Davis, Sarah e Mike foram até o hospital ver Wesley. Eles ficaram o tempo todo na recepção a espera de noticias, pois ele ainda estava sendo atendido a mais de uma hora. Os pais de Wesley e as duas irmãs mais velhas também foram até o hospital depois de saberem do acontecido.

Mais algum tempo depois, o pai e a mãe de Wesley, Pedro e Helena, saíram da sala do medico trazendo noticias.

– Então dona Helena, como está o Wesley? - perguntou Davis a mãe do amigo.

– O médico disse que ele teve uma fratura leve no braço esquerdo e varias escoriações pelo rosto - disse a mulher triste - Mas vai fica bem.

Davis conseguiu relaxar e o resto da família também.

– Ele está acordado - disse a mãe de Wesley - se você quiser, pode entrar para vê-lo.

– Obrigado - disse Davis indo pelo corredor em direção a sala onde estava Wesley.

Chegando lá, Davis avistou o amigo deitado em uma maca. Ele estava com um gesso no braço e o rosto todo machucado. Davis se aproximou.

– Oi amigo - disse Davis. Wesley se virou para olhá-lo e sorriu. O seu rosto estava roxo e ele mal conseguia abrir o olho direito.

– Oi - Wesley falava com um pouco de dificuldades, pois sua boca estava cortada.

Davis pegou um banco e puxou para perto da cama. Wesley se virou um pouco, mas parou no caminho, pois estava com o corpo todo dolorido.

– Eu sinto muito - disse Davis abaixando a cabeça.

– Por quê? - disse Wesley em um tom baixo.

– Por eu não estar junto com você naquela hora - disse Davis olhando o amigo - Eu poderia ter impedido.

– O que isso cara! Você nunca imaginaria o que iria acontecer! - disse Wesley.

– Você não imagina o susto que eu levei quando eu vi você saindo daquele banheiro naquela maca - disse Davis triste.

– Eu... vou ficar bem - disse Wesley começando a ficar sonolento.

– Eu sei que você precisa descansar - disse Davis se levantando - Amanhã, depois da escola eu volto, esta bem?

– Claro! Eu vou esperar! - Wesley tentou rir, mas mal conseguiu.

Aos poucos, ele começou a dormir e Davis enfim saiu da sala.

Mike deixou Davis e Sarah no estacionamento da escola, pois eles iriam embora de moto. Davis deixou Sarah em casa e logo foi para a sua. Chagando em casa, Alex estava lhe esperando.

– Davis! Eu estava indo ligar pra você filho! - disse Alex indo em direção a ele - Por que a demora?

– É que... - Davis parecia muito triste. Alex se aproximou.

– O que foi Davis?

– Bateram no Wesley pai, e ele esta no hospital - disse Davis se sentando.

– Meu Deus! Isso é horrível! E como ele está? - perguntou Alex.

– Agora ele esta bem, ele vai passar a noite no hospital em observação - disse Davis.

– Eu sinto muito filho.

– Por que alguém faria mal a ele? Eu não entendo! O Wesley é uma boa pessoa - disse Davis.

– Nos dias de hoje, nunca se sabe as verdadeiras intenções das pessoas - disse Alex se sentando ao lado do filho e o abraçando pelos ombros.

– Se eu estivesse com ele, talvez ele nunca...

– Não! Não faça isso Davis! Não se culpe.

– Mas pai...

– Não, você não teve culpa.

– Se você visse o jeito que ele ficou... - Davis olhou para Alex com os olhos marejados. Alex puxou Davis para um abraço.

– Não fique assim meu filho - Alex se afastou para olhar Davis - Logo ele estará por ai com aquele jeito marrento dele - desta vez Davis conseguiu sorrir.

Alex fez com que o filho conseguisse comer. Logo depois Davis foi dormir por que aquele dia foi difícil.

Sarah estava no seu café da manhã e contando tudo outra vez aos seus pais, detalhe por detalhe.

– Que coisa horrível! Alguém precisa punir essas pessoas - disse Anna.

– A única pessoa que pode dizer, é o próprio Wesley - disse Brad.

– É verdade, mas pra isso o Wesley precisa estar se sentindo melhor - disse Sarah.

– Ele vai ficar bem querida - disse Anna pegando a mão de Sarah.

Mais alguns minutos depois, Davis foi buscar Sarah para os dois irem juntos a escola. Chegando lá, todos estavam especulando o possível culpado da acontecido.

– Agora virou a conversa do momento a surra do Wesley - disse Sarah fechando seu armário.

– Eles não tem mais nada o que dizer? - disse Davis incomodado. Sarah pegou a mão de Davis.

– Ele vai ficar bom - disse Sarah de um jeito carinhoso. Davis a puxou para perto e lhe abraçou.

– É, eu sei. Só que ainda não consigo acreditar - disse Davis.

– Você precisa relaxar Davis - disse Sarah.

Amber e Lory estavam vindo pelo corredor e pararam perto de Davis e Sarah.

– Err... Davis, como está seu amigo? - perguntou Amber.

– Ele vai ficar bem, só que vai ter que passar a semana em casa em recuperação - disse Davis.

– Nossa, isso é muito bom, pois do jeito que ele saiu, parecia ter acontecido o pior - disse Amber.

– É verdade - concordou Lory falando um pouco baixo.

– Pois é, acho que ele teve sorte. Ele só fraturou o braço, mas o resto são só escoriações - disse Davis.

– E-eu sinto muito Davis - disse Amber.

– Obrigado Amber - disse ele com um pequeno sorriso - Mas o que mais me irrita, é essas pessoas que fizeram isso. Eu nem sei que são, e já as odeio.

– Sim - disse Amber de cabeça baixa - Eu preciso ir - ela saiu em disparada pelo corredor. Lory foi logo atrás.

Amber entrou no primeiro banheiro feminino que estava no caminho. Chegou em uma torneira e jogou água no rosto. Lory entrou em seguida.

– Amber - disse Lory se aproximando.

– Não fala nada Lory - disse Amber secando o rosto - Só... não diga nada.

– Eu imagino como você esteja se sentindo - disse Lory.

– Não! Você não sabe! Odeio mentir pra ela - disse Amber começando a chorar - E o Wesley? O pobre garoto levou uma surra por que a gente tem medo de enfrentar o Billy.

– Nós todos aceitamos estar do lado dele Amber - disse Lory.

– Eu sei, mas...

– Você não acha que eu também não me sinto estranha com tudo isso? - disse Lory.

– Eu estou me sentindo péssima - disse Amber de cabeça baixa.

– Eu também - disse Lory.

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Logo depois das aulas, Davis foi para o hospital ver Wesley. Desta vez, Sarah não pode ir junto, pois tinha treino. Chegando lá, Davis foi direto ao quarto onde o amigo estava. Quando entrou, Wesley estava comendo e parecia melhor. Davis sorriu.

– Olhe só você! - disse Davis se aproximando.

– E aí cara! - Wesley falava um pouco melhor.

– Eu vou deixá-los sozinhos, qualquer coisa é só chamar - disse a enfermeira que logo saiu.

– Como você está se sentindo hoje amigo? - perguntou Davis.

– Melhor - disse Wesley.

– Quando você sai do hospital?

– Hoje. O medico disse que está tudo bem comigo, a não ser o braço que eu vou ficar por algumas semanas assim - disse Wesley mostrando o braço engessado.

– Sua mãe disse que provavelmente você passe o resto da semana em casa - disse Davis.

– Vou sim - disse Wesley - Pelo menos essa é vantagem de tudo isso - disse ele dando um dolorido sorriso.

– Não brinque com isso! - Davis ficou bravo. Wesley olhou pra ele.

– Foi mal - Wesley se desculpou - Eu só queria amenizar a situação!

– Não tem nada de amenizado nisso Wesley - disse Davis se levantando do banco em que estava sentado - Bateram em você! E poderia ter sido bem pior!

– Fica calmo Davis! - disse Wesley tentando acalmar o amigo.

– Wesley... - disse Davis olhando para Wesley - Você viu quem bateu em você? - perguntou ele.

Wesley ficou olhando para Davis por alguns segundos.

– Não.

– Não?

– Eu não vi! Eu estava lavando as minhas mãos e de repente eu senti uma pancada na minha cabeça pelo lado de trás, e depois... tudo se apagou - disse Wesley.

Davis parecia decepcionado.

– Só isso que você se lembra? - perguntou Davis.

– Mais ou menos... de vez em quando, no meio da surra, eu via algumas pessoas - disse Wesley pensando - Mas eu só pensava em me defender com o pouco de forças que me restavam. Eu via tudo embaçado, nada mais. Logo eu apaguei e só fui acordar aqui no hospital.

Davis fechou os olhos com força para poder reprimir toda a raiva que estava sentindo.

– Não se preocupe amigo! Logo vão achar quem fez isso - disse Davis.

– Eu não me preocupo com isso, o importante é que eu estou bem - disse Wesley.

– Wesley! - disse Davis chamando a atenção do amigo - Como assim, não se preocupa? Essas pessoas tem que serem punidas!

Wesley deu de ombros. Davis ficou de queixo caído com a falta de interesse do amigo.

Logo depois, os pais de Wesley vieram buscá-lo. Davis voltou para a casa.