Aniversário De Hinata Hyuga escrita por Nephilim Imortal


Capítulo 10
Lavandas anti Solidão




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O primeiro pensamento de Naruto foi literalmente (e perdão pelo nível): fudeu. O Hyuuga batia o pé, esperando impaciente. Quando viu Naruto, olhou para ele com uma expressão de desprezo e fúria.

–Naruto!- cuspiu o nome como uma maldição.

O loiro cortou, tentando explicar antes que a situação piorasse ainda mais.

–Olha, Neji. Eu voltei da missão e chamei Hianta pra vir aqui, a gente perdeu a noção do tempo...

–Não quero ouvir suas desculpas, Naruto.

–Mas...

–Me escute! – exclamou apontando o dedo indicador para o loiro. – Eu apoiei, te dei conselhos, então, se comporte. Não pensei que daria tanto trabalho. E, Hinata!

O modo como Neji pronunciou o nome da prima foi suficiente para que esta se encolhesse.

–Isso não é hora para estar em casa de namorado! Você vem comigo sem reclamar! E você Naruto, perdeu pontos no meu conceito.

–Gomen, Neji – a menina parecia envergonhada.

...

Naruto dormiu como um anjo naquela noite, mesmo com a bronca de Neji. Quando o sol começou a nascer, percebeu que não havia fechado a janela e xingou tudo que era possível. Fechou-a deixando o ambiente escuro novamente e voltou a dormir, chagando até a babar no travesseiro.

Quando conseguiu sair da cama estava tarde, era meio dia. Ele saiu na rua para comprar o que precisava para o pique nique.

...

Naruto precisava conversar com Hinata mais um pouco, não conseguia ficar longe dela e tinha que ser algo durante o dia, depois daquele fora com Neji, não podia se arriscar de novo. Certamente, o gênio não deixaria aquela passar, ele ficou muito desconfiado. De qualquer forma, Hinata pareceu ter gostado da ideia de fazer o pique nique. Naruto ficou responsável por levar as bebidas e mais alguma coisa para comer. Obviamente, o loiro não cozinharia, não era uma habilidade dele. Seu sapo, por sorte estava bem gordinho, então ele passou na venda e comprou chá e bananas carameladas (sorry, preguiça para pensar em outra coisa, então que seja). Será que Hinata vai gostar?

...

Hinata passou a manha inteira preparando os bolinhos e os sushis, tudo muito caprichado. Seus cabelos presos num coque alto, no qual parte da franja escapava e a irritava. Agora, ela enrolava a alga ao redor dos sushis com muita delicadeza para não quebrar o seu trabalho. Ela já estava cansada de ficar na cozinha, mas por seu namorado, ela fazia tudo. Assim que acabou lavou as mãos e foi trocar de roupa para encontrar Naruto no lugar marcado, próximo à campina onde fariam o pique nique.

Colocou tudo numa cesta e subiu. Colocou um vestido fresquinho e leve, rodado que ia até os joelhos. O vestido era bege e tinha pequenas flores rosas espalhadas por toda a extensão. Hinata observou seu reflexo no espelho e fraziu o cenho insatisfeita com sua imagem. Meu cabelo está péssimo, solto e sem caimento. Procurou por algo no armário que pudesse prender ou enfeitar seus cabelos negros. Encontrou uma faixa vermelha que, na verdade não combinava muito, mas quando colocou-a na cabeça, ficou bem melhor do que estava antes.

Desceu para pegar a cesta e sair. Todos em sua casa nunca deram muita bola para ela, que já tinha até sido expulsa de casa e morado com a Kurenai-sensei. Apenas recentemente, Hiashi convidou-a à voltar para casa, porém, sua presença muitas vezes era esquecida, portanto ninguém perguntava onde ia ou com quem. Seu pai não sabia que ela estava namorando, pretendia contar em breve. Ele ficaria furioso, não por preocupação com a filha, mas com o nome da família. Isso era tudo para ele. Hinata já se acostumara à isso.

...

Encontrar Naruto ainda era meio estranho, pensar nele como namorado real era algo muito inesperado e extremamente recente. Talvez por isso ele tivesse sugerido fazer o pique nique, o clima ajudava, pois o sol estava excelente para se estar ao ar livre. A clareira que Naruto escolheu enchia-se com flores lilases por toda extensão. Não eram flores comuns. Eram lavandas ainda curtas, mas com a cor forte e o cheiro delicado. Estenderam a toalha próxima a uma árvore e em seguida, sentaram-se. O loiro comia muito e extremamente rápido para alguém de sua idade.

–Hinata, isso está uma delícia!

A menina sorriu em resposta, levando a lata de chá aos lábios. Quando levantou novamente os olhos, encontrou Naruto encarando-a boquiaberto e paralisado.

–O que foi? - perguntou ela franzindo o cenho.

–Já te disse que você está linda?

Hinata, obviamente corou como um pimentão e murmurou um obrigada bem baixo. Após alguns goles de chá ela comentou:

–Você está sempre perfeito, sabe? Por isso nem falo...

Ele sorriu para ela e disse que tinha cansado de comer, encostou na árvore para olhar para o céu e a abraçou de lado, apertando a menina contra seu peito. Ela ficou meio sem jeito diante daquele abraço, ainda que não houvesse ninguém ali com eles. Ela se sentiu incomodada no início, porém depois se aninhou no peito do menino e eles continuaram conversando e olhando para o céu azul e limpo, no qual passarinhos voavam como que perseguindo um ao outro.

–Quando eu era pequeno, eu costumava vir aqui. - Naruto acariciava os cabelos da menina – Ficava sozinho, é claro, mas sempre havia borboletas e eu ficava observando-as pousar nas lavandas.

Ele pausou, talvez para pensar ou para olhar o céu, Hinata nunca saberia.

–As lavandas são flores realmente lindas, cheirosas e encantadoras, sabe? Me sentia menos sozinho e mais feliz quando vinha aqui, meio que meu refugio. – Eles sentaram-se. Talvez o ombro do menino estivesse dormente. Os dois apoiados nas árvores, praticamente não se tocando. – Quando eu comprei as flores para você, fiquei muito em dúvida. Realmente queria comprar lavandas, porque elas me lembram de você... Quem sabe seja pelo seu perfume... – disse finalmente.

–Eu sempre amei lavandas. Gosto muito da cor delas. Uma vez, antes da academia quando as meninas se reuniam durante o verão para estudar e conhecer as flores. Perguntaram qual flor nós gostaríamos de ser, se pudéssemos, é claro. – a menina pausou e Naruto permaneceu atento. – Todas elas responderam flores bonitas e grandes, como rosas, lírios. Eu respondi lavanda e todos riram de mim por ser uma flor pequena e meio sem graça. Chorei naquele dia, mas não me arrependo da resposta.

Os dois ficaram em silêncio, pensando.

–Sinto tanto que tenha se sentido sozinho.

–Sinto por você também, por ter sofrido com a família e amigas.

–Cada um tem as próprias dores no passado, não é mesmo?

–Ahn? Deve ser... Desculpa, meu cérebro não processa coisas tão complicadas assim.

–Então, vamos mudar de assunto.

Eles começaram a fazer graça com o resto da comida ( que era quase nada) e com as embalagens, Naruto fazia imitações para ela e contava coisas engraçadas até o momento de irem embora.

...

Depois que o pique nique acabou Naruto foi feliz para casa. Levou-a para casa e não conseguia parar de pensar na última frase que ela lhe disse, algo que ele nem ao mesmo conseguia pronunciar em voz alta. Algo que o assustava e que ele temia mais do que gostava de admitir. Chegou cansado demais para qualquer coisa, tirou a camisa e já sem sapatos, olhou em volta. Os cômodos já estavam desarrumados, era incrível a habilidade dele em desordem total, nem ao menos um dia as coisas estavam organizadas ali.

–Estou precisando de um banho, cara!

Os ombros doíam e as pernas também, ainda que não tivesse andado muito.Naruto, virou-se para a porta novamente para deixar as roupas no cesto e viu um bilhete jogado no chão. Inclinou-se e pegou o bilhete lendo a letra de Shikamaru ali.

Nós vamos nas fontes termais hoje às 6 horas,

apareça por lá, vamos estar todos

(os garotos) para conversar.

Shikamaru.

O garoto olhou para o relógio e viu que marcava cinco e meia. Um sorriso grande apareceu em seu rosto, era tudo que ele precisava, como Shikamaru sabia? Precisava conversa com os amigos e descansar, contar a eles tudo que vinha acontecendo e perguntar como eles estavam, aquele papo de só namorar era legal, porém cansava demais. Catou uma toalha no guarda roupa e saiu correndo para relaxar nas fontes termais artificiais de Konoha.

...

Sakura olhou para a janela do quarto. O sol já se pusera há pouco e ela estava triste, sentia-se quase deprimida. Não tinha nada a ver com a janela nem o por do sol, tinha a ver com Naruto. Sakura desprezara tanto ele, que nunca imaginou a possibilidade de um dia vê-lo olhando para outra menina ainda mais calorosamente do que olhava para ela, sentiu-se muito desprezada e horrível. Hinata era sua amiga, mas não parava de passar por sua cabeça: o que ela tem que eu não tenho? A clara pergunta que sempre a atormentava quando Sasuke, raramente , conversava com outra menina e não com ela. Por que ela e não eu?, punha-se a pensar.

A rosada parou de súbito, as costas eretas e os olhos verdes arregalados. Não acreditava no que estava fazendo, não podia estar fazendo. Ela havia comparado Naruto ao que sentia por Sasuke. Aquilo estava muito errado, completamente errado. A menina abraçou os joelhos e apoiou o queixo neles. Não se apaixonaria por Naruto, não mesmo. Mas também, queria certificar-se de que ele ainda estava apaixonado por ela como sempre fora, verificar se ela ainda podia um dia tê-lo.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem! Gomem pela demora!



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