A Vida (caótica) De Uma Adolescente Em Crise. escrita por Helena


Capítulo 7
Capítulo 7: The school. Nervous?Pffff... Yes!


Notas iniciais do capítulo

Hii, bom, eu não consegui espera e aqui estou eu de novo! Ninguém comentou, mais okay! Minha cabeça está cheia de ideias e me recuso a deixa-las se dissiparem no ar!
É bom que, amanhã pelo menos, alguém tenha comentado!
Enjoy it



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P.O.V Laila.

Raios tímidos de sol inundavam o quarto quando fui acordada por Carly "delicadamente".

- ACORDA LAILA! VAMOS NOS ATRASAR CARAMBA! - gritou ela enquanto sacudia-me pelos ombros feito louca. Acordei, obviamente, assustada olhando para os lados depressa, tanto que ouvi um estalo forte no pescoço e gemi de dor.

- O quê? Que foi? Que aconteceu? Que desespero é esse? - perguntava eu enquanto massageava o lado esquerdo do meu pescoço e me sentava na cama.

- Já está na hora de acordar, foi isso que houve! - falou Carly cruzando os braços parada em pé, de fronte a minha cama.

- Vai me dizer que me acordou assim, aos berros, por que é hora de levantar? - perguntei lentamente enquanto juntava forças para mata-la. Carly assentiu. - SUA LOUCA! - gritei jogando um travesseiro em sua cara e subindo na cama, ficando mais alta do que ela. - VOCÊ ME ACORDA DESESPERADA! EU ACHANDO QUE PODIA SER UM INCÊNDIO OU COISA ASSIM, E ERA SÓ POR QUE ESTÁ NA HORA DE ACORDAR? FICOU LOUCA? BEBEU GASOLINA OU COISA DO TIPO? - perguntei ainda gritando enquanto a batia com a primeira coisa que me ocorreu, o que, para sua sorte, era meu travesseiro no chão.

Ela tentava se defender com as mãos, mas a minha ira de ser acordada cedo era mais forte até que o Thor. Acredite, não estou exagerando!

- Laila...Calma...Para...Sua...LAILA! - gritou ela fazendo-me parar. Respirei fundo enquanto observava Carly respirar ofegante por trás da cortina de cabelos embolados que caíam sobre seu rosto.

- Okay, estou mais calma. - disse tranquila respirando fundo mais uma vez. Carly abriu uma passagem no meio dos cabelos e me encarava totalmente surpresa e indignada. Acho que ela não esperava essa minha mudança volátil de humor assim, tão rápido.

Joguei o travesseiro na cama atrás de mim e sorri, o que realmente assustou minha prima.

-´Vou tomar um banho. - anunciei. Carly, ainda em transe com cara de pavor, assentiu rapidamente com a cabeça sem falar nada.

Passei por ela e caminhei até o corredor. Eu sei o que deve estar pensando. Nossa! Que garota bipolar! Pois é, estão certos!

Depois de um banho matinal revigorante, saí do banheiro enrolada na toalha. Voltei para o quarto, passando por Carly, que agora seguia para o banheiro e  que me examinou com seu olhar em mescla de medo e de curiosidade.

Fui trocar de roupa. Optei por minhas inseparáveis calças rasgadas, uma camiseta preta de mangas curtas do Aerosmith e um all star de cano alto preto. Ia colocando a jaqueta de couro preta por cima quando Carly adentrou pela porta do quarto. Ela examinou-me dos pés a cabeça, com uma olhar avaliativo tomando conta das feições, e sorriu.

- Vai me emprestar essa camiseta querendo ou não! - disse sorrindo e me fazendo acompanha-la.

- Claro, mas não hoje!

Esperei minha prima se vestir, enfiando uma calça jeans escura pelas pernas e uma camiseta de mangas longas com um leve decote pela cabeça, e colocar o all star preto, que custei minha coluna para pegá-lo embaixo da cama da garota, e só então descemos as escadas indo em direção a cozinha, mas fazendo um breve parada na sala para jogar as mochilas em cima do sofá.

Entramos na cozinha encontrando minha tia Elizabeth com seu hobby azul servindo café em uma ´caneca bege e Derick sentado em uma cadeira , de frente para a mãe, mexendo no celular enquanto comia sua torrada em etapas.

Tia Lizy nos recebeu com um belíssimo sorriso de bom-dia, enquanto se acomodava em um cadeira e bebericava o café em sua caneca.

- Bom dia garotas! - disse ela feliz enquanto nos servíamos de torradas, cereal, alguns ovos com bacon e suco de laranja. Inclinei-me ,depositando um beijo em sua bochecha e sorri.

- Bom dia. - dissemos Carly e eu juntas, que também se inclinou e beijou o rosto da mãe, que também sorriu para a filha. A garota deu tapa na nuca do irmão, que gemeu de dor massageando o cocorocó da cabeça onde a irmã o havia batido. - E bom dia para você também, bobão! - disse ela sorrindo.

- Bom dia, sua chata! - disse ele. A garota o deu a língua, enquanto se sentava na cadeira à seu lado e lascava uma mordida em sua torrada.

Fiz o mesmo, e beberiquei meu copo com suco de laranja. Olhei ao redor e franzi o cenho.

- Cadê o tio Bob? - perguntei antes de tomar um gole um pouco maior, encarando minha tia por cima do copo.

- Você sabe. Seu tio dorme demais. É difícil de acordá-lo. - respondeu ela rindo um pouco do próprio comentário, o que me fez dar de ombros e voltar a atenção ao café-da-manhã.

- Ah, falando nisso mãe, da próxima vez, vê se você acorda a Laila, tá? - falou Carly fazendo-me rir e quase engasgar com o suco.

- Por que? - perguntou tia Elizabeth.

- Porque ela é louca, oras! Quase que me matou! - exclamou Carly com voz esganiçada, me fazendo rir mais.

- Então aquela gritaria eram vocês duas? - perguntou Derick erguendo uma das sobrancelhas. Carly assentiu e ele me encarou rindo. - Cara, achei que estava grogue de sono e tinha imaginado coisas!

Rimos com isso.

- Okay crianças. Já esta quase na hora de irem. Terminem logo isso. - disse minha tia se colocando em pé e mexendo vagamente no cabelo ruivo.

- Mãe/tia! Não chame a gente de criança! - gememos em uníssom a fazendo arregalar os olhos e rir, o que também nos fez rir.

Ela se retirou murmurando algo do tipo " Essas crianças!" o que fez Carly grunhir.

Terminamos o café em poucos minutos, nos despedimos dos outros na casa gritando um "Tchau" em unissom da escada, mas é claro, minha tia sendo minha tia, desceu as escadas correndo e me encheu de beijos nas duas faces e começou a falar coisas do tipo que os pais sempre falam para você no primeiro dia de aula que é " Seja você mesmo", " Se cuide." , "Faça amigos.", " Não arrume brigas" e etc.

Depois de uns dez minutos, Carly e Derick convenceram a mãe ( não vi o tio Bob naquela manhã) de nos deixarem ir logo.

Depois de mais cinco minutos foi que conseguimos sair de casa, sendo surpreendidos por uma rajada de vento gelado que fez meus cabelos esvoaçarem para trás enquanto andávamos pela calçada.

Carly, que agora vestia um moletom estilo Gap azul escuro, foi me contando sobre tudo o que eu precisava saber sobre nossa escola, Abraham Lincoln High School.

Quando já estávamos, segundo Derick, à um quarteirão da escola, o nervosismo atingiu-me como uma bomba nuclear contida dentro de mim e pronta a explodir. Realmente entrar na escola na metade de março não era legal, principalmente se você entra no segundo ano do ensino médio, onde , provavelmente, todos já se conhecem a tempos e você é uma estranha qualquer.

Observei as folhas alaranjadas farfalharem sobre o asfalto com o vento que nos acompanhou o caminho todo. Tentei me empenhar ao máximo em jogar para longe aquele incomodo nervosismo, mas ele parecia ter tentáculos e se recusava a me deixar.

Senti uma enorme vontade de correr e me esconder quando Carly apontou alguns metros à frente dizendo que havíamos chegado.

Olhei tímida na direção em que apontava. Era um prédio grande e extenso e fechava a rua seguinte. Não haviam portões. Havia apenas uma escadinha com uns cinco degraus na frente que ligavam a rua asfaltada às portas pintadas de preto feitas de um material que não pude identificar com dois retângulos de vidro na altura dos olhos de qualquer pessoa. Na frente da escola, sentados nos degraus e na área gramada ao lado da rua de asfalto, se encontravam- se grupos pequenos de que formavam uma dezena de estudantes falando entre si de assuntos alheios.

As folhas farfalharam fazendo redemoinhos no chão à minha frente e dos meus primos. Derick suspirou e caminhou na frente, deixando Carly e eu para trás.

- Nervosa com o primeiro dia? - perguntou minha prima sem me olhar.

- Nervosa? Pfffff!!!!! - menti fazendo uma careta e um gesto de desdém com a mão.

- Laila...

- Okay, muito. - admiti sorrindo nervosa para ela, que riu abertamente. Um sinal soou e alguns resmungaram enquanto se encaminhavam para o prédio de tijolinhos vermelhos e janelas altas e largas e que na frente, bem no topo do prédio, carregava uma placa de bronze com  o nome do colégio entalhado.

- Vamos? - perguntou minha prima. Suspirei encarando-a e depois a escola. Assenti e juntas seguimos o fluxo de pessoas até a entrada.

Demos em um corredor largo, com piso cinza e fileiras de armários vermelhos aos lados. Não tive tempo de admirar pois as pessoas empurravam querendo passagem.

Ela me puxou pelo corredor , fazendo uma curva à direita, dando em um corredor semelhante, porém, este tinha o fim em uma porta de carvalho com o retângulo de vidro cobrindo-a até a metade e uma plaquinha com os dizeres " Secretaria e Direção" no meio.

Ela me puxou até lá, batendo no vidro de leve e, ao ouvir uma mulher dizer um monótono "Entre" girou a maçaneta de bronze e entramos.

Uma mulher branquinha, sentada atrás de uma escrivaninha de madeira com os pés entalhados, com cabelos pretos presos em um coque alto, com óculos de armação grossa e preta, com uma camisa de ceda florida até quase os pulsos cheia de babados e uma saia de cintura alta na cor salmão ( mesma cor das flores intercaladas de azul na camisa) ergueu os olhos de suas anotações para nós.

A sala em que nos encontrávamos tinha, além dessa mesa, duas cadeiras acolchoadas e pretas de fronte a mesma e um vaso branco com uma planta qualquer ao lado. No canto direito mais ao fundo,havia uma porta, semelhante a outra por onde acabamos de entrar com a mesma plaquinha, mas, está com apenas uma palavra: " Diretoria".

- Em que posso ajudar? - perguntou a mulher tediosamente cruzando as mãos sobre a mesa atolada de pilhas muito bem organizadas de papel de varias cores.

- Bom dia senhora Manson. - começou Carly polidamente. - Minha prima foi transferida e...

- É a senhorita Laila Madelaine Wigon? - interrompeu-a  a mulher ajeitando os óculos no rosto, avaliando alguns papéis e me fitando por fim.

- Sim.

- Ótimo, seu tio entrou em contato conosco para falar dos papéis da transferência. - dizia com um tom monótono e calculista alinhando uma pilha menorzinha de papéis brancos, primeiro na horizontal, depois na vertical. - Aqui estão. - e os estendeu para mim, que os apanhei e avaliei o primeiro. Era o menor de todos e continha uma pequena tabela na direita, com o nome das aulas, no centro, com o número das salas e na esquerda, com o nome dos professores.

Olhei do papel ne minha mão para a Sra. Manson, que já voltara a se concentrar em sabe lá Deus o que.

- Obrigada. - agradeci antes de girar nos calcanhares em direção a porta junto com Carly.

- Não há de que. - respondeu sem nos olhar, novamente, com o tédio expresso em suas palavras.

Assim que nos afastamos da porta o suficiente, Carly soltou o ar que estava preso em seus pulmões.

- Eu hein, que mulher mais morta! - falou ela me fazendo sorrir enquanto passávamos pelos armários onde muitos jovens se escoravam para conversar com amigos, com namoradas ou apenas recolhiam o material.

- É, ela nem de longe se parece com a Sra Tripp. - comentei avaliando os papéis. - O que significa fileira B, número 13? - perguntei depois de ler isso no segundo papel.

- Creio que seja onde fica seu armário. - falou ela rindo. - E é por ali. - apontou para o corredor que se seguia à nossa frente.

Paramos de fronte ao armário vermelho com os números 1 e 3 gravados de preto, um ao lado do outro, acima de um cadeadinho, também preto. A sequencia de números estava gravada no rodapé da página.

O armário não era tão grande, mas quebrava bem o galho. Tinha duas prateleiras. Uma na altura dos meus olhos e outro mais abaixo. Uma coisa que me lembrava um cabideiro pequeno estava abaixo da prateleira mais alta.

 - Bom, ainda não tenho livros para guardar ai então... - disse o fechando. Carly sorriu, mais desviou a atenção para algo atrás de mim. Ela sorriu amarelo e acenou. - Que foi? - perguntei. Virei-me a tempo de ver uma figura loira marchando a passos decisivos em nossa direção.

A garota caminhava até elas com uma cara nada feliz encarando Carly, estreitando os olhos azul-escuro e com o cabelo loiro claro e comprido, com cachos largos que desciam em perfeita harmonia até abaixo de seus ombros.

Usava um all star surrado, calça jeans skinny, uma camisa regata preta sem estampa por baixo de um suéter vermelho.

Ela parecia furiosa dando passos largos enquanto segurava uma alça da mochila deixando a outra pendendo.

Quando se aproximou o suficiente, cruzou os braços e cerrou o maxilar.

- Carly... - começou com voz ameaçadoramente calma que deu medo até em mim.

- Oi Cloe, minha amiga linda do coração que eu amo demais! - disse ela abrindo os braços para abraçar a loira irritada, o que me fez rir. - Como está?

- Como estou? - disse Cloe em tom desafiador. - Sua vadia! Eu fiquei te procurando pela escola toda! Onde diabos você se meteu? - exclamou ela, não alto o suficiente para que todos ao redor ouvissem, mas só para que nós três ali escutássemos.

Apertei meus lábios com a mão, a fim de segurar uma evidente gargalhada. Amigas tendo DR em público. Como sentia falta disso!

- Ai, para de ser dramática, okay? - disse Carly revirando os olhos. - Estava mostrando a escola para a minha prima!

Cloe aquietou-se e se virou para mim, visivelmente encabulada.

- Ah, oi! Desculpe por isso. - disse ela fazendo um gesto de desdém com a mão, porém adquirindo um certo rubor nas bochechas. Ela estendeu a mão direita. - Sou Cloe Aster, amiga da pateta da sua prima! - disse rindo. Ri enquanto apertava sua mão e sacudia de leve.

- Sou Laila Wigon, bom, não preciso dizer que sou prima dela aqui, né? - perguntei rindo e apontando para Carly , que também ria.

Ao fundo, um sinal tocou alto alertando à todos o início da primeira aula.

- Que droga! Nem encontramos as outras meninas. - falou Cloe. - Viu a Aly em algum lugar? - perguntou à Carly , que negou.

- Com quem é sua primeira aula Laila? - perguntou Carly.

- Deixa eu ver... - nós três nos curvamos sobre o papel. - Biologia na sala 4 com o professor Tanner. - disse lendo em voz alta.

- Ui, ele é um gato! - falou Cloe rindo maliciosa, o que fez as três rir.- Mas, infelizmente, não é a , mesma que nós. - disse ficando séria. - Temos história agora, né Carly? - e Carly assentiu, o que fez a pouca segurança que havia se juntado dentro de mim nesses últimos momentos murchar.

- É, mais é a aula da Aly! - falou Carly. - Alyson Wood, nossa amiga. Morena ,cabelos escuros e lisos até os ombros e olhos azuis. Ela é legal. - explicou-me ela.

- Okay, temos que ir. - disse Cloe puxando à mim e a Carly pelo corredor quase vazio.

Rumamos para o fim do mesmo corredor onde estava meu armário. Ali havia dois lances de escada que nos levou até o segundo andar, outro corredor largo , com o mesmo piso do de baixo mas este sem armários. Apenas com portas de ambos os lados. Portas estas semelhantes a da diretoria , só que ao invés de palavras nas plaquinhas, haviam números.

Logo identifiquei a porta de número 4 e me separei das meninas, que rumaram e entram na porta mais adiante, de número 7. Agora era só criar coragem para encontrar a tal Alyson para não acabar sozinha o resto da aula.


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Notas finais do capítulo

Uiii, longo esse capítulo, né? Façam suas apostas! Quem vocês acham que era o cara maluco do skate? Me respondam hein! Quem ai também acha a Laila super bipolar e maluca?
Bye



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