A Vida (caótica) De Uma Adolescente Em Crise. escrita por Helena


Capítulo 2
Capítulo 2: Finalmente em casa!


Notas iniciais do capítulo

Heyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyy!!!!!!!!!!!!!!!!! Nossa gente, como estou feliz! Mal postei um trailer e já haviam comentários e pessoas acompanhado. Assim vocês me matam de felicidade!
Eu, tecnicamente, não devia postar hoje ja que nem tenho o segundo capítulo pronto, mas como alguns leitores começaram a dar sinal de vida assim tão cedo, espero que aproveitem o primeiro capítulo da fick.
Enjoy it



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P.O.V Laila.

- Mas eu não quero ir há lugar nenhum Tamires! - exclamei andando de um lado para o outro,em frente a cama onde minhas amigas Tamires e Fernanda estavam sentadas.
- Não adianta querer, você tem que ir! -falou Fernanda,uma morena com cabelos lisos não tão lisos que desciam até os ombro pela milésima vez naquele dia.
- Mas.......mas.....Fernanda!- comecei.
- Mas nada,  Laila! - falou a outra morena, minha querida baixinha, com cabelos ondulosos e escuros se levantando e segurando meus ombros para que eu parasse de andar. Fiz minha carinha de cachorro abandonado. - Não adianta fazer essa carinha que eu não caio mais nessa! 
- Mas eu não quero ir,  Tami! Não quero ir embora desse jeito!  - falei manhosa.
- Nós também não queremos que você vá, mas eles são seus únicos parentes vivos,  Laila, não tem jeito!  - falou Fernanda levantando da cama e caminhando até mim e Tamires. Senti meus olhos marejarem.
- Own, vem cá bobinha! - falou Tamiris antes dela e Fernanda me abraçarem.
- Eu não quero ir!  - falei ainda nos braços delas chorando um pouco.
- Para de chorar se não eu choro.- falou Tamires limpando as lágrimas do meu rosto.
- Por que  eu não posso morar aqui com você?  Sua mãe,  Tami, bem que podia me adotar! - brinquei fazendo minhas amigas rirem.
- Você sabe que não dá.- começou Tamires tediosamente. - Ouviu a advogada do meu pai quando ela disse que você tem que ir morar com um familiar até completar 18 anos.
- Que coisa estúpida!  - falou Fernanda.- Eu bem que queria que você pudesse ficar aqui!
- É, eu também!  - falou Tamires. - Abraço?
Rimos e concordamos nos abraçando novamente. Uma voz masculina e grave nos chamou do andar de baixo.
- É o meu pai. - falou Tamires indo até a porta de seu quarto e voltando.- Hora de ir! 
Suspirei fundo olhando de uma para outra.
- Hora de ir.  - repeti em tom mais desanimado. Com ajuda das minhas amigas, levei minhas malas para o andar de baixo, onde o pai de Tamires nos esperava na porta.
- Vamos? - perguntou ele assim que chegamos no fim da escada. Suspirei mais uma vez e assenti. Ele pegou minha mala e a levou para o lado de fora da casa, colocando-a no porta malas do seu carro.
- E seu irmão?  - perguntei a Tamires antes de sair. - Queria me despedir!
Tamires recuou até a metade da escada e o chamou. Depois de segundos, Jonathan apareceu no topo da escada.
- Hey, babaca, queria me despedir de você!  - falei rindo para ele. Jonathan é meu melhor amigo desde de.........sempre! Nós tentamos namorar por um tempo  a três anos atrás  e como os dois perceberam que não dava certo, terminamos e viramos grandes amigos.
Ele desceu as escadas e me abraçou fortemente. - Vê se não deixa a Fernanda escapar desta vez. - sussurrei apenas para ele ouvir. Outro motivo pelo qual nos desistimos de ser um casal foi ele gostar de outra garota, a Fernanda. E pelo o que eu sei,ela também gosta dele.
- Pode deixar,  Madeline! - falou ele rindo. Bati em seu braço rindo também. Odeio que me chamem pelo nome do meio, mas como hoje eu estou de despedida vou deixar passar.
- Laila, bora? - falou Tamires.  Assenti ,abracei Jon pela última vez e segui minhas amigas, que ja estavam entrando no carro do pai de Tamires. 
- Partiu aeroporto? - brincou Fernanda. Suspirei pela última vez e assenti.

(.....)

- Okay, Laila, aqui está seu passaporte e sua passagem. - falou o pai da Tamires me entregando os papéis.
- Obrigada senhor! - falei sorrindo e sendo abraçada por ele. Depois do abraço,  me voltei para minhas duas chorosas amigas. Nós três nos abraçamos mais uma vez, aos prantos.
- Sentiremos saudades, muitas saudades! - exclamou Fernanda soluçando.
- Eu também!  - disse entre soluços. 
- Eu também!  - falou Tamires.
- Mas pelo menos você vai conseguir visita-la com aquele negócio de intercâmbio,  Tami! Eu não!  - choramingou Fernanda. 
- Mas será somente daqui a seis meses! Até lá......  - se defendeu Tamires.
- Okay, chega vocês duas! Quero outro abraço antes do meu vôo partir! - falei limpando as lágrimas. Elas riram e me abraçaram de novo.
A voz de uma mulher soou nos alto falantes do aeroporto anunciando meu vôo.
- É melhor eu ir! - disse me desvencilhando delas. Elas concordaram e se despediram uma última vez antes de irem. Suspirei pela milésima vez e caminhei até os portões de embarque. Entreguei minha passagem para a aeromoça e segui para o corredor até o avião. 
Entrei e logo encontrei meu lugar. Sentei-me na janela. Calafrios percorriam todo meu corpo. Eu ODEIO avião!!!!  Não gosto de voar, gosto do chão mesmo!!!! Suspirei fundo enquanto pegava minha mochila e começava a remexer nela. Peguei meu celular e meus headphones. Talvez uma boa dose de Follow me down me acalme. Coloquei na pasta de The Pretty Reckless bem alto enquanto pegava meu notebook e o ligava. Hieh! Eu tenho sinal da internet daqui! Viva os modens com alta rede de cobertura!  Senti o avião começar a se mover. Acho que já estamos decolando. Ignorei os espasmos que se iniciavam pelo meu corpo e voltei a prestar atenção nas minhas atualizações do facebook. Sim, facebook! E ao som de Hit me like a man e comecei um bate papo com a Fernanda, que sendo uma viciada do jeito que é nunca sai. Ela escreveu um texto enorme sobre o quanto ela e a Tami já estão com saudades. E olha que nem fez uma hora que eu decolei.
(...)


Papo vai papo vem e a Fernanda não saia do meu pé. Ela queria saber de tudo! Da paisagem, dos meus tios....... Ela até perguntou se meu primo Derick ( que mora em Seattle) era gatinho! O moleque é praticamente uma criança!  Deve ter uns 14 anos agora. Parei de prestar atenção no bate papo quando senti o avião sacudir. Tirei os fones e peguei metade de um anúncio da aeromoça. Ih, área de turbulência!  Meu sangue pareceu congelar nas veias!
- Por favor senhorita, coloque os sintos! - falou uma aeromoça loira parando ao lado do assento vazio ao meu lado. Sacudi a cabeça afirmativamente enquanto prendia meus sintos. Fechei o notebook praticamente na cara de uma preocupada Fernanda, já que eu ignorei os últimos recados dela. Esqueci-me completamente dos fones prestando total atenção nas advertências das comissárias de bordo. Alguns minutos depois e já havia deixado a zona de turbulência para trás. Respirei aliviada, mas me recusei a soltar as fivelas do sinto. Depois desse susto , pedi um calmante para a aeromoça e um copo com água. Depois dessa , é melhor dormir um pouco!
                                                         (.....)


- Senhorita? Vamos aterrissar! - cutucou-me uma moça loira. Levantei a cabeça, piscando os olhos e tentando recuperar os sentidos. Durmi feito uma pedra! Ajeitei-me enquanto sentia o impacto do avião tocando o chão. Alguns minutos depois e já estava tudo estabilizado e as aeromoças já apontavam as saídas e desejavam uma boa tarde a todos, claro, em inglês . Fico feliz de ter viajado muito com os meus pais para o Canadá e E.U.A nesses últimos anos, se não garanto que meu inglês estaria terrível! É claro,  eu sou americana e inglês é meu idioma natal, mas como me mudei para o Brasil e tive que aprender a falar português,  às vezes eu esqueço uma coisa ou outra. 
Desfivelei meus sintos, coloquei tudo na mochila e segui para a saída.
                                                         (.......)


Estava sentada em um daqueles bancos dentro do aeroporto com minhas malas ao lado. Como meus tios sabem perfeitamente o horário do meu vôo,  creio que daqui a pouco eles estarão aqui. Enquanto esperava, peguei novamente meus heads phones, mas antes que pudesse colocá-los, senti uma mão tocar meu ombro.


- Com licença,  senhorita, está acompanhada de alguém? - perguntou o homem alto e calvo divertido. Abri o maior sorriso que pude ao vê-lo.

- Tio Bob! - exclamei me levantando e abraçando o grande ( em todos os sentidos da palavra) homem. Ele retribuiu meu forte abraço.

- Laila, quanto tempo! Como você cresceu? - exclamou ele ao separar nosso abraço. Ele sorria largamente assim como eu.   - E como esta diferente! Me lembro que da última vez que te vi, você não passava do meu quadril! - brincou ele recordando-se. Rimos. É, fazia quase dez anos que não nos víamos! Enquanto eu ria, ele me encarava de cima a baixo com um olhar curioso. - E que roupas são essas?  Foi para algum tipo de guerra para usar calças rasgadas deste jeito?   - brincou mais uma vez ele. Examinei minhas roupas rindo. Eu usava minhas inseparáveis calças rasgadas com uma camisa regata branca e meio larga dos Beatles e coturno preto. Meus cabelos estavam meio presos em um coque malfeito no topo da cabeça e sem maquiagem, apenas um rímel.


- Tio Bob! - exclamei, porque ele continuava a fazer comentários sobre meu novo estilo. Ele parou levantando as mãos em forma de redenção,  me fazendo rir mais. Ele era de fazer essas brincadeiras que só agora percebi que sentia muita falta. Nos abraçamos mais uma vez.

- Senti sua falta , Madeline! - disse ele.

- Eu também tio Bob, eu também!  - disse. - Como estão todos? Tia Elizabeth? Como ela reagiu....... - a morte do irmão dela, completei mentalmente. Mexer nesse assunto ainda e doia muito. Ele suspirou e colocou as mãos nos meus ombros.
- Você  sabe o quanto seu pai e Elizabeth eram chegados, né Laila? Ele era o irmão mais velho dela e ela o amava muito! - a cada palavra sua, sentia uma lágrima a mais se formar nos meus olhos. - Ela ficou muito mal, todos nós ficamos. Ficou ainda pior ao se lembrar de você,  por isso ela rapidamente entrou em contato com advogados dizendo que queria você aqui conosco, que queria te proteger! - aquilo foi demais. Me desmanchei em lágrimas sendo confortada pelos braços do tio Bob.

- Sinto tanta falta deles! - falei com o rosto afundado no sueter preto que meu tio usava, desatada em lágrimas.
- Está tudo bem querida! Todos sentimos! - dizia ele afanando meu cabelo. - Okay, sem choro!  Sua tia me mata se souber que te fiz chorar sem ao menos ter dado uma hora da sua chegada em solo americano! - brincou ele me fazendo rir um pouco em meio as lágrimas. Ele separou nosso abraço e se virou para as minhas malas, apanhando-as. Se virou novamente para mim exibindo um sorriso amistoso. - Vamos?

- Vamos! - afirmei pegando minha mochila, jogando sobre o ombro e apanhando duas últimas malas minhas que faltavam. Sim, muitas malas meu bem! 

Segui ele até o lado de fora do aeroporto,  até ele parar encostado em um carro prata. Não me pergunte a marca que saber disso não é meu forte! Ajeitamos as malas no porta malas espaçoso do carro do tio Bob e depois entrei no banco do carona. Segundos depois, a porta do motorista se abriu e por ela entrou o meu tio. Ele deu a partida no carro e seguiu para fora do estacionamento pegando uma estrada e seguindo por ela. Eu me lembrava parcialmente de tudo. Meus olhos saltavam pelas paisagens que os prédios formavam. Me lembrava de já ter passado muito por aqui. É claro que tudo estava muito diferente e mudado. Logo os prédios foram sumindo e o grande subúrbio foi tomando forma. As casinhas parecidas, apenas com diferenças de cor e outro detalhes, foram ganhando destaque. Cercas brancas, árvores  secas com suas folhas alaranjadas jogadas pelas calçadas e estradas. A época do outono era a que fazia esse lugar ganhar mais destaque. Tudo era tão lindo e tão familiar. Me lembro de ter andado de bicicleta por essa rua uma centena de vezes com a minha prima Carly e outras meninas. Enquanto adentrávamos mais pelas ruas do subúrbio, mais lembranças disparavam em minha mente.

- Uma vez, quando eu tinha 6 anos, eu e Carly resolvemos subir naquela árvore ali, - disse apontando para uma árvore do outro lado da rua. Essa árvore se dividia em dois troncos, deixando uma grande  e redondo espaço onde as pessoas sentavam para conversar ou namorar. - e ela sendo disastrada do jeito que é caiu com tudo no chão.  Lembro-me de rir tanto que até mesmo eu cai da árvore.
Rimos com essa lembrança.

- Vocês eram duas pestinhas! - exclamou Tio Bob dobrando a esquerda e estacionando o carro em frente a grande casa branca com janelas vermelhas e telhado da mesma cor. Na frente da casa,se encontrava  uma cerquinha branca e um belo jardim. Meus olhos esbugalharam. Eu praticamente cresci nesta casa! A pintura está idêntica a de anos atrás , só estava mais nova. Continuei estupefata enquanto descia do carro. Meu olhar petrificou na casa.

- Nós mantivemos a pintura. Sua tia achou que você ia gostar! - falou a voz do meu tio abrindo o porta malas. Recuperei minha consciência e fui ajudá-lo. Pegamos as malas e seguimos para a entrada da casa. Ele foi na frente para abrir a porta. Ele  a abriu revelando o hall da escada e da sala de estar que parecia ter parado no tempo. Mesmo soalho de madeira parda com paredes pintadas de bege. Na sala de estar, lá estava o conjunto com um sofá de três lugares e um de dois, ambos da cor marrom lotados de almofadas que variavam do bege ao vinho. O tapete vinho continuava ali, embaixo da mesinha de centro de madeira e vidro. O hack com televisão, DvD e som stéreo continuava ali, é claro que não eram a mesma televisão, DVD e som stereo de anos atrás. No canto da sala de extar, lá extava a minha tão amada lareira e a mesma poltrona em sua frente. Carly e eu amávamos sentar ali na frente no Natal. Virei-me e lá avistei, depois da sala de estar estava a porta branca da cozinha. Enquanto continuava estupefata admirando tudo, passos apressados foram ouvidos no anda de cima e depois na escada. Logo uma cabeleira ruiva apereceu na escada e depois no hall de entrada. A mulher pouco mais alta que eu, magra e com cabelos ruivos e lisos até os ombros entrou na sala e me abraçou.

- Oi tia Lizy! - falei sendo sufocada pelo seu abraço.

- Oh querida, como senti saudades! - dizia ela ainda abraçada a mim. - Todos sentimos! E quando recebi a notícia.......- ela fez uma pausa. Eu podia me sentir mal em falar da morte dos meus pais, mas ela se sentia mil vezes pior! Meu pai Richard era irmão mais velho dela e eles eram muito próximos, como disse meu tio Bob. - Eu logo pensei em você, meu amor!

- Também senti saudades,tia Lizy! - falei rindo um pouco abraçando-a de novo.
- Céus, como senti saudade desse apelido!  - brincou ela. - Você é minha única sobrinha, Laila! 
- Eu sei! Cadê a cambada? - perguntei rindo. Ea riu e apontou escada acima. Beijei sua bochecha e corri escada acima, quase que atropelando o tio Bob .A parede da escada continuava a mesma. Repleta de fotos de nós quando crianças e de toda família. Caminhei pelo corredor distraida quando escuto passos na minha frente.

- Laila! - exclamou a garota do meu tamanho, com cabelos compridos e lisos cor de cobre. 

- Carly! - exclamei a imada. Corremos uma em direção a outra e nos abraçamos firmemente.

- Que saudades,  Lailazita! - brincou ela ainda abraçada a mim.

- Também tava com saudades, Carlota! - rebeti a brincadeira. Ela se soltou do nosso abraço e deu um tapa leve no meu ombro.

- Odeio esse apelido!  - falou ela irritada. Rimos e voltei a abraça-la.- Vem conhecer o nossoquarto! - falou e de repente se soltando do nosso abraço e me puxando em direção a uma porta branca no começo do corredor. Entramos e,  graças a Deus, o quarto não era rosa, era metade branco e metade......

- Laranja! - exclamei correndo em direção ao canto , perto da janela, pintado de laranja do quarto que tinha uma cama de solteiro, uma mesa de cabeceira com um abajur e uma escrivaninha.

- Eu nunca esqueci que essa é sua cor favorita! - falou Carly escorada ao batente da porta. Meus olhos brilhavam. Ela nunca esqueceu disso?
- Ta tudo muito lindo, só falta um toque meio.... Laila! - brinquei a fazendo rir. Ela se sentou em sua própria cama com edredom branco e me convidou a sentar-me do seu lado.

- Nossa,  temos anos de conversa para atualizar! - falou ela me fazendo rir um pouco mais. Começamos falando dos anos seguintes da minha mudança para o Brasil. Ela me contou que tudo ficou uma merda com a minha partida, ja que eramos melhores amigas. Me contou da sua escola, amigos e amigas, e até de uns peguetes dela, o que me fez rir mais. Comecei a contar da minha chegada no Brasil e como foi difícil me adaptar. Tive quase um ano de estudos particulares para aprender o português. Com o tempo, foi ficando mais fácil, ainda mais depois que conheci minhas atuais melhores amigas, Fernanda e Tamires. Contei a ela as coisas idiotas e divertidas que fazíamos e ela ria a cada palavra. Ficamos cerca de umas duas horas apenas conversando até....

- Hey, olha quem apareceu!  - exclamou o garoto o garoto de olhos extremamente azuis e cabelos encaracolados cor de cobre escorado no batente da porta.

- Derick? - disse surpresa. Ele assentiu. Não, para esse mundo que eu quero descer!!! Esse não pode ser o mesmo pirralho de anos atrás que vivia seguindo a mim e a Carly por ai. Não pode ser o mesmo garoto chato e chorão que sempre ferrava a nossas vidas. Ele estava ( cá entre nós) muuuuito diferente! E para muito melhor,viu! Levantei-me ,ainda etupefata, e caminhei em sua direção

.- Não pode ser você! Você está diferente, muito diferente! Você ainda, praticamente, usava fraldas quando sai daqui! Mas agora....... UAU!

- Também senti sua falta prima querida! - falou divertido me abraçando. Ri, mas ainda estava chocada demais para fazer mais que isso. Quando nos separamos,ele me examinou de cima a baixo. - É, você também não está mal!

Revirei os olhos e dei um soco em seu ombro que ficava quase que na altura da minha cabeça.

- Quantos anos você tem mesmo? - perguntei.
- 16! - disse ele.

- Ótimo, eu tenho 17 e sou menor que você! - exclamei indignada fazendo Carly e o irmão rirem.

- Okay okay, eu e ela estávamos conversando irmãozinho encosto,  então faz um favor e se manda do meu quarto? - disse Carly se levantando empurrando-o para fora de seu quarto sem ao menos escutar sua respota. - Obrigada! - falou batendo a porta na cara de seu irmão. Rimos e ela revirou os olhos. - E se você ficar ai para escutar nossa conversa, eu te afogo na privada, entendeu?- gritou ela para a porta.

- Ui, vai contar para a Laila sobre o Patrick e eu não posso ouvir? - falou Derick do outro lado da porta.

- Quem é Patrick? - perguntei sorrindo para Carly, que estava extremamente corada.

- Ah, é o carinha que a Carly tem um amor platônico a tempos! - falou Derick ainda do corredor. Carly,  mesmo corada, apanhou uma almofada sobre sua cama e abriu a porta de supetão.

- EU VOU TE MATAR  DERICK BILLY WIGON!!!!!!! - gritou ela antes de correr atrás do irmão,  que se refugiou no próprio quarto. Carly quase deu de cara com a porta quando ele a bateu com força. - Não se esqueça, bocó, nós moramos na mesma casa! Cedo ou tarde EU TE MATO! - gritou ela para a porta. Quando ela virou para mim, exibi o sorriso mais malicioso e maroto que consegui.

- Quem é Patrick?  - perguntei mais uma a ela, que corou novamente me fazendo rir novamente. - Anda, fala! 

- Não é ninguém especial. - falou rapidamente passando por mim e entrando em seu quarto.

- Qual é Carlota, você nunca conseguiu mentir para mim e você sabe disso! - falei tediosamente. Ela virou para me encarar. Abriu a boca várias vezes,  talvez procurando as palavras certas. Quando iria finalmente se pronunciar, um grito de tia Elizabeth foi ouvido no andar de baixo chamando nossos nomes.

- Melhor irmos! - falou ela rapidamente passando correndo por mim e descendo as escadas. Nem tive tempo de dizer algo, foi tão rápido que só tive tempo de revirar os olhos e dar meia volta até a escada. A desci e encontrei tia Lizy e tio Bob na sala junto a Carly.

- Hora do jantar! - falou tia Lizy. Sorri largamente. Estou morta de fome a horas! - Mas antes, Carly vá chamar seu irmão!  

Carly sorriu maleficamente e assentiu, subindo as escadas.

- Você não devia ter pedido isso a ela, tia! - falei rindo. Ela ficou sem entender, mas ao ouvir gritos e passos apressados primeiro no andar de cima, depois nas escadas, ela meio que entendeu.

- SOCORRO!!!!  ELA VAI ME MATAR!!!!! - gritou ele entrando na cozinha correndo sendo seguido por uma furiosa Carly.

- O que foi que aconteceu desta vez, hein? - perguntou minha tia com tédio. 
- Eu ouvi você falar em comida, então abri a porta do meu quarto e saí. - começou ele se recordando.- Mas ai, essa louca surgiu do além e começou a correr atrás de mim!!!!!! - terminou ele elevando o tom de voz e apontando para Carly.

- Vocês nunca dão uma trégua, não hein? - falou tia Lizy colocando a mão na cabeça. 

  Enquanto eles continuavam com sua discussão ,escandalosa por sinal, eu apenas me sentei a mesa, ao lado de minha tia de frente para os dois. Ria de cada xingamento que um dizia para o outro enquanto minha tia apenas observava.

- Okay okay, vocês dois! - manifestou-se minha tia se erguendo da cadeira e apontando o dedo indicador firmemente em direção aos dois que ainda brigavam.

- Já chega!  - ela tentou mas a discussão estava intensa demais para ser ouvida pelos filhos. - JA CHEGA! - gritou ela cessando por completo a falação dos dois, o que me fez ficar assustada. - Sentem- se AGORA  e silêncio!  - falou ela autoritariamente a eles que não hesitaram em se sentar nas duas cadeiras vagas na minha frente.

- Onde está o tio Bob? - falei reparando na cadeira vazia na ponta da mesa.
- Ele já está a caminho, teve que sair. - falei minha tia se ajeitando na cadeira ao meu lado e mandando um olhar assustador a Carly e Derick.

- Iremos esperá-lo? - perguntei olhando para a travessa com macarrão e a outra com lasanha, desejando-as. Mas antes que pudesse ouvir sua resposta, um barulho de porta sendo aberta e ,em um certo intervalo de tempo,sendo fechada soou do hall de entrada.

- Acho que nem será preciso! - falou Carly observando seu pai que adentrava pela porta da cozinha.

- Me esperando? - brincou ele.

- Sim, então faça o favor d se sentar porque creio que todos aqui tem fome! - falou minha tia nos fazendo rir. Meu tio, imediatamente, obedeceu e sentou-se no lugar ,que,minutos atras estava vago.

                                    (....)

A refeição seguiu tranquila. Conversas paralelas foram diminuindo conforme íamos comendo. A sobremesa, que,segundo Elizabeth Wigon não pode faltar, foi seu tradicional ( maravilhoso e meu favorito, por sinal) pudim de leite. É óbvio que eu repeti inúmeras vezes até minha ( impaciente)  prima me puxou escada acima para terminamos de conversar e guardar minhas roupas. 

Subimos e fomos direto para o nosso quarto. Minhas malas já estavam lá devido a ajudinha do meu tio.

- Temos que desfaze-las e arrumar suas coisas! - falou Carly olhando minhas malas pensativa. Concordei e, dando minha última (mas não menos importante) colherada no pudim, pois eu ainda comia meu quinto pratinho com o mesmo. Coloquei o pratinho vazio sobre a escrivaninha a minha direita e me sentei na cama ao lado de Carly que já começava a tirar minhas roupas da mala.

                  (.....) Duas horas e meia depois.

- Ufa, terminamos! - disse uma Carly exausta e aliviada enquanto nós duas nos jogávamos sobre sua cama.

- Meninas, hora de irem para a cama! - falou a voz de meu tio aparecendo apenas com a cabeça pela porta entre aberta do quarto. Bufamos em unissom enquanto ambas sentávamos na cama.

- Obrigada pai! - falou Carly. Ele assentiu e saiu, encostando a porta.

- Que horas são?  - perguntei levantando-me da cama de Carly e sentei na ponta da minha, já devidamente arrumada.

- Humm...... - falou ela consultando o relógio/ despertador em cima de sua mesa de cabeceira. - 21 e 30hs.

- Já?  - exclamei indignada.

- Pois é, o tempo voa! - falou ela deitando em sua cama e fitando o teto. Repeti o gesto e comecei a encarar o teto branco e limpo.

Os minutos silenciosos se estenderam até minha prima decidir se pronunciar.

- Acho que vou tomar um banho. - falou ela analisano cada palavra antes de pronuncia-la.

- Okay, vai lá. - falei deitando de barriga para baixo e apanhando meu celular. Carly se levantou, passou por mim e se encaminhou até o corredor, onde se encontrava o banheiro.

Comecei a olhar minhas mensagens. Haviam aproximadamente umas 10 mensagens. Pois é,  eu tinha deixado o celular em modo avião desde de o avião. Acho que a Fernanda, com certeza, deve estar ansiando pela minha morte por ter deixa-la me esperando esse tempo todo, mas ela sempre acaba me desculpando. Abri a primeira mensagem e para minha surpresa- sentiu a ironia se manifestar? - era da doida da Fernanda.

LailaQualoproblemaPorquenãoestárespondendominhaschamadas no face?"

Fui abrindo as outras, que eram majoritariamente da Fernanda e da Tamires com " sutis" ameaças de morte.

LAILAMADELINEWIGONFAÇAOFAVORDEMERESPONDERAGORASENÃOFAÇOQUESTÃODEATRAVESSARNADOOOCEANOPARATEMATARENTENDEU??? "

Essa maravilhosa declaração de afeto - essa ironia é tipo minha irmã ciamesa ! - foi da Tamires feat Fernanda. Com essa carinhosa mensagem, eu ri um pouco e essa fiz questão de responder.

CalmacalmaquantoamorIssotudoésaudadePoiseuestoumorrendodesaudadede vocês, bobocasNaverdade,estoucomsaudadedetodos ai! Aquiémuitolegaletalsmassemvocêsaqui.......... eu..... bomachoquedaparaadivinharque estou chorandoMasokaysemlágrimaséduranteumanoQuandoeu completar dezoito anosjuroquevoltoparaai e não saiomaisXoxo:-)  ! "

Enviei e a resposta não tardou a chegar.

UfavivaOwnmorrendode saudades aqui de você! ATamitevequeficarcomigo o dia inteiropara controlar meuchoro!AtéoJhonficoucomigo durante o dia, estranhoisso né? Acheiqueelenemlembrava que euexistia......mas, enfim, nãochorase não ..... sabe , OkayokaynãoesquecedemeresponderossmsokaySenãoeurealmentetereide tematarBjinhos! "

Li e ri um pouco. Resolvi mandar uma resposta para provoca-la.

Hummmm....... oJhonéparade ser bobaeassumiquegosta logo deleporqueestamaisdoque na caraqueeledequatroporvocê!  Parapelomenosumavezna vida, deserbobae investi logonisso,  bobinha!"

Mandeieespereiansiosapor sua( demoradamensagem,  que garanto que ela deve ter ficado bemsurpresae , éclaro,muitoirritada.

"  Oquedoida,  Laila?  EunãogostodoJhonemuuuuuitomenoseledemimAchoque o fuso horário defez mal, Laila!Okayokayvocêviajoulegalagora! "

Ri porque, com certeza, ela estaria extremamente corada com a minha insinuação .

Ahansei....... Clarovocêmentetãããobem! "

Ironizei. Com certeza ela estaria bufando e fulminando de raiva agora!

Penaque não inventaramummododese matar via smsporquevocêsabeo quanto euodeioquandovocêironizacom a verdade!"

Ri e me apressei em responder.

Com a verdadeAhansei....... tudobemparade ser dramática,porque, vocêsabequeThedramasqueensou eu! "

Ri enquanto escrevia e em seguida enviava. Enquanto esperava a resposta, a porta se abriu e por ela entrou Carly envolvida em uma toalha branca. Ela passou por mim seguiu para perto de seu guarda roupas. A resposta de Fernanda demorou o tempo equivalente ao de Carly para colocar a lingeire.

OkayvolteiÉque a Tamiresapareceuaqui em casa e começou umenormediscursosobre como te matar lentamente pornãoresponder as mensagensdelaVoltado ao focookaysenhoritaDramasqueenKkkkkkkk! "

Eu ri um pouco alto, o que chamou a atenção de Carly, que ja estava com ma camiseta larga e longa e um short curto de moleton,que parecia ser seu pijama .
- Mensagens. - falei antes que ela pudesse perguntar.

"KkkkkkkOkay, manda umbeijomeuparaelaVouterque me despediragoratenhoquetomar banho eir dormir!Xoxoxo ♥ "

Escrevi, enviei e joguei o celular na cama levantando-me da mesma e seguindo para o banheiro no corredor. Entrei e me despi. Prendi meu cabelo em um coque alto , entrei no box e liguei o chuveiro logo em seguida, deixando com que a água quente percorresse meu corpo.

Não se passaram nem 20 minutos e eu ja estava enrolada na minha toalha bege. Apanhei minhas roupas e voltei para o quarto, onde se encontrava uma Carly em sua cama com a barriga para cima, fitando o teto.

- Seu celular apitou algumas vezes! - falou Carly antes de soltar um sonoro bocejo e virar para o lado, puxando suas cobertas para junto do corpo.

- Okay, valeu! - falei caminhando até a parte do guarda roupa onde estavam minhas roupas. Vesti minha lingeire , uma camisa comprida e larga que pertencia ao meu pai e que eu usava de pijama . Joguei-me na cama e peguei meu celular antes de puxar o edredon da minha cama até quase o queixo.

Okaymas já? Nossacadeos anjinhos porqueissoéummilagreLailaWigonestaindo para camacedo! ~Aplausos!~Okayeusei eu sei , éofusohorárioTudo bem, nosvemosamanhã,  Lailae ve setratade responder minhas mensagens,okayBoanoite!"

Ri silenciosamente embaixo dos edredons. Respondi apenas um " boa noite" e coloquei o celular na mesa de cabeceira,  ao lado da minha cama. Afastei um pouco minhas cobertas para poder fitar o teto.

- Laila? - ouvi a voz de Carly me chamar.

- Humm.

- Fico feliz que tenha voltado par casa! - falou ela me fazendo sorri.

- Tambem fiquei feliz de voltado, Carly! - falei sorridente. Pude sentir que ela tambem sorria.

- Boa noite. - falou ela em meio a um longo bocejo e se remexendo na cama.

- Boa noite - falei e virei o corpo de lado, esperando o sono chegar, e o mesmo não tardou a me preencher por completo, pois logo senti minhas pálpebras pesarem  e adormeci.


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Notas finais do capítulo

Tá looooongo demais! Desculpem se entediei vocês :)
Gostaram? Comentem, please!!!! Mas enfim, o que estão achando?
~kisses