Eu Não Preciso De Amor escrita por Hanna Martins


Capítulo 6
Convite


Notas iniciais do capítulo

Dando salto e mais saltos aqui!!! Eu nem acreditei quando isto aconteceu, a fic ganhou duas recomendações de uma só vez!!! E ela ainda está no início. Não uma, mas duas!!! É muita felicidade para uma pessoa só. Este capítulo é dedicado para Lizze e Susannah Grey, obrigada suas lindas!!!



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Peeta abre os olhos lentamente, por alguns segundos eles se detêm em meu rosto. Ele sorri, um sorriso avassalador. Eu apenas continuo o observando. Apoio meu rosto em minha mão. As últimas imagens de ontem a noite voltaram, porém são bem confusas. Lembro que após ser carregada por Peeta até meu quarto, ele me colocou na cama. Eu o retive com minha mão, segurando a barra de sua camisa. Ele sorriu para mim e depois... acho que dormi.

– Peeta? – o olho tentando decifrar seus pensamentos.

– Ontem a noite não consegui retirar sua mão de minha camisa de jeito nenhum... e precisei dormir aqui... – se justifica. Ele também apoia o rosto em sua mão.

Nós dois nos encaramos, por algum tempo. Parece que analisamos um ao outro tentando decidir qual deve ser o próximo passo.

– Katniss – por fim Peeta se decide. – Não faça mais isso, está bem? Sei que fez aquilo para me atingir, eu realmente não quero que você se destrua por minha causa... Sei que não tivemos um bom começo, mas eu quero realmente tentar cuidar de você. Por favor, Katniss, me deixe cuidar de você, sim? Me deixe ser sua família. Ontem a noite... eu vi o tamanho de sua dor... Me deixe curar seu coração...

Olho para Peeta. Eu queria acreditar que estas palavras são verdadeiras, queria acreditar que Peeta realmente quer cuidar de mim, eu queria acreditar que este sorriso que ele me dá é sincero. Eu queria... No entanto, eu não posso, eu não consigo. Eu queria ser uma pessoa ingênua, talvez eu fosse mais feliz acreditando nas mentiras que ele me diz, mas eu não posso, eu não sou ingênua. Eu sei que tudo isto é uma grande mentira.

Eu apenas sorrio.

– Está bem, Peeta.

Ele sorri, e se aproxima de meu rosto me dando um beijo na bochecha. Estranho, sentir os lábios de Peeta em minha pele é estranho...

– Tenho que tomar um banho – me levanto da cama. – E preciso de alguns remédios para dor de cabeça, minha cabeça parece que vai explodir...

– Vou pegar uns remédios para você, mas acho que eu não deveria te dar nenhum remédio – fala de maneira divertida. – Para que você nunca mais beba e aprenda a lição.

– Mas você não vai fazer isso, vai? – falo também de maneira divertida.

– Não, não vou. Acho que você já aprendeu a lição.

Vou para o banheiro, deixo a água quente cair sobre o meu corpo. Preciso pensar em tudo o que está acontecendo. Por enquanto não vou mais me rebelar contra Peeta, e depois da noite de ontem tenho que pensar mais em meus atos, não quero expor novamente este meu lado frágil.

Depois de tomar um demorado banho, vou para a cozinha. Hoje é domingo, e não há nenhum empregado na casa, até mesmo Mags tomou o dia de férias. Encontro a mesa da cozinha posta, cheia de frutas, queijos, geleias, torradas, panquecas e suco.

– Tome isto – diz Peeta, entrando na cozinha, e me entregando um comprimido. – Isso vai melhorar sua dor de cabeça.

Engulo o comprimido e Peeta me entrega um copo de água.

– Você fez tudo isso? – aponto para a mesa que tenho em minha frente.

– Fiz – ele sorri. – Sei que não está com fome, mas você deve comer alguma coisa...

Peeta me passa um copo de suco de laranja e uma panqueca. Realmente não estou com fome, mas me esforço para comer a panqueca e tomar o suco.

– Que tal darmos um passeio mais tarde? – sugeri.

– Acho melhor não... eu quero apenas não fazer nada hoje, apenas dormir... Amanhã é segunda, e sinto que ficarei de ressaca a semana inteira, será uma longa semana.

Peeta sorri.

Termino meu café da manhã. Subo para meu quarto e durmo. Acordo quando com batidas na porta de meu quarto, são de Peeta, já é noite.

– Katniss... – ele chama.

– Entre – falo, me sentando na cama.

– Preparei o jantar. Você passou o dia inteiro dormindo... – diz ele se aproximando de minha cama. – Você precisa comer alguma coisa...

– Está bem...

– E como você está?

– Melhor, pelo menos minha cabeça já não dói tanto. Antes parecia que eu havia sido atropelada por uma manada de elefante, agora parece que eu fui atropelada por apenas um elefante.

Peeta ri.

– Então está na hora de comer, antes que os outros elefantes voltem e resolvam atropelar você mais uma vez.

Me levanto da cama e acompanho Peeta até a cozinha. O cheiro está muito bom. A comida é simples, arroz com bife acebolado, mas o gosto é realmente ótimo, constato ao levar uma garfada de comida a boca.

– Então como está? – diz, me encarando, com a mão apoiada no queixo.

– Ótimo – respondo levando outra garfada a boca. – Como você sabe cozinhar tão bem?

– Quando você mora sozinho e não quer comer todo dia macarrão instantâneo, você precisa saber cozinhar – sorri.

– Você morava sozinho na Suíça?

– Sim, eu morava...

– Mas você não morava com seus tios?

– Eu morei por algum tempo com eles... Mas depois dos dezesseis anos passei a morar sozinho... – fala vagamente.

– Peeta... – começo a formular a uma nova pergunta.

– Tem um filme ótimo que eu comprei há alguns dias – ele interrompe minha frase bruscamente. – Você não quer assistir comigo?

Apenas faço sinal afirmativo com a cabeça e levo outra garfada de comida a boca. Parece que ele não gosta de falar sobre seu passado... isso é interessante.

Após o jantar vamos até a sala de TV. Me sento em um dos sofás, estico minhas pernas. Peeta coloca o filme e senta-se onde estou, retirando meus pés de cima do sofá e colocando em seu colo. O olho interrogativa, esperando por uma resposta, que não vem. Ele apenas sorri.

É estranho estar com meus pés em cima do colo de Peeta, muito estranho.

Ficamos até tarde da noite vendo filmes, são quase quatro horas da manhã quando vou para meu quarto ter algumas horas de sono.

A primeira pessoa que encontro quando entro no colégio é Rue.

– Katniss! – grita Rue, correndo até mim. – O que aconteceu com você?

– O quê?

– Eu vi você se atracando com o Gale... – sua expressão é confusa. – E depois você saiu da festa com o Peeta... Eu tentei falar com você, ontem, seu celular estava desligado, e quando eu liguei para sua casa, o Peeta me atendeu e disse que você estava dormindo... Mas o que aconteceu? Eu pensei que nunca iria ver você e o Gale juntos nesta vida!

– Nem eu mesma sei – respondo. – Sei lá o que aconteceu, quando eu vi tinha beijado o Gale... Acho que bebi demais.

– Katniss, você bebeu? – agora ela está ainda mais perplexa.

– É... um pouco – confesso.

Rue me olha como se tivesse diante de outra pessoa e não de mim.

– Eu não acredito que você bebeu! Esta é a mesma garota que quase me bateu quando soube que eu tinha tomado um copo de vodca?

– Eu sei... Foi idiotice minha. Grande burrada! – tento sorrir, diminuir um pouco a zanga de Rue.

– Katniss, o que foi que aconteceu com você?

– Eu também gostaria de saber – murmuro. – Fui uma idiota.

– É, você foi! – fala Rue, menos zangada. – Agora tenho uma dúvida... – ela me olha. – O Gale beija bem?

Dou uma gargalhada, só mesmo Rue para tornar a situação engraçada.

– Você pergunta cada coisa!

– Eu só tenho curiosidade! – ri.

Entramos na sala com Rue, tagarelando sobre a festa.

Depois da aula vou para a casa. Encontro Peeta na biblioteca.

– Como foi a aula? – indaga.

– Foi legal... professores tentando dar aula, alunas conversando sobre roupas, garotos e como será seu próximo final de semana. O mesmo de sempre.

Ele me olha de maneira divertida.

– Pelo jeito você teve um dia cheio! – fala brincalhão. – Semana que vem você tem um feriado prolongado, certo?

Confirmo com a cabeça.

– Estive pensando que poderíamos ir para a Suíça, tem uma estação de esqui lá que sempre ia... O que acha?

Olho para ele com uma expressão interrogativa.

– Leve Rue. Tenho certeza que vocês duas vão adorar este lugar! – fala de maneira animada.

Ainda o olho com uma expressão interrogativa em meus olhos. Que devo fazer? Aceitar ou não aceitar este convite um tanto inusitado? Mas o que tenho a perder? Além disso, Rue estará por perto.

– Está bem... – dou os ombros.

Um sorriso imenso surge em seus lábios. Espero ter feito a opção correta.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? O que será que irá acontecer na Suíça? No próximo capítulo a viagem...