A Perseguidora escrita por Dimitri Alves


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal e aqui estou eu de voltaa!! Sim pessoas, Igor e Laura começaram a dar seus passos sobre os fenômenos estranhos que vem acontecendo com Igor. O que será que eles vão descobrir? Você tem algum palpite do que está acontecendo ou porque? Acompanhe a história e veja o progresso dos personagens!
Boa leitura ^^



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Eles estavam do lado de fora da escola, caminhando pela grande área aberta. O gramado estava mais verde – talvez sempre fosse, mas os dias nublados nunca permitiam que vissem cores mais vibrantes. Os alunos estavam aproveitando o sol e pareciam mais animados, nem parecia a cidade sombria que Arvoredo transmitia ser. Mesmo o dia estando mais bonito e alegre, Igor e Laura não estavam com aquela animação. Estavam preocupados com os acontecimentos.

Eles começaram a andar pelas trilhas que o colégio tinha. As árvores estavam mais vivas e verdes. A medida que andavam, o numero de estudantes diminuíam e as árvores aumentavam. No caminho as folhas secas se acumulavam e encontravam alguns bancos escondidos por plantas rasteiras. O jardineiro poderia dar uma ajeitada aqui, pensou Igor olhando para a trilha em pequeno estado de abandono.

– Para onde estamos indo? – perguntou Igor curioso e não gostando muito da trilha, que se tornava mais fechada.

– Para as estufas. Lá são cultivados os legumes e verduras para a merenda da escola. Claro que também servem para estudos de biologia – falou ela andando um pouco mais rápido.

Igor poderia estranhar o isolamento, mas confiava em Laura. Além disso, era a única pessoa que tinha conversado a respeito.

Mais adiante, eles encontraram um grande e extenso muro de tijolos avermelhado vivo. O muro parecia novo em relação ao prédio do colégio. De frente para eles estava um portão, onde Laura empurrou sem menores problemas. Ao passar pelo portão, Igor se deparou com três estufas, onde os seus vidros estavam totalmente embaçados com o tempo e a água seca. Folhas e frutas espatifadas completavam o ambiente.

– Podemos conversar melhor aqui sem sermos interrompidos – falou ela.

– Porque tão isolado? Poderíamos ter ficado na sala – comentou Igor não gostando muito do lugar.

– Não, o zelador não deixaria. Já que o professor de geografia faltou, temos tempo para falar melhor sobre – falou ela abrindo uma porta das estufas.

Ali era uma sala, talvez de aula. Havia uma pequena arquibancada de concreto e a frente uma mesa pesada de madeira, e logo atrás dela estava um quadro negro ainda com marcas de giz.

– Certo, mas aqui é isolado de mais – falou ele enfatizando aquilo.

– Eu entendi, mas aqui fica melhor... Longe de olhares. Além disso, ninguém se atreve a vir para cá – comentou ela sentando em cima da mesa do professor.

– Porque ninguém viria para cá? – perguntou ele curioso.

– Como você pode perceber o caminho é bem assustador, devido as folhas secas, a mata fechada... A trilha é mal cuidada, então todo mundo diz que aqui é assombrado, o que cai muito bem – disse ela um pouco irônica.

Igor se arrepiou e não teve duvidas que ali de fato poderia ser assombrado, o lugar parecia propício. Laura percebeu seu espanto pelo olhar e garantiu que ali não era assombrado, apenas era coisa dos estudantes.

– Normalmente aqui as pessoas vêm para transar – falou ela apontando para algumas camisinhas que eram visíveis jogadas no chão.

Igor riu e se descontraiu um pouco com algumas curiosidades que Laura contou. Depois de perceber que ele estava mais relaxado Laura pode, novamente, tocar sobre o assunto.

– Igor, sobre o que você tinha me perguntado sobre acreditar em fantasmas e espíritos, eu disse que sim. Agora eu lhe devolvo a pergunta: Você acredita?

Ele sentiu seu corpo se arrepiar com aquela pergunta de Laura, ela era mais inteligente do que imaginava. Igor nunca foi ligado a essas coisas, religião era um assunto que ele não gostava de discutir. A morte era o fim de tudo para ele. Fenômenos paranormais, segundo ele, eram apenas coisas que aconteciam quando as pessoas estavam totalmente atordoadas.

– Não – respondeu ele por fim – Na verdade eu não sei mais...

– Tenha cuidado – falou ela em seu tom serio, baixo e de alerta – eles acreditam em você.

Novamente se arrepiou. Ele não estava mais gostando daquele assunto, mas tinha que conversar, tinha que resolver aquilo antes que piorasse.

– Mesmo que eu acreditasse, não entendo como isso começou ou porque começou – falou ele com raiva.

– Digamos que há um espírito atrás de você, deve haver um motivo, ninguém – vivo ou morto – começa a seguir alguém ou aperrear por birra – comentou Laura tentando abrir seu campo de possibilidades.

Igor tentou imaginar o motivo que estava causando aquele transtorno, mas não conseguia imaginar o motivo. Ele não saia de casa, só saia para o colégio. Talvez o problema fosse a casa, já que os eventos sempre acontecem por lá.

– Talvez seja algo com a casa – comentou dando o primeiro palpite – todos os eventos foram na casa – disse ele animando-se e vendo um ponto de partida.

– Nem todos – falou Laura, não querendo acabar com sua alegria, mas colocando as coisas na real – você disse que a primeira vez que algo de estranho aconteceu foi no cemitério, e ele é longe da sua casa. Outra vez você ainda estava chegando em casa quando o cachorro se assustou com você por algum motivo. Somente esse último que foi mais... Real – disse ela.

Laura estava certa, a casa não explicava nada. Mais uma vez tinham voltado a estaca zero. Refletindo mais um pouco, Laura falou:

– Há quanto tempo você estava na cidade antes de entrar no colégio? – perguntou curiosa.

A pergunta não parecia ter muito significado, mas Igor respondeu mesmo assim.

– Pouco mais de uma semana – respondeu ainda pensando em alguma coisa.

– E já havia acontecido algo de estranho?

– Não. Absolutamente nada – respondeu ele bufando.

O silencio voltou a predominar novamente. Parecia que Laura tinha os pensamentos mais organizados do que Igor, e de fato. Igor estava assustado era mais difícil para ele pensar. Com a ajuda de Laura e suas perguntas, talvez fosse mais fácil de chegar ao motivo disso está acontecendo.

– A primeira coisa estranha a acontecer foi no cemitério, não foi? – perguntou ela com alguma coisa já em mente.

– Sim, uma sobra no meio do nevoeiro – disse ele.

– Você disse que entrou correndo no cemitério para pegar seu horário, não foi isso? – perguntou ela olhando para cima e colocando o dedo na boca.

– Isso mesmo – respondeu Igor curioso para que ela dissesse o que tinha em mente.

– Entrar correndo assim no cemitério... – falou ela consigo mesma, mas Igor ouviu nitidamente – Isso pode perturbar os mortos – comentou ela.

– Engraçado – falou Igor pensativo e surpreso com aquelas palavras de Laura – Já ouvi alguém me falar isso antes.


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Notas finais do capítulo

E então pessoal? Alguém já faz ideia do motivo de alguém estar perseguindo Igor? Ou será que é tudo paranoia dele?
Espero que tenham gostado e preparem-se porque o cap. 12, 13 e 14 já estão prontos!

Até a próxima :)



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