A Vida (caótica) De Uma Adolescente Em Crise. escrita por Helena


Capítulo 17
Capítulo 17: Amigos?


Notas iniciais do capítulo

Heyyyyyy!!!!!!!!! Bom, me perdoem! Era para ter ficado pronto entes esse capítulo, mas eu simplesmente estava bloqueada! Sinto muitíssimo pessoas! Me perdoem se estiver uma merda, okay? Não é minha intenção, só estava com bloqueio!
Aproveitem



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A manhã se passou rapidamente e sem confusões, o que era ligeiramente um enorme desafio para Laila, garota problema. Em uma semana que passao na escola, já conseguiu brigas de refeitótio, discussões em sala ( e não eram as discussões amigáveis) , uma quase suspensão e ainda estava na corda bamba para passar de ano. Então, com tudo isso, concluisse milagroso o fato de ter sobrevivido até o intervalo sem nenhuma confusão. Exceto, é claro, Nicolas Parker, o garoto que conseguia tirar Laila completamente do sério. Eles discutiram um pouco na aula de história enquanto o senhor Checkfield (homom franzino, marrento e muito mal-humorado) não chegava. Mas tinha sido apenas isso.

Como de costume, no intervalo , após pegar sua bandeja, Laila se sentou em uma das últimas mesas com suas amigas.

– Eaí, como está sendo a segunda-feira de vocês até agora? - perguntou Carly quebrando o silêncio entre elas.

Todas a encararam por um instante, e em seguida voltaram a comer.

– O meu está normal, e o de vocês? - disse Sam.

Uma sinfonia de “ Sim, o meu também.” ou “ Tudo normal.” foi ouvida na mesa.

– O meu está uma droga! - queixou-se Cloe.

– É, o meu também . - concordou Laila.

– Por que? - perguntaram as outras.

Laila e Cloe se entre olharam e pareceram pensar do mesmo jeito. Cloe se olhou para os lados, à procura de alguém que pudesse ouvi-las. Inclinou-se sobre a mesa.

– Desde que pus os pés na escola de manhã, as pessoas, digo, as garotas me cumprimentam e me dão os parabéns.

– Parabens pelo quê? - perguntou Carly.

Cloe enrubeceu e fechou os olhos por um breve instante.

– Algo relacionado à um cara que eu beijei na festa.

Sam e Carly se entre olharam e sorriram.

– E quem era o tal cara? Era bonito? - perguntou Alyson sorrindo de lado.

– Bom, eu não sei. Não me lembro. Mas pelo quê elas estavam dizendo, era alguém mais velho e muito, muito gato! - riu-se Cloe levando as amigas a fazer o mesmo.

– Ui! Cloe Certinha Aster está saindo do casulo gente! - brincou Laila.

– E você Laila, por que o seu dia não está , digamos, normal? - perguntou Sam.

– Digamos quê, a cada cinco passos que eu dou, alguém para e começa a puxar assunto como se nós nos conhececemos a anos.

– É, isso enche mesmo o saco! - concluiu Alyson.

Logo elas iniciaram uma conversa tola qualquer, variando de assunto em assunto. Quando elas debetiam sobre uma de suas aulas, Cloe interrompeu o quê dizia pela metade e arregalou os olhos, olhando para algo atrás de Laila.

Laila parou de rir e franziu o cenho para a amiga.

– Só pode estar de brincadeira comigo! - murmurou Cloe ainda encarando o que quer que fosse por cima da cabeça de Laila.

A morena , com as sobrancelhas arqueadas, olhou por cima do ombro a tempo de ver Nico, Leonard, Chase e os outros manés atravessando o refeitório na direção da mesa delas.

– Por favor, diz que eles não estão vindo para cá! Diz que é um engano! Por favor! - gemeu Cloe.

Laila suspirou pesadamente ao retornar a sua posição inicial.

– Parece que eles estão vindo para cá mesmo. - murmurou Sam olhando de esguelha por cima de Laila.

– Mas o que eles querem aqui? - perguntou Alyson também lançando um rápido olhar na direção deles e voltando a encarar a mesa.

Por um segundo a mesa se silêncio, depois todas encararam Laila. A mesma revirou os olhos e baixou a cabeça. Todas ali sabiam que ela estava presa a Nico Parker por duas semanas por um trabalho de história e, desde então, ele vivia no pé dela. E, como consequência, os “guarda-costas” estavam sempre ao lado de Nico.

– Ei Wigon! - soou a voz de Nico de algum ponto atrás de Laila. Ela, mais uma vez respirou pesadamente e se virou bem devagar para fitá-lo.

E lá estava ele. Parado ,ereto ,diante dela com seus amigos às suas costas.

– O que quer Parker? - suspirou ela encarando-o.

– Só te avisar sobre o trabalho. - respondeu ele.

– A tá. Eu já sei, não vou me atrasar! Fica tranquilo! - disse com voz serena. Ele assentiu.

– Okay, te vejo às 19h. - despediu-se ele.

– Até lá. - disse Laila voltando-se para seu prato e para suas amigas que a encaravam de modo suspeito.

Cloe e Alyson trocaram olhares com Carly e Sam.

– O que foi? - perguntou Laila olhando para cada uma. Elas deram de ombros. – Vocês ficaram esquisitas de repente. Algum problema?

– Nada, só estranhamos o fato de você e o Parker.... se sabe.... - disse Carly.

– Não, não sei!

Elas trocaram mais um olhar.

– Só estranhamos o fato de vocês estarem tão amiguinhos! - disse Cloe em um suspiro.

Laila sorriu e revirou os olhos.

– Nós não somos amiguinhos.Só que estamos a uma semana do prazo para entrega do trabalho e não podemos perder tempo discutindo! - explicou Laila.

– Então vocês fizeram um recesso à brigas? - perguntou Alyson.

– Mais ou menos isso. Mas fiquem tranquilas, após a entrega do trabalho nós voltaremos a nós pegar! - assegurou Laila.

– A se pegar... - começou Cloe.

– Não não não esse tipo de pegar nós voltaremos a brigar! - Laila enrubeceu-se. - Andem, o sinal! Temos aula!



XXXX



O dia escolar chegou ao seu fim. Como de costume, todas retornaram para casa de Laila e Carly. Derick havia pegado carona com elas e, magicamente, não sairia com seus amigos. Elas se jogaram nos sofás enquanto Derick subia e trancava-se no quarto.

Quando a hora se aproximava das 19h, Laila se fora para a casa dos Parker. Foi a pé, pois dispensara a carona de sua amiga Cloe. Laila queria caminhar e queria estar sozinha. Seus pensamentos, de um sem querer estranho, pousaram no esboço do rosto do garoto com que laila se atracara na festa de Leonard e não se lembrava. Por que começou logo agora a pensar nele?

Chegou na residência dos Parker três minutos após às 19hs. Como sempre fazia, Nora, a governanta gente boa, destrancou o portão para Laila e a espou na porta.

– Olá Nora! Como está? - cumprimentou Laila a mulher de cabelos pretos ,levemente grisalhos, que estavam sempre presos em um coque.

Ela sorriu de forma maternal e amigável de sempre.

– Olá Laila. Vou bem. Entre, por favor! O senhor Parker está no quarto. Parece estar como uma enxaqueca ou algo assim. - explicou ela enquanto Laila entrava na casa. - Na verdade, eu ia subir lá agora mesmo. Preciso dar à ele algo para comer. Mas... tenho que fazer algumas coisas ... - enquanto ela falava, Laila reparou naquela mesma mesinha que ficava como uma ilhota no meio do salão. Sobre ela, descansava uma bandeja de prata com alguns itens em cima. Um prato com sanduíches cortados em triângulos e uma garrafa de 600ml de refrigerante.

Laila fitou a bandeja depois Nora. Ela parecia prestes a pedir algo, mas também parecia sentir-se receosa em fazer isso.

– Nora... gostaria...hãn....que eu levasse para você até Nico? Afinal, eu terei de subir lá mesmo... - começou Laila.

O rosto de Nora iluminou-se, mas logo voltou a parecer receoso.

– A senhorita faria esse favor? Eu preciso ir ao centro urgentemente! Se a senhorita não quiser, eu posso....

– Oh não, tudo bem! Eu levo, sem problemas! - apressou-se Laila.

– Tem certeza , senhorita?

– Claro, sem problema! - disse Laila sorrindo.

O rosto e Nora voltou a se iluminar. Ela soltou muitos agradecimentos enquanto corria para a sala de estar e retornava carregando um sobretudo preto e uma bolsinha.

– Até mais Nora. - despediu-se Laila.

– Até. - a mulher retribuiu saindo pela porta.

Laila suspirou e encaminhou-se até a mesinha. Apanhou a bandeja que, por sinal, era um pouco mais pesada do que parecia devido ao fato de ser de prata pura. Enquanto subia as escadas, concentrou-se totalmente em não deixar que nada caísse, principalmente a garrafa de refrigerante, que ameaçara diversas vezes que iria tombar.

Laila se encaminhou pelo corredor traçando seu caminho conhecido até o quarto de Nico. A porta, por sorte, estava entre aberta, o que facilitou muito.

– Nico? - chamou-o Laila, empurrando a porta com o quadril.

Nico, que se encontrva deitado de barriga para cima em sua cama, ergueu a cabeça ao ouvir sua voz.

– Laila? - admirou-se ele ao ver que, quem trazia seu lanche da tarde não era Nora, como sempre.

– Claro, quem mais? - deu ela de ombros enquanto colocava a bandeja sobre a cômoda de Nico.

Ele, ainda sob um transe de surpresa, se levantou e caminhou até a cômoda.

– Esperava isso - e ele apontou para a bandeja – de qualquer um. Menos de você! Não tem veneno ai, tem? - perguntou receoso cutucando um dos sanduiches.

Laila revirou os olhos.

– Não idiota! Nora saiu e eu me ofereci para trazer

– Ainda é estranho você me trazer lanche e não colocar veneno! - deu ele de ombros.

– Oras, por quê? - perguntou ela virando-se para ele. Nico estava sem camisa, deixando, mais uma vez, que Laila adimirasse seu belo e definido peitoral e toráx. Ela perdeu-se naqueles músculos e , por um segundo, esqueceu-se de quem era e o que fazia ali. Ele nem pareceu notar.

– Porque você me odeia e esse sentimento é totalmente recíproco. - soou mais como pergunta, mas está foi a resposta de Nico.

Ela passou por ele e sentou em sua cama.

– Olha, eu nunca disse que te odiava. Só te acho patético, babaca, mané, bobão, irresponsável, imbecil, idiota, imatura, presusnçoso, egocêntrico, arrogante, estúpido entre outros. Só isso. Nunca disse que te odiava! - justificou-se ela dentando na cama de Nico. - Ou eu disse e não me lembro?

– Tá, obrigado por listar os meus defeitos! Fico muito feliz com isso! - ironizou ele alguns segundos antes de devorar um sanduíche.

– Esqueci de mencionar que você é irritante. - Laila o ignorava, concentrada em sua lista de defeitos.

– Tá, minha vez de dizer os seus defeitos, senhorita Wigon! - brincou Nico tomando a bandeja em mãos e caminhando até a cama. Ela deixou a bandeja à direita e se jogou na cama, ficando com a barriga para baixo e apoiando o queixo nas mãos. Ele apanhou um sanduíche e mordeu-o. Olhou para Laila deitava na horizontal com o rosto abaixo e alguns centímetros à frente do dele.

Ele estreitou os olhos enquanto comia um pedaço do sanduíche.

– Você é chata, metida a inteligente, simplesmente metida também, nervosinha, irritante, persistente, pontual...

– Pontualidade é defeito? - ela o interrompeu. Ele baixou os olhos para fitá-la.

– A sua me irrita, voltando ao quesito irritante². Continuando.... é folgada, orgulhosa e não gosta de sair por baixo de uma situação. Também é impaciente e se mete a ser durona. Claro, esses defeitos entre muitos outros!

– Eu não sou orgulhosa! - queixou-se ela.

– É sim.

– Não sou nada. Você que é!

–Esqueci de mencionar o tamanho da sua teimosia! - riu-se ele apertando o nariz de Laila entre os dedos médios e indicador. Ela afastou sua mão com um tapa, enquanto emburrava-se. – E também é mimada e emburrada. - completou Nico comendo o restante do sanduíche.

– Cala a boca Parker! - tentou ela dizer tais palavras de forma séria, mas a vontade de rir foi mais forte.

Ela virou-se, ficando de barriga para baixo e apoiando a cabeça nas mãos assim como Nico. Eles nem pareciam eles mesmos ali, rindo juntos e dividindo os sanduiches e o refrigerante. Eles se provocavam e riam. E o mais impressionante, eles estavam realmente gostando daquilo. Tinham se esquecido do propósito de Laila lá e acabaram passando parte do tempo que ela sempre passava lá fazendo o trabalho rindo e brincando.

– É você na foto? Aquela em cima do criado-mudo? - perguntou Laila quando ambos estavam deitados de costas na cama encarando o teto a minutos, depois dos sanduiches terem acabado.

Nico demorou para responder.

– Sim, sou eu pequeno.

– Você era tão lindinho! Até parecia uma criança decente! Quem te viu naquela época nunca que diria o mané que você se tornaria! - brincou ela fazendo-o empurra-la de leve com o ombro.

O silêncio impetuoso voltou a reinar no quarto.

– Quem é a garotinha ao seu lado? Sabe, na foto! - perguntou Laila.

Nico demourou-se em responder. Talvez estivesse em uma guerra na própria cabeça onde um lado gritava Sim, conte-a e o outro retalhava com Não, não diz respeito a ela! . Ele permaneceu quieto. Quieto demais.

– Nico? - Laila tornou a chamá-lo.

– Oh sim, desculpe! Eu.... hãn....me distraí! - mentiu ele e Laila pôde identificar isso.

O silêncio retornou. Somente um barulho foi ouvido. O barulho da porta da frente da casa sendo aberta.

– Bom – começou Laila sentando-se – acho que a Nora voltou. É melhor eu ir!

Ela pegou sua mochila enquanto Nico sentava-se na cama e a observava.

– Até amanhã? - perguntou ela enquanto caminhava de costas até a porta.

– Até.

– Você devia tomar alguma aspirina para dor de cabeça! Nora me disse... - começou Laila quando alcançou a porta do quarto.

– Tudo bem, eu estou melhor agora! - ele deu de ombros.

– Okay então! Tchau! - despediu-se ela sumindo pelo corredor.

– Tchau – sussurrou Nico para um quarto vazio. Uma sensação estranha pousou na boca de seu estômago, mas ele logo a mandou para longe.

Ele deitou-se na própria cama e voltou a fitar o teto. Arrependeu-se de não ter contado nada à Laila sobre ela. Simplesmente não achou que fosse o momento certo. Ele remexeu-se na cama, inalando o próprio cheiro e mais um outro. Um cheiro novo que não pertencia a Nico. Um agridoce. Algo que o lembrava um cheiro de flores bem fraco. Aquele devia ser o cheiro de Laila.

Seu cheiro o fez pensar na garota que ele beijou no banheiro quase que imediatamente. Mas...não podia ser Laila! Ele nunca a beijaria! Ela era só uma garota chata, não tinha muito de especial! Simplesmente não podia ser ela aquela garota!





Laila retornava para casa em passos rápidos. Um pensamento tomava sua mente e ela não assumiria nem em um bilhão de anos em quem estava pensando. Bem, era em Nico, mas não exatamente nele. Pensava na garotinha da foto, aquela que Nico não lhe respondeu quem era. Aquela que causava um rebolisso de curiosidade na mente ativa de Laila.

É claro, se ela pensava na garota pensava inevitávelmente em Nico. Mas não do jeito que vocês estão pensando e sim de um jeito em que ela nunca imaginara Nico. Um amigo.

Ele havia se demonstrado um tanto diferente naquela noite. Estava divertido e não se parecia nada com o idiota que pertuva Laila na escola. Ele se demonstrou engraçado e uma ótima companhia. Sim, ela havia gostado da companhia dele mas, volto a repetir, não do jeito que vocês estão pensando.

Pensando nele, voltou a pensar inevitavelmente no garoto da festa de Leonard. Por que será que sempre que ela pensava em um, lembrava-se do outro? Só se eles tivessem uma ligação, mas essa ligação só se aplicaria se eles fossem.... Oh não! , gritou a mente de Laila fazendo-a parar de andar bruscamente no quinto quarteirão. Não pode ser! Eles não são... Eles não podem ser... Mas sua mente iluminou-se.

– Eles... eles... são a mesma pessoa! - sussurrou Laila para si mesma.


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Notas finais do capítulo

Laila muito gênia, né? Mega gênia essa guria! Gostaram? Mereço reviews????
Byee



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