I Love My Nerd escrita por Mia Golden


Capítulo 21
Minha intuição me assusta




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De vez em quando, aos sábados, Sarah, Lory e Amber saem para fazer uma corrida pela cidade. E naquele sábado, elas decidiram ir.

Era nove da manhã e Sarah esperava suas amigas. Ela e seus pais não moravam mais no mesmo lugar de antes. Eles se mudaram para uma casa mais no centro da cidade, bem maior que a outra e com as ruas muito mais movimentadas.

Sarah decidiu esperar suas amigas na varanda de sua casa, pois não demorou muito e as duas apareceram.

– E então miga! Preparada para perder na corrida? - disse Amber.

– Eu não sabia que era uma competição - disse Sarah se aproximando delas.

– A Amber está brincando - disse Lory - hoje eu pensei em aumentarmos o nosso tempo em mais meia hora. O que acham?

– Por mim tudo bem - disse Sarah.

– Por mim também - disse Amber.

As três então fizeram alguns alongamentos e logo saíram para sua corrida.

Elas passaram pelo centro, e alguns bairros. De vez em quando paravam para descansar. Mas Lory era muito exigente com as duas, para ela não podia ter muito descanso, se elas queriam começar bem a temporada, tinham que ter boa resistência e estar em forma.

– Vamos meninas! Nada de parar agora! -disse Lory.

– Nossa Lory! Como você não cansa? - disse Amber procurando ar.

– Prática - disse ela.

– Está bem então, vamos continuar. Temos mais meia hora - disse Sarah - para qual lado vamos agora?

– Vamos procurar algumas subidas bem íngremes - disse Lory.

– Subida? Você quer dizer lomba? - disse Amber com cara de preguiça.

– Mas é claro Amber! Ou você só quer ficar em linha reta - disse Lory - Vamos! Vamos logo! Já perdemos tempo.

Então as três continuaram a corrida. Quando chegaram ao inicio da lomba, tomaram fôlego e subiram. Quando chegaram lá em cima, Sarah parecia estar com as pernas pesadas, Lory parecia ainda resistir, mas Amber parecia estar morrendo. Ela se jogou em um gramado em frente de uma casa, parecia sem ar.

– Amber! Você esta bem? - perguntou Sarah.

– Meus... pulmões... estão... procurando ar - disse ela com dificuldades.

– Eu sempre disse a você para controlar a respiração - disse Lory.

– Vamos! Tente respirar fundo para controlar a sua respiração - disse Sarah se abaixando perto da amiga. Amber aos poucos foi se controlando e ficou melhor.

– Melhor agora? - perguntou Sarah.

– Sim. Bem melhor. Obrigado miga! - disse Amber. Sarah a ajudou a levantar.

– Como você não aguentaria mais correr, então voltamos com uma caminhada - disse Lory.

Amber e Sarah se olharam.

– Bem melhor! - disseram as duas juntas.

– Se não fosse por mim, vocês não teriam esses corpinhos perfeitos - disse Lory.

As três desceram a lomba caminhando. Quando chegaram ao centro da cidade, elas pararam em um lugar para comprar água. Amber e Lory entraram no local para comprar, e Sarah decidiu se sentar em uma mesa do lado de fora.

Aquele dia de primavera estava perfeito, as ruas estavam mais cheias do que o normal. As pessoas amavam a primavera, já que era a época de que começavam a chagar turistas para visitar o lugar.

Lory e Amber voltaram com as águas e se sentaram junto a Sarah. Elas estavam conversando animadas, quando de repente apareceu um caminhão de mudança bem na rua em que estavam. O caminhão parou e um homem desceu e entrou no estabelecimento.

– Pelo jeito vamos ter vizinhos novos - disse Lory.

– É! Em que lugar da cidade será que irão morar? - disse Amber.

– Sei lá - disse Lory.

– Eu me lembro de quando eu me mudei aqui para a cidade. Odeio mudanças - disse Sarah.

– É verdade! Você já contou como é ruim se mudar o tempo inteiro - disse Amber.

– É horrível! Você nunca consegue ter uma vida estável - disse Sarah.

– Mas você mesma disse de que seus pais não iriam mais se mudar - disse Lory.

– Sim, eles me disseram que agora não tem mais essa possibilidade - disse Sarah.

Então elas começaram com outros assuntos. Falaram sobre ir fazer compras a tarde, dos treinos na próxima semana, de planejar algumas festinhas com os amigos entre outras coisas.

O homem que estava dirigindo o caminhão saiu e foi em direção à calçada. Ele falava ao celular. Parecia perguntar para a pessoa do outro lado da linha onde ele estava, e se iria demorar muito para chegar à cidade. Ele ficou em silêncio por alguns segundos ouvindo o que o outro estava falando. Ele balançou a cabeça concordando e logo depois subiu no caminhão, mas não partiu. Provavelmente estava esperando a pessoa que falava no telefone.

As meninas estavam observando o homem. Ele parecia ansioso. De repente parou outro caminhão perto do outro. As garotas pararam para olhar outra vez.

Não era um caminhão de mudanças, daqueles fechados, ele era diferente e menor. Na parte de trás, como não havia caçamba, estava uma moto.

– Acho que era esse caminhão que aquele homem estava esperando - disse Lory.

– É. - disse Amber tomando um gole de água.

Os dois homens se encontraram na calçada e começaram a falar:

– Por que você demorou? Achei que tinha se perdido. - disse um dos homens ao outro.

– Mas eu me perdi! Estava tentando achar você - disse o outro.

– Esta bem! Está bem! Vamos logo, temos que levar estas coisas antes que a família chegue - disse o homem entrando no caminhão maior e começando a andar.

O outro foi em direção a seu veiculo e também começou a partir.

Lory e Amber já estavam conversando outra coisa, mas Sarah estava com o olhar fixado no pequeno caminhão e o que ele levava. Aquela moto era muito parecida com a que ela tinha em seu quarto. A que ela iria dar a Davis antes dele ir embora. Vermelha e branca. Naquele momento, ela sentiu um frio na barriga. Um pressentimento. Não sabia se era bom ou ruim, só sabia que aquilo que sentiu, era uma intuição.

Algo que estava prestes a acontecer. Achou o presente de Davis na semana passada, e agora outra, igualzinha, aparece diante de seus olhos. E todas lembravam ele. Lembravam Davis. Será que era algum sinal?

– Meninas! Eu... preciso ir embora, minha mãe precisa de mim hoje - disse Sarah se levantando.

– Mas nós não iríamos fazer compras? - perguntou Amber ficando triste.

– É claro que sim amiga! Mas pode ser à tarde? - disse Sarah.

– É claro! À tarde nós vamos então! - disse Lory - Sarah? Você está bem?

– Err... sim. Estou bem. Então...tchau meninas! Até à tarde - disse Sarah indo embora.

– Até mais Sarah! - disse Lory.

– Até à tarde miga! - disse Amber.

Sarah foi para a casa se sentindo estranha. Ela estava com uma intuição. Mas qual? De repente, ela parou. Sentiu em ir a seu antigo bairro. E principalmente ir à rua em que Davis morava. E ela foi.

Ela caminhou no máximo dez minutos até chegar lá. Quando ela virou a rua que dava para a rua de Davis ela congelou. Os dois caminhões, o grande e o pequeno estavam lá. Eles entravam com móveis nas mãos. Era a casa onde ex-amigo morou. Quem será que iria morar ali?

Sarah respirou fundo. Se virou e foi indo embora. Talvez tudo aquilo era paranoia de sua cabeça. Ficar intrigada por causa de uma moto? Qualquer um pode ter uma moto! Pensou ela. Sarah resolveu tirar aquilo de sua cabeça, afinal, Davis nunca mais voltaria. Ela iria para a casa e a tarde sairia com as meninas para as compras.


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