A Perseguidora escrita por Dimitri Alves


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, como prometido, aqui está o primeiro capítulo da história. Bom, aqui estou só apresentando alguns fatores e que vão desencadear a história. Divirtam-se



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Ele não estava feliz por estar deixando a sua cidade, deixando para trás os amigos e os costumes que tinha por lá. Igor tinha a sua cabeça encostada na janela do carro, enquanto via as arvores passando por ele rapidamente. O vidro estava húmido e o céu ameaçava chover. Estava frio ali dentro.

No banco da frente estava a sua mãe, dirigindo com os fones de ouvido para não ouvir as reclamações de Igor novamente. Isabela entendia a reclamação do seu filho, mas ela não poderia ficar na situação que estava. Depois de descobrir que estava sendo traída, ela resolveu sair de casa e mudar de cidade. Algum lugar menor e longe da agitação da cidade grande. Não pretendia ficar por lá por muito tempo, apenas para ela colocar a sua cabeça no lugar e se recuperar daquele choque.

- Se não é por um período muito grande, porque não me deixa com meu pai? Porque me tirar do meu colégio? – questionou uma vez o garoto furioso, quando ela relembrava toda vez para arrumar a mala.

- Seu pai é um canalha, não vou deixar um canalha cuidar do meu filho! – retrucava sempre.

Igor sempre quis dizer algo de encontro, mas não queria magoar mais a mãe do que já estava, apesar de achar que aquilo fosse uma medida radical. Sempre se sentava na cama enfiava o fone de ouvido colocando as músicas no ultimo volume, para que não fosse possível ouvir mais os seus pensamentos.

Naquele momento, Igor não estava ouvindo musica nenhuma, deixou que seus pensamentos tomassem conta de sua cabeça. Deixava que o balanço do carro tornasse ritmado com os seus pensamentos conturbados. Deixou que tudo viesse a tona, para que tudo fosse embora de vez. Os dias depois da separação foram estranhas, seu pai não tinha ido embora, havia dormido em casa. Deixando um clima pesado na casa.

Isabela estava no quarto de casal, dormindo sozinha. O pai estava dormindo na cama de Igor. Por incrível e injusto que parecesse, Igor tinha dormido na sala. Deitado no sofá, observava, pela varanda, a chuva que caia pesadamente lá fora. Parecia estranho que toda vez que algo ruim acontecia, ou quando ele estava triste, a chuva tinha que acompanha-lo.

Os raios de sol surgiram entre as cortinas, mas Igor não havia conseguido dormir por um só instante. Ficava sempre prestando a atenção nos movimentos que a casa poderia fazer, mas ela estava estática. Silêncio.

Não tardou muito e começou a ouvir alguns barulhos vido do quarto onde sua mãe estava dormindo. Ouvia arrastados e um leve fungar. Ele sabia o que ela estava fazendo: Jogando todas as coisas do seu pai na mala. Era obvio também saber que ninguém naquela casa tinha pregado o olho. A porta se abriu repentinamente. Igor fingiu estar dormindo como pode, não soube dizer se sua mãe o viu acordado ou não, porém não ousou mexer um músculo até a porta se fechar novamente.

A porta se fechou, mas deu um tempo para poder se mexer. Ao olhar, viu que havia duas malas na frente da porta do quarto, prontas para o seu pai pegar e ir embora. Igor ainda manteve-se imóvel no sofá. Mesmo com seus dezessete anos, naquele momento se sentiu uma criança, perdida sem saber o que fazer ou reagir. No seu circulo de amizades, a maioria tinha pais separados, mas não se importava com aquilo. Não o abalava. Mesmo quando todos tinha lhe dito e desabafado que separação era um momento difícil, ele não acreditava, ou não imaginava o quanto. Até sentir na pele.

Quando seu pai acordou, voltou a fingir que estava dormindo. Ele se arrumou rapidamente e Igor ouviu seu pai arrastando as malas. Antes de ir embora, deu um beijo na testa de Igor e sentiu uma gosta quente cair em seu rosto. Ele nunca antes tinha visto o seu pai chorar, e nunca verá.

Seus pensamentos foram interrompidos quando ele percebeu que a paisagem tinha se modificado novamente. Estava numa pequena cidade onde só havia casas. As construções eram mais antigas e todas de tons sóbrios. Alguns casarões tinham a cor mais destacada, como um vermelho madeira. As arvores eram diferentes ali, grande parte eram árvores coníferas. Era notável ver que a maioria da população ali era mais velha. Igor bufou.

Era notável que a cidade era antiga e fica escondida no meio daquelas arvores. Igor estava ciente que sua mãe queria se isolar um pouco da realidade que tinha, mas aquilo já era um pouco de exagero. Todos olhavam para o carro, cheio de curiosidades. Não havia muitos carros andando por ali, então era fácil saber quem era novo ou não.

O carro parou diante de uma casa típica da cidade. A casa era toda branca e não muito grande. Havia uma chaminé ali, o telhado da casa fazia um triangulo perfeito, uma arquitetura típica de casas onde nevava. Eles saíram do carro e tiraram as malas e as colocaram no chão da sala.

O ambiente era bem agradável. Igor percorreu o local sem muito interesse. Subiu as escadas para o primeiro andar, onde havia dois quartos e um banheiro, e foi conhecer o seu mais novo quarto. Não era lá grande coisa, mas ele não precisava de muito espaço. A janela dava para a vista do terreno baldio que tinha ao lado da casa.

Não tardou muito e pensou nas coisas que iria fazer dali pra frente, que iria ter que começar tudo do zero por causa do erro de uma pessoa, na qual ele e sua mãe tinham que pagar as consequências. Aqueles pensamentos o entristeceram, mas não colocou os fones de ouvido.

Não demorou muito e começou a chover.


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Notas finais do capítulo

Iai pessoas, gostaram? Ainda está um ar de mistério, mas digo que terá mais ainda.
Deixem seu comentário e siga-me no twitter ^^

Até a próxima