

– Se você não falar, eu me jogo pela porta do carro. Sério! Você já esta me assustando com esse silêncio. Parece aqueles maníacos que levam as pessoas para algum lugar e depois cortam em pedacinhos e...

De repente Billy para o carro. O movimento foi tão forte que Tina se assusta.

– Você está louco! - disse ela.

– Será que você pode calar essa boca! - disse Billy agora a olhando.

– Puxa, até que enfim uma frase completa! - disse ela ironicamente.

Billy respirou fundo, mas não disse nada. Ele ligou o carro novamente e dirigiu até o estacionamento de um supermercado. E lá ele parou. Tina ficou tensa. Billy parecia transtornado.

– Billy, por que nós paramos aqui? - disse ela calmamente. Billy fechou os olhos para tentar colocar as ideias em ordem.

– Billy - chamou Tina - Billy, eu...

– Para de falar, por favor! - disse Billy encostando a cabeça no volante do carro.

Tina ficou olhando Billy bater de leve a cabeça no volante. Ele estava perturbado mesmo. Tina entendeu que ele estava em uma luta dentro de si. Ela então se calou. Vendo que Billy ainda parecia sofrer, ela levantou a mão e passou pelas costas dele que estavam curvadas. Sentindo Tina, as costas de Billy relaxaram. Aos poucos ele foi se endireitando e então ele levantou a cabeça para olhá-la. Quando ele olhou Tina, ela tirou a mão de suas costas. Ela olhou para frente e limpou a garganta.

– Então... - disse ela sem olhar para ele o que você quer me dizer?

Billy se encostou ao banco e respirou fundo.

– Eu... eu sei que não foi você que me entregou para a diretora - disse Billy enfim. Tina olhou pela janela do carro - Foi a Amber - completou ele.

Tina só balançou a cabeça em silêncio. Desta vez era ela que ficou calada.

– Eu... eu... - ele tentou dizer a palavra mágica.

Tina ainda olhava pela janela sem olhar para ele.

– Eu queria que você soubesse que... - ele estava lutando para dizer algo que nunca disse... de coração.

– Não precisa dizer nada - enfim Tina se virou e olhou para ele.

– Como assim? - perguntou Billy.

– Eu sei que em palavras você não é bom, mas ai no fundo... - ela apontou para seu peito em direção a seu coração - sei que tem sentimentos. Tudo bem, eu perdoo - disse ela.

– Como é? - perguntou ele incrédulo. Essa garota era real?

– Eu já disse que eu te entendo Billy, já passei por isso - disse Tina.

– Como assim, já passou por isso? Você é muito misteriosa Tina.

Tina sorriu. Billy ficou ainda mais confuso.

– Por que você está rindo? - perguntou Billy desconfiado.

– Por que você me chamou pelo meu nome. Você nunca me chamou por Tina - disse ela.

– Esse não é o seu nome? - perguntou ele ironicamente.

– Não.

– Não? - disse Billy sem entender.

– O meu nome é Valentina. Mas as pessoas sempre me chamam de Tina desde criança. Então eu me acostumei - disse ela dando de ombros.

– Valentina? - perguntou Billy.

– Sim. É feio não é? - perguntou Tina fazendo uma careta. Billy sorriu.

– Não, não é - disse Billy balançando a cabeça.

– Serio?

– Sim.

Tina olhou Billy com os olhos brilhando. Percebendo que ela estava o encarando, Billy se virou e ligou o carro. Quebrando o encanto.

– Err... é melhor a gente ir embora - disse ele saindo do estacionamento.

Tina se endireitou no banco e se sentiu estúpida por ter dado tão a vista os seus sentimentos por Billy. Os dois foram em silêncio para a casa.

Chegando à casa de Billy, ele estacionou o carro na garagem. Ele desligou o carro e os dois ficaram sentados dentro quietos.

– Você falou com a minha avó? - perguntou Tina de repente. Billy ficou surpreso com sua pergunta.

– Por que me pergunta isso?

– Por que ninguém amolece assim, sabendo de histórias trágicas - ela olhou para ele - Ela contou a você o que aconteceu?

Billy olhou para frente não a encarando.

– Sim, ela me contou - disse ele.

– Eu imaginei.

– Espera! Eu não sou mole ok - disse ele olhando para ela franzindo a testa.

Tina riu da cara de Billy.

– Foi mal.

– Eu só... eu só não imaginava que era isso - disse ele dando de ombros.

– Eu estava no médico naquele dia em que você foi descoberto sim, eu preciso ir lá de seis em seis meses pra ver como está a minha cabeça - disse Tina. Billy a encarou.

– O que tem a sua cabeça?

– Eu fiquei em coma Billy. E eles precisam ver se eu não vou ficar com nada no meu cérebro. Pelo menos até agora, é um milagre eu não ter ficado com nenhuma sequela - disse Tina.

– Mudando de assunto - disse Billy com um suspiro - Quando você me disse que me entendia, e que já tinha passado por isso, o que você quis dizer?

Tina olhou Billy de um jeito sério.

– Isso ainda eu não posso te contar. Talvez eu use isso como um meio de livrar você de mais alguma coisa. A única coisa que eu posso lhe dizer, é que tudo o que eu estou passando hoje, é resultado do que eu fui antes - disse ela parecendo triste.

– Por que você fala em enigmas? - perguntou Billy chateado.

– Por que eu sou a Tina Valentina misteriosa e garota chata e irritante - disse ela zombando e sorrindo. Billy deu um meio sorriso.

Os dois saíram do carro e foram em direção à cozinha. Chagando lá, Tina foi até a mesa pegar os restos de sua máquina. Billy ficou cuidando ela.

– Eu posso mandar arrumar a sua máquina - disse ele depois ficando meio confuso por estar sendo tão gentil.

– Não tem como achar peças dessa máquina mais. Ela é antiga - disse Tina com um pedaço na mão - Pelo menos eu não acho em lugar nenhum.

– De quem era? - perguntou ele apontando para os pedaços.

– Era do meu pai.

Billy engoliu a seco. Ele acabou destruindo uma lembrança do pai de Tina que já estava falecido. Ótimo!

– Eu... - Billy tentou outra vez.

– Sem problemas Billy, sem problemas - disse Tina. Ela pegou tudo de cima da mesa e começou a sair da cozinha. Ela parou e se virou para olhar Billy que estava agora sentado em uma cadeira olhando para baixo. Tina largou as coisas, foi em sua direção e se ajoelhou em sua frente o fazendo se surpreender com seu gesto. Tina pegou suas mãos.

– Billy, se você soubesse o que eu vejo você seria outra pessoa - disse ela de um jeito carinhoso.

– Eu não entendo você - disse Billy olhando para ela - Depois de tudo que eu fiz, você ainda me trata bem!

Tina sorriu um pouco tímida. Ela estava dando a perceber outra vez os seus sentimentos.

– Eu não guardo rancor de você - disse ela. Tina se preparou para se por de pé, mas Billy segurou suas mãos. Ela sentiu o coração a mil.

– Billy - quase lhe faltou o ar. Billy a encarava bem de perto. Ela não deixou de perceber que ele tinha belos olhos verdes.

– Você não pode ser tão boazinha assim - disse Billy com um sorrisinho - Eu ainda tenho o meu orgulho, admito! Odeio ser deixado de lado. Odeio quando não tenho atenção. Eu não sou tão bom assim.

Tina puxou suas mãos.

– Quem disse a você que não é bom? Seu pai? - disse Tina brava.

– O que o meu pai tem haver com isso? - disse Billy se levantando.

– Eu vejo como ele trata você - disse ela - Não seja como ele Billy.

Billy se calou. O que Tina disse foi como uma facada em seu peito. Seu pai o tempo inteiro queria que ele fosse como ele. De repente Billy ficou transtornado outra vez. Tina percebeu.

– Desculpe - disse ela.

– Tudo bem - ele se virou e estava saindo da cozinha.

– Billy, espera! - disse Tina correndo em sua direção. Ela se colocou na ponta dos pés e abraçou Billy. Ele ficou chocado e tenso. Ele a abraçou de leve.

– Billy, eu... - Tina quase iria falar aquela frase. Percebendo que estava abraçada nele, ela se afastou corando. Ela precisava se controlar. Se esse Billy bonzinho e sofredor continuasse assim, ela não iria suportar.

– Por que você fez isso? - perguntou Billy confuso.

– Err... eu... só quis lhe dar um abraço - disse ela dando um tapa no ombro de Billy para disfarçar. Ele a olhava franzindo a testa. Tina deu um sorrisinho nervoso - Acho que já esta na hora de eu ir... por que... tchau Billy - Tina se virou e logo pegou suas coisas e sumiu de vista. Billy logo se foi também.

Depois de ter tomado banho, Tina se jogou na cama. Ela ficou olhando para o teto sonhando acordada. Ela e Billy juntos! Será que daria certo? Será que ele ainda poderia gostar dela? Essa pergunta insistia em sua cabeça. Mas ela sabia que Billy ainda tinha sentimentos pela sua ex.

Se sentindo incomodada com o pensamento, Tina se sentou na cama e pegou sua pasta com suas fotos. Ela pegou uma de Billy. Aquela da festa de sua família. Ele estava lindo, pensou ela. Sorrindo, ela deu um beijo na foto e colocou debaixo de seu travesseiro.

Tina iria tentar. Ela tentaria conquistar Billy. Ela o amava.

**********************************************

*** Aos poucos vou colocar músicas referente aos personagens. Ou seja, a trilha da história. De alguns capítulos para a frente vai haver algumas.

A de hoje, é claro, é da Tina para o Billy. Achei tudo haver com o que ela acha dele:

http://www.youtube.com/watch?v=PPQE8x7kOY0


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!