A Vida (caótica) De Uma Adolescente Em Crise. escrita por Helena


Capítulo 43
Capítulo 43: A grande não tão grande novidade.


Notas iniciais do capítulo

Bom, er, oi. Antes de mais nada, abaixem as armas, objetos cortantes e quaisquer coisa que possa me ferir porque tive lá meus motivos de sumir (rimou o/)!!!
Tá, tá. Mil e infinitas mais desculpas a TODOS VOCÊS, pestes amadas que me acompanham desde o início! Perdão pelo hiatus de, hãn, 47 dias. Sério, desculpa gente! Aconteceu TANTA coisa que não caberiam em palavras aqui. Na boa, ficaria mais que meu capítulo de desculpas que chamarei carinhosamente de "sou uma trouxa, não abandonem a fic". Espero, de verdade e com esperanças, de que vocês não tenham me deixado e que sinceramente me perdoem!
Sem mais enrolação, Helena. Eles estão esperando há muito, muito, muito, muito, muito, muito, muito tempo!

APROVEITEM AE SÁBAÇA!



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Seu cérebro já congelou devido uma notícia em uma hora totalmente inesperada?

Então, se a resposta for sim, por favor ensine Laila à lidar com isso como uma pessoa normal. O pulo que a garota deu na cadeira quase fez o professor cair sentado no chão.

– Senhorita Wigon, está tudo bem? - perguntou o professor de Literatura quase com medo.

Laila nem teve palavras, pois pela porta irrompeu a coordenadora, senhora Menphis. Ela encarou Laila meio boquiaberta e era evidente que correu até sua sala, pois os fios soltos do cabelo denunciavam isso.

– Senhorita Wigon, devo pedir que venha comigo – disse a mulher.

A garota atirou as coisas na bolsa e deixou a sala tão depressa que sentiu que esquecera alguma coisa para trás, mas realmente não se importava. Não com o coração ameaçando saltar de si a qualquer instante.

Chegou ao corredor vendo a prima e Cloe paradas sorridentes ao lado da Sra. Menphis, que abriu um sorriso mínimo. Ela olhou sobre os ombros para as duas outras adolescentes e riu de leve.

– Creio que já está ciente da notícia vim lhe dar. – disse - Pois bem. Aqui está sua dispensa, senhorita. Boa sorte.

A mulher ergueu a mão e Laila tomou o papel retangular que ela segurava. Ambas sorriram minimamente antes da coordenadora ir por um lado do corredor enquanto Laila, Cloe e Carly corriam para o outro, em direção a saída. Atravessaram os corredores vazios ouvindo nada mais que seus passos ecoando pelo ambiente até saírem pela porta principal da escola. Estavam ofegantes, e Laila desconfiava que não era só pela corrida. Ansiedade e mais ansiedade martelava tanta em seu peito que ela considerou veemente a hipótese de desmaiar. Mas não podia, de jeito nenhum. Não num momento decisivo como esse.

Laila mal viu quando Cloe passou a sua frente para entrar em seu carro. Seus movimentos estavam tão automáticos, sua mente estava tão longe em um leito de hospital, que tudo acontecia em flashs.

Logo estavam a caminho do hospital e, antes mesmo que Laila pudesse recuperar o fôlego, chegaram. As três saltaram e alcançaram o hall do hospital em dois pulos.

– Robert Wigon – Carly disse com dificuldade, enquanto empurrava o máximo de oxigênio para seus pulmões.

A recepcionista, a mesma que Carly assustou uma vez com seus gritos de desespero, a mirou por meio segundo antes de digitar algo no teclado do computador.

– Quarto 505, quinto andar – disse.

As três puseram-se a correr desembestadamente até o elevador mais próximo, cujo logo Carly apertava o botão para chamá-lo com urgência e ansiedade notáveis. Os segundos que ele demorou para se estabilizar no térreo foram tão longos aos olhos de Laila que chegou a doer, mas quando as portas se abriram com seu famoso tilintar, seu coração bateu arrítmico.

– Vamos, vamos, vamos – Carly murmurava apertando o botão prateado com o número cinco, com a mesma intensidade que fizera com o do elevador.

– Carly – Cloe disse, pousando a mão sobre o ombro da amiga – Você precisa se acalmar, okay? Vai acabar tendo um ataque de nervos.

– Eu sei, eu sei... - Carly suspirou fechando os olhos e encostando na parede oposta à porta. Suas mãos tremiam ligeiramente e Laila notava sua respiração em total desordem. Estava entendendo o desespero da prima por notícias. Sabia o que ela estava sentindo. E sabia, mais que qualquer outra coisa, que devia fazer alguma coisa para ajudar.

Laila deu um passo para perto da prima e, sem mais delongas, a esmagou em um abraço. Podia parecer pouco, mas Laila sabia o poder de um abraço. Sabia o que um único abraço podia fazer que as palavras não conseguiam.

Logo sentiu Carly retribuir e se aconchegar a ela. Não se demorou para que sentisse os espasmos da prima, que chorava baixinho em seu ombro. Laila sentiu o quanto as lágrimas, que agora molhavam sua camiseta, haviam sido guardadas e empurradas garganta abaixo nos últimos dias, então deixou que Carly o fizesse até acabar.
– E-eu estou t-tão assustada, Laila – Carly tentava dizer com o rosto colado ao ombro de Laila. – Tão assustada!

Laila engoliu as próprias lágrimas e puxou Carly pelos ombros, a fim de olha-la nos olhos.

– Eu sei, mas agora está tudo bem, entendeu?

Carly assentiu e fungou ao mesmo tempo em que as portas do elevador tilintavam ao abrir para o quinto andar. Carly lançou um olhar perdido e ao mesmo tempo cheio de expectativas para o corredor, como se fosse ruir se desse um passo sozinha.

– Ei! - Laila chamou-a de leve. Olhou para Cloe e, mesmo sem palavras, esta entendeu bem. Cloe envolveu a mão de Carly e sorriu.

– Estamos aqui com você, okay? Fique firme. – a loira disse, lançando um olhar rápido à Laila.

Carly inspirou fundo e deu o primeiro passo para fora do elevador. Deram de frente com outra recepção e, dessa vez, Laila tomou a dianteira.

– Quarto 505, por favor? - disse depois de um pigarreio.

– Dois corredores seguindo à direita – a recepcionista disse sem erguer os olhos de seu relatório.

Laila não ficou para agradecer pois já corria levando as outras duas consigo. Quase congelou quando chegou ao dito corredor. Deu alguns passos e empacou na frente de uma das quatro portas dele, aquela cujo os números que a enfeitavam eram prateados.

“Quarto 505”.

Carly estava um passo a trás, à direita. E Cloe, à esquerda. Tudo voltou a mover-se em flashs quando Laila estendeu a mão e agarrou a maçaneta da porta, girando-a com cuidado.

– Laila? Carly? São vocês? - uma voz grave e levemente rouca por falta do uso indagou, quando a porta já estava totalmente aberta.

A voz soltou uma risada profunda.

Papai – Carly murmurou. - Papai! Pai! Pai!

Ela correu para dentro do quarto e jogou-se nos braços de Bob, ignorando completamente os outros presentes. Elizabeth, sentada ao lado direito do leito do marido, que sorria abertamente e ameaçava voltar a chorar, e Derick, sentado ao lado esquerdo.

– Ei, garota! Papai mal volta do coma e você já quer matar o velho? - ele riu ao perguntar.

Carly demorou mas se desvencilhou do abraço do pai, dando um passo para o lado do irmão para então dar um soco em seu ombro.

Bob parecia o mesmo de sempre aos olhos de Laila. Quase como se não tivesse passado os últimos cinco dias em um coma que estava levando todos à loucura. Parecia o mesmo de sempre, só que com roupas diferentes e brancas e cabelo de quem acabou de acordar (literalmente).

– Tio Bob. – Laila ouviu a própria voz murmurar, saindo com um esganamento. Agora, nada a impedia de chorar abertamente o que havia segurado por tanto tempo. Todo aquele medo da perda que a sufocava agora vazava por seus olhos e escorria por seu rosto, levando sua maquiagem junto como lembrança.

– Querida... - Robert murmurou pouco antes de Laila correr ao seu encontro e se jogar em seus braços. - Está tudo bem. Tudo bem.

– Eu tive tanto medo de te perder também – ela sussurrou deixando escapar um soluço alto.

– Estou aqui. Estou bem aqui.

Laila o agarrou com mais força enquanto deixava seu choro ensopar a roupa com cheiro de ambiente hospitalar que o tio usava.

Ele tinha razão. Agora estava tudo bem.


Dias depois...


O clima estava ameno e agradável quando Laila chegou a escola naquela sexta-feira, o que a deixou de bom-humor. Ela entrou com Cloe e seus primos enquanto falavam sobre qualquer coisa. Conversaram até poucos minutos antes de cada um seguir um caminho diferente pelo corredor. Cloe, que foi com Carly ao banheiro, seguiu reto. Derick, que foi encontrar-se com sabe-se lá quem em sabe-se lá onde, desviou para a direita. Laila, sendo largada a deriva do fluxo de alunos que emanava uma áurea de “eu queria estar dormindo”, seguiu para seu armário na companhia de sua mochila.

Quer dizer, era o que pretendia fazer. Isso, é claro, se dois braços fortes não a tivessem surpreendido agarrando-a pela cintura, fazendo seus pés sairem do chão pelos breves segundos em que era rodada várias e várias vezes, chamando a atenção de alguns no corredor. Laila teria ficado com pavor, ainda mais depois do ocorrido com Tyler, mas o perfume denunciou o dono dos braços ao redor dela, o quê só fez seu bom humor se estender à estratosfera.

– Ei! Eu vou ficar tonta se continuar me girando assim! - ela exclamou em meio uma gargalhada.

Nico riu ao pé de seu ouvido, fazendo partes estranhas do corpo de Laila reagirem com um arrepio. Ele a soltou a contra-gosto, virando-a de frente para ele.

Mais tonta, você quis dizer – ele disse, fechando um semblante sério, com um ar de correção.

Laila ergueu as sobrancelhas, com um misto de riso e descrença estampado no rosto. Estava com aquela dúvida agradável que sempre tinha ao lado de Nico entre socá-lo ou beijá-lo. Ficou feliz quando ele deu o primeiro passo para a segunda opção. O beijo causou as mesmas sensações de falta de ar e combustão instantânea que sempre apareciam desde o primeiro toque de lábios. Aquilo só deixava à Laila a vontade de mergulhar cada vez mais nesse sentimento que sentia borbulhar no estômago quando Nico estava próximo.

Quando se separaram do que pareceu durar toda uma vida, o corredor já esvaziava. Nico sorria de orelha a orelha, como sempre parecia sorrir quando estava com Laila.

– Bom dia. - ele suspirou depois de um tempo apenas encarando-a, o quê nunca, nem em um milhão de anos, deixaria de fazer Laila corar.

– Bom dia. - ela respondeu com um sorriso que permaneceu intacto até mesmo quando o sinal escandaloso para a primeira aula soou, anunciando que seu tempo juntos acabara.

Nico torceu os lábios antes de puxar Laila para outro beijo, dessa vez mais rápido.

– Te vejo no intervalo? - ele murmurou tentando, mas não conseguindo, esconder um sorriso maroto. - Tenho uma coisa pra contar.

– Que coisa?

– Esquece. Só vou contar no intervalo.

– Mas...

– Até o intervalo, Wigon – ele disse deixando o sorriso que tentanva esconder tomar seus lábios por completo. Nico riu um pouco da cara de indignada de Laila antes de beijá-la e sair pelo corredor. Antes que alcançasse o final, em direção o ginásio, ele se virou para ela. - Não está atrasada pra aula de geografia?

Laila, que até então o encarava boquiaberta, arregalou os olhos e correu em direção as escadas. Por muito pouco chegou a sala e pôde entrar para assistir aula. Estava descabelada e ofegando e tinha prazer em culpar Nico Parker por sua pequena confusão diária. Sempre seria culpa dele e Laila, pelo menos agora, tinha orgulho em assumir isso.


Eternidade seria uma palavra fraca para descrever quanto tempo durou para as aulas passarem e para que finalmente chegasse o intervalo, pelo menos para Laila. A garota não conseguia se conter na cadeira. Cloe até fez algumas piadinhas, mas Laila não dava a mínima. A ansiedade a estava consumindo, corroendo seus ossos. Precisava descobrir o que Nico tramava que tanto a enlouquecia de curiosidade.

O sinal tocou como uma sinfonia de aleluias para a Wigon, que foi a primeira a deixar a sala e infiltrar-se em meio aos outros alunos no corredor. Como uma flecha, atravessou toda a extensão do mesmo e desceu as escadas de dois em dois degraus até o andar de baixo, só para ser arrastada junto do fluxo de alunos até refeitório. Demorou quinze segundos, no máximo, para achar Nico. Estava sentado numa das mesas mais próximas da porta junto de Leo. Ambos conversavam e riam muito enquanto Laila se aproximava.

– Parker. - ela disse, estranhando a própria voz ao fazê-lo. O tom sério que usou costumava ser o mesmo de muitas semanas atrás, quando eles ainda eram colegas que basicamente se suportavam. Laila não saberia dizer quando foi a última vez que o chamou pelo sobrenome sem ser uma brincadeira deles, mas ela não estava bem dando a mínima. A curiosidade alcançara pontos insuportáveis em seu peito.

Nico virou-se lentamente e a encarou de um modo confuso.

– Wigon. - Nico disse, usando a mesma polidez que Laila.

– Valdez. - Leo disse com uma pose que julgou ser a mais adequada, endireitando a coluna e erguendo o queixo. Laila e Nico o encararam e ele só murmurou um “casais” em tom debochado, antes de voltar toda e qualquer ponto de atenção que tinha para o purê de batatas.

Nico se voltou para Laila, observando minuciosamente os detalhes que ninguém notaria nela, enquanto a garota sentava-se a seu lado. Observou que ela mexia os dedos inquietos e os tamborilava repetidas vezes, um sinal mais que claro que estava ansiosa.

– Já deu a hora do intervalo. Não vai me contar? - ela disse com um leve pigarreio e Nico sentiu vontade de puxá-la e beijá-la até que lhe faltasse ar. Alguém devia avisar à Laila o quão fofa ela ficava quando estava curiosa.

– Alguém já te disse como fica linda quando está se roendo de curiosidade? - ele disse com seu modo mais galanteador, fazendo-a o encarar em uma careta que não mudava em nada sua beleza, na mais humilde opinião do garoto.

– Para com isso! Conta logo, isso tá me matando! - ela ralhou com ele cruzando os braços e fazendo bico.

Nico não pode resistir a tanto e puxou-a para um beijo. Laila ainda parecia irritada por ter sido deixada esperando tanto, mas relaxou.

– Okay, eu aceito ficar sentado com o casal. Mas ser feito de vela não, obrigado. - Leo reclamou, enchendo a boca com duas colheradas de purê.

Nico e Laila se separaram e Laila riu.

– Tá aí sua chance de não ser vela. - ela disse mirando algo um pouco distante dali. Laila levantou um braço e começou a acenar. - Ei, loira!

Leo virou-se e quase caiu do banco, sensação comum que sempre aparecia curiosamente quando Cloe estava perto. Parecia que seus sentidos ficavam descontrolados e começavam a apitar loucamente, confundindo-o.

– Não precisa desse escândalo, Wigon. - Cloe disse ao sentar-se – Vi vocês dois se engolindo lá de fora.

– Bem-vinda ao clube da vela, loirinha. - Leo disse sorrindo enquanto deslizava seu braço para os ombros da Aster. Para a surpresa de todos que observavam a cena, ela não o afastou com tapas, gritos ou xingos. Apenas deu de ombros e roubou a maçã da bandeja do garoto.

Laila olhou para Nico, que olhava para ela de volta com sua melhor cara de “o quê raios tá acontecendo?”, que a garota correspondia com perfeição.

– Nós, er, perdemos alguma coisa? - Laila perguntou depois de outra troca de olhares com Nico.

– Não, por quê? - Cloe respondeu normalmente, antes da mordida seguinte na maçã e antes que Leo a roubasse. - Ei! - ela exclamou tentando recuperar a fruta, que Leo já devorava com suas mordidas imensas.

– Definitivamente, nós perdemos alguma coisa. – Nico sussurrou para Laila, que riu baixo.

– Ei, pessoas! - exclamou Alison que chegava junto de Chase, Daniel e Carly.

– Ei! - disseram Nico e Laila.

Alison sentou e trocou um olhar rápido na direção dos risonhos Leo e Cloe para depois encarar Laila. Seus olhos azuis quase berravam “mas o quê?” ou algo mais escandaloso. Laila pensou em responder, quando lembrou-se de uma coisa. Uma coisa que a fez dar uma cotovelada dolorida em Nico no abdomem.

– O quê foi que eu fiz?

– Não me contou ainda.

– O quê ele não contou ainda? - Carly perguntou.

– Exatamente! - Laila exclamou e Nico riu, mas parou quando Laila o fulminou com o melhor de seus olhares assassinos e intimidadores.

– Tá, espera todo mundo estar aqui. - Nico suspirou.

– Mas... - Laila tentou.

– Laila! - Cloe, Carly e Nico exclamaram.

– Tá, que seja. Odeio todos mesmo - e deu de ombros.

– Tá, o quê era tão importante? - Claire perguntou depois que terminou de comer. Ela e Derick chegaram juntos, quinze minutos depois do surto de Laila. Estavam um tanto ofegantes e descabelados, para a desconfiança de todos. Sam e Patrick chegaram um pouco antes.

– A Laila me mandou umas vinte mensagens. Pensamos que alguém tivesse morrido ou algo assim. - continuou Derick.

Pensamos? Vocês estavam juntos? - Leo indagou.

Derick abriu a boca várias vezes mas nenhuma palavras saiu.

– Tá, isso não vem ao caso agora. - Cloe disse mais alto, lançando seu olhar discreto de “eu sei o quê você fez no verão passado” em Derick. - A questão é que Nico vai dar uma notícia e Laila não vai parar quieta até isso acontecer.

Derick respondeu seu olhar, agradecendo silenciosamente. Quando Leo pensou em pestanear foi a loira que agiu novamente.

– Agora não, Valdez. - ela murmurou quando ele ameaçou levantar. - Agora não. - ela murmurou de novo colocando, a mão em seu peito para mante-lo sentado. Foi como se a voz dela influenciasse muito mais em Leo do que ele pensava, pois prontamente sentou-se na cadeira. Os outros podem não ter percebido mas, pela questão da proximidade dos dois, Leo notou quando Cloe lhe ofereceu um sorrisinho mínimo. Aquilo valeu tanto que ele nem saberia dizer o quanto.

– Bom, eu concordo com a Cloe. - Carly disse encarando o irmão com desconfiancia.

– É, eu também. - Laila resmungou.

– Okay, okay. Chega de mistério. O quê é? - Leo perguntou.

Todos na mesa encararam Nico, que sorria de canto tentando esconder um sorriso ainda maior.

– Uma festa – ele disse com grande satisfação.

– Oi? - Alison franziu a testa, sinal de que estava realmente confusa.

– Uma festa, ué. Minha festa. Hoje, na minha casa. As festas que costumávamos fazer, mas, bem, muito melhor. - e ele olhou para Laila.

– O quê de melhor, exatamente? - Laila indagou.

– Essa é a parte dois da surpresa. Isso eu não posso contar.

– Já disse o quanto te odeio? - Laila perguntou, cruzando os braços.

– Hoje? Não, acho que não.

– Ótimo, porque eu odeio.

– Claro que odeia. - Nico riu e roubou-lhe um selinho.

– É muito açúcar pra um almoço. - Chase suspirou para Alison.

– É. Meu estoque de insulina não à páreo pra tanto. - ela completou e eles riram.

– Tá. Festa. Ótimo. Muito original, Parker. Obrigado por fazer mistério à toa. - Cloe disse irritada, levantando-se. O sinal anunciando o fim do intervalo tocou meio segundo depois.

– Que horas, por favor? - Patrick perguntou, já em pé.

– Apareçam cedo. Umas nove horas – Nico respondeu.

– Quem tá sabendo dessa festa? - foi a vez de Sam perguntar.

– Pouca gente – Nico deu de ombros.

– Eu cuido dessa parte – Leo sorriu, maroto.

Sem mais delongas, ele empurrou sua bandeja de comida para um lado e subiu na mesa.

– Atenção, estudantes! - ele gritou, usando as mãos como concha. Os alunos que ainda restavam no refeitório pararam o que faziam para encará-lo. - Festança hoje às nove na casa do Parker. Espalhem a notícia! Convidem quem quiser. Quanto mais gente, melhor!

Alguns urrus de aprovação encheram o refeitório enquanto Leo descia da mesa com um pulo.

– Valeu mesmo, Valdez. - Parker disse com um misto de raiva, frustração e outros milhões de sentimentos que Laila não entendeu.

– De nada, amor. - Leonard respondeu antes de deixar o refeitório.

Nico se levantou e Laila o acompanhou.

– Uma festa? Sério mesmo? - ela perguntou com notável desanimação.

– Não fica assim. Você vai gostar. É minha convidada de honra. Te proíbo de não comparecer, entendeu? - Nico riu, mas ela sabia que ele falava sério.

– Ótimo. Agora não tenho escolha a não ser ir para descobrir o quê é. Que droga! - ela exclamou, erguendo os braços. - As vezes acho que você se aproveita da minha curiosidade.

– Ah! Você ainda acha?

– Então está confessando? - ela indagou incrédula.

– Claramente.

Laila deu um soco no ombro de Nico, que a encarou maléficamente antes de jogá-la sobre o ombro e correr, deixando o refeitório e uma trilha de risadas altas para trás.


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Notas finais do capítulo

Deixa eu terminar: e esperaram por muito, muito, muito, muito, muito, muito tempo!
Tá aí. Meu grande pedido de desculpas. Espero mesmo que me perdoem!
AGRADEÇO DESDE JÁ AS AMORAS LINDAS QUE ME CAÇARAM PELOS QUATRO CANTOS DO MUNDO! FICO LISONJEADA, OBRIGADA!
Amores, se eu voltar a demorar, podem me caçar no twitter que eu to sempre lá. @dafuckpotter_ sempre estará lá para tis!

KISS
NO
ASS



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