Crônicas Do Olimpo - O Último Olimpiano escrita por Laís Bohrer


Capítulo 5
Revelada! A Grande profecia e versos perturbadores




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Hora da confissão: Eu estava com medo da minha profecia.

Tentem se imaginar na minha situação, parece legal, não é? Salvar o mundo tantas vezes, lutar contra monstros e tal... Mas ai chega uma hora que alguém coloca o peso do mundo nas suas costas (Oi, Atlas!...) e de um dia para o outro o destino do Olimpo e do mundo está baseado nas suas decisões. É quase parecido com quando alguém coloca uma prova final de matemática na sua frente, só que o titã do tempo não está incluído nisso, mas a sensação de que um perigo muito maior (Oi, mãe!) está por trás da prova. No meu caso o perigo é a guerra e o perigo maior é Cronos... Eu acho.

Os conselheiros seniores tinham se reunido em volta da mesa de pingue-pongue.

Não me pergunte por que, mas a sala de recreação tinha se tornado o quartel-general não oficial para conselhos de guerra. Mas quando Jake, Quiron e eu adentramos o local parecia até que alguém tinha feito uma aposta de quem-tem-mais-folego-para-gritar. 

Clarisse ainda estava vestindo a armadura completa. Sua lança elétrica estava presa em suas costas. (Na verdade sua segunda lança elétrica, já que eu tinha quebrado a primeira. Ela chamava a lança de “Mutiladora.” Mas, pelas costas, todos os outros a chamavam de “Muito Amadora.”) Ela tinha um elmo em forma de javali debaixo de seu braço e uma faca em seu cinto. 

Mas agora você me pergunta: Porque tem dois filhos de Ares no conselho? Bem, um dia Clarisse estava zoando Jake que ele não a venceria nunca em um duelo e eles apostaram o cargo, eu fui a cronometrista junto com Chris, o namorado de Clarisse (Irônico, não? Os namorados dos lutadores... Entenderam? Ah, deixa pra lá.) e como ficamos naquilo desde meio dia até o anoitecer (eles tem muita fúria mesmo...) as harpias chegariam cedo ou tarde, perdemos o jantar no final decidimos que ambos poderiam ser parceiros nisso... Filhos de Ares levam apostas desse tipo muito a sério, eles nunca aceitariam um empate. Mas não tinham outra opção.

De qualquer jeito, ela estava no meio de uma gritaria com Michael Yew, o novo conselheiro de Apolo, o que parecia meio engraçado já que Clarisse é quase trinta centímetros mais alta.

Michael tinha assumido o chalé de Apolo depois de Lee Fletcher ter morrido na batalha verão passado. Michael erguia-se em seu 1,37 metro, com mais meio metro de atitude. Ele me lembrava uma doninha, com nariz pontudo e feições contraídas – provavelmente porque ele franzia muito a testa ou porque passava muito tempo olhando para uma flecha.

– Era a nossa pilhagem! – ele gritava, ficando na ponta dos pés para que pudesse encarar Clarisse. – Se não gosta, pode encarar minhas flechas!

Ao redor da mesa, pessoas estavam tentando não rir – os irmãos Stoll, Pólux, do chalé de Dionísio, Katie Gardner, de Deméter. Charles Beckendorf de Hefesto e até mesmo Malcolm do chalé de Atena abrira um pequeno sorriso. Mas Drew do chalé de Afrodite permanecia séria revirando os olhos.

Eu bati na mesa com toda a força.

- CALEM A BOCA! - berrei, todos me olharam um pouco surpreendidos e meio assustados, eu não sou de dar chiliques. - Não acredito que estão discutido algo tão estúpido como pilhagem quando estamos chegando ao inicio de uma guerra contra um titã. O que deu em vocês!?

Clarisse me lançou um olhar ameaçador.

– Diga ao Michael para não ser um idiota egoísta.

– Oh, isso é perfeito, vindo de você... – disse Michael.

– Do que vocês estão falando? – eu perguntei.

Pólux pigarreou.

– Clarrise tem se recusado a falar com qualquer um de nós até que seu, hum, problema seja resolvido. Ela não fala nada há quatro dias.

– Meus últimos quatro dias tem sido bem tranquilos. - disse Travis Stoll abrindo um sorriso despreocupado.

- O que Hades está acontecendo? - perguntei cruzando os braços.

Clarisse se virou para Quíron.

– Você está no comando, certo? O meu chalé vai ter o que deseja ou não?

Jake suspirou.

- Não acredito que ainda insiste nessa idiotice... Clarisse, sabe nossa situação, não é?

Ela o fuzilou com o olhar, mas Jake nem ao menos se encolheu, ele parecia ser um dos poucos que respeitavam Clarisse como superiora. 

Não é idiotice. - insistiu. - Quiron... Como vai ser?

– Minha querida, como eu já expliquei, Michael está certo.O chalé de Apolo tem mais argumentos. Além disso, nós temos problemas mais importantes...

– Claro – Clarisse rebateu. – Sempre há problemas mais importantes do que o que Ares precisa. Nós só devemos aparecer e lutar quando vocês precisarem de nós, e sem reclamarmos!

– Seria bacana... – murmurou Connor Stoll inocentemente.

Clarisse pegou sua faca.

– Talvez eu devesse perguntar ao Sr D...

– Como você sabe – Quíron interrompendo, seu tom ligeiramente zangado agora – nosso diretor, Dionísio, está atarefado com a guerra. Ele não pode ser chateado com isso.

– Entendo – disse Clarisse. – E os conselheiros seniores? Algum de vocês está do meu lado?

Ninguém estava sorrindo agora. Nenhum deles encontrou o olhar de Clarisse.

– Ótimo. 

Clarisse atirou sua faca em cima da mesa de pingue-pongue.

– Todos vocês podem lutar essa guerra sem Ares. Até eu que minha vontade seja feita, ninguém do meu chalé vai erguer um dedo para ajudar. Jake, vamos embora...

(E não se junte com essa gentalha... Foi mal... Não resisti.)

Jake revirou os olhos.

- Eu não sou tão imaturo, Clarisse, para desistir de algo tão sério desse jeito por algo tão idiota. - disse ele. 

Ela o olhou para se quisesse testar a ponta de sua lança na garganta do irmão.

- Perfeito, então que você e seus amiguinhos ai divirtam-se morrendo.

Os conselheiros estavam chocados demais para dizer qualquer coisa enquanto Clarisse saía da sala como uma tempestade.

Finalmente Michael Yew disse:

– Que alívio...

– Você está brincando? – Protestou Katie Gardner. – Isso é um desastre!

– Ela não pode estar falando sério – disse Travis. – Pode?

Quíron assentiu.

– Seu orgulho foi ferido. Ela vai se acalmar eventualmente.

Jake deu uma risada irônica e curta, mas não disse nada. Apenas olhou para mim e deu um meio sorriso formando uma mensagem com os lábios: "Depois eu explico."

Eu assenti.

– Agora – Quíron continuou, – se vocês puderem conselheiros. Megan trouxe algo que eu acho que todos devem escutar. Megan... a Grande Profecia.

Jake me entregou o pergaminho. Era velho e ressecado, meus dedos se atrapalharam com o cordão. Ele colocou a mão no meu ombro como se tivesse medo de que eu fosse sugada pelo pergaminho velho. 

Desenrolei o papel, tentando não rasgá-lo, e comecei a ler:

Um meio-sangue, criança dos meses antigos...

Deuses. - disse Jake.

- O que? - perguntei.

- É "deuses" e não "meses".

Ser disléxico é uma marca de um meio-sangue, mas às vezes eu realmente odiava isso. Quanto mais nervoso eu fico, pior minha leitura é.

- Ah, certo... - limpei a garganta. - Um meio-sangue, criança dos deuses antigos, aos dezesseis chegará apesar de empecilhos...

Hesitei, fitando as linhas seguintes. Uma sensação de frio chegou em meus dedos, como se o papel estivesse congelando...

Em um sono eterno o mundo irá cair,  no coração da criança o ódio virar a se fundir...

Lembrei do meu encontro com Cronos no cruzeiro de monstros, nossa conversa sobre eu precisar de ódio e raiva para o derrotar.

- Uma escolha seus dias virá a encerrar. - engoli seco. - Morrer ou confiar, a alma sacrificada a lâmina maldita ceifará...

De repente contracorrente pareceu mais pesada no meu bolso. Uma lâmina amaldiçoada? Quíron uma vez me disse que Contracorrente tinha trazido tristeza a muitas pessoas. Seria possível que minha própria espada me mataria? E como o mundo entraria em um sono sem fim, a menos que isso significasse morte?

- Megan... - Quiron me despertou. - Continue.

Hesitei.

O olimpo pre... preservar ou arrasar.

A sala estava silenciosa. Finalmente Connor Stoll disse:

– Arrasar é bom, não é?

Aqui não é no sentido de fazer sucesso - comentou Jake. - Arrasar significa destruirEliminar.  Aniquilar. Transformar em pó.

- Já entendemos... - eu o interrompi. - Obrigada, Jake.

Meu coração parecia de chumbo. Todos estavam olhando para mim – com preocupação, ou pena, ou talvez um pouco de medo.

Quíron fechou os olhos como se estivesse fazendo uma oração. Em forma de cavalo, sua cabeça quase tocava as luzes da sala de recreação.

Jake me olhava mais com preocupação, acho que muito ali acreditavam que eu poderia ser uma arma de destruição, até eu acreditava nisso. Menos ele.

- Entende, Megan? - perguntou Quiron, - o porquê de termos achado que seria melhor não te contar a profecia completa? Você tinha peso o suficiente em seus ombros...

- E sem eu saber que eu ira morrer no fim? - acrescentei. - Sim, eu entendi.

Quíron me olhou tristemente. O cara tinha trezentos anos de idade. Ele tinha visto centenas de heróis morrerem. Ele podia não gostar disso, mas estava acostumado. Ele provavelmente sabia melhor do que eu, ao tentar me tranquilizar.

- Megan... - Jake chamou minha intenção. - Você sabe que as profecias sempre têm um duplo significado. Pode não significar literalmente a sua morte.

- Claro! - eu disso irônica. - "Uma escolha seus dias virá a encerrar." Isso pode significar um bocado de coisas, não é?! Me dê um exemplo, Jake!

Ele me olhou fixamente, mas não me deu nenhuma resposta. 

– Talvez nós possamos impedir – ofereceu Malcolm. – E alma do herói, a lâmina maldita ceifará. Talvez nós possamos achar essa lâmina amaldiçoada e destruí-la. Soa como a foice de Cronos, certo?

Eu não tinha pensado nisso, mas não importava se a lâmina amaldiçoada era Contracorrente ou a foice de Cronos. De qualquer forma, eu duvidava que pudéssemos parar a profecia. Uma lâmina estava destinada a ceifar minha alma.

Como regra geral, eu preferia não ter minha alma ceifada.

- Não se pode lutar contra uma profecia... - eu murmurei.

– Talvez nós devêssemos deixar Megan pensar sobre esses versos – disse Quíron. – Ela precisa de tempo...

- Cronos não precisa de tempo para aniquilar um exército de semideuses. - interrompi,  Eu dobrei a profecia e a enfiei em meu bolso. Eu me senti desafiada e com raiva, apesar de não saber de quem eu estava com raiva. - Se eu morrer, eu morro. Eu não posso me preocupar com isso, certo? "a alma sacrificada" pode ser uma boa causa...

Jake olhava para as próprias mãos fechadas em punhos na mesa. Eu me senti mal por ele, eu não queria morrer. Mas não tinha jeito... 

– Nós temos outros problemas. Nós temos um espião entre nós.

Michael Yew fez uma carranca.

– Um espião?

Eu contei a eles o que tinha acontecido no Princesa Andrômeda – como Cronos sabia de antemão que viríamos, como ele tinha me mostrado o pingente de prata em forma de foice que ele usava para se comunicar com alguém no campo.

– Bem – disse Connor Stoll desconfortavelmente, – nós suspeitávamos que tivesse um espião há anos, certo? Alguém continuou a passar informação para Luke... Como a localização do Velocino de Ouro a dois anos atrás. Deve ser alguém que o conhecia bem.

- Poderia ser Ben... - disse Katie. - Mas não... Ele não parecia o tipo de cara que faria isso e sempre suspeitava de Luke, mas era o único que o conhecia bem...

- Então o próximo da lista é... - começou Beckendorf.

Katie Gardner encarou os irmãos Stoll. Ela desgostava deles desde que eles decoraram o telhado de grama de Demeter com coelhinhos da páscoa de chocolate. 

– Octavian, ele me parece bem suspeito, mas é obcecado pela "vontade dos deuses"... Que tal um dos irmãos de Luke?

Travis e Connor começaram a discutir com ela.

- Querem parar?! - gritei alterada, - Benjamin está morto, e vocês estão agindo feito crianças... 

Eles apareceram envergonhados. Jake permanecia quieto, distante de todos.

– Ela está certa – disse Pólux finalmente. – Acusar um ao outro não ajuda. Nós precisamos manter os olhos abertos para um colar com pingente de foice. Se Cronos tinha um, o espião provavelmente tem também.

Michael Yew grunhiu.

– Nós temos que achar esse espião antes de planejarmos nossa próxima operação. Explodir o Princesa Andrômeda não irá detê-lo para sempre.

– De fato, não – disse Quíron. – Seu próximo ataque já está vindo.

Eu franzi minhas sobrancelhas.

– Você quer dizer a “ameaça maior” que Poseidon mencionou?

Ele e Jake trocaram um olhar, como se dissessem Está na hora. Eu já mencionei que odeio quando eles fazem isso?

– Megan – disse Quíron, – nós não queríamos lhe dizer até você voltar para o acampamento. Era uma missão estressante... Mas...

– Me contem o que aconteceu – eu disse.

Quíron pegou um cálice de bronze da mesa de lanches.

Ele jogou água dentro do prato quente onde geralmente derretíamos queijo nacho. Vapor subiu, fazendo um arco-íris de cores fluorescentes. Quíron tirou um dracma de ouro de sua sacola, o jogou na névoa, e murmurou:

– Ó Íris, Deusa do Arco Íris, mostre-nos a ameaça.

A névoa estremeceu. Eu vi a imagem familiar de um vulcão oculto – o monte St. Helena. Enquanto eu olhava, o lado da montanha explodiu. Fogo, cinza, e lava saíram. Uma voz de repórter dizia: “ainda maior do que a erupção do ano passado, e os geólogos avisam que a montanha pode não ter se aplacado.

- Santo Poseidon...  - murmurei.

O gigante era maior do que qualquer outra coisa que eu já havia encontrado. Mesmo meus olhos de semideusa não podiam ver sua forma exata através das cinzas e do fogo, mas ele era vagamente humanoide e tão grande que podia ter usado o Edifício Chrysler como bastão de baseball. A montanha tremeu com um som horrível, como se o monstro estivesse rindo.

– É ele – eu disse. – Tifão.

Eu estava esperando seriamente que Quíron fosse dizer alguma coisa boa, tipo Não, aquele é o nosso amigo gigante Leroy! Ele irá nos ajudar! Mas estava sem sorte. Ele simplesmente assentiu.

– O monstro mais horrível de todos, a maior ameaça que os deuses já enfrentaram. Ele se libertou de debaixo da montanha enfim. Mas essa cena é de dois dias atrás. Isso é o que está acontecendo hoje.

Quíron balançou sua mão e a imagem mudou. Eu vi um monte de nuvens de tempestade passando através das planícies do meio-oeste. Raios tremeluziam. Linhas de tornados destruíam tudo em seu caminho – arrancando casas e trailers, arremessando carros como se fossem de brinquedo.

“Inundações monumentais,” um locutor estava dizendo. “Cinco estados declararam áreas de risco enquanto a tempestade anormal continua indo para o leste, continuando seu caminho de destruição.”

As câmeras deram zoom em uma coluna de tempestade arrasando alguma cidade no Meio-Oeste. Eu não podia dizer qual era. Dentro da tempestade eu podia ver o gigante – apenas relances de sua forma verdadeira: um braço esfumaçado, uma mão escura do tamanho de um bairro da cidade. Seu rosnado zangado passou pelas planícies como uma explosão nuclear.

Outras formas menores se lançavam através das nuvens, circulando o monstro. Eu vi flashes de luz, e eu percebi que o gigante estava tentando afastá-los. Eu estreitei os olhos e pensei ter visto uma biga dourada voando para dentro da escuridão. Então algum tipo de ave enorme – uma coruja monstruosa – mergulhou para atacar o gigante.

– Os deuses? – eu disse.

– Sim, Megan – disse Quíron. – Eles estiveram lutando contra ele faz dias, tentando diminuir seu ritmo. Mas Tifão continua seguindo em frente - em direção a Nova York. Em direção ao Olimpo.

Eu deixei minha mente pensar.

– Quanto tempo até que ele chegue aqui?

– A menos que os deuses o impeçam? Talvez cinco dias. A maior parte dos olimpianos está lá... exceto seu pai, que tem uma guerra própria para lutar.

– Mas então quem está guardando o Olimpo?

Connor Stoll sacudiu a cabeça.

– Se Tifão chegar a Nova York, não importará quem está guardando o Olimpo.

Eu pensei sobre as palavras de Cronos no navio: Eu adoraria ver o terror em seus olhos quando você perceber como eu vou destruir o Olimpo.

Era disso que ele estava falando: Um ataque de Tifão? Com certeza era aterrorizante o suficiente. Mas Cronos estava sempre nos enganando, guiando nossa atenção para o lugar errado. Isso parecia ser óbvio demais para ele. E em meu sonho, o titã dourado tinha falado sobre vários outros desafios que estavam vindo, como se Tifão fosse apenas o primeiro.

- Não... - murmurei. - Alguma outra coisa vai acontecer. Tenho certeza...

Quíron me olhou gravemente.

– Alguma coisa pior do que Tifão? Eu espero que não.

– Quiron, eu o respeito muito como mestre, mas acho melhor esperarmos de tudo vindo de Cronos. – eu insisti. – Ele tem outro ataque planejado.

Todos estavam olhando para mim. Eles queriam algumas boas notícias. Eles queriam acreditar que pelo menos eu tinha dado a eles alguma esperança.

Eu olhei para Jake. Eu podia dizer que estávamos pensando a mesma coisa: E se oPrincesa Andrômeda fora um truque? E se Cronos tinha nos deixado afundar o navio para que baixássemos nossa guarda? Ele poderia ter facilmente me matado... Mas porque não o fez?

– Ele tinha – Travis Stoll me lembrou. – Mas você afundou o navio dele.

– Talvez você esteja certo – eu disse, apesar de não acreditar naquilo. Mas seria melhor se eu não trouxesse mais más notícias depois de Benjamin... Isso iria ser um caos.

Eu tentei imaginar como as coisas podiam piorar mais. Os deuses estavam no Meio-Oeste lutando contra um monstro gigante que quase os derrotara uma vez antes. Poseidon estava debaixo d’água e perdendo uma guerra contra o titã do mar Oceano. Cronos ainda estava por aí. O Olimpo estava praticamente desprotegido. Os semideuses do Acampamento Meio-Sangue estavam por conta própria, e com um espião entre nós.

Oh, e de acordo com uma profecia antiga, eu iria morrer quando eu fizesse dezesseis anos – o que aconteceria em cinco dias, o tempo exato que Tifão deveria chegar à Nova York. Quase tinha me esquecido disso.

– Bem – disse Quíron, – eu acho que foi o suficiente por uma noite.

Ele acenou com a mão e o vapor desapareceu. A batalha tempestuosa entre Tifão e os deuses desapareceu.

– Para traumatizar... – murmurei.

E a reunião de guerra foi suspensa.


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