Wings, Um Anjo Em Minha Vida escrita por Nynna Days


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oi, flores.

E o capítulo mais esperado chegou: A festa. Ou pelo menos, metade dela. Mas o suficiente para deixar todos com água na boca.

Aproveitem.



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Meu coração foi de 50 a 400 por hora em um simples olhar para a fantasia de Jeremy. Seus cabelos estavam perfeitamente penteados para trás e escondidos atrás de um lenço vermelho e um chapéu de pirata preto. Sua camisa branca tinha alguns botões abertos, deixando seu peito pálido exposto. Por cima da camisa, estava um colete preto que combinava com suas calças. Em sua cintura, uma espada de mentira.

Levantei os olhos para seu rosto, ficando sem graça ao perceber que o analisava da cabeça aos pés. Vi que ele estava com um brinco na orelha esquerda e seu percing passeava por sua boca, inquieto. Seus olhos azuis estudavam meu corpo com satisfação. Dei um passo para trás, tentando manter as aparências diante dos anjos.

Mas, eu tinha que admitir que em meus 400 anos de existência, nunca tinha conhecido um pirata que exalasse tanta masculinidade quanto Jeremy. Respirei fundo, tentando ver se todos os meus órgãos vitais estavam em seus devidos lugares. Jeremy entrou no quarto e o analisou, ainda sem dizer nada.

“Olá”, me virei fechando a porta e forcei um sorriso.

“Olá.”, ele me encarou e deu um meio sorriso. Então olhou para Adriel que estava sentado ereto na poltrona, sem nenhum sinal que iria relaxar. Caliel estava ao seu lado com uma mão em seu ombro. “São seus primos, certo?”

Assenti, sentindo meu cérebro arranhar lentamente e mantive os lábios pressionados para evitar que um arfar de dor me escapasse. Jeremy passou as mãos pelas calças escuros e andou até onde meus “primos” estavam. Estendeu a mão, sério. Adriel olhou para a mão por alguns segundos, então decidiu apertá-la.

“Jeremy Read.”, o moreno se apresentou.

“Adriel Crista.”, Adriel deu um pequeno sorriso e gesticulou na direção da anja ao seu lado. “Caliel Crista.”

“Prazer.”, Jeremy soltou as mãos e foi se sentar na cama. Então voltou a me olhar. “Aliel, você está linda. Devo dizer que é quase como se fosse, de fato, um anjo.”

Sem conseguir se conter, Adriel soltou um riso. Caliel o seguiu logo em seguida. Dei um olhar rigoroso na direção dele, estreitando os meus olhos, mas isso não impediu que um pequeno sorriso surgisse em meus lábios. Jeremy olhou de mim para os outros anjos, sem saber nada sobre nossa piada interna.

“Posso te garantir que Aliel é um anjo.”, Adriel disse, ainda rindo.

“E ela vai ser um anjo atrasado se não correr para terminar.”, Caliel disse.

Assenti, com pressa de tirar Jeremy dali antes que ele levasse as palavras de Adriel para o sentido literal. Sentei ao lado do humano e peguei um par de saltos brancos que Caliel tinha me trazido. Eles tinham saltos finos e uma tira que prendia em meus tornozelos. A loira tinha me dito que uma humana não conseguia ficar em cima daqueles saltos por muito tempo. Mas como não sentíamos dores físicas, eu suportaria.

Corri até o banheiro para arrumar a auréola em meus cabelos. Só então pude ver o que Caliel tinha feito comigo. Meus cabelos tinham enormes e chamativos cachos escuros que deslizavam por minhas costas. Meus olhos estavam esfumaçados e minhas bochechas levemente rosadas. Meus lábios estavam apenas com um brilho labial. Mas tudo isso fazia com que eu me sentisse mais... humana.

Balancei a cabeça, expulsando esse pensamento de minha mente e ajeitei o auréola em meus cabelos, com cuidado para não despentear. Voltei para o quarto, buscando por minhas asas artificiais. Encontrei-as atrás de Jeremy. Estendi minha mão, na intenção de pegá-las, mas ele foi mais rápido.

“Deixe que eu a coloco.”, ele disse.

Engoli a seco, mas assenti. Não queria dar nenhum sinal de estranheza na frente dos anjos. Principalmente de Adriel. Me virei de costas para Jeremy e senti suas mãos deslizando por meus ombros, enquanto colocava o aro ali, com cuidado para não me machucar. Demorou menos de dez segundos, mas, ele continuou parado ali, com as mãos nas minhas costas.

Senti meu corpo se aquecendo, desde o lugar que ele tocava até o meu rosto. Ai, Criador. Não conseguia mais controlar as reações que meu corpo tinha. Eu tinha que dar um passo para longe dele. Mas, parecia que meus pés estavam presos blocos de cimentos. Depois de quase uma eternidade, ele passou as mãos pelas penas artificiais e suspirou, se afastando.

“Estamos atrasados, anjo.”, ele sussurrou.

Me virei para encará-lo e vi seus olhos em um caleidoscópio hipnotizante. Eles pareciam estar misturando azul e anil. Pisquei algumas vezes, para ter certeza que não era uma ilusão. Passei a língua pelos lábios e percebi que ele acompanhou meu pequeno movimento com os olhos atentos. Escutei um pigarro e dei um salto para longe de Jeremy. Encarei os anjos, voltando a me lembrar da permanência deles no quarto.

“Temos que ir.”, eu disse indicando a porta. “Volto cedo.”, disse para os outros dois.

“Não prometa o que não pode cumprir, Aliel.”,

Jeremy disse, pondo uma das mãos em minha cintura e me guiando até a porta. Os olhos azuis de Caliel se arregalaram e os de Adriel se estreitaram. O lugar onde sua mão estava tocando estava quente. E, antes que eu fechasse a porta, escutei a voz de Adriel. Baixa e poderosa.

“Rezarei por você, Aliel.”

*******************************

Quando chegamos a casa de Jeremy, tinham poucas pessoas. Apenas alguns jogadores de seu time e poucas líderes de torcida. Olhei para o grande relógio da cozinha e percebi que ainda faltavam uma hora e meia para Sarah e Jason chegarem. Eu estava ansiosa. Passei as mãos por meu vestido, me sentindo um pouco intimidada pelos olhares que estava recebendo.

Sabia que ninguém imaginava que eu fosse aquela festa. Muito menos fantasiada. Pude escutar alguns poucos comentários, mas foram o suficiente para me deixar incomodada. Jeremy não pode ficar todo o tempo ao meu lado, para poder dar atenção aos seus convidados. Mas, os poucos minutos que ele vinha até mim, passava os braços preguiçosamente ao redor dos meus ombros, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Claro que isso gerou ainda mais comentários e olhares hostis femininos para mim. Mas isso não impedia Jeremy de me tratar daquele jeito tão...íntimo. E o pior da situação inteira, era que eu estava gostando. Teve até um momento em que me peguei rindo de uma piada que ele tinha contado a um amigo do futebol. E seus olhos pareceram brilhar quando me olhou.

“Quer se sentar?”, ele perguntou quando seu amigo se afastou. “Está de pé desde que chegou.”

Dei de ombros e um pequeno sorriso.

“Estou bem”

E era verdade. Fisicamente poderia correr uma maratona. Emocionalmente, estava um pouco confusa com o tratamento diferenciado de Jeremy comigo. Mas, o que de fato estava me deixando angustiada – além da espera por Jason e Sarah – era o meu instinto angelical. Tudo que rodava aquela festa – insinuações de sexo, bebida e drogas ilícitas – estava me deixando tonta e arrepiada.

Se fosse qualquer outra situação, eu já teria ido embora. Na verdade, nem teria passado da porta. Porém eu teria que manter meus olhos em Jason. Ele já havia feito besteira antes, nada o impediria de fazê-lo novamente. E eu tinha um pressentimento que Laisa não iria aceitar o término com muita facilidade.

“Parece que você vai desmaiar a qualquer momento.”, Jeremy sussurrou em meu ouvido, me fazendo sentir coisas em minha pele. Arrepios, acho que era isso. “Sei que parece ser hipócrita dizer isso, mas você está um pouco pálida. Abatida talvez seja uma palavra melhor.”

Isso me fez encará-lo. Ele estava com a testa franzida e seus olhos refletiam a preocupação com o meu estado de saúde. Ele deveria atribuir tudo isso, ao fato de eu não me alimentar como deveria. Por fim, para não chamar mais atenção, concordei em me sentar.

“É que não me sinto confortável nesses ambiente”, eu disse com sinceridade.

Jeremy me deu a mão me arrastando para o lado menos agitado da festa. Parecia que eu estava recebendo uma descarga de 200 volts naquele pequeno toque. Tivemos que passar pela pista de dança, que já estava consideravelmente cheia. Sabia que faltava pouco para que Jason e Sarah chegassem.

Alguns garotos pararam Jeremy e o cumprimentaram pela festa do ano. Minha audição privilegiada fazia com que eu pegasse algumas partes das curtas conversas, mesmo com a nossa localização tão próxima do som. Mas Jeremy parecia querer encurtar ainda mais os diálogos, sempre indicando que precisava me levar para sentar.

“Não duvido nada que ela já deve ter transado com ele”, disse uma garota vestida de Branca de Neve para uma outra vestida de Chapeuzinho Vermelho.

As duas me encararam e eu desviei o olhar.

“Se não transou, transará hoje.”, a Branca de Neve continuou.

“Jeremy Read nunca termina uma festa e vai para cama sozinho.”, Chapeuzinho terminou.

Um frio passou por minha espinha. Senti meu corpo todo ficando tenso. Jeremy deve ter sentido a mesma coisa, pôs pausou a conversa que estava tendo e seguiu o meu olhar até aquelas garotas. Então estreitou os seus olhos azuis e, mesmo com o som alto, consegui perceber que ele respirava pelo nariz, deixando sua irritação explícita.

Mas, quando seus olhos voltaram para o meu rosto e focaram em meu estado, a raiva se suavizou e ele respirou fundo. Então se inclinou na minha direção com um sorriso forçado. Seus dedos entraram em meu cabelo e senti seus lábios em minha orelha.

“Não ligue para o que elas dizem.” , ele sussurrou. Fechei os olhos, por um segundo, apreciando seu voz que parecia me enfeitiçar por cima de toda aquela loucura. Ele passou um braço em volta de minha cintura, puxando seu corpo para perto do meu. “A Branca de Neve sempre quis entrar em meu castelo, só que esse pirata é solitário.”

Se não fosse o jeito como ele estava me segurando, eu poderia ter rido de sua piada. Mesmo que não tive tivesse entendido-a corretamente. Jeremy começou a movimentar nossos corpo de um lado para o outro, devagar. Eu sabia que estávamos totalmente fora do ritmo da música, mas não me importava. Quando dei por mim, estava de olhos fechados e com a cabeça encostada no peito dele.

As minhas mãos estavam pousadas em seus ombros, já que nunca fui um anjo coordenado com danças. As mãos dele estavam em minha cintura. Firmes e delicadas, como se eu fosse uma flor que com que movimento rude, fosse despedaçar. Me deixando ser levada pelo momento, senti seu cheiro invadindo minha mente e intoxicando todos os meus instintos angelicais que praticamente gritavam para que saísse dali.

Como se sentisse a minha hesitação em seguí-lo na dança, Jeremy beijou o todo da minha cabeça. Isso me atingiu como um raio. Todo o meu couro cabeludo estava formigando. Os lábios dele eram firmes e delicados. Como suas mãos. Como sua pele. Tudo nele parecia ter dois lados. E um deles, era o que menos transparecia.

Então, ser bad boy era a fachada dele? Manter esse jeito era como mantinha seus muros erguidos para que ninguém visse o que estava por trás? E por que ele estava me tratando com tanto cavalheirismo e galanteio? Ele já tinha deixado bem claro como era. E ele sabia como eu era. Na verdade, Jeremy não sabia nem a metade do que eu era.

“Você está melhor?”, ele sussurrou. Isso me fez abrir os olhos. Assenti em seu peito, escutando tremer um pouco. Estava rindo, eu acho. “Que bom.”, ele pausou. “Aliel...sei que muitas pessoas pensam e falam coisas sobre mim, mas eu queria deixar algumas coisas claras.”

Afastei minha cabeça de seu peito, para que pudesse encará-lo com meus olhos castanhos perspicazes. Eu poderia ter usado um pouco da minha influência angelical para ter as respostas que eu queria. Mas eu sabia que com Jeremy aquilo viria naturalmente. Seus olhos azuis sérios, me provavam isso.

Tentei ignorar o quão perto estava do meu, mas a sua respiração batendo em meu rosto conforme ele falava, era um bom lembrete. Tive que segurar o impulso de desviar o olhar. Sabia que o deixaria frustrado. Mesmo que não fosse muito aparente, sentia meu rosto se esquentando. Aquilo pareceu dar mais coragem a Jeremy.

“Sei que minha reputação não é a melhor da escola, mas se tem uma coisa que eu sempre fui, é sincero.”, ele suspirou e desviou os olhos dos meus por um segundo, parecendo querer achar a força de vontade ou as palavras certas. “No início, eu queria você. Queria muito. E ainda quero. Mas só que eu não consigo mais pensar em você desse jeito. Me faz sentir o cara mais sujo do mundo. Não te trouxe porque te quero em minha cama.”, ele tocou meu queixo com a ponta dos dedos. “Te trouxe porque eu gosto de como você me faz sentir.”

Tudo em mim ficou tenso e eu comecei a piscar com força. Jeremy, já acostumado com essa minha reação, apenas tirou os dedos de meu queixo e voltou a colocar sua mão em minha cintura. Mordi o lábio inferior, tentando inspecionar suas palavras como a mais cobiçada e inteligente detetive. Mas minha mente parecia ter dado problema.

“Por favor, diga alguma coisa.”, ele pediu. Foquei em seu rosto. Mesmo que ao nosso redor, a única iluminação que realmente funcionasse, como as das luzes coloridas que saíam do globo do centro da sala, foi o suficiente para perceber que estava corado. “Sei que parecia um viado falando agora, mas não fique em silêncio.”

“Desculpe.”, respondi em um fio de voz.

Ele deve ter lido os meus lábios. Pois só assentiu e voltou a me abraçar e dançar lentamente. Diferentemente de antes, nossos corpos não pareciam se encaixar direito, por conta da tensão que nos tomava. E eu voltei a ficar atenta a tudo o que estava acontecendo ao nosso redor. Senti minhas pernas ficando um pouco bambas, quando a quantidade de luxúria, gula e muitos outros pecados me atingiram como uma bala.

“Aliel”, Jeremy disse, alerta, me segurando pela cintura quando ameacei cair. “Venha, vou arrumar um lugar para você se sentar.”

Assenti, agradecida por ele ter me segurado mais uma vez. Passei um braço ao redor de seu ombros, enquanto seu braço permanecia em minha cintura, mais firme do que delicado. Jeremy dispensou os amigos que foram cumprimentá-lo com apenas um gesto com a mão. Fechei os olhos, sentindo leves pontadas em minha cabeça. Gemi.

“Quer se deitar no meu quarto?”, ele perguntou. Isso me fez abrir os olhos, alerta. “Não, péssima ideia, desculpe.”, ele se desculpou rapidamente, e me pôs sentada em uma cadeira afastada de todos.

“Não quero que perca a sua festa.”, dei um sorriso fraco. “Vou ficar bem.”

Assim que sair daqui.

Mas Jeremy já estava balançando a cabeça antes que eu pudesse terminar a frase. Então puxou uma cadeira para ele e se sentou ao meu lado. Seu olhar estava preocupado e ele me estudava como se procurasse algum sinal óbvio de precariedade na minha saúde. Só que ele não encontraria. Já que o problema estava em minha mente.

“Não vou te deixar sozinha.”, pegou minha mão e começou a fazer círculos na palma. Algo se agitou dentro de mim e fez minha pele formigar e esquentar ao mesmo tempo. Arrepio, eu acho. “Pelo menos irei esperar a ruiva chegar.”

“Não seja mal com Sarah”, eu disse, voltando a fechar os meus olhos. Senti a mão de Jeremy em meu cabelo, me induzindo a deitar a cabeça em seu ombro. Eu o fiz, sem hesitar. “Ela é perfeita para Jason e você sabe disso. Tudo o que está sentindo é medo de perder o melhor amigo. Mas mesmo que eles fiquem juntos...”, e eles vão ficar. “isso não o fará menos seu amigo.”

Esperei alguma resposta de Jeremy. Eu queria escutar a sua voz para ter certeza que tudo estava bem. Mas ele ficou em silêncio. Me concentrei em sua respiração. Seu cheiro que fazia meus instinto angelical disparar. E na ponta de seus cabelos que estavam roçando em minha bochecha. Nunca pensei que estaria tão envolvida quanto estava agora.

E isso era muito errado.

“Não quero falar sobre isso.”, ele passou um braço ao redor dos meus ombros. “Não com você desse jeito.”, ele suspirou e senti-o beijar o topo de minha cabeça novamente. “Tem certeza que não bebeu nada? Esse garotos podem ser bem traiçoeiros quando querem levar uma mulher para cama. Ainda mais uma dama acompanhada e ...”

O que quer que Jeremy iria dizer a seguir foi interrompido por uma multidão de gritos e vaias que surgiram subitamente. Isso me fez abrir os olhos. Alguma coisa dentro de mim dizia para eu ficar alerta. A mesma coisa deve ter acontecido com Jeremy. Ele nos fez levantar e seguiu de volta para a festa.

As pessoas que estavam dançando e bebendo, agora estavam em um semi círculo perto da cozinha. Jeremy pegou a minha mão e me puxou com força naquela direção. Não precisou muito mais que alguns empurrões e algumas palavras sujas saindo da boca de Jeremy, e estávamos na beira do círculo.

“Ah, droga”, Jeremy disse.

Laisa, vestida da cabeça aos pés com uma roupa de couro preta, orelhas e rabo de gato e salto altos, encarava Sarah que estava com um vestido tão vermelho quanto seus cabelos e chifres. Elas estavam a poucos centímetros uma da outra e tinhas os olhos estreitos. Algo me disse que isso não acabaria bem.

Passei meus olhos pelo círculo, até focar em Jason vestido de vampiro. Ele estava entre as duas, pronto para se meter, caso alguma coisa saísse do controle. Dei um passo na direção de Sarah, mas a mão de Jeremy em meu braço parecia de ferro. Assim como o seu olhar hostil.

“Nem pense nisso.”, ele rosnou. “Quem tem que resolver isso é Jason.”

Suspirei, sabendo que Jeremy tinha razão. Mas me doía ver aquela cena e não poder fazer nada. Laisa passou a mão pelos cachos manualmente feitos, e jogou o cabelo para trás. Sua outra mão estava na cintura, como um sinal de poder. Sarah havia alisado seus cabelos de fogo, deixando-a com uma aparência menos vulnerável. Ela também estava de salto, o que a deixava na altura de Laisa. E os olhos verdes estreitos indicavam que ela não iria recuar.

E nem Laisa.

“Me responde, cabeça de fósforo.”, Laisa gritou e levantou o dedo, apontando acusadoramente para Sarah. “Quem lhe deu permissão para vir para a festa com o meu namorado?”


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Notas finais do capítulo

E o que será que acontecerá?

Não esqueçam de comentar, flores.