Encontro Marcado- Percabeth escrita por Carol Stypaylikhorson


Capítulo 1
Capítulo 1




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Annabeth estava falando ao celular, com o som da doce voz de Thalia ao fundo. 

-Não, você não está entendendo, Connor- ela repetia sem parar- Eu não posso ser a empresária dele. Por que? Ora, ele é um ator! Eu só vou atrás dos cantores de muito sucesso, para que brilhem cada vez mais. Hum? Não, não o traga. Eu não quero vê-lo, Connor. Não vou e pronto! Não venha com essa de "ele precisa de alguém" porque esse alguém não será eu e ponto final! Olha, eu tenho que desligar, tá? Vá no meu escritório hoje às seis em ponto. Não tolero atrasos, tenho outras coisas a fazer. Tá, tchau.

-Quem era, Anna?- Thalia estava vindo atrás da empresária. Estava sorridente, como Annabeth nunca havia visto desde que iniciaram contrato.

-Ninguém importante. Precisa de alguma coisa, Thalia?- perguntou.

-Não, obrigada. Só estou avisando que vou ali na loja de perucas comprar uma urgente.- Annabeth levantou uma sobrancelha- Não quero uma roxa ou uma vermelha. Vou pegar uma original. Por isso, tchau, tchau!- ela saiu batendo a porta com uma leveza inacreditável.

-Tem alguma coisa por trás disso tudo...- resmungou Annabeth- ela nunca sai sem mais nem menos toda sorridente. É tão gótica o tempo todo!

Annabeth olhou para o relógio, que estava marcando três horas e vinte minutos da tarde. Suspirou e saiu andando a passos largos e rápidos pelo apartamento, de um lado para o outro, conferindo se estava tudo em ordem para a entrevista. Em menos de uma hora, a equipe da rádio e da TV viria entrevistar ela e Thalia. Tudo estava um brilho e perfeito.

-Acho que dá tempo de uma passada rápida no escritório...- refletiu.

Andando cada vez mais rápido e com elegância, Annabeth chegou na cozinha e escreveu um bilhete com uma letra perfeita.

"Vou no escritório e já volto. Se por acaso acontecer alguma coisa, eu te ligo para avisar. Atenda a porta na hora que os entrevistadores chegarem, não quebre nada enquanto eu estiver fora... Brincadeira. Mas o resto é sério.

Annabeth-"

Saindo com a mesma velocidade, deixando o bilhete sobre a mesa da sala, desceu até a garagem do prédio e entrou no carro, ligando-o. Sem esperar o portão abrir por completo, saiu a toda velocidade. 

Chegou no escritório cinco minutos depois, sem diminuir a velocidade. Assim que saiu do carro, começou a andar no mesmo ritmo de antes, como uma pessoa importante deveria. 

Cumprimentando com um aceno de cabeça o pessoal que se encontrava no salão, apertou o botão para chamar o elevador e esperou. Enquanto isso, conferia suas mensagens e ligações perdidas.

24 chamadas não atendidas de Connor Stoll.

Suspirou e ia começar a chamar o número de Connor quando um barulho familiar avisando que o elevador havia chegado ao piso a fez parar. E o barulho de conversas entre pessoas que não sabiam se comportar num local de trabalho também chamou sua atenção.

Havia dois homens de costas para ela. Annabeth tentou reconhecê-los de costas, mas não os identificou. Poderiam ser novos ou não trabalhavam ali. Deu de ombros e entrou no elevador, trombando de leve no homem que, de costas, parecia o mais velho.

O homem se virou como se quisesse dar um golpe. Mas ao ver quem era, sua expressão tornou-se divertida. Annabeth congelou no lugar ao reconhecer Connor Stoll. 

-Ah, mas olha quem encontramos aqui, Percy.- disse, com certo divertimento na voz. Annabeth revirou os olhos.

O segundo homem virou-se e encarou Annabeth. Ao vê-lo, ela observou que ele era bem mais novo do que aparentava. Talvez tivessem a mesma idade, ou ele era um pouquinho mais velho que ela. 

Tinha olhos com a cor do mar. Um cheiro de água salgada inundou seu nariz quando ele estendeu a mão para ela. Os cabelos curtos castanhos que variavam conforme a luz; em uma hora castanho escuro e, em outra, castanho claro. Era um pouco mais alto que ela, nada demais. 

Ela apertou sua mão estendida com firmeza e determinação, antes de dizer:

-Uma pena que não posso ser sua empresária. - e virando-se para Connor- Não adianta nada tê-lo trazido até aqui em outro horário, Connor. Agora, não vou considerar sua ideia nem em um milhão de anos.

-Bem, uma pena, senhorita.- uma voz doce, com um tom que parecia a água batendo fracamente na areia da praia- Vamos, Connor. Não temos mais nada a fazer aqui.

Ele parecia ser uma pessoa educada, sem dúvidas. Mas havia algumas coisas a aprender. Pelo que ela sabia, Connor e Percy sempre foram amigos e agora um procurava um empresário de sucesso. Percy estava irreconhecível assim que colocou seu disfarce; uma peruca de homem com um corte curto louro, como os cabelos dela, as lentes de contato deixavam seus olhos castanhos escuros. Estava irreconhecível. 

-Espere.- Annabeth parou os dois, deixando Connor com  um sorriso triunfante. 

-O que foi, queridinha? - provocou o homem- Mudou de ideia sobre o Percy? Vai ajudá-lo? Poderá ganhar lu...

-Não, Connor, não mudei de ideia. - interrompeu-o. - Mas acho que ele merece uma chance, ele tem potencial, se não me engano.

-Como eu posso provar que sou digno de ajuda?- Percy perguntou, baixo. 

-Passe no meu escritório, no horário que eu havia determinado para o seu amigo.- Annabeth lançou um olhar de ameaça para Connor- Traga-o aqui e não se meta no meio, Connor. Verei o que posso fazer com ele.

-Não se dirija a mim como se eu fosse algo sem importância.- disparou Percy.

-Na verdade, eu ainda não sei nem se tenho algum pouco de esperança e fé em você, Jackson. 

-Acho que eu também não vou aprová-la. Não passa de uma mesquinha e ridícula empresária, Annabeth Chase. Acho que só faz sucesso porque a sua cantora é bonita, e nem isso. 

-Não seja duro com ela, Percy- havia certo temor na voz de Connor.

-Bonita? Thalia? Ela não é bonita, é linda e talentosa, seu oposto. Connor está com você por dó, por ser seu amigo. Nem bonito você é, se olhe no seu espelho, Jackson. Você não tem talento suficiente, você não tem nada para usar além de um rostinho que enlouquece as fracas.- respondeu, fria. 

-Eu não estou com ele por dó!- Connor tentou, mas não obteve atenção.

-Não diga o que não sabe, Annabeth Chase. Você irá se arrepender quando ver o sucesso que farei, subindo mais alto com outras pessoas mais capacitadas que você...

-Isso não me atinge, porque todos reconhecem que meu serviço é de qualidade. Todos sabem o quanto sou importante e o quanto sou valorizada para os famosos, como sou boa no que faço. Um sujeitinho a toa como você nunca chegará aos meus pés.

Antes que Percy pudesse responder, uma mensagem de Thalia avisando que o pessoal da entrevista havia chegado a fez despertar.

-Com licença. Não há mais nada a ser dito entre nós. - e saiu andando a passos firmes, largos e rápidos. Ligeira, como sempre.


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