A Vida (caótica) De Uma Adolescente Em Crise. escrita por Helena


Capítulo 33
Capítulo 33: A festa que deu merda - Part 1


Notas iniciais do capítulo

HEY HEY HEY HEEEEEEEY!!!!!! First: I'M SO SO SOOOOOOOOOO SO SO SO SORRY!!!! Sério sorry ae garela!!!! Eu não queria ter demorado 86782368724578245 bilhões de anos para postar, mas... Cara, eu acordei num dia e... Cadê a criatividade? Pois er... A maldita foi passear com Percabeth no Tártaro e abandonou a mim e a fic :c
E também eu tenho um horário corridíssimo na escola. Fica realmente dificílimo para postar ou escrever. E ainda temos o conceito internet: Minha net deu pau. Ponto.
MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAS, A CÁ ESTOY JO DE VOLTA DAS PROFUNDEZAS!!! HAHAHAHAHAHA!!! Podem comemorar (ou chorar, sei lá. Eu choraria) que eu volti! E, graças a meu bom MERLIM DIVO E TOP ( ~le the Hi5 o/~) QUINTA É FERIAAAAAAAADO, o que significa: FIC! FIC! FIC!
EEEEEEEENFIM: Second: Eu sei que isso não vem ao caso, maaaaaaaas.... EU ACABEI DE LER DIVERGENTE E...MDS...MDS...MDS... NADA A ACRESCENTAR NAQUELA PERFEIÇÃO, SEM OR!!!!
E mas uma coisa: BEEEEEEEEEEEEEEEEM-VINDOS LEITORES NOOOOOOOOOOOOOOOOOOOVOOSSSS!!!!!! Sejam todos bem-vindos, meus unicórnios cupcakezados (?) .
(Okay, foda-se, Helena! Eles querem a fic e não você!)
Okay, okay. Sem mais enrolação.
(Pequeno detalhe a acrescentar: perdoem a tosquidão do capítulo. O seguinte estará melhor, I promise ;) eeeeeeee LEIAM AS NOTAS FINAIS! TEM RECADO!)
AMÉM, SENHOR! Bora capítulo!



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Laila chegou em casa a passos largos e apressados. Abriu a porta apenas o suficiente para poder passar e se enfiou por ela. Bateu as costas contra a porta e fechou os olhos bem apertados. Não. Isso não aconteceu. Não, não, não, não, não.

– Não. Não. Não – ela começou a murmurar batendo com a nuca na porta repetidas vezes. Sua respiração ainda estava acelerada devido a corrida e ao... Não. Não. Não. Não. Não. Beijo. Nico a havia beijado e ela havia retribuído. Simples assim. E o pior... Ela havia gostado. E muito. Mesmo.

Isso a fez pensar inconscientemente na noite em que ela e Nico se beijaram pela primeira vez, aquela em que ela agradecia que Nico não se lembrava, mas se amaldiçoava por agora ter uma lembrança disso que tanto ele quanto ela partilhavam e se lembrariam.

Por um impulso desconhecido de seu eu interior, ela ergueu a mão e, com a ponta dos dedos, tocou os lábios. Ainda sentia a sensação da boca de Nico contra a dela e seu gosto permanecia intacto na língua. Ela sorriu e quando sua sensatez a ralhou, ela apenas mostrou-lhe em dedo do meio mental e alargou o sorriso. Mordendo os lábios, ela se recordou da avalanche de sentimentos que a invadiram a minutos atrás. Sentiu-se livre e liberta de qualquer peso, como se seu corpo tivesse tornado-se nulo ou tivesse desmanchado-se em borboletas azuis que voam para o infinito. Sim. Ela se sentia mais do que mais que feliz.

Depois que ela e Nico se beijaram naquela noite, despertou em Laila uma parte até então desconhecida dela por ela mesma. Depois do beijo e no caminho de sua casa ela só pensava em uma coisa... Tá. Em duas. A primeira era apenas um sonoro sim. Sim. Sim. Sim. Sim. Laila sentia algo sim por Nico, e não, não tinha nada haver com amizade, com certeza. Não mesmo. Era algo muito além disso. Algo que ela sabia que sentia mas nunca admitiria nem para seu próprio reflexo. Ela gostava da sensação de estar com Nico... Ah! Foda-se! Ela gostava dele e ponto. Não foi tão difícil assim assumir, não acha?

A segunda já era algo preocupante era um pequeno detalhe que Laila só se lembrou agora: Tyler. Ela só se lembrou que havia marcado com ele agora. Droga! Ela bateu um dos pés com força no chão. O que iria fazer? Desmarcar com Tyler e tentar falar com Nico sobre... bem, sobre tudo, ou não fazer nada? Aquela dúvida a sufocava agora.

Laila! , gritou uma voz em sua mente como se lhe tivesse acertado um tapa na cara. Para com essa paranoia! Apenas curta o momento.

Laila sorriu enquanto encostava a cabeça contra a porta. Sentia-se tão idiota. Uma completa idiota apaixonada pelo mesmo mané a mais tempo do que ela poderia assumir. Ela cruzou o braços e tombou a cabeça para o lado. Suspirou e subiu as escadas em direção ao quarto. Afinal, ainda tinha uma festa e uma decisão a tomar.

XXXXX

Dejá vu foi a única coisa que Nico conseguiu pensar assim que retornou ao quarto. Que estranho, pensou consigo. Ele tocou os lábios e franziu a testa.

– Muito estranho mesmo – murmurou.

Nico e Laila haviam se beijado e, mesmo ele não querendo dizer nada a respeito, foi a melhor sensação de sua vida. Sentia-se explosivo e estupidamente feliz tanto quando se beijaram quanto agora, mas... algo estava errado. Essa sensação... essa mesma sensação. Ele já sentira. Quando beijou Laila, foi uma surpresa de início, mas era como se já tivesse feito aquilo e já soubesse exatamente o iria sentir. Seu corpo respondeu o dela e ela ao dele com aquele toque. Suas veias pulsaram e somente o que ele conseguia ouvir eram as batidas de seu coração. Foi estranhamente... bom, mas algo estava muito errado. Ele já havia sentido aquilo, mas como?

Nico levantou-se e começou a andar em círculos pelo quarto enquanto tamborilava os dedos nos lábios. Como ele poderia já ter sentido aquela mesmíssima sensação antes se ele e Laila nunca haviam....

Foi então que tudo passou num flash tão rápido que atingiu Nico como uma tijolada na cara.

– PUTA QUE PARIO! - ele berrou se dando um tapa na testa.

– Ei, cara! O que houve? - disse Leo entrando no quarto de repente. Nico balançou a cabeça e o encarou.

– Quando foi que você chegou aqui, Valdez?

– Agora. Tava vindo pelo corredor e ouvi tu gritando. O que foi, hein? - ele disse enquanto se jogava na cama de Nico de costas com as mãos abaixo da cabeça.

– Eu consegui cumprir a aposta – Nico declarou e Leo levantou a cabeça para encara-lo.

– Sério? Mesmo? Quer dizer que...

Nico suspirou e sentou-se na cama.

– Sim, eu beijei Laila.

– Então? - Leo sorriu de modo malicioso enquanto se sentava.

– Eu não sei, cara. Eu não... - ele escondeu o rosto nas mãos – Eu tive uma sensação de deja vú.

Deja vú? Tipo como se você já tivesse beijado ela antes? - Leo ergueu uma sobrancelha e Nico assentiu.

Eles se calaram.

– Você, por acaso, não beijou ela antes. Beijou? - Leo murmurou.

Nico, lembrando-se da festa na casa de Leo dias atrás, suspirou.

– Sim, Leo.

– Sim? - Leo deu salto da cama - Sim o quê, exatamente?

Nico o encarou. Agora lembrava-se do rosto. Lembrava-se com mais detalhes da noite que estava tão bêbado, que se trancou em um banheiro. Num banheiro apertado com Laila Wigon seminua e bêbada ao lado.

– Sim, eu à beijei Laila.

XXXXXX

Laila saltou do banco do carona para a calçada e esperou que Carly e Sam fizessem o mesmo. Ela usava um vestido simples de alças preto que descia justo até o meio das coxas. Usava uma jaqueta de couro, meia calça e botinhas pretas.

– Onde Claire disse que estaria mesmo? - Carly perguntou enquanto batia a porta do banco de trás. Ela vestia shorts jeans de cintura alta sobre uma camisa xadrez azul. Os cabelos estavam presos preguiçosamente em um rabo de cavalo no alto da cabeça.

– Disse que nos esperaria na entrada de carros – disse Sam. Ela usava um vestido bege de alcinhas, uma jaqueta por cima e saltos vermelhos. Os cabelos estavam com leves ondulações e quase não usava maquiagem.

Laila encarou a entrada da casa dos Valdez a menos de um metro de onde elas estavam.

– Legal – ela suspirou – Estamos na entrada. Cadê a Claire?

– É só esperar que ela... - começou Sam, mas logo calou-se. A porta de entrada se abriu e por ela saiu uma rajada de música alta acompanhada por Claire.

Ela encarou as outras sorrindo enquanto fazia gestos frenéticos com as mãos.

– Andem logo, palermas! - ela exclamou com um sorriso de orelha a orelha. Claire vestia uma saia preta cintura alta lisa até as coxas e uma camisa regata branca com “The Beathes” em preto na frente. Seus cabelos estavam presos num coque que parecia ter sido feito com pressa, já que tinham mais fios soltos do que presos. Usava saltos pretos e maquiagem clara.

Apressadas, as três entraram. A sala de estar dos Valdez recebeu-as com uma lufada de música alta e luzes piscando. Não enxergava-se nada a mais de um metro a frente dos olhos, mas pelo contorno de corpos se mexendo, pulando e dançando aqui e ali, deduzia-se que tinham pelo menos trinta pessoas ali.

Claire, mesmo de salto, ainda era a menor. Por isso, esticou-se quando foi abraçar as amigas.

– Onde estão Cloe e Alison? Achei que elas viriam – perguntou elevando a voz acima da música para que pudesse ser ouvida.

– Cloe disse que iria se atrasar – começou Carly da mesma maneira. - Basicamente, nas palavras dela, ela precisava de mais tempo para finalizar sua “entrada triunfal” - ela fez aspas e revirou os olhos.

– Ainda não gosto de como essas palavras soam vindas de Cloe – Sam torceu o nariz – Ainda mais agora que ela está toda... bem, vocês entenderam.

– Sim, e a Ally? Não a vejo... tem uns dois ou três dias – continuou Claire – Sabem alguma coisa dela?

Tanto Laila quanto Carly e Sam balançaram a cabeça negativamente. Alison havia literalmente sumido do mapa e, dali, só quem sabia a verdadeira razão era Laila. Será que Cloe não resolvera perdoar Alison de uma vez? Ou será que ela ficaria secando a amiga por muit mais tempo? Laila não sabia a resposta mas já tinha uma ideia. Não era necessário conhecer Cloe a vida toda para perceber que ela era uma garota difícil de se lidar. Se na cabeça dela fazer aquilo com Alison era o correto, então ela ia continuar fazendo aconteça o que acontecer. Persistência. Laila admirava isso em Cloe, mas concordava que nas circunstâncias atuais, seria melhor que Cloe desistisse de uma vez. Coisa que Laila sabia que não devia estar nem perto de acontecer.

Claire suspirou fundo e voltou a sorrir feito uma maníaca, o quê fez Laila acordar de seu estupor. Ela encarou Claire com as sobrancelhas unidas numa linha.

– Por que você está sorrindo assim? - perguntou fazendo com que sua voz aumentasse além da música de fundo.

– Por nada, eu apenas... - Claire começou, mas parou, encarando algo além dali. Quando seus olhos pareceram focar na coisa, ela alargou o sorriso, mas mordeu os lábios para esconder do olhar investigativo de Laila sobre ela.

– Eu já volto – Claire anunciou alto e saiu, seguindo pela direção que encarava. Laila olhou por cima do ombro a fim de ver as costas de Claire e para onde ela fora, mas a garota já havia se misturado à multidão.

– Suspeito. Muito suspeito – Laila murmurou consigo.

– Só eu que achei isso estranho aqui? - Carly gritou acima da musica para ser ouvida.

Sam deu de ombros e Laila balançou a cabeça negativamente.

– Enfim, vamos passar a noite toda paradas aqui? Na porta? - riu-se Carly.

– Tem razão. Vamos nos misturar – concordou Sam abraçando Carly pelos ombros com uma mão e Laila com outra.

– Vão vocês – exclamou Laila – Tenho que encontrar o Nico.

Dizer isso fez cócegas na boca do estômago de Laila e a sensação foi embaraçosa e reconfortante ao mesmo tempo. Nico. Ela precisava falar com ele. Precisava urgentemente. Ela havia decidido o quê fazer em relação a isso e precisava ser logo, antes que recobrasse a consequência do seus atos estúpidos e mudasse de ideia. Ela precisava falar com ele. Ele precisava saber.

– Nico? Pensei que fosse vir aqui para encontrar com Tyler – disse Carly berrando com uma das sobrancelhas arqueadas.

Laila sacudiu a cabeça freneticamente e foi se afastando das amigas até se aderir à massa de pessoas e sumir.

Nico, Nico. Por que quando eu quero te achar você some e quando eu não preciso de você, está sempre por perto? Essa foi a melhor pergunta formulada por sua mente inquieta enquanto Laila andava para lá e para cá atrás de Nico e torcendo para não encontrar Tyler. Laila rodou e rodou aquele sala e nada de encontrar Nico. Foi até a parte exterior da casa, onde encontrava-se a área da piscina e da churrasqueira e nada. Chega. Desiste. Ele não tá aqui.

Suspirando derrotada, ela se preparou pra girar nos calcanhares e retornar para dentro da casa quando esbarrou de frente com um indivíduo. Inevitavelmente, uma chama se acendeu em seu coração. Nico, pensou. Mas não. Dessa vez não era ele.

A figura deu um passo a frente e se revelou.

– Ei! Eu estava a sua procura, Laila – exclamou Tyler. Em sua mão direita, segurava uma garrafa de cerveja.

A chama dançando no peito de Laila murchou e se apagou. Béh! Alarme falso, iludida!

– Oi Tyler – ela murmurou colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha.

– Quer cerveja? - ele perguntou.

– Pode ser.

Ele sorriu e deu um passo para o lado, dando passagem à Laila de volta para o salão da casa. Ela, meio relutante, suspirou e passou por ele. Caminhou abrindo caminhou por entre os corpos amassados uns contras os outros e alcançou o bar. Atrás do balconete, estava o barthender, um homem de cerca de vinte ou vinte e cinco anos com os cabelos cortados feito militar e barba por fazer. Bonito, mas não para Laila. Ela gostava de cabelo para poder puxar.

Tyler sentou-se no banquinho suspenso ao lado de Laila e a encarou sorrindo largamente.

– Duas cervejas por favor Horácio – pediu ele ao barthender sem desviar os olhos de Laila. A garota olhava para trás e para os lados distraidamente enquanto balançava um dos pés no ritmo da música. Ela ainda procurava por Nico.

Tyler pegou uma das cervejas e passou a outra para a frente de Laila no balcão. Ele logo a abriu e já deu uma golada.

– Então, Laila – ele começou, logo após dar o gole, elevando a voz – Você está linda hoje.

Os olhos cinzas ligeiros de Tyler correram pelo corpo de Laila enquanto ela dava seu gole na cerveja.

– Obrigada – respondeu automaticamente enquanto ainda escaneava o local com os olhos atrás de Nico.

Tyler deu mais um gole e deixou a cerveja no balcão. Com as sobrancelhas franzidas, ele se debruçou sobre Laila, deixando seu rosto quase colado ao dela.

– Tá tudo bem? Por que você não para de olhar para os lados?

A diferença brusca de distância assustou Laila. O hálito com cheiro de álcool de Tyler rebatia quente em seu rosto. Dava pra sentir que ele não havia bebido apenas cerveja.

– Não é nada. Estou bem.

Ele se afastou e deu de ombros.

– Pra mim, você está procurando por alguém – ele disse como se pensasse em voz alta enquanto seus dedos brincavam com a garrafa sobre o balcão.

Laila engoliu em seco disfarçadamente e deu um gole nervoso em sua garrafa de cerveja.

– Quem, por exemplo? - ela forçou-se a rir ao perguntar.

Tyler deu de ombros mais uma vez. Sua expressão boba alegre de antes fora substituída por uma de desconfiança. Aquilo fez com que uma sensação de insegurança tomasse Laila, como se um cubo de gelo descesse lentamente por sua coluna até a base. De repente, não era tão seguro assim estar tão perto de Tyler.

– O Parker, por exemplo – ele disse de um modo nada gentil, com os dentes trincados. Ele sorriu quase predatório para ela e bebeu toda a cerveja de uma vez, num gole único e desesperado.

Laila arfou e engoliu em seco. Definitivamente, não sentia nenhuma segurança de estar onde estava. Ela encontrou sua cerveja com as mãos úmidas pelo suor e deu um gole tímido. Precisava encontrar um pretexto para sair dali o mais rápido possível.

Como se o universo resolvesse cooperar pelo menos uma vez com a situação, uma figura se aproximou e sentou-se ao lado de Laila, debruçando o parte do corpo no balconete. Laila olhou de relance e quase derrubou toda a bebida em si própria.

Cloe sorriu sedutora para o barthender como se já o conhecesse de modo íntimo, o quê Laila acreditava muito ser possível.

– Horácio! – ela exclamou tamborilando os dedos no balcão - Ah quanto tempo!

O homem sorriu e largou o que quer que fosse que segurava e se debruçou em frente a Cloe, quase colando seu rosto ao dela.

Como se a distância entre eles já não fosse mínima, Cloe ainda inclinou-se mais alguns centímetros.

– Acho que já sabe o quê eu vou querer – ela sussurrou alto o bastante para que Laila ouvisse. Os lábios da loira estavam praticamente contra os lábios dele.

Horácio sorriu de lado e enlaçou a cintura de Cloe sobre o balcão trazendo para mais perto ainda (se é que era possível), fazendo com que a garota ficasse na ponta dos pés.

– Depende a quê você se refere, Cloe – ele murmurou. Sua voz rouca e profunda batia contra os lábios de Cloe e ela mordiscava os lábios.

Ela sorriu e se afastou, sentando-se ereta no banco.

– Uma dose de vodca, por favor – pediu educadamente.

Se Horácio ficou decepcionado, não demonstrou. Apenas se afastou sorrindo matreiro e colocou o copinho de líquido transparente sobre o balcão. Depois, aproximou os lábios da orelha de Cloe e murmurou algo que Laila não entendeu, mas fez Cloe sorrir.

Laila continuou encarando enquanto Cloe virava de uma vez sua dose de vodca e soltava um suspiro. Ela estava totalmente diferente. Seus cabelos compridos e loiros estavam com cachos mais definidos e contínuos e desciam serpenteando até o meio das costas. Usava uma saia de paetes curta na altura das cochas e uma camisa vermelha de sedas com alcinhas. Usava saltos pretos simples quase nenhuma maquiagem.

Cloe finalmente encarou Laila e sorriu marota.

– Oi. – disse apenas descendo os olhos pelo corpo de Laila e sorrindo – Uau! Você tá uma gata!

– Oi – Laila riu – Digo o mesmo de você. Está incrível!

Cloe olhou além de Laila e localizou Tyler.

– Oi, Tyler.

Ele virou a cabeça em sua direção e deu um sorriso rápido, depois virou-se de novo. Coe olhou para Laila e fez uma careta, o quê a fez rir. A loira sorriu enquanto balançava os pés no ritmo da música que tocava. Rodou o copinho de vodca no balcão e tamborilou os dedos.

– Vamos ficar a noite toda aqui sentadas? - ela exclamou quase numa súplica – Eu quero dançar!

– Bem, eu... - Laila olhou de relance para Tyler. Como ela iria sair dali sem que ele pensasse que ela estava fugindo dele, mesmo que fosse exatamente isso que ela estava fazendo?

Cloe revirou os olhos e saltou do banco, puxando Laila consigo para o meio da multidão.

– Garanto que ele não se importará se eu te roubar um pouquinho! - Cloe falou acima da música Glad You Came que tocava para ser ouvida. Por fora, Laila apenas fez um gesto de indiferença. Mas por dentro, um peso que nem ela mesma havia notado que existia deixou seu corpo. Agora ela sentia-se mais a vontade e mais tranquila do que a três segundos atrás.

Sentiu-se mais leve. Tão leve que logo se rendeu a música e deixou-se levar por ela. Cloe assim como Laila minutos atrás, olhava o tempo todo para os lados. Algo na mente da morena sabia exatamente quem Cloe procurava, mas sabia que se dissesse algo em voz alta levaria um tapa.

Cloe sumiu por breves minutos, deixando Laila sozinha dançando. Logo a lora retornou na companhia de uma garrafa de vodca cheia e começou a bebericar.

Laila gargalhou alto e pegou a garrafa, analisando-a.

– Mas como você...

– Acredite – ela deu um gole longo – Acho que você não ia querer saber.

A morena estremeceu, mas aceitou a garrafa de Cloe. Laila deu , no máximo, três goles. Já Cloe bebia como se não houvesse amanhã, e isso preocupou Laila de início. Se a loira naquela “fase” já era descontrolada, não queria nem imaginar uma versão mais bêbada dela assim.

Quando a garrafa já estava mais da metade, mais devido a loira, Cloe desapareceu por entre os corpos apertados babulciando algo sobre trazer mais bebidas. A cabeça de Laila já latejava um pouco, mas ela concordou e continuou dançando.

Duas, quatro, seis músicas depois... Laila olhava para os lados feito uma maníaca. Cloe havia literalmente desaparecido. Ela foi ate o bar, mas Cloe não estava lá. Perguntou a Horácio e, com um sorriso safado, ele respondeu que não sabia da loira. Laila votou a rodar pela sala amontanhada de gente e nada. Procurou nos banheiros e na área externa. Nada.

Okay, agora fudeu. Ou ela caiu desmaida de bêbada em algum quarto com alguém ou... Laila sacudiu a cabeça. Voltou para onde estavam as duas antes de Cloe sumir. É clao que ela não tá aqui, Laila!

– Droga! - exclamou batendo um dos pés no chão.

Onde diabos esse traste se meteu?

Laila rodou o olhar pela multidão. Agora seus olhos já estavam bem acostumados à escuridão e ela enxergava os corpos mais definidos, ao invés de ver apenas massas pretas e borrões. Nenhum dos corpos tinha pernas longas e cabelos loiros. Droga, Cloe! Cadê você? Olhando para os lados feito louca, ela encontrou uma cabeleira conhecida. Leo.

Laila correu o que conseguiu por entre as pessoas e quase saltou sobre Leo.

– Valdez! - ela gritou e ele virou.

– E aí, Wigon? Nossa, você tá ga...

– Tá, cala a boca – ela o cortou – Você viu a Cloe?

O sorriso de Leo vacilou e ele suspirou.

– Não. Não a vi. Mas, se você a achar, pode dizer a ela que preciso conversar com...

– Okay, digo sim – Laila disse, ríspida.

Antes que Laila pudesse dar as costas e sair, alguém esbarrou tão forte ela que, se Leo não a tivesse segurado pelo cotovelo, teria caído de bunda no chão.

– Me descul... - começou Laila, mas a pessoa a cortou.

– Laila! Sou eu! Ally! Dane-se suas desculpas! Vem comigo. Agora.

Laila estreitou os olhos e pode encontrar os azuis brilhantes de Alison, que agora exibiam um brilho mais preocupado que o normal.

– O quê? - foi o que Laila conseguiu dizer.

O olhar de Alison exibiu um sonoro “Agora não”, e a fez calar-se. Ela olhou por cima do ombro de Laila e encarou Leo.

– Acho bom você também vir, Valdez.

Leo uniu as sobrancelhas e se aproximou.

– O quê diabos aconteceu?

Ally suspirou e mordeu os lábios. Só disse uma coisa,olhando nos olhos dos dois:

– Cloe.


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Notas finais do capítulo

Uma merda? Um poop? Uma bosta? Qual desses adjetivos vocês querem aí? Sei lá, man... Escrevi mesmo pra não ficar mais uma semana sem postar!
Então , eu tenho recado para os fantasminhas: OLHEM AQUI, BOCÓS! A FIC SÓ PRECISA DE MAIS ALGUNS LEITORES QUE ACOMPANHAM A FIC PARA COMPLETAR 50, ENTENDERAM???? SAIBAM QUE É MELHOR UM DE VOCÊS DEIXAR DE SER PREGUIÇOSO E ACOMPANHAR A FIC, BOCÓS! Sério. Você me deixariam tãããããããao felizes!!!!! Não tem ideia do quanto!!! Então, eu estou pedindo, gente: Não é difícil. É só clicar naquele bagui lá em cima e acompanhar! Poxa! Nem é pedir muito! Ah, e sobre reviews também! Porra, gente. Comentar a história não mata nem arranca pedaço de ninguém. Nem que for pra comentar "Porra, é a pior merda que já li na vida! Morra Helena!" !!!! Apenas comentem, entenderam????? Ótimo fico agradecida desde já, pirulitos de groselha (é assim que escreve?)
AAAAHHHHH, E SÓ PRA DEIXAR CLARO: ESTOU ACEITANDO RECOMENDAÇÕES DESDE... SEMPRE HSUHAUSHAUSHU Então, poxa gente... Colaborem!!!
Kisses, everyone! Volto na quinta!



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